quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Descartabilidade das informações



por Ezequiel Theodoro da Silva | Leitura e Ensino

A velocidade tecnológica atingida no mundo atual é vertiginosa, modificando uma grande parte dos comportamentos humanos. As nossas relações com as pessoas e coisas são afetadas por essa velocidade e pela descartabilidade a ela associada. As nossas aprendizagens e reaprendizagens são cada vez mais frequentes no intuito de acompanhar, mesmo que minimamente, as mudanças em andamento. Alvin Tofler, no livro o Choque do Futuro, já afirmava que hoje em dia é preciso aprender, desaprender e reaprender para podermos acompanhar as aceleradas transformações em todos os campos da vida. 

Recente leitura que fiz a respeito da produção de websites para a Internet mostrou um fato curioso e, de certa forma, espantoso: o tempo médio de vida de um site hoje em dia é de 34 (trinta e quatro) dias. Ou seja: depois de criados, os sites perecem depois de aproximadamente 30 dias, morrendo com eles as páginas e os conteúdos criados pelo seu produtor. Seria interessante perguntar o que ocorre com as informações veiculadas por esses veículos que já nascem natimortos. Para onde vão? Que significações morreram junto com elas? Foram feitos para serem rapidamente esquecidos?

Entenda-se que não é somente o lixo virtual que desaparece da Internet. Muitos veículos virtuais com informações preciosas seguem junto para o lixo, num processo irreversível, pré-determinado pelas circunstâncias do mundo atual, principalmente a de que, para se manter no ar, um site (ou homepage ou blog) precisa de atualização constante, isto é, precisa de novas informações para conseguir interlocução e assim continuar sobrevivendo pelas visitas ou tráfego gerado. Mas quem poderia acompanhar - de maneira significativa - todas, ou pelo menos boa parte das, informações que circulam pela blogosfera? 

A tirinha acima indiretamente aponta para a problemática aqui tratada: Samanta produziu um blog, mas não o tenha alimentado com novas informações no intuito de gerar tráfego/interlocuções. A questão aqui é saber os porquês dela não ter recebido nenhuma visita... e ela pensa, à moda da sociedade de consumo, que, mudando o nome para Sharon Stone (um tremendo ícone sexual do cinema), ela poderá receber mais visitas. Talvez por pouco tempo, caso novas informações não sejam sempre somadas, renovadas nos quadrantes do seu blog.

Vale perguntar: quantos blogs perecem por falta de manutenção e alimentação hoje em dia? Que tipo de informações correm pelos blogs? Qual a utilidade dessas informações? 

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