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quinta-feira, 3 de março de 2016

Lançamento do Portal de Livros Abertos da USP


Evento: Dia do Bibliotecário 2016: Bibliotecas como parceiras na publicação científica
Data: 18 de março de 2016
Horário: 8h45 às 12h30
Local:  Auditório Safra da Biblioteca da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Ciências Contábeis) da USP
Av. Prof. Luciano Gualberto, 908 - Butantã, São Paulo - SP, 05508-010

As inscrições para o evento serão realizadas exclusivamente de forma eletrônica pelo link:


Temática: O Dia do Bibliotecário esse ano na USP tratará da temática das Bibliotecas como parceiras na Publicação Científica. Para fomentar a discussão foram convidados importantes membros da comunidade científica nacional e internacional. Temas como ética, gestão editorial e serviços de publicação em bibliotecas serão apresentados do ponto de vista prático. Além disso, o DT/SIBi apresentará os resultados do questionário sobre "Serviços de Publicação nas Bibliotecas da USP" o qual mapeou as ações empreendidas pelas bibliotecas como parceiras das publicações científicas. Além disso, será lançado durante o evento o "Portal de Livros Abertos da USP", uma iniciativa que visa criar um espaço para a comunidade científica da USP depositar livros publicados em Acesso Aberto.

Programação:

09h00 - Abertura - Dra. Maria Fazanelli Crestana (Chefe Técnica do SIBiUSP)
09h10 - Lançamento do Portal de Livros Abertos da USP - Célia Regina de Oliveira Rosa (Coordenadora do Portal de Livros Abertos da USP)
09h30 - Ética na Publicação Científica - Profa. Dra. Silvia Regina Galetti Queiróz (Instituto Biológico)
10h10 - O papel da Biblioteca em uma revista de impacto internacional - Profa. Dra. Emiko Yoshikawa Egry (Revista da Escola de Enfermagem da USP)
10h50 - Como montar e gerenciar um escritório de publicação científica - Kavita Kirankumar Patel-Rolim (Clinics)
11h30 - Serviços de Publicação em Bibliotecas da USP - André Serradas (Coordenador do Portal de Revistas USP)
12h10 - Library as a Publishing - Sarah Lippincott (Library Publishing Coalition / Educopia)
12h30 - Encerramento


via Departamento Técnico - SIBiUSP

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Da importância do bibliotecário

Hoje em dia, em decorrência dos avanços da tecnologia informacional, estamos assistindo ao drástico fenômeno da "morte dos mediadores". Daí o desaparecimento dos "críticos de arte" (que analisavam as obras no intuito de orientar leitores), do editor de livros (que decidiam o quê publicar), dos resenhadores (que apontam o teor das obras e recomendavam ou não a sua leitura), do bibliotecário (substituído pelos poderosos sistema de busca da internet - entre eles o Google) e assim por diante.

Entretanto, se pensarmos em termos de uma educação crítica, voltada para a formação da consciência crítica), a presença de mediadores - como os professores e os bibliotecários - é uma condição sine qua non para essa conquista. De fato, o mundo moderno está repleto de lixo literário e lixo virtual; por isso mesmo, necessitamos de "informantes" capacitados que nos sugiram, nos orientem, nos conduzam para aquilo que valha a pena ser lido.

Trecho do livro: Silva, Ezequiel Theodoro da. Reflexões sobre leitura via tirinhas de jornais. Campinas: Edições Leitura Crítica, 2015. ISBN 978-85-64440-23-4



Reflexões sobre leitura via tirinhas de jornais - Neste livro o autor propõe uma função didático-pedagógica para as tirinhas, tentando fazer com que suas reflexões a partir das mesmas elucidem aspectos relacionados com as teorias e práticas da leitura.

Sumário

Apresentação

1 - Leitura escrita e sociedade
 1.1 Por que o povo não lê?
 1.2 Usos sociais da leitura
 1.3 Tem besteira em livro também
 1.4 O fim da escrita 
 1.5 Bajuladores
 1.6 Escrita enquanto legitimidade
 1.7 Da importância do bibliotecário

2 - Leitura: natureza e atributos
 2.1 Ler = comer
 2.2 O prazer da leitura
 2.3 Leitura e esquiva
 2.4 As vibrações sensoriais da leitura
 2.5 Ler e viajar
 2.6 Velocidade da leitura
 2.7 Da interpretação
 2.8 A arte e os seus efeitos no leitor 
 2.9 Vale tudo em arte? E como fica a leitura?
 2.10 A leitura enquanto hábito associado
 2.11 Leitura da palavra, da imagem e inferência

3 - Repertório ou background da leitura
 3.1 O chão da leitura
 3.2 A base da leitura
 3.3 Repertório e nivelamento para baixo
 3.4 O texto e o contexto

4 - Escola, ensino e leitura
 4.1 Ler e redigir
 4.2 Resumo do resumo
 4.3 Leitura expressiva
 4.4 Rigidez didática
 4.5 Ensino a distância
 4.6 Cacófanos

5 - Novas mídias e leitura
 5.1 Presencial x Virtual
 5.2 Equipamento vale somente pela novidade e nada mais
 5.3 Descartabilidade das informações
 5.4 A escrita dos escritores 
 5.5 Virtual x real
 5.6 O poder do controle remoto




quarta-feira, 17 de junho de 2015

Recursos utilizados pelos bibliotecários para inovar no ambiente virtual


Rev. Digit.Bibliotecon. Cienc. Inf. Campinas, SP v.13 n.2 p.454-463 maio/ago. 2015

Hudson Tiago Menha, Maria Inês Tomaél

O desenvolvimento e a inovação na atuação do bibliotecário é condição para sobrevivência e crescimento do segmento ao qual este profissional está vinculado. O ambiente digital/virtual ampliou a possibilidade de oferta e diversidade dos serviços e produtos de informação, devido a esse fato os profissionais da informação precisam de subsídios - fontes de informação e agentes de inovação - para obterem aportes que lhes permitam exercer suas atividades em sintonia com as tecnologias e com o espaço no qual estão inseridos. Este estudo investigará os recursos que possibilitam ao profissional bibliotecário inovar. Para tanto, será elaborado e aplicado um questionário para os profissionais bibliotecários que mantêm serviços e produtos de informação com recursos da Web 2.0. Os resultados contribuirão para despertar os profissionais para a inovação como fonte de ampliação e fortalecimento da profissão

Clique aqui para o texto completo [pdf/10p.]

terça-feira, 17 de março de 2015

Onde está o bibliotecário?


Mais do que entender e gostar de livros, este profissional precisa amar se comunicar com pessoas

por Bruna Bacalgini

Cruzeiro do Sul

No dia 12 de Março foi comemorado o dia do bibliotecário. O próprio nome bibliotecário já nos faz lembrar de biblioteca, mas será que este é o único local em que podemos encontrar um bibliotecário?

O bibliotecário é o profissional que trabalha com a gestão da informação, esteja a informação em qual suporte for, seja livros, sites, bases de dados, fotos, jornais, enfim, onde existir um conjunto de informações para organizar e pesquisar, lá o bibliotecário poderá atuar.

Em um mundo cada vez mais digital e com um mar de informações à disposição somente a alguns cliques, qual o papel do bibliotecário? Diante de tantos textos, imagens, links, posts e dados na web, como encontrar a informação de que realmente precisamos? Como saber se a informação disponível na internet tem credibilidade? O bibliotecário é o profissional que poderá auxiliar o cidadão a encontrar a informação que necessita utilizando conhecimentos, técnicas, ferramentas e sua experiência profissional para buscar fontes de informações seguras e precisas.

Para organizar um acervo, seja ele físico ou digital, o bibliotecário necessita conhecer o público que irá utilizá-lo. Organizar o acervo de acordo com as necessidades e perfis de seus usuários. Mais do que entender e gostar de livros, este profissional precisa amar se comunicar com pessoas. Pessoas precisam localizar informações e para localizá-las é preciso que estejam guardadas e organizadas. Assim, os usuários são a razão de ser dessa profissão.

Mais do que ser organizado, o bibliotecário precisa ser comunicativo. Interagir com pessoas e compreender o que elas buscam de informação é uma das principais atribuições do bibliotecário. Sem essa comunicação com o usuário, não é possível saber exatamente o que ele precisa e assim, encontrar a informação necessária. 

Este profissional sabe quão valiosa uma informação pode ser para uma pessoa, desta forma, o atendimento ao usuário não é somente entregar um livro ou um documento, mas sim buscar com determinação e persistência a informação que fará diferença no cotidiano de seus usuários. Ele lida com sonhos, desejos, necessidades, dúvidas e anseios das pessoas, então quem serão seus usuários? Alguém que presta um concurso público e busca material para estudo; um cientista que precisa de dados para sua pesquisa; um advogado que precisa encontrar a legislação pertinente para defender a causa de seu cliente; um empresário que quer fechar negócio, mas precisa de mais dados sobre um setor econômico; uma criança que quer histórias para ler; um músico que precisa de uma partitura; um jornalista que precisa de um dado histórico para apresentar na reportagem... Enfim, são tantos os anseios que um bibliotecário pode atender que ele é um profissional não só da informação, mas da comunicação: interação faz parte do seu dia a dia.

O bibliotecário é também um agente de transformação, sugere ideias, busca alternativas, auxilia na tomada de decisões e promove e incentiva a leitura. Ao gerir um acervo, sabe que a preservação e a organização possibilitam o acesso à informação, permitindo que o conhecimento chegue às pessoas. Sabemos que o conhecimento faz parte do progresso social, econômico, científico, tecnológico e cultural, desta maneira, atuar no compartilhamento e na socialização do conhecimento faz o bibliotecário ser um agente de transformação. 

Engana-se quem pensa que o serviço do bibliotecário é quieto e tranquilo: o profissional lida com o ruído das inquietações, das conversas de seus usuários apresentando dúvidas, das solicitações por pesquisas que surgem na tela de seus computadores a cada dia, das discussões em reuniões para conquistar melhorias em seus locais de trabalho, de respostas velozes para atender às demandas solicitadas com urgência, além de estar antenado com as novidades tecnológicas para melhor desenvolver seus serviços.

A missão do bibliotecário é estar onde for preciso para preservar, organizar e disponibilizar a informação, permitindo que as pessoas encontrem exatamente o que precisam.

Bruna Bacalgini, bibliotecária na Universidade Estadual Paulista (Unesp) Campus Sorocaba. E-mail: bruna@sorocaba.unesp.br .

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

O futuro do profissional bibliotecário: desmistificando previsões exageradas


Biblionline, João Pessoa, v. 10, n. 2, p. 1-16, 2014. 

Jorge Santa Anna

Constitui uma reflexão teórica da literatura acerca do futuro do bibliotecário face aos novos tempos. Objetiva discutir a atuação híbrida do profissional bibliotecário do futuro, desmistificando a previsão equivocada de sua extinção, mesmo diante das novas tendências sociais provocadas pela revolução tecnológica. Refuta as constantes especulações acerca da extinção do bibliotecário diante dos impactos acometidos pela explosão da informação, globalização e novas tecnologias. Demonstra a necessidade de hibridismo a ser adotada por todas as profissões, no sentido de se adaptar ao novo paradigma social. Conclui que, o bibliotecário possui um campo de atuação em expansão, ampliando suas possibilidades de trabalho e assegurando sua necessidade e reconhecimento no mercado. Aprende que, a atuação do bibliotecário do futuro faz-se em meio a novos espaços de trabalho, como: a atuação em bibliotecas híbridas, bibliotecas digitais, em consultoria informacional e gestão da informação em organizações, além das grandes possibilidades de trabalho demandadas pelo ambiente web.

Clique aqui para o texto completo [pdf / 16p.]
Imagem: Internet


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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Livro digital e bibliotecas


O trabalho do bibliotecário em proporcionar o encontro entre livro e leitor se transforma de forma definitiva. Com a modernização e a facilidade de acesso à informação os processos que estavam estabelecidos se alteram.

Os bibliotecários se deparam com desafios sobre aplicação de novos modelos de negócio para licenciamento de conteúdo, empréstimo de livros digitais e privacidade dos usuários.

A expectativa dos leitores, a biblioteca do futuro, a alteração da forma física da documentação e os impactos no consumo causados pelas transformações na forma de acesso à leitura são temas atuais e de grande repercussão na estrutura das tradicionais bibliotecas.

Além de todo o avanço tecnológico que essas instituições vêm providenciando na disponibilização de seus acervos, uma outra necessidade deve ser considerada: a atuação profissional do bibliotecário.

Esse ‘novo’ profissional deve alterar sua forma de atuação, priorizando o serviço prestado e a atividade desempenhada, utilizando as disciplinas técnicas como meio e não como atividade-fim da profissão, tornando o espaço da biblioteca um local convidativo de conhecimento, crescimento e troca. O local da biblioteca também deve ser repensado como um ambiente que seja atrativo ao usuário, que permita interação alinhada com liberdade, não sendo apenas um espaço de troca e aprendizado, mas uma opção de lazer, repleto de oportunidades de descobertas e conhecimento.

É nesse cenário de tantas mudanças que a Editora FGV lança a obra Livro digital e bibliotecas, de Liliana Giusti Serra.

A autora, responsável pelo desenvolvimento dos softwares SophiA Biblioteca e SophiA Acervo, respondeu a 3 perguntas nossas. Confira:

Quais são as principais dificuldades encontradas pelas bibliotecas tradicionais na adequação da preservação e do acesso público às obras de seu acervo, funções originais dessas instituições, com o aumento cada vez maior da oferta e da demanda por publicações digitais?

O tratamento e gestão dos livros digitais são distintos dos impressos. As Bibliotecas precisam aos poucos iniciar a inclusão dessas fontes aos acervos. Vejo que o digital não inviabiliza ou inutiliza o impresso. Eles se complementam e permitem às bibliotecas poderem oferecer mais opções de conteúdo ao usuário, com variação de suporte, formato etc. A tendência é as bibliotecas possuírem acervos híbridos, com os ajustes que cada tipo de documento exige. O digital favorece a preservação ao eliminar a manipulação e deslocamento de originais. O acesso é ampliado, com títulos disponíveis nos catálogos das bibliotecas, podendo ser consultados de qualquer lugar, em qualquer horário.

O capítulo Sobre livros e música no formato digital inicia constatando uma certa resistência do mercado editorial sobre o avanço dos livros digitais com base nas grandes mudanças que ocorreram no mercado fonográfico há alguns anos. Até que ponto o futuro da leitura digital pode realmente seguir os mesmos passos da indústria fonográfica?

O mercado editorial está passando por período de transformações e as possibilidades e consequências ainda não são claras. A forma de consumir, ler, produzir livros está alterada. Os impressos coexistirão com os digitais e existe, a meu ver, espaço para essa convivência. Os editores têm resistência pois o caminho é incerto e pode comprometer o negócio do livro. 
É natural que queiram se cercar de seguranças ou controles, mesmo que isso signifique adicionar barreiras. A forma de consumir livros será alterada. Não tenho dúvidas disso. Porém, é um processo que vem ocorrendo, com o amadurecimento de editores, autores, livreiros e leitores. Será diferente, mas isso não significa que o mercado editorial deverá se reinventar como o fonográfico, até porque aprendeu muito com ele.

Qual a principal contribuição dessa obra para os profissionais envolvidos e leitores diversos?

Os livros digitais não são muito discutidos no Brasil. Ainda é muito novo para bibliotecas e bibliotecários. Se considerarmos que  a oferta desses recursos já existe há mais de 10 anos nos Estados Unidos e Europa, podemos dimensionar o quanto temos que caminhar até estarmos familiarizados com o recurso. Os bibliotecários precisam conhecer a complexidade em trabalhar com os livros digitais, visando fazer as escolhas acertadas de fornecedores, modelos de negócios, tipos de conteúdo etc. Se o bibliotecário não conhece, como irá oferecer os livros digitais a seus usuários? A obra busca trazer o tema para discussão, alertando os profissionais da informação sobre a complexidade e possibilidades de aplicação desses recursos. É um tema aberto, com modelos de negócios e suas implicações sendo estabelecidos. Entender o que já foi utilizado em outros países pode auxiliar o Brasil no momento de estabelecer suas políticas de livros digitais para bibliotecas.

Incluir livros digitais exige planejamento - assim como criar bibliotecas digitais. O profissional bibliotecário precisa estar ciente da complexidade da gestão do conteúdo licenciado para posicionar-se no momento da definição de contratação de conteúdo. Dessa forma terá mais subsídios para fazer os acertos necessários em suas atividades profissionais.


Livro digital e bibliotecas
Liliana Giusti Serra
Coleção FGV de Bolso | Série Sociedade & Cultura
Impresso - R$22,00
Ebook - R$15,00

via FGV Editora

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

"Um e-book nunca vai atingir o nível de romantismo que tem o papel"



El escritor en su paraíso, uma viagem através da vida de escritores famosos que foram bibliotecários. O prefácio é de Vargas Llosa.

Antonio Cervera | Granada hoy
Tradução livre
  
Conhecimento, não existe melhor lugar para isso do que a biblioteca. Livros, histórias, contos e outras maravilhas nascidos do poder da imaginação em conjunto com a escrita preenchem as prateleiras destes santuários da cultura. Stephen King, Lewis Carroll, Gloria Fuertes e Borges são conhecidos em todo o mundo em seu papel como escritores, mas poucas pessoas sabem que antes de se tornar autores aclamados foram também bibliotecários. Estes são apenas uma pequena parte de tantos escritores que passaram horas de trabalho e leitura em bibliotecas, por uma razão ou outra. El escritor en su paraíso: treinta grandes escritores que fueron bibliotecarios de Ángel Esteban revela a relação com as prateleiras de trinta escritores reconhecidos que, em algum momento de sua vida, exerceram a função de bibliotecários, realizando uma viagem por suas vidas, consagradas à literatura e à sua divulgação. 

Como surgiu a ideia de explorar a faceta de bibliotecário de escritores famosos? 

"Eu já havia publicado na revista Mi biblioteca uma série de gravuras sobre pequenas anedotas sobre escritores que haviam sido bibliotecários. Por isso, demorou apenas considerar um projeto maior, e o livro nasceu. No entanto, o meu interesse neste mundo não é novo. Eu sempre fui um homem de biblioteca, como os meus estudos me obrigou a estar constantemente em contato com esses lugares. Lembro-me de ser surpreendido pela Biblioteca da Universidade de Illinois, que tinha mais livros de quando visitei a Biblioteca Nacional da Espanha. Eu também visitei as coleções pessoais de diferentes escritores para um livro que desenvolvi há dez anos. Me encantou, por exemplo, Vargas Llosa, que transportava seus livros por todo o mundo, a cada nova casa, para não se separar deles. 


Falando de Vargas Llosa, como se sente ao ter o prefácio de um prêmio Nobel? 

Para mim é uma honra ter a sua cooperação, e eu sei que o seu nome é um endosso para o meu livro. Ele é um amante de bibliotecas. Toda sua vida ele tem continuamente trabalhado como um bibliotecário, além de escrever. Eu sabia que ele iria amar a questão e quando eu propus, não hesitou em me apoiar.


Estamos diante de um problema que pode ser um pouco denso. É um livro para todos os públicos? 

Absolutamente. Primeiro, é um livro informativo, escrito em narrativa. O público em geral pode desfrutar. Embora tenha havido uma grande pesquisa e documentação, é um livro de biografias, de histórias interessantes. Os capítulos são curtos e podem ser lidos de forma independente, como uma fada que escolhe uma compilação dos Irmãos Grimm (estes, aliás, um dos capítulos). Descrevo o trabalho destes escritores-bibliotecários e me pergunto como isso influenciou a literatura. 


Entre as trinta histórias que compõem o livro, são muitos tipos de bibliotecários. Tanto como personalidades? 

Sim, mas, mesmo assim, de uma maneira geral, existem quatro principais classes de escritores que foram bibliotecários. Em primeiro lugar, há aqueles para os quais antes é um prazer que um trabalho. Este é o caso de Borges e Vargas Llosa, que amam os livros, possuindo-os e organizando-os. Outros, como, por exemplo, os irmãos Grimm, foram colocados para trabalhar entre as prateleiras para recolher material para suas obras literárias. Nada do que eles escreveram era novo, tudo veio da tradição popular. Em terceiro lugar,  estão aqueles que descobriram a literatura em bibliotecas. Este é o caso do cubano Reynaldo Arenas, que era pobre, e por acidente obteve um cargo de bibliotecário e teve seu encontro com as letras. Descobriu os clássicos, e desenvolveu um trabalho brilhante como Celestino antes del alba. Finalmente, há alguns que odiaram seu trabalho, se envolveram com bibliotecas porque eram pessoas difíceis. Marcel Proust, foi enviado por seu pai e obrigado a trabalhar na Biblioteca Mazarine, escapava sempre que podia, e fazia um trabalho ruim de propósito. Ele disse que o pó dos livros lhe causou asma.


Entre muitos escritores do sexo masculino, encontramos alguma bibliotecária?

Um dos capítulos é dedicado a grande Gloria Fuertes. Ao mesmo tempo que trabalhou na Biblioteca do Instituto Internacional de Madrid, se dedicou a ajudar aqueles que foram estudar lá. Em relação a algumas perguntas sobre os gostos e interesses sempre recomendava livro. Em suma, estava preocupado como estes leitores. Embora mais mulheres têm sido importantes e têm desempenhado um papel nas bibliotecas, como María Moliner, a importância dos outros autores obrigou-me a deixar Gloria Fuertes como a única representante do sexo feminino. 



Diz-se que o conhecimento é poder. Nenhum dos escritores do seu livro flertou com o poder político e econômico para realizar seu trabalho de bibliotecário?

São vários os casos de escritores que tiveram energia quando trabalham nas bibliotecas. Este é o caso de Goethe, que exerceu toda a sua vontade política e poder social para levar a Biblioteca de Weimar a um apogeu cultural impressionante, cheia de encontros, leituras e palestras de filósofos. O peruano Ricardo Palma recebeu a missão de seu governo para reconstruir em 1879, a Biblioteca Nacional depois da guerra com o Chile. Ele usou todo o seu poder para encontrar livros perdidos, recomprá-los e até mesmo pedir a colegas escritores. Isso lhe rendeu o apelido de "o bibliotecário mendigo". No caso espanhol, encontramos Benito Arias Montano, que trabalhou para Felipe II. O rei lhe disse, "sua viagem será paga pela coroa para comprar os melhores livros, sejam manuscritos ou impressos". E ele fez isso, foi um projeto tão ambicioso que veio a competir em magnitude com a Biblioteca do Vaticano. Existiram escritores-bibliotecários que também usaram seu poder para censurar ou promover ideologias, mas no meu caso eu selecionei exemplos de autores que trabalharam em favor de livros, bibliotecas e leitores. 


Com a crescente digitalização, o conceito de biblioteca está condenado a desaparecer, se não se reinventar. Você poderia escrever um livro, com escritores que trabalharam com e-books?

Claro que não. Um e-book jamais atingirá o nível de romantismo que tem o papel. As histórias que conto foram trabalhados em bibliotecas repletas de prateleiras com livros reais. O que resta é o real, e o que é real é o físico. Não sou contra que existe uma realidade virtual, mas esta pode desaparecer a qualquer momento, e os livros de papel não. Vargas Llosa disse (em tom pessimista, é claro) que algum dia será o fim do papel e as bibliotecas serão museus, como se estivéssemos visitando uma catedral ou o local dos banhos romanos. Eu não compartilho dessa opinião. Temos que lutar, porque o papel não desaparecerá. É compatível com o digital, e aqui a educação tem muito a dizer. A editora do livro (Periférica) aposta muito por esse aspecto, tendo o cuidado para maximizar a apresentação. Seus livros são, em certo sentido, "livros caros": bom papel, capa dura, arte final cuidadosa... Afinal, tomar em mãos um bom livro é um prazer que acompanha a experiência de leitura : olfato, tato, visão ... todos tem. Meu livro é um hino à biblioteca, uma homenagem aos livros e as pessoas que tanto aprendi e desfrutei. A mensagem é clara: você tem que ler livros em papel.


terça-feira, 26 de agosto de 2014

Nova universidade nos EUA inaugura biblioteca sem livros em papel

Universidade Politécnica da Flórida teve sua primeira aula nesta segunda. A nova biblioteca tem 135 mil livros, todos em formato digital.

Do G1, em São Paulo


Prédio principal da Universidade Politécnica da Flórida, em foto sem data; a nova biblioteca foi inaugurada sem livros em papel (Foto: Reuters/Divulgação/Universidade Politécnica da Flórica)

A Universidade Politécnica da Flórida, nos Estados Unidos, foi inaugurada na semana passada na cidade de Lakeland prometendo abordagens inovadoras no ensino e na pesquisa em ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Uma dessas inovações é a biblioteca, que foi aberta neste mês com um acervo de 135 mil livros, mas nenhum deles impressos no papel. Todos estão em formato digital. A primeira aula da história da universidade aconteceu nesta segunda-feira (25).

"É uma decisão corajosa avançar sem livros", disse à agência de notícias Reuters Kathryn Miller, a diretoria de bibliotecas da nova instituição. A ideia por trás dessa decisão é refletir a priorização pela alta tecnologia que permeia toda a missão da "Florida Poly", como a universidade é chamada nos Estados Unidos.

Os 135 mil e-books podem ser acessados pelos estudantes pelo tablet ou notebook pessoais. O local, assim como o resto do campus, é equipado com internet sem fio. Além dos títulos já disponíveis, a instituição tem um orçamento de US$ 60 mil (cerca de R$ 140 mil) para comprar livros digitais por meio de softwares, para que os alunos possam lê-los uma vez gratuitamente. Com o segundo clique, a universidade compra o e-book. "Em vez de o bibliotecário colocar livros que eu acharia relevantes na estante, os estudantes é que estão escolhendo", disse Kathryn.

Nova função para bibliotecários
Já que não têm mais a função de carregar e guardar os livros físicos, os bibliotecários contratados pela universidade têm como principal tarefa orientar os leitores a aprender a gerenciar os materiais digitais.

A nova biblioteca, porém, não é 100% sem papel, segundo a Reuters. Alunos podem levar livros para estudar no local e emprestar livros em papel das outras 11 universidades estaduais da Flórida.

A Politécnica é a 12ª universidade mantida pelo governo do estado da Flórida e o prédio principal do campus foi desenhado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava.
A construção levou 28 meses e, além da biblioteca digital, há um supercomputador e laboratórios de pesquisa para estudantes e professores.


Prédio principal da Universidade Politécnica da Flórida foi desenhado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava (Foto: Reuters/Divulgação/Universidade Politécnica da Flórica)

terça-feira, 19 de agosto de 2014

O caminho do êxito



"O Google pode te dar 100 mil respostas. Um bibliotecário pode te mostra o melhor caminho" 

Neil Gaiman

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Seminário para Bibliotecários e Profissionais da Informação na Bienal do Livro 2014

25 de Agosto de 2014, 2ª feira, das 9h30 às 18h

Destaques da programação

10h às 11h - O papel da biblioteca no mundo digital no que se refere ao acervo físico - Olaf Eigenbrodt

15h às 16h - Gestão de conteúdos no entorno digital

17h às 18h - A biblioteca 2.0


Inscrições: crb8@crb8.org.br - 11 5082-1404



segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Época contra Bibliotecários


Revista Época rumina velhos preconceitos em matéria de capa desta semana:

Seu trabalho tem futuro? as profissões condenadas a desaparecer - e aquelas que resistirão às novas tecnologias

afirmando que máquinas começam a substituir o trabalho intelectual de profissões como os bibliotecários, apresentando em tabela que a profissão é a terceira mais ameaçada, com 99% de risco de extinção.

Leia a matéria, e se você discordar das opiniões expressas pelo Iluminados - lembrando que não é a primeira vez que a revista apresenta posição negativa referente a profissão - envie sua Manifestação para os órgãos de classe, sindicatos, redação epoca@edglobo.com.br, Diretor epocadir@edglobo.com.br, redes sociais https://www.facebook.com/epoca.com.br / https://twitter.com/RevistaEpoca / https://plus.google.com/+Epoca


Revista Época não me representa!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O Livro dos Livros: 1.160 e-books grátis para Bibliotecários e Documentalistas


EL LIBRO DE LOS LIBROS 

1160 Libros profesionales de descarga gratuita y legal para Bibliotecarios y Documentalistas 

Compilados por Julio Alonso Arévalo 

Bibliotecário da Faculdade de Tradução da Universidade de Salamanca

Clique aqui para baixar [pdf, 607 p.]

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Livro "O bibliotecário e a leitura conectada" na Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação



Resenha


Márcia Maria Palhares | Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação

Eloy é formado em Biblioteconomia pela Fatema/Uniesp e especialista em Gestão doConhecimento pelo SENAC e Formação em Educação à Distância pela UNIP. Bibliotecáriouniversitário, responsável pelo site Pesquisa Mundi (pesquisamundi.org), membro do conselhoeditora das Edições Leitura Crítica (leituracritica.com.br), e tem grande paixão pelos livros, música e filmes dentre outros. 

A obra de Eloy tem fácil leitura e está disponível tanto no formato impresso quanto emformato digital (e-book), ressalta o assunto numa leitura simples e de fácil compreensão. Numtotal de 76 páginas concentrada em dois capítulos. No primeiro apresenta informações sobre arelação dos bibliotecários com os e-books, e-readers e tablets, nesse ambiente tecnológico em queas bibliotecas estão inseridas, e no segundo, ressalta a necessidade do bibliotecário tercompetência informacional e digital para lidar com esse tipo de tecnologia. Com citações deautores diversos a composição do texto foi bem elaborada, trata-se, portanto, de uma obra comconhecimento indispensável ao bibliotecário.

O autor em seu texto informa que a participação efetiva e a competência do bibliotecáriodentro do novo cenário contemporâneo onde tecnologia e biblioteca andam juntas. Ressalta sobreo perfil do bibliotecário, onde esse deve ser criativo e usar as ferramentas tecnológicas a seufavor, sobretudo, para saber disseminar a informação de forma correta e valorizar o uso dainformação, independente do suporte. 

Eloy informa que mesmo diante de tanta tecnologia invadindo a vida dos usuários debiblioteca, e-books e livros impressos ainda fazem uma bela parceria e simultaneamente atendemaos diferentes nichos de mercado. E, existe uma grande necessidade de os bibliotecários seadequarem e terem competência para lidar com essas novas tecnologias, sobretudo, se adaptarem ao trabalho com e-books, e-readers e tablets nas suas bibliotecas, pois, essas tecnologias contribuem para a expansão da leitura e disseminação dos conhecimentos.

Para o autor o uso dessas tecnologias e-books, e-readers e tablets já é uma realidade em pleno crescimento em outros países e que no Brasil ainda cresce em passos lentos. Embora o uso dessas tecnologias apresentem grandes vantagens em relação ao livro impresso. Porém, da mesma forma que apresentam vantagens, esse tipo de tecnologia pode dispersar a atenção do leitor, visto que os leitores de e-books oferecem uma gama de outros produtos e aplicativos quedificultam a introspecção dos leitores, o que não acontece com o livro impresso.

Diante da realidade brasileira e mundial, Eloy ressalta a necessidade de o bibliotecário estar atento e compreender o impacto que essas tecnologias trarão ao cotidiano dos usuários da biblioteca, por isso, é importante que o mesmo tenha competência para lidar com a informação tecnológica. E estar preparado para as mudanças tecnológicas, pois, essas serão incorporadas ao trabalho dele, no entanto, o desenvolvimento de competências deve ser um processo efetivo visando desenvolver habilidades, conhecimentos, atitudes de forma contínua, e, conhecer sobre e-books, e-readers e tablets é parte importante nesse processo.

Para Eloy a competência informacional tem por finalidade dentre outras formar pessoas que conheçam o mundo da informação e sejam capazes de identificar e manusear fontes potenciais de informação de forma efetiva e eficaz, que saibam avaliar criticamente a informação, que usem e comuniquem a informação de forma organizada e com fim de gerar e ampliar ouniverso informacional, que sejam aprendizes informacionais de forma independente, que saibam aprender ao longo da vida, e, estejam dispostos a vencer desafios sobretudo, no momento atual.

Diante de todos os desafios enfrentados ou que estão por vir, com as tecnologias que se apresentam na contemporaneidade, o bibliotecário segundo Eloy deve reconhecer as necessidades informacionais de seus usuários em todos os aspectos, principalmente, porque representam uma mudança radical na profissão do bibliotecário e na gestão informacional. A inexistência de competência informacional por parte do bibliotecário é principal problema que ele enfrentará, visto que, sem preparo será difícil lidar com as mudanças e, se o mesmo estiver preparado será mais fácil enfrentar os desafios e atender às exigências do meio.

De acordo com Eloy é importante ressaltar que as tecnologias devem ser encaradas como aliadas dos bibliotecários, e que isso facilita a interação entre todos os envolvidos, biblioteca/bibliotecário/usuário/tecnologias. Mesmo com toda tecnologia a favor, inúmeros suportes de informação ter competência informacional depende exclusivamente da atuação crítica sobre o que o mercado oferece.

É um livro que serve de avaliação pessoal sobre a posição do bibliotecário diante de suas competências e sobre sua atuação no mercado tecnológico e quanto isso influencia sua rotina na instituição, bem como, lança um alerta da necessidade de o bibliotecário se preparar para atuar efetivamente com as tecnologias. 

Informações da Resenhista


Bibliotecária Documentalista - Consultora em Gerenciamento de Bibliotecas, Gestão Documental e Tecnologia emSegurança de Bibliotecas. Graduada em Biblioteconomia e Documentação. Especialista em Educação Especial paraBem Dotados e Talentosos. E-mail: mmpalhares@gmail.com

Resenha recebida em 29/08/2013

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Conversando com o Mecanismo de Busca



Cena do do filme A Máquina do Tempo (The Time Machine, 2002) em que o cientista Alexander Hartlegen (interpretado por Guy Pearce) conversa com o Vox, um sistema de busca futurista

terça-feira, 11 de junho de 2013

O bibliotecário frente as tecnologias



Segue transcrição da entrevista cedida ao bibliotecário Diego José Leite de Paula, para o seu então Trabalho de Conclusão de Curso de graduação em Biblioteconomia realizado na Unifai, sob orientação da Profª. Marcely Bento Rangel, alcançando na avaliação a nota máxima, com louvor.

Divulgação e capacitação de usuários em bases de dados técnico-científicas (BDTC) na biblioteca universitária


Resumo: O presente estudo enfatiza a importância da atualização dos profissionais da informação frente as tecnologias, com o foco principal na importância das bases de dados técnico- científicas nas bibliotecas universitárias. Expõe os serviços de referências disponibilizados pelos bibliotecários, discutindo a capacitação dos usuários para aperfeiçoar tais ferramentas, minimizando os problemas no acesso à pesquisa científica e justificando o alto custo investido. Analisa a crença de que a biblioteca otimiza o acesso às bases de dados quando oferece níveis diferenciados de capacitação, de acordo com a necessidade de informação de cada segmento da comunidade acadêmico-científica em que atua.  

Clique aqui para acessar o trabalho completo [pdf | 57p. | 1.25MB]




APÊNDICE A: Entrevista com o Bibliotecário Rodney Eloy


Por favor, faça uma breve apresentação:

Rodney Eloy [@rodneyeloy] possui especialização em Gestão do Conhecimento pelo Senac, e, Formação em Educação à Distância pela Unip;  graduação em Biblioteconomia  pela Fatema/Uniesp.  Bibliotecário  universitário;  responsável pelo Pesquisa Mundi [pesquisamundi.org], e membro do conselho editorial das Edições Leitura Crítica [leituracritica.com.br].


1.         Rodney, o Blog Pesquisa Mundi é definido como “um espaço para discussão, divulgação de bases de dados, informações de bibliotecas digitais/virtuais, arquivos de acesso livre, etc.” Por que surgiu a necessidade desse espaço?

Surgiu a partir da necessidade de compartilhar meus conhecimentos. Tudo começou devido a minha fascinação pelo mundo da pesquisa e suas fontes. O grupo de discussão Pesquisa Mundi, criado em 2005, contava com participação de centenas de profissionais da área, disponível até 2009. Atrelado a isso, criei uma página com uma relação de links de fontes de informação, que mais tarde foi transformado em uma opção muito mais dinâmica, que é o blog atual.  

2.         Na graduação, você recebeu algum incentivo quanto a utilização de BD?

Sim. Cursei Biblio de 1995 à 1998, e uma tecnologia muito comentada na época, eram os CD-ROMs e as bases de dados de então. A internet no Brasil ainda estava dando os primeiros passos, e em 1996, foi o ano que realmente a coisa alavancou, com a proliferação de provedores e usuários. Diante desta perspectiva, desenvolvi em Meu Trabalho de Conclusão de Curso em 1998, uma base de dados em papel titulado "Guia de Bibliotecas Universitárias Brasileiras na Internet", e publiquei posteriormente na então proeminente Internet ficando no ar de 1998 à 2003.  

3.         Você possui uma experiência em Biblioteca Universitária, você acha que essa tecnologia é explorada de forma adequada nesse ambiente?Qual é a maior dificuldade dos pesquisadores em usá-las?        

Em muitos casos sim, em outros não. Por outro lado, a maior dificuldade que vejo atualmente é a tendência imediatista das novas gerações de pesquisadores que não tem muita paciência, querem a respostas fáceis e imediatas, porém a pesquisa acadêmica requer muita reflexão e não poder ser fácil, nem rápida. 

4.         Existem várias Universidades, Escolas Técnicas, Associações, Institutos de Pesquisas, entre outras, que divulgam e utilizam seu blog. Você tem consciência do papel de educador que exerce? Recebe feedback por parte delas?  

Sim, eu acredito que o que estou realizando através do Pesquisa Mundi faz a diferença no dia a dia de quem acessa. Recebo mensagens de reconhecimento de intituições nacionais e internacionais, além de bibliotecários, professores, jornalistas etc 

5.         Existem várias BU que utilizam o blog e as redes sociais para chegarem até seu público-alvo, porém a maioria ainda restringem o acesso a essas ferramentas, alegando que os universitários não estão educados para utilizá-las de forma adequada. Qual é sua opinião?

Acredito que todas as ferramentas devem ser liberadas em ambientes acadêmicos, porém, oportunizando para a correta utilização, neste caso com o foco na educação. Bibliotecas Universitárias devem utilizar os recursos tecnológicos disponíveis para falar a língua dos usuários, podendo assim criar vínculos mais significativos e duradouros, e redes sociais estão incluídas.


6.         Os pesquisadores vão até seu blog ou seu blog vai até eles? De que forma?

As duas coisas. Realizo divulgação através de mailling e grupos de discussão na área de biblioteconomia. Recebo visitas de seguidores das diversas redes sociais existentes, de pesquisadores que nos encontram através de buscadores etc 

7.         Em sua opinião, como bibliotecário especializado em BD, qual é a forma mais adequada para divulgar, capacitar e motivar os alunos para a utilização das BD?

Primeiramente desmitistificar o poderoso Google como fonte de todas as informações do Universo. Existe a necessidade de motivar os alunos a se tornarem críticos em relação a informação, fazer com que eles deixem de lado um pouco a velocidade, a urgência por informações, e sejam incentivados a maturarem suas ideias, a terem mais precaução e menos ingenuidade e deslumbramento perante ferramentas tecnológicas.


8.         Como você se atualiza? Qual é a maior dificuldade na seleção de feeds para o blog?

Além de uma garimpagem digital, nos feeds, utilizo a plataforma do próprio Blogger onde acompanho aproximadamente 200 fontes de informação selecionadas nas áreas de educação e tecnologia.
  

9.         Você acha que o profissional bibliotecário ainda não “acordou” para as novas tecnologias?

Tecnologias sempre trazem novos paradigmas e questionamentos, portanto, estas mudanças são acompanhadas com muitos casos de resistência especialmente por parte de profissionais da informação, principalmente os da Geração X (nascidos entre 1960 e 1980). No entanto, independente da opinião dos resistentes, as mudanças não deixarão de acontecer, elas são constantes e conscentizar-se disso é obrigação de todos. Por outro lado, os profissionais da Geração Y (nascidos entre 1980 e 2000) já entrentam outro tipo de problema, a fé cega na tecnologia. 

10.       Quais são as transformações que ainda ocorrerão na Biblioteca Universitária?

Muitas e cada vez mais rápidas e radicais, exigindo constantes reflexões na prática biblioteconômica num mundo cada vez mais digital. E acrescento, que as ações devem estar voltadas para o agora,  sempre reconhecendo e priorizando estratégias que possam melhorar a experiência dos usuários na pesquisa e busca de informações, cada vez mais autônoma.

Muito obrigado pela entrevista, pela dedicação à área da biblioteconomia, pela gentileza em participar do meu Trabalho de Conclusão de Curso e parabéns pelo ótimo trabalho. 

Obrigado! Sucesso em seu Trabalho e em sua carreira profissional!!!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Saiba onde comprar o livro digital "O Bibliotecário e a leitura conectada"



Conheça as diversas lojas online que estão comercializando a versão digital do livro "O Bibliotecário e a leitura conectada: competência informacional digital na era dos e-books, e-readers e tablets"

Formato: PDF (Livro Digital)

Leia esta livro em Computadores, Tablets, Leitores eletrônicos ou Smartphones












sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Portal universitário quer conhecer a opinião dos estudantes sobre o futuro do livro impresso


Novo concurso cultural do Ligado na Facul vai premiar com um exemplar de um livro recém-lançado sobre este assunto


Já não é novidade que o universo dos livros está migrando para o mundo digital. Enciclopédias e bibliotecas são adaptadas, obras já estão disponíveis gratuitamente na web e até os lançamentos vêm com versão para tablet. Na semana passada, a chegada da Amazon ao Brasil deu mais fôlego a esse mercado potencial.


Essa mudança que impacta a vida de estudantes e profissionais de diversas áreas, principalmente os bibliotecários, remete a um questionamento frequente sobre como se acostumar com a leitura online e com as novas dinâmicas de trabalho.

O portal Ligado na Facul, voltado para a valorização do ensino superior, quer saber a opinião de seus usuários sobre esse assunto, que é tratado pelo livro de Rodney Eloy "O bibliotecário e a leitura conectada: competência informacional digital na era dos e-books, e-readers e tablets".


Para isso está lançando o concurso cultural “leitura conectada”, que dará um exemplar desse livro para a melhor resposta à pergunta: Você acredita que o mundo dos livros em papel vai acabar? Por quê?

“O objetivo dessa iniciativa é fazer com que os estudantes opinem sobre o cenário atual, e reflitam sobre como poderá ser o mercado editorial com as novas plataformas digitais”, explica Ricardo Lombardi, coordenador do site.

As regras para participar desse concurso são:

1. Curtir a página do Ligado na Facul no Facebook e seguir o perfil do site no Twitter.
2. Enviar uma resposta de sua autoria, com até 500 caracteres, para o e-mail
ligadonafaculsp@gmail.com.
3. Só é permitido o envio de uma resposta por candidato. Se o candidato enviar mais de uma será automaticamente desclassificado.
4. Os textos serão aceitos até as 23h59 do dia 20 de dezembro de 2012.
5. A participação no concurso é livre para qualquer morador do território brasileiro.
6. A comissão julgadora, formada por membros do Ligado na Facul, escolherá a melhor resposta com base nos critérios de adequação ao tema.
7. O resultado do concurso será oficialmente divulgado no dia 21 de dezembro de 2012 no portal do Ligado na Facul. O vencedor também será comunicado por e-mail.


Ligado na FaculConheça o projeto Ligado na Facul do Semesp, que busca valorizar a qualidade na escolha da instituição de ensino superior privado. Acesse www.ligadonafacul.com.br

Sobre o Semesp
Fundado em 1979, o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo - Semesp congrega 370 mantenedoras e 545 mantidas, que oferecem cursos em 162 municípios do estado de São Paulo. Tem como objetivo preservar, proteger e defender o segmento privado de educação superior, bem como prestar serviços de orientação especializada aos seus associados. Periodicamente, realiza uma série de eventos, visando promover a interação entre mantenedoras e profissionais ligados à Educação. Dentre eles, destacam-se o Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro; o Congresso Nacional de Iniciação Científica; e as Jornadas Regionais, realizadas em cidades do Interior do Estado de São Paulo. Para saber mais sobre o Semesp, acesse www.semesp.org.br/portal / ou www.facebook.com/semesp e www.twitter.com/semesp_online.

Fonte: Maxpress

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Formação conectada para bibliotecários


Livro discute mercado e papel profissional na era digital dos livros



Por Livia Fonseca Nunes / Convergência Comunicação Estratégica


O mercado de livros digitais ganha força e impacta diretamente a carreira dos bibliotecários. Como eles podem se adequar à nova dinâmica da profissão? Qual seu papel e influências no novo cenário das bibliotecas?

Esta discussão está presente no livro "O bibliotecário e a leitura conectada: competência informacional digital na era dos e-books, e-readers e tablets", de Rodney Eloy. A obra já está disponível na Amazon do Brasil, mas se você ficar interessado, fique ligado que vem surpresa por aí!

O autor é graduado em biblioteconomia, especializado em gestão do conhecimento e administrador do Pesquisa Mundi, site em que nasceu a ideia do livro, confira na entrevista:

Ligado na Facul - Como a obra está estruturada?

Rodney Eloy - Procurei direcionar o texto objetivamente em duas partes, além de incluir o prefácio de Regina Fazioli, idealizadora e coordenadora da Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo. Desta forma, na primeira parte do livro, apresentei elementos sobre as novas tecnologias e a relação destas com os profissionais da área. Na segunda, me preocupei em demonstrar como este profissional irá se preparar mediante  às competências informacionais tão importantes para os atuais desafios e conflitos encontrados nas Bibliotecas e educação de modo geral.

LNF - O que o motivou a escrever sobre o assunto?

RE - Em 14 de fevereiro de 2012 postei um artigo no Pesquisa Mundi e me deparei com a possibilidade de apresentar minhas inquietações subjetivas referentes a este novo, vasto e fascinante universo digital. Diante do interesse e dos  mais de 6 mil acessos únicos, sendo destaque em diversos outros sites e fomentando discussões nas redes sociais, fui motivado a dar origem ao livro, onde compartilho de forma mais sistematizada questões referentes às novas demandas tecnológicas.

LNF - De que forma o livro pode auxiliar os profissionais?

RE - Acredito que este livro, direcionado a bibliotecários e educadores em geral, contribui na atuação destes profissionais e os orientam para enfrentar uma realidade cada vez mais complexa, exigindo a aquisição de novas competências e habilidades no desenvolvimento da área de gestão informacional. Como profissional da área, posso me incluir neste processo. Contudo, a partir de algumas características marcantes do contexto atual, existe uma real necessidade de o profissional conectar-se com a contemporaneidade tecnológica que se apresenta e, portanto, o livro pode ajudar nesta nova visão.

LNF - Qual a importância de as bibliotecas e profissionais de biblioteconomia estarem integrados às ferramentas tecnológicas?

RE - As transformações estão acontecendo a todo momento. Muitas e cada vez mais rápidas e radicais, exigindo constantes reflexões na prática biblioteconômica e num mundo cada vez mais digital. Neste cenário, o profissional precisa ser competente digitalmente para lidar com tal realidade, frente às ferramentas que disponibilizam a busca de informação cada vez mais autônoma por parte dos usuários. Em consequência, estas práticas seguramente serão importantes também para um novo perfil de bibliotecas.

LNF - De que maneira você acredita que a relação entre livros e tecnologia pode contribuir para a melhoria dos serviços e da própria profissão?

RE - Os livros continuamente evoluíram através de diversos suportes no decorrer da história. O avanço das tecnologias certamente beneficia e contribui para esta evolução eliminando barreiras. Porém, para que esta relação tenha sucesso, os profissionais devem abraçar estes novos desafios, levando em consideração seu novo papel em sua profissão, assim como a redefinição dos usuários e dos pesquisadores, que indiscutivelmente mobilizam transformações e melhorias nos serviços e na própria atuação.

LNF - O que você diria aos mais conservadores?

RE - Tecnologias sempre trazem novos paradigmas e questionamentos, portanto, estas mudanças são acompanhadas com muitos casos de resistência especialmente por parte de profissionais da informação, principalmente os da Geração X. No entanto, independente da opinião dos resistentes, as mudanças não deixarão de acontecer, elas são constantes e conscientizar-se disso é obrigação de todos. Por outro lado, os profissionais da Geração Y já enfrentam outro tipo de problema, a fé cega na tecnologia. Neste contexto, os profissionais que optarem por ignorar tais mudanças, estarão limitando sua própria caminhada e crescimento profissional.