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sexta-feira, 29 de junho de 2018
Parceria disponibiliza toda a coleção da revista Ciência e Cultura em formato digital
A revista teve seu primeiro número publicado em 1949, ano seguinte ao da criação da SBPC. Com a digitalização, as 456 edições e suplementos da revista podem ser consultados no site da Hemeroteca Digital da Fundação Biblioteca Nacional
Uma parceria da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) com a Hemeroteca Digital Brasileira, da Biblioteca Nacional, viabilizou a digitalização de toda a coleção da revista Ciência e Cultura. A revista teve seu primeiro número publicado em 1949, ano seguinte ao da criação da SBPC. Desde 2002, quando a revista passou a ser produzida no Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo, Labjor Unicamp, além da versão impressa, a Ciência e Cultura conta com uma versão digital no portal Scielo. Os números anteriores a 2002, no entanto, eram de difícil acesso. Com a digitalização, as 456 edições e suplementos da revista podem ser consultados no site: http://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital/.
A revista é um marco para a institucionalização da ciência no País. De acordo com Carlos Vogt, editor chefe da revista, trata-se de “uma das publicações mais antigas e importantes para a grande virada que a ciência brasileira conhece a partir dos anos 1950”. Hoje a revista busca contribuir para o debate dos grandes temas científicos da atualidade e atrair a atenção, principalmente das novas gerações de pesquisadores, para uma reflexão continuada e sistemática sobre tais temas. De periodicidade trimestral, seu espaço editorial é dividido em quatro áreas: Núcleo temático, no qual são publicados artigos com diferentes enfoques sobre um tema específico; Artigos&ensaios, focados em temas da atualidade científica; Notícias, que fornece uma visão abrangente do que vai pelo mundo no universo da ciência e da cultura; e Expressões culturais, com artigos, críticas, reportagens sobre tendências em literatura, teatro, cinema, artes plásticas, música, televisão, novas mídias, etc.
De acordo com Vinícius Martins, coordenador da Hemeroteca Digital Brasileira, o processo de digitalização levou cerca de cinco meses, entre o levantamento dos números, digitalização e processamento das imagens para o reconhecimento do texto. “Digitalizamos a totalidade da coleção, todos os números e suplementos - são 456 edições, com cerca de 68 mil páginas”, disse. Boa parte dos números impressos já estava na Biblioteca Nacional. “Complementamos os que faltavam em nossa coleção com as edições pertencentes ao acervo do Centro de Memória da SBPC”, explicou Martins, sobre o trabalho do Centro de Memória Amélia Império Hamburger (CMAIH), inaugurado em 2017, na sede da SBPC, em São Paulo.
A Hemeroteca Digital Brasileira é um portal de periódicos nacionais. O acesso pela internet permite aos usuários consultar jornais, revistas e diversas publicações seriadas de qualquer lugar. “Uma das motivações para a criação da hemeroteca foi criar um repositório para periódicos científicos”, contou o físico Ildeu de Castro Moreira, atual presidente da SBPC e que foi um dos idealizadores desse projeto quando estava à frente do Departamento de Popularização e Difusão da C&T, do então Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, entre 2004-2013. A viabilização do projeto contou com o financiamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), por meio da Financiadora de Estudos e Projetos, (Finep) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que investiram recursos para aquisição das máquinas e desenvolvimento das ferramentas de busca. “Ainda há muitas coleções de periódicos de associações científicas disponíveis apenas na versão impressa. A Hemeroteca pode ajudar a disseminar esse conhecimento para um número maior de pessoas, além de contribuir para construir uma memória da ciência brasileira”, complementou.
A digitalização da Ciência e Cultura confirma esse papel, já que boa parte da história da instituição está documentada justamente nas páginas da revista. “É uma forma de recuperar e preservar a história da instituição”, disse Áurea Gil, historiadora da SBPC, que coordena o Centro de Memória Amélia Império Hamburger, da SBPC.
A consulta da revista Ciência e Cultura na Hemeroteca Digital pode ser feita por título, período, edição, local de publicação e palavra, acessando este link. “A busca por palavras é possível devido à utilização da tecnologia de Reconhecimento Ótico de Caracteres (Optical Character Recognition - OCR), que proporciona aos pesquisadores maior alcance na pesquisa textual em periódicos. Todo o texto reconhecível é indexado e pode ser recuperado”, explicou Martins. Outra vantagem do portal é que o usuário pode também imprimir em casa as páginas desejadas.
Acesse e consulte todo o acervo: http://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital/
via SBPC
sexta-feira, 23 de junho de 2017
NASA disponibiliza gratuitamente para download e-books nas áreas de História, Ciência e Aeronáutica
A agência espacial lançou uma série de e-books relacionados com a sua história. Entre os diversos livros eletrônicos, você pode encontrar títulos sobre aeronáutica, história, ciência e muito mais. As obras estão disponíveis gratuitamente e em diversos formatos: PDF, EPUB e MOBI.
Visite:
www.nasa.gov/connect/ebooks/
quinta-feira, 9 de junho de 2016
WikiCiências
A WikiCiências é uma enciclopédia digital com conceitos de ciência, escrita com rigor científico e didático, e destinada a professores e alunos de todos os níveis de ensino.
Os documentos distribuem-se pelas categorias de biologia, geologia, física, química e matemática.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
Os estudantes de ciência que publicam e revisam artigos da Wikipédia
É obrigação civil de cientistas e educadores aperfeiçoar os artigos da Wikipédia? Essa é uma questão interessante quando consideramos a importância da enciclopédia digital para a educação: o site recebe mais de 8.000 visitas a cada segundo, e seus artigos são, quase sempre, o primeiro resultado de nossas pesquisas no Google.
Leia a matéria completa na Folha de S. Paulo
terça-feira, 6 de outubro de 2015
Ciência: falar abertamente
Disponível de forma gratuita na internet, livro discute o movimento pela ciência aberta, com reflexões teóricas e exemplos práticos dessa nova dinâmica de produção e circulação do conhecimento.
Catarina Chagas | Instituto Ciência Hoje/ RJ
Movimento da ‘ciência aberta’, envolve não apenas o acesso gratuito a artigos e outras publicações, mas o estabelecimento de novas dinâmicas de produção do conhecimento (imagem: OpenSource.com/Flickr/CC BY-SA 2.0)
Acesso aberto, compartilhamento de dados e protocolos, financiamento coletivo. Essas expressões significam alguma coisa para você? Para os leitores que trabalham em instituições de pesquisa, provavelmente sim. Nas últimas décadas, muito se tem discutido sobre o acesso a informações científicas, frequentemente ‘presas’ a publicações editadas por instituições privadas e que cobram caro por elas. O movimento pela democratização desse conhecimento, que convencionamos chamar ‘ciência aberta’, envolve não apenas o acesso gratuito a artigos e outras publicações, mas o estabelecimento de novas dinâmicas de produção do conhecimento. Essas questões são abordadas no livro Ciência aberta, questões abertas, organizado por Sarita Albagli, Maria Lucia Maciel e Alexandre Hannud Abdo.
Publicada em parceria pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), a obra reúne 12 artigos de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, de diferentes áreas do conhecimento, que refletem sobre e atuam no movimento pela ciência aberta e colaborativa. Resultante de evento homônimo realizado em 2014 no Rio de Janeiro, Ciência aberta, questões abertas discute como essa forma de pensar o conhecimento modifica as relações entre os cientistas e, também, dos cientistas com a sociedade.
Livro sobre ciência aberta está disponível para download gratuito (imagem: divulgação)
Uma perspectiva histórica
Para fazer ciência, é preciso ler ciência - ou seja, consultar artigos e outras publicações científicas da área em que se deseja produzir conhecimento. Com essas publicações quase sempre nas mãos de editores privados, chegar ao conhecimento pode custar caro, e foi este o ponto de partida do movimento pela ciência aberta: o acesso livre a publicações científicas. Com o tempo, outras questões começaram a ser debatidas, como inovações no próprio modo de fazer ciência e até nas formas de financiamento - note-se o surgimento dos mecanismos de crowdfunding e sua aplicação a projetos de pesquisa. Essa "cultura do compartilhamento", como cita Albagli no capítulo de abertura do livro, é o que marca a ciência aberta.
"Tem-se demonstrado que, historicamente, é no compartilhamento e na abertura à produção coletiva e não individual que melhor se desenvolvem a criatividade e a inovatividade", escreve a pesquisadora do Ibict. "A complexidade dos desafios científicos e a urgência das questões sociais e ambientais que se apresentam às ciências impõem, por sua vez, facilitar a colaboração e o compartilhamento de dados, informações e descobertas".
Não existe ainda, no entanto, um consenso sobre a extensão, o significado ou mesmo o modus operandi desta nova forma de se encarar o conhecimento. Para alguns, trata-se de uma retomada do verdadeiro espírito da ciência - o fazer desinteressado, sem fins lucrativos -, para outros, é mais do que isso: reflete um novo modo de pensar a própria ciência, com consequências diretas para o fazer científico, suas instituições e sua relação com a sociedade. Difícil escolher uma opção correta, claro. Conforme avança no mundo, o movimento pela ciência aberta ganha novos contornos, abraça novas causas e segue na direção de seus novos adeptos. Hoje, não se trata apenas de livre acesso a artigos e livros publicados, mas também de dados científicos abertos, wikipesquisa, ciência cidadã, educação aberta. Em poucas palavras, não apenas a noção do que seja a ‘abertura’ está em discussão, mas também o significado de ‘ciência’, provoca a autora.
Para alguns, ciência aberta é uma retomada do verdadeiro espírito da ciência. Para outros, reflete um novo modo de pensar a própria ciência. (imagem: OpenSource.com/Flickr/CC BY-SA 2.0)
Albagli destaca, ainda, uma série de desafios éticos e políticos trazidos à tona pelo movimento da ciência aberta. Um deles é a tensão entre o compromisso de se tornar resultados de pesquisa rapidamente disponíveis para a utilização por terceiros e a ainda central preocupação com o combate ao plágio por parte das instituições de pesquisa e ensino em seus códigos de ética.
Por fim, a autora enfatiza que o movimento pela ciência aberta não tem consequências apenas para pesquisadores e suas instituições, mas também para a sociedade de uma maneira geral, uma vez que ela também sofre os impactos da privatização do conhecimento - um exemplo clássico é o consumo de medicamentos patenteados, cujos preços são determinados por quem detém a propriedade intelectual relativa à produção do fármaco, e não por quem precisa dele.
Livro aberto
Além de reflexões teóricas sobre a ciência aberta, os artigos apresentam experiências concretas em que o trabalho colaborativo rendeu frutos. Um exemplo inclui as tentativas de reduzir o custo das pesquisas e aumentar sua reprodutibilidade a partir da construção de equipamentos de laboratório de baixo custo - um caminho que tem valor especial nos países em desenvolvimento, onde os orçamentos para a ciência tendem a ser muito limitados.
Ciência aberta, questões abertas está - e como poderia não estar? - disponível de forma gratuita na internet. O conteúdo é licenciado pela Creative Commons, que permite sua ampla distribuição e, inclusive, que se crie novas obras a partir do livro - respeitado o crédito às fontes, é claro, e desde que o novo material seja licenciado da mesma maneira.
Ciência aberta, questões abertas
Sarita Albagli, Maria Lucia Maciel e Alexandre Hannud Abdo (organizadores)
Ibict | UniRio
315 páginas - Acesso gratuito aqui
Catarina Chagas | Instituto Ciência Hoje/ RJ
Movimento da ‘ciência aberta’, envolve não apenas o acesso gratuito a artigos e outras publicações, mas o estabelecimento de novas dinâmicas de produção do conhecimento (imagem: OpenSource.com/Flickr/CC BY-SA 2.0)
Acesso aberto, compartilhamento de dados e protocolos, financiamento coletivo. Essas expressões significam alguma coisa para você? Para os leitores que trabalham em instituições de pesquisa, provavelmente sim. Nas últimas décadas, muito se tem discutido sobre o acesso a informações científicas, frequentemente ‘presas’ a publicações editadas por instituições privadas e que cobram caro por elas. O movimento pela democratização desse conhecimento, que convencionamos chamar ‘ciência aberta’, envolve não apenas o acesso gratuito a artigos e outras publicações, mas o estabelecimento de novas dinâmicas de produção do conhecimento. Essas questões são abordadas no livro Ciência aberta, questões abertas, organizado por Sarita Albagli, Maria Lucia Maciel e Alexandre Hannud Abdo.
Publicada em parceria pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), a obra reúne 12 artigos de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, de diferentes áreas do conhecimento, que refletem sobre e atuam no movimento pela ciência aberta e colaborativa. Resultante de evento homônimo realizado em 2014 no Rio de Janeiro, Ciência aberta, questões abertas discute como essa forma de pensar o conhecimento modifica as relações entre os cientistas e, também, dos cientistas com a sociedade.
Livro sobre ciência aberta está disponível para download gratuito (imagem: divulgação)
Uma perspectiva histórica
Para fazer ciência, é preciso ler ciência - ou seja, consultar artigos e outras publicações científicas da área em que se deseja produzir conhecimento. Com essas publicações quase sempre nas mãos de editores privados, chegar ao conhecimento pode custar caro, e foi este o ponto de partida do movimento pela ciência aberta: o acesso livre a publicações científicas. Com o tempo, outras questões começaram a ser debatidas, como inovações no próprio modo de fazer ciência e até nas formas de financiamento - note-se o surgimento dos mecanismos de crowdfunding e sua aplicação a projetos de pesquisa. Essa "cultura do compartilhamento", como cita Albagli no capítulo de abertura do livro, é o que marca a ciência aberta.
"Tem-se demonstrado que, historicamente, é no compartilhamento e na abertura à produção coletiva e não individual que melhor se desenvolvem a criatividade e a inovatividade", escreve a pesquisadora do Ibict. "A complexidade dos desafios científicos e a urgência das questões sociais e ambientais que se apresentam às ciências impõem, por sua vez, facilitar a colaboração e o compartilhamento de dados, informações e descobertas".
Não existe ainda, no entanto, um consenso sobre a extensão, o significado ou mesmo o modus operandi desta nova forma de se encarar o conhecimento. Para alguns, trata-se de uma retomada do verdadeiro espírito da ciência - o fazer desinteressado, sem fins lucrativos -, para outros, é mais do que isso: reflete um novo modo de pensar a própria ciência, com consequências diretas para o fazer científico, suas instituições e sua relação com a sociedade. Difícil escolher uma opção correta, claro. Conforme avança no mundo, o movimento pela ciência aberta ganha novos contornos, abraça novas causas e segue na direção de seus novos adeptos. Hoje, não se trata apenas de livre acesso a artigos e livros publicados, mas também de dados científicos abertos, wikipesquisa, ciência cidadã, educação aberta. Em poucas palavras, não apenas a noção do que seja a ‘abertura’ está em discussão, mas também o significado de ‘ciência’, provoca a autora.
Para alguns, ciência aberta é uma retomada do verdadeiro espírito da ciência. Para outros, reflete um novo modo de pensar a própria ciência. (imagem: OpenSource.com/Flickr/CC BY-SA 2.0)
Albagli destaca, ainda, uma série de desafios éticos e políticos trazidos à tona pelo movimento da ciência aberta. Um deles é a tensão entre o compromisso de se tornar resultados de pesquisa rapidamente disponíveis para a utilização por terceiros e a ainda central preocupação com o combate ao plágio por parte das instituições de pesquisa e ensino em seus códigos de ética.
Por fim, a autora enfatiza que o movimento pela ciência aberta não tem consequências apenas para pesquisadores e suas instituições, mas também para a sociedade de uma maneira geral, uma vez que ela também sofre os impactos da privatização do conhecimento - um exemplo clássico é o consumo de medicamentos patenteados, cujos preços são determinados por quem detém a propriedade intelectual relativa à produção do fármaco, e não por quem precisa dele.
Livro aberto
Além de reflexões teóricas sobre a ciência aberta, os artigos apresentam experiências concretas em que o trabalho colaborativo rendeu frutos. Um exemplo inclui as tentativas de reduzir o custo das pesquisas e aumentar sua reprodutibilidade a partir da construção de equipamentos de laboratório de baixo custo - um caminho que tem valor especial nos países em desenvolvimento, onde os orçamentos para a ciência tendem a ser muito limitados.
Ciência aberta, questões abertas está - e como poderia não estar? - disponível de forma gratuita na internet. O conteúdo é licenciado pela Creative Commons, que permite sua ampla distribuição e, inclusive, que se crie novas obras a partir do livro - respeitado o crédito às fontes, é claro, e desde que o novo material seja licenciado da mesma maneira.
Ciência aberta, questões abertas
Sarita Albagli, Maria Lucia Maciel e Alexandre Hannud Abdo (organizadores)
Ibict | UniRio
315 páginas - Acesso gratuito aqui
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
12.000 manuscritos de Charles Darwin publicados online
A Biblioteca Digital da Universidade de Cambridge lançou 12.000 páginas da obra de Darwin sobre a teoria da evolução.
As imagens incluem transcrições, notas detalhadas de documentos importantes, incluindo a "Transmutação" e "cadernos de metafísica" da década de 1830, bem como o "Esboço do lápis" de 1842, onde Darwin utiliza pela primeira vez o termo "seleção natural".
A liberação dos papéis de Darwin online marca o aniversário de 155 anos da publicação de A Origem das Espécies.
Guy Lewy, presidente da Sociedade de Ciências da Universidade de Cambridge, disse: "Estes documentos recém-lançados abrirão uma janela para um lado de Darwin que poucos de nós vimos antes".
O próximo lançamento na Biblioteca Digital de Cambridge sobre os Manuscritos de Darwin está previsto para Junho de 2015, que serão notas de oito livros pós A Origem das Espécies.
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terça-feira, 18 de novembro de 2014
Gasto brasileiro com ciência é muito pouco eficiente, diz 'Nature'
Estudo dividiu o número de artigos em revistas científicas de prestígio pelo investimento; Brasil é 50º entre 53 países
Segundo ranking da revista "Nature", o Brasil é um dos países com menor eficiência no gasto com ciência. Ele figura em 50º entre 53 avaliados, atrás de países como Irã, Paquistão e Ucrânia. O país, no quesito, só é melhor que Egito, Turquia e Malásia.
A medida é feita pela divisão do número de artigos publicados em 68 revistas científicas internacionais de alto prestígio pelo total de investimentos em pesquisa.
Em 2013, segundo a Nature, o Brasil publicou 670 artigos nessas revistas. Seu gasto com ciência e desenvolvimento é da ordem de US$ 30 bilhões ao ano.
Em comparação, o Chile publicou mais que o Brasil (717 artigos), gastando menos de US$ 2 bilhões, um desempenho muito bom. Israel publicou 1.008 artigos gastando cerca de US$ 9 bilhões.
Leia a matéria completa na Folha de S. Paulo
Gasto brasileiro supera o chileno em mais de 15 vezes, mas vizinhos tiveram mais artigos em revistas de elite em 2013
Segundo ranking da revista "Nature", o Brasil é um dos países com menor eficiência no gasto com ciência. Ele figura em 50º entre 53 avaliados, atrás de países como Irã, Paquistão e Ucrânia. O país, no quesito, só é melhor que Egito, Turquia e Malásia.
A medida é feita pela divisão do número de artigos publicados em 68 revistas científicas internacionais de alto prestígio pelo total de investimentos em pesquisa.
Em 2013, segundo a Nature, o Brasil publicou 670 artigos nessas revistas. Seu gasto com ciência e desenvolvimento é da ordem de US$ 30 bilhões ao ano.
Em comparação, o Chile publicou mais que o Brasil (717 artigos), gastando menos de US$ 2 bilhões, um desempenho muito bom. Israel publicou 1.008 artigos gastando cerca de US$ 9 bilhões.
Leia a matéria completa na Folha de S. Paulo
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Unesco lança biblioteca científica gratuita e multilíngue para estudantes
A 'World Library of Science' já conta com 300 artigos, 25 e-books e mais de 70 vídeos cedidos pela revista Nature
Agência EFE | Galileu
(Foto: Dennis Wilkinson/flickr/creative commons) (FOTO: DENNIS WILKINSON/FLICKR/CREATIVE COMMONS)
A Unesco anunciou nesta segunda-feira (10/11) o lançamento de uma biblioteca científica, de forma gratuita e multilíngue, a estudantes de todo o mundo, além da comunidade científica, por ocasião da jornada mundial da ciência ao serviço da paz.
Este instrumento, batizado como Biblioteca Mundial de Ciência (WLoS, por sua sigla em inglês), conta com a parceria e patrocínio da revista científica "Nature" e do laboratório farmacêutico "Roche", indicou em comunicado a Agência da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
Seu objetivo é "dar acesso a estudantes do mundo inteiro, sobretudo nas regiões mais pobres, às informações mais recentes sobre a ciência".
Além disso, "os estudantes terão também a possibilidade de compartilhar suas experiências e lições através de debates com outros estudantes em um contexto de ensino compartilhado".
Por enquanto, a WLoS conta com mais de 300 artigos de referência, 25 livros e mais de 70 vídeos, cedidos pela "Nature".
"O mundo necessita de mais ciência e cientistas para enfrentar os desafios atuais", indicou a diretora geral da Unesco, Irina Bokova, que pediu "uma educação científica mais apropriada e acessível".
Com este instrumento, a Unesco pretende favorecer a igualdade de oportunidades, melhorar a qualidade do ensino, reforçar a ciência e a educação, promover o uso de conteúdos educativos de livre acesso e fomentar a criação de comunidades de estudantes e docentes.
Agência EFE | Galileu
(Foto: Dennis Wilkinson/flickr/creative commons) (FOTO: DENNIS WILKINSON/FLICKR/CREATIVE COMMONS)
A Unesco anunciou nesta segunda-feira (10/11) o lançamento de uma biblioteca científica, de forma gratuita e multilíngue, a estudantes de todo o mundo, além da comunidade científica, por ocasião da jornada mundial da ciência ao serviço da paz.
Este instrumento, batizado como Biblioteca Mundial de Ciência (WLoS, por sua sigla em inglês), conta com a parceria e patrocínio da revista científica "Nature" e do laboratório farmacêutico "Roche", indicou em comunicado a Agência da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
Seu objetivo é "dar acesso a estudantes do mundo inteiro, sobretudo nas regiões mais pobres, às informações mais recentes sobre a ciência".
Além disso, "os estudantes terão também a possibilidade de compartilhar suas experiências e lições através de debates com outros estudantes em um contexto de ensino compartilhado".
Por enquanto, a WLoS conta com mais de 300 artigos de referência, 25 livros e mais de 70 vídeos, cedidos pela "Nature".
"O mundo necessita de mais ciência e cientistas para enfrentar os desafios atuais", indicou a diretora geral da Unesco, Irina Bokova, que pediu "uma educação científica mais apropriada e acessível".
Com este instrumento, a Unesco pretende favorecer a igualdade de oportunidades, melhorar a qualidade do ensino, reforçar a ciência e a educação, promover o uso de conteúdos educativos de livre acesso e fomentar a criação de comunidades de estudantes e docentes.
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Ciência de boa-fé
Confiança é bom, mas controle é melhor. O dito germânico se aplica bem à questão das fraudes em pesquisa, que podem se transformar em epidemia se não forem combatidas por instituições de pesquisa e órgãos financiadores.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) saiu na frente. Lançou em 2011 um código de conduta e agora publica o resultado dos cinco casos cujo exame já foi concluído.
Fabricação de dados, imagens fraudadas, falsa coautoria e plágio passam doravante a constar na folha corrida de cinco pesquisadores. Além de terem bolsas e auxílios cancelados, alguns ficarão impedidos por até três anos de pedir financiamento à Fapesp.
Leia o editorial completo publicado na Folha de S. Paulo, clicando aqui.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) saiu na frente. Lançou em 2011 um código de conduta e agora publica o resultado dos cinco casos cujo exame já foi concluído.
Fabricação de dados, imagens fraudadas, falsa coautoria e plágio passam doravante a constar na folha corrida de cinco pesquisadores. Além de terem bolsas e auxílios cancelados, alguns ficarão impedidos por até três anos de pedir financiamento à Fapesp.
Leia o editorial completo publicado na Folha de S. Paulo, clicando aqui.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Tudo sobre ciência
O blog Universidade, Ciência e Ambiente, de Maurício Tuffani, é um prato cheio para os interessados no assunto. Especialista com passagem por publicações da área, o jornalista reúne análises e notícias sobre o mundo acadêmico, pesquisas, meio ambiente, educação e ciência.
ucablog.com
via Revista Planeta
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Crise no jornalismo estimula aumento de blogs científicos
Avaliação foi feita em painel sobre o uso de mídias sociais na comunicação da ciência durante a 13th International Public Communication of Science and Technology (foto: blog Diálogos c/ Ciência)
Elton Alisson | Agência FAPESP
A crise pela qual passa o jornalismo mundial, causada em parte pela convergência para novas plataformas digitais, tem afetado a cobertura jornalística de ciência e estimulado o surgimento de blogs científicos em diversos países, inclusive no Brasil.
A avaliação foi feita por Juliana Santos Botelho, pesquisadora e coordenadora da Coordenadoria de Comunicação Científica (CCC/Cedecom) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em um painel sobre o uso de mídias sociais na comunicação da ciência durante a 13th International Public Communication of Science and Technology (PCST), realizada entre os dias 5 e 8 de maio em Salvador, na Bahia.
Com o tema central “Divulgação da ciência para a inclusão social e o engajamento político”, o encontro ocorreu pela primeira vez na América Latina e reuniu pesquisadores de mais de 50 países para debater práticas e estratégias de comunicação e divulgação científica adotadas em diferentes partes do globo.
“Há um crescimento do número de blogs de ciências no mundo, especialmente nos países que falam inglês, e a crise no jornalismo mundial tem contribuído para esse aumento”, disse Botelho, que também mantém, o blog Diálogos com Ciência e realizou um estudo sobre 150 blogs no Brasil.
De acordo com dados apresentados pela pesquisadora, a crise no jornalismo mundial tem causado um alto número de demissões em massa e a redução do número de jornalistas em atuação nas redações dos grandes veículos de imprensa em todo o mundo, incluindo os do Brasil.
Uma das principais consequências desse processo, na avaliação dela, é um número cada vez menor de jornalistas cobrindo um número cada vez maior de assuntos.
Em razão disso, a cobertura de ciência nos grandes veículos perdeu espaço editorial nas páginas dos grandes jornais e no noticiário das emissoras de rádio e de televisão.
“Essas mudanças têm causado impactos na cobertura de ciência feita pelos grandes veículos de comunicação, em termos de qualidade, em todo o mundo”, avaliou Botelho.
De acordo com a pesquisadora, outra consequência sensível do impacto da crise do jornalismo na comunicação da ciência é a homogeneização cada vez maior da cobertura jornalística do assunto.
Com a redução do número de jornalistas nas redações, os veículos de comunicação de diversos países têm recorrido cada vez mais a materiais jornalísticos padronizados sobre ciência produzidos por agências de notícias internacionais, apontou Botelho.
O problema é que os veículos recebem o mesmo tipo de material que seus concorrentes, que também compram das agências de notícias, e fazem pequenas adaptações.
Na maioria das vezes, as matérias sobre ciência produzidas pelas agências de notícias internacionais são relacionadas à produção científica de países do hemisfério Norte, ressaltou Botelho.
“Os pesquisadores brasileiros não aparecem na maior parte das matérias sobre pesquisas científicas publicadas no Brasil, por exemplo. E, quando aparecem nas notícias sobre ciência, é para comentar os resultados de estudos que foram publicados por pesquisadores de países do hemisfério Norte”, avaliou.
Crescimento dos blogs
A fim de suplantar a perda de espaço editorial dedicado à ciência, especialmente na mídia impressa, e aumentar a divulgação de resultados de pesquisas realizadas por cientistas brasileiros, tem aumentado o número de blogs de ciência no Brasil, apontou Botelho.
O número de blogs de ciência brasileiros, contudo, ainda é bem menor do que o número de blogs nos Estados Unidos e na Europa. E as políticas editoriais para os blogs ainda são muito incipientes no Brasil, destacou a pesquisadora.
“No Brasil não temos políticas editoriais muito estruturadas para blogs em geral e para os blogs científicos como as implementadas por veículos de imprensa e instituições universitárias de países como os Estados Unidos e Reino Unido”, comparou Botelho.
Segundo a pesquisadora, alguns veículos de comunicação têm optado por cientistas (ou pessoas de outras áreas que nunca tinham usado blogs) para serem seus blogueiros colaboradores.
Outras especificidades dos blogs de ciência brasileiros, de acordo com Botelho, é que eles são bastante independentes. Em sua maioria, não estão ligados a empresas de comunicação ou instituições.
O volume de notícias publicadas pelos blogs científicos brasileiros presentes nos veículos de comunicação também é menor do que o de outros blogs independentes no país. A publicação nos blogs da imprensa é constante, mas não é muito frequente. O que mais chama a atenção da pesquisadora nos blogs de ciência no Brasil, contudo, é a falta de interatividade.
“Isso pode ser uma característica cultural do Brasil”, avaliou Botelho. “Geralmente as pessoas se sentem mais à vontade para postar seus comentários em redes sociais, como o Facebook e o Twitter, mas não nos blogs”, disse Botelho.
A pesquisadora ressaltou, no entanto, que, apesar da importância dos blogs científicos para aumentar a difusão da comunicação de ciência, eles não devem substituir a cobertura jornalística de ciência pelas mídias tradicionais, como jornal, rádio e televisão.
Isso porque esses meios de comunicação já possuem público cativo e abordam assuntos científicos com maior frequência do que os blogs científicos, apontou Botelho.
“Os blogs científicos possuem um papel muito importante de experimentação de novos formatos de publicação e de estilos de escrita. Mas não devem, de forma alguma, substituir a cobertura jornalística sobre ciência e sim complementá-la”, afirmou.
A crise pela qual passa o jornalismo mundial, causada em parte pela convergência para novas plataformas digitais, tem afetado a cobertura jornalística de ciência e estimulado o surgimento de blogs científicos em diversos países, inclusive no Brasil.
A avaliação foi feita por Juliana Santos Botelho, pesquisadora e coordenadora da Coordenadoria de Comunicação Científica (CCC/Cedecom) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em um painel sobre o uso de mídias sociais na comunicação da ciência durante a 13th International Public Communication of Science and Technology (PCST), realizada entre os dias 5 e 8 de maio em Salvador, na Bahia.
Com o tema central “Divulgação da ciência para a inclusão social e o engajamento político”, o encontro ocorreu pela primeira vez na América Latina e reuniu pesquisadores de mais de 50 países para debater práticas e estratégias de comunicação e divulgação científica adotadas em diferentes partes do globo.
“Há um crescimento do número de blogs de ciências no mundo, especialmente nos países que falam inglês, e a crise no jornalismo mundial tem contribuído para esse aumento”, disse Botelho, que também mantém, o blog Diálogos com Ciência e realizou um estudo sobre 150 blogs no Brasil.
De acordo com dados apresentados pela pesquisadora, a crise no jornalismo mundial tem causado um alto número de demissões em massa e a redução do número de jornalistas em atuação nas redações dos grandes veículos de imprensa em todo o mundo, incluindo os do Brasil.
Uma das principais consequências desse processo, na avaliação dela, é um número cada vez menor de jornalistas cobrindo um número cada vez maior de assuntos.
Em razão disso, a cobertura de ciência nos grandes veículos perdeu espaço editorial nas páginas dos grandes jornais e no noticiário das emissoras de rádio e de televisão.
“Essas mudanças têm causado impactos na cobertura de ciência feita pelos grandes veículos de comunicação, em termos de qualidade, em todo o mundo”, avaliou Botelho.
De acordo com a pesquisadora, outra consequência sensível do impacto da crise do jornalismo na comunicação da ciência é a homogeneização cada vez maior da cobertura jornalística do assunto.
Com a redução do número de jornalistas nas redações, os veículos de comunicação de diversos países têm recorrido cada vez mais a materiais jornalísticos padronizados sobre ciência produzidos por agências de notícias internacionais, apontou Botelho.
O problema é que os veículos recebem o mesmo tipo de material que seus concorrentes, que também compram das agências de notícias, e fazem pequenas adaptações.
Na maioria das vezes, as matérias sobre ciência produzidas pelas agências de notícias internacionais são relacionadas à produção científica de países do hemisfério Norte, ressaltou Botelho.
“Os pesquisadores brasileiros não aparecem na maior parte das matérias sobre pesquisas científicas publicadas no Brasil, por exemplo. E, quando aparecem nas notícias sobre ciência, é para comentar os resultados de estudos que foram publicados por pesquisadores de países do hemisfério Norte”, avaliou.
Crescimento dos blogs
A fim de suplantar a perda de espaço editorial dedicado à ciência, especialmente na mídia impressa, e aumentar a divulgação de resultados de pesquisas realizadas por cientistas brasileiros, tem aumentado o número de blogs de ciência no Brasil, apontou Botelho.
O número de blogs de ciência brasileiros, contudo, ainda é bem menor do que o número de blogs nos Estados Unidos e na Europa. E as políticas editoriais para os blogs ainda são muito incipientes no Brasil, destacou a pesquisadora.
“No Brasil não temos políticas editoriais muito estruturadas para blogs em geral e para os blogs científicos como as implementadas por veículos de imprensa e instituições universitárias de países como os Estados Unidos e Reino Unido”, comparou Botelho.
Segundo a pesquisadora, alguns veículos de comunicação têm optado por cientistas (ou pessoas de outras áreas que nunca tinham usado blogs) para serem seus blogueiros colaboradores.
Outras especificidades dos blogs de ciência brasileiros, de acordo com Botelho, é que eles são bastante independentes. Em sua maioria, não estão ligados a empresas de comunicação ou instituições.
O volume de notícias publicadas pelos blogs científicos brasileiros presentes nos veículos de comunicação também é menor do que o de outros blogs independentes no país. A publicação nos blogs da imprensa é constante, mas não é muito frequente. O que mais chama a atenção da pesquisadora nos blogs de ciência no Brasil, contudo, é a falta de interatividade.
“Isso pode ser uma característica cultural do Brasil”, avaliou Botelho. “Geralmente as pessoas se sentem mais à vontade para postar seus comentários em redes sociais, como o Facebook e o Twitter, mas não nos blogs”, disse Botelho.
A pesquisadora ressaltou, no entanto, que, apesar da importância dos blogs científicos para aumentar a difusão da comunicação de ciência, eles não devem substituir a cobertura jornalística de ciência pelas mídias tradicionais, como jornal, rádio e televisão.
Isso porque esses meios de comunicação já possuem público cativo e abordam assuntos científicos com maior frequência do que os blogs científicos, apontou Botelho.
“Os blogs científicos possuem um papel muito importante de experimentação de novos formatos de publicação e de estilos de escrita. Mas não devem, de forma alguma, substituir a cobertura jornalística sobre ciência e sim complementá-la”, afirmou.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Periódico | Journal of the Brazilian Scientific Blogs Community - JBSBC
Agregador de conteúdo da comunidade de blogs de divulgação científica do país. O site é alimentado a partir dos feeds de cada blog agregado.
O objetivo do Periódico é agregar links para os diversos posts produzidos pela comunidade brasileira de blogs de divulgação científica, arquivá-los e espalhá-los via redes sociais. Também objetiva tornar mais simples encontrar blogs científicos em português e divulgar novos blogs na comunidade.
Caso você queira adicionar seu blog no Periódico, envie e-mail para contato@periodico.blog.br contendo: Nome do blog; Endereço do blog; Endereço do feed a ser agregado. Caso seu blog não seja exclusivamente sobre ciência, você pode criar uma tag específica e passar o feed dessa tag para ser agregado.
O mantenedor do Periódico, Filipe Saraiva, é um fã dos blogs científicos e acompanha alguns deles há bastante tempo.
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Biblioteca do Congresso disponibiliza acervo de Carl Sagan
Geek
Cartas, anotações e escritos de cientista e astrônomo americano podem ser acessados de graça.
A Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos disponibilizou online parte de seu acervo de informações do cientista, astrônomo e escrito Carl Sagan.
De acordo com o site The Verge, o material foi doado em 2012 por Seth MacFarlane e parte dos livros, cartas e anotações de Sagan agora foram disponibilizados digitalmente - e de forma gratuita - a partir do site da biblioteca.
Interessados podem acessar o acervo virtual em www.loc.gov/collection/finding-our-place-in-the-cosmos-with-carl-sagan.
Imagem: Internet
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Estudo falso é aceito para publicação em mais de 150 revistas
Herton Escobar | O Estado de S. Paulo
Imagine só o seguinte experimento: Você escreve um trabalho científico falso, baseado em dados falsos, obtidos de experimentos sem validade científica, assinado com nomes falsos de pesquisadores que não existem, associados a universidades que também não existem, e envia esse trabalho para centenas de revistas científicas do tipo “open access” (que disponibilizam seu conteúdo gratuitamente na internet) para publicação. O que você acha que aconteceria?
Pois bem, um biólogo-jornalista norte-americano chamado John Bohannon fez exatamente isso e os resultados, publicados hoje pela revista Science, são aterradores (para aqueles que se preocupam com a credibilidade da ciência): ele escreveu um trabalho falso sobre as propriedades anticancerígenas de uma molécula supostamente extraída de um líquen e enviou esse trabalho para 304 revistas científicas de acesso aberto ao redor do mundo. Não só o trabalho era totalmente fabricado e obviamente incorreto, mas o nome do autor principal (Ocorrafoo Cobange) e da sua instituição (Wassee Institute of Medicine) eram fictícios. Apesar disso (pasmem!), mais da metade das revistas procuradas (157) aceitou o trabalho para publicação. Um escândalo.
O que isso quer dizer? Quer dizer que tem muita revista “científica” por aí que não é “científica” coisíssima nenhuma. E que o fato de um estudo ter sido publicado não significa que ele esteja correto (pior, não significa nem mesmo que ele seja verdadeiro para começo de conversa). A ciência, assim como qualquer outra atividade humana, infelizmente não está isenta de falcatruas.
E o que isso não quer dizer? Não quer dizer que o sistema de open access seja intrinsecamente falho ou inválido. Certamente há revistas de acesso livre de ótima qualidade, como as do grupo PLoS, assim como há revistas pagas de baixa qualidade que publicam qualquer porcaria. Nenhum sistema é perfeito. Até mesmo a Science publica umas lorotas de vez em quando, assim como a Nature e outras revistas de alto impacto, que empregam os critérios mais rígidos de seleção e revisão. Além disso, o fato de uma revista ser gratuita não significa que ela não tenha revisão por pares (peer review) e outros filtros de qualidade. Assim, o que deve ser questionado não é a forma de disponibilizar a informação, mas a forma como ela é selecionada e apurada — em outras palavras, a qualidade e a confiabilidade da informação, não o seu preço.
O relato de Bohannon acaba de ser publicado no site da Science, dentro de um pacote de artigos intitulado Comunicação na Ciência: Pressões e Predadores.
Nessa mesma temática, a revista Nature publicou recentemente também uma reportagem sobre o escândalo envolvendo quatro revistas científicas brasileiras que foram flagradas praticando citações cruzadas — ou “empilhamento de citações”, em inglês -, esquema pelo qual uma revista cita a outra propositadamente diversas vezes, como forma de aumentar seu fator de impacto (e, consequentemente, o prestígio dos pesquisadores que nelas publicam). As revistas são Clinics, Revista da Associação Médica Brasileira, Jornal Brasileiro de Pneumologia e Acta Ortopédica Brasileira.
O esquema foi descoberto pela empresa Thomson Reuters, maior referência internacional na produção de estatísticas de publicação e citações científicas. Como punição, as quatro revistas tiveram seu fator de impacto suspenso por um ano. A reportagem pode ser lida neste link: http://www.nature.com/news/brazilian-citation-scheme-outed-1.13604
segunda-feira, 29 de abril de 2013
Darwin e a prática da 'Salami Science'
A praga se espalhou pelo mundo e agora assola a comunidade científica brasileira
Fernando Reinach | O Estado de S.Paulo
Em 1985, ouvi pela primeira vez no Laboratório de Biologia Molecular a expressão "Salami Science". Um de nós estava com uma pilha de trabalhos científicos quando Max Perutz se aproximou. Um jovem disse que estava lendo trabalhos de um famoso cientista dos EUA. Perutz olhou a pilha e murmurou: "Salami Science, espero que não chegue aqui". Mas a praga se espalhou pelo mundo e agora assola a comunidade científica brasileira.
"Salami Science" é a prática de fatiar uma única descoberta, como um salame, para publicá-la no maior número possível de artigos científicos. O cientista aumenta seu currículo e cria a impressão de que é muito produtivo. O leitor é forçado a juntar as fatias para entender o todo. As revistas ficam abarrotadas. E avaliar um cientista fica mais difícil. Apesar disso, a "Salami Science" se espalhou, induzido pela busca obsessiva de um método quantitativo capaz de avaliar a produção acadêmica.
No Laboratório de Biologia Molecular, nossos ídolos eram os cinco prêmios Nobel do prédio. Publicar muitos artigos indicava falta de rigor intelectual. Eles valorizavam a capacidade de criar uma maneira engenhosa para destrinchar um problema importante. Aprendíamos que o objetivo era desvendar os mistérios da natureza. Publicar um artigo era consequência de um trabalho financiado com dinheiro público, servia para comunicar a nova descoberta. O trabalho deveria ser simples, claro e didático. O exemplo a ser seguido eram as duas páginas em que Watson e Crick descreveram a estrutura do DNA. Você se tornaria um cientista de respeito se o esforço de uma vida pudesse ser resumido em uma frase: Ele descobriu... Os três pontinhos teriam de ser uma ou duas palavras: a estrutura do DNA (Watson e Crick), a estrutura das proteínas (Max Perutz), a teoria da Relatividade (Einstein). Sabíamos que poucos chegariam lá, mas o importante era ter certeza de que havíamos gasto a vida atrás de algo importante.
Hoje, nas melhores universidade do Brasil, a conversa entre pós-graduandos e cientistas é outra. A maioria está preocupada com quantos trabalhos publicou no último ano - e onde. Querem saber como serão classificados. "Fulano agora é pesquisador 1B no CNPq. Com 8 trabalhos em revistas de alto impacto no ano passado, não poderia ser diferente." "O departamento de beltrano foi rebaixado para 4 pela Capes. Também, com poucas teses no ano passado e só duas publicações em revistas de baixo impacto..." Não que os olhos dessas pessoas não brilhem quando discutem suas pesquisas, mas o relato de como alguém emplacou um trabalho na Nature causa mais alvoroço que o de uma nova maneira de abordar um problema dito insolúvel.
Essa mudança de cultura ocorreu porque agora os cientistas e suas instituições são avaliados a partir de fórmulas matemáticas que levam em conta três ingredientes, combinados ao gosto do freguês: número de trabalhos publicados, quantas vezes esses trabalhos foram citados na literatura e qualidade das revistas (medida pela quantidade de citações a trabalhos publicados na revista). Você estranhou a ausência de palavras como qualidade, criatividade e originalidade? Se conversar com um burocrata da ciência, ele tentará te explicar como esses índices englobam de maneira objetiva conceitos tão subjetivos. E não adianta argumentar que Einstein, Crick e Perutz teriam sido excluídos por esses critérios. No fundo, essas pessoas acreditam que cientistas desse calibre não podem surgir no Brasil. O resultado é que em algumas pós-graduações da USP o credenciamento de orientadores depende unicamente do total de trabalhos publicados, em outras o pré-requisito para uma tese ser defendida é que um ou mais trabalhos tenham sido aceitos para publicação.
Não há dúvida de que métodos quantitativos são úteis para avaliar um cientista, mas usá-los de modo exclusivo, abdicando da capacidade subjetiva de identificar pessoas talentosas, criativas ou simplesmente geniais, é caminho seguro para excluir da carreira científica as poucas pessoas que realmente podem fazer descobertas importantes. Essa atitude isenta os responsáveis de tomar e defender decisões. É a covardia intelectual escondida por trás de algoritmos matemáticos.
Mas o que Darwin tem a ver com isso? Foi ele que mostrou que uma das características que facilitam a sobrevivência é a capacidade de se adaptar aos ambientes. E os cientistas são animais como qualquer outro ser humano. Se a regra exige aumentar o número de trabalhos publicados, vou praticar "Salami Science". É necessário ser muito citado? Sem problema, minhas fatias de salame vão citar umas às outras e vou pedir a amigos que me citem. Em troca, garanto que vou citá-los. As revistas precisam de muitas citações? Basta pedir aos autores que citem artigos da própria revista. E, aos poucos, o objetivo da ciência deixa de ser entender a natureza e passa a ser publicar e ser citado. Se o trabalho é medíocre ou genial, pouco importa. Mas a ciência brasileira vai bem, o número de mestres aumenta, o de trabalhos cresce, assim como as citações. E a cada dia ficamos mais longe de ter cientistas que possam ser descritos em uma única frase: Ele descobriu...
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Fraudes, erros e enganos
Bocca della Verità, a população romana acreditava que a boca se fecharia destruindo a mão de quem declarasse uma mentira
FRAUDE é o tema do Dossiê da Revista ComCiência, número 147
EDITORIAL
Fraudes, erros e enganos
Carlos Vogt
ARTIGOS
Ética na avaliação dos cientistas
José Daniel Figueroa Villar
Fraude e integridade na pesquisa
José Roberto Goldim
Do plágio à publicidade disfarçada: brechas da fraude e do antiético na comunicação científica
Marcelo Sabbatini
Os sentidos de fraude, erro e engano
Eduardo Guimarães
REPORTAGENS
Os resultados que não interessam ser publicados
Fraudes e enganos na história da ciência
Picaretices e malandragens: o uso da mentira na literatura
Varrendo por baixo do tapete da pesquisa científica
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Uso das mídias sociais na ciência
Cientistas defendem que seus pares utilizem plataformas como Facebook, Twitter e YouTube para informar sobre resultados de pesquisas e se aproximar mais da população geral (foto: AAAS)
Agência Fapesp - por Heitor Shimizu, de Boston
O uso de Twitter, Facebook, YouTube e outras mídias sociais para a divulgação de informações sobre pesquisas científicas foi defendido pelos participantes de um painel sobre comunicação em ciência na reunião anual da American Association for the Advancement of Science (AAAS), realizada de 14 a 18 de fevereiro em Boston, Estados Unidos. O detalhe é que os painelistas eram não apenas comunicadores, mas também cientistas.
Entre os dados apresentados está que a internet ultrapassou os jornais como a segunda maior fonte de notícias (após a televisão) para o público geral nos Estados Unidos. Mas, no caso de informação científica e para quem tem menos de 30 anos, a principal fonte são os veículos on-line.
“Se os cientistas não estão utilizando as mídias sociais, eles simplesmente não estão se comunicando com a maioria da população”, disse uma das palestrantes, Christie Wilcox, do Departamento de Biologia Celular e Molecular da Universidade do Havaí.
“Mais de 680 mil atualizações de status por minuto são compartilhadas pelo Facebook. Em um segundo, o YouTube recebe uma nova hora de vídeo e o Twitter, 4 mil novos tweets. Você pode atingir milhares de pessoas com um único tweet, mas consegue falar com apenas um punhado de pessoas em um dia”, disse.
Até aí, nada de novo, mas o ponto principal é que os cientistas estão atrasados nessa tendência. Apesar do elevado nível de escolaridade e familiaridade com o uso de computadores e de tecnologia, em grande parte dos casos, os pesquisadores estão utilizando menos as redes sociais do que a população geral, de acordo com Wilcox.
“Um levantamento com chefes de laboratório apontou que mais da metade não tinha contas em serviços de mídias sociais. Sem esse alcance, cientistas ficam limitados a quantas pessoas eles podem atingir. Se você está fora das mídias sociais, pode fazer muito barulho, mas poucos serão os que o ouvirão”, disse.
“Quando um cientista escreve um livro a respeito de sua pesquisa, as pessoas que o comprarem serão pessoas interessadas em ciência. São importantes, mas compõem apenas uma pequena parte da população. Por isso, é fundamental atingir aqueles que ainda não se interessam por ciência”, disse outra palestrante, que atende pela alcunha “Scicurious”, com o qual assina um popular blog científico na revista Scientific American.
Com doutorado e pós-doutorado em neurociências, Scicurious salientou que as mídias sociais ajudam a tornar a ciência uma experiência mais próxima do público geral e podem dar aos pesquisadores uma possibilidade de mostrar “sua personalidade fora do laboratório”.
“A maior parte dos cientistas pode não ter tempo de manter um blog, mas felizmente plataformas como o Facebook oferecem maneiras eficientes de compartilhar informações científicas. Com 67% dos internautas usando o Facebook, os pesquisadores têm ali uma forma de atingir uma rede de pessoas com a qual, de outra forma, não poderiam se comunicar”, disse.
Otimismos à parte, a palestrante Dominique Brossard, professora de Comunicação na Universidade de Wisconsin em Madison, concordou com a importância das mídias sociais, mas sugeriu cautela na utilização dessas formas de comunicação para a transmissão de informações científicas.
Em um artigo publicado no Journal of Computer Mediated Communication, Brossard concluiu que o tom dos comentários em um blog ou em um post influencia a percepção dos leitores.
“O ponto principal é que a publicação em mídias sociais é uma comunicação bidirecional. Cada publicação pode vir acompanhada de comentários, que podem ser favoráveis ou contrários ao que se está informando”, disse.
De acordo com Brossard, quando comentários sobre uma pesquisa mencionada em redes sociais são rudes ou depreciativos, os leitores se tornam mais propensos a adotar um ponto de vista negativo a respeito do estudo. “Mas uma série de regras ou diretrizes de uso de mídias sociais, nesse caso, pode mitigar o problema e levar a melhorias na etiqueta on-line”, disse.
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Especialistas debatem a importância das revistas no desenvolvimento da ciência
Qual a importância das revistas no desenvolvimento histórico da ciência? Quais os desafios atuais relacionados à qualidade, ao acesso, à visibilidade e à preservação da produção científica? Estas e outras questões serão debatidas na mesa-redonda “Importância das revistas no desenvolvimento da ciência”, no dia 27 de novembro, na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, com entrada gratuita.
Iniciativa do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi) da Universidade de São Paulo, com apoio da Mário de Andrade, o evento faz parte de uma série de encontros que estão sendo promovidos este mês para disseminar o conhecimento sobre a produção científica da USP, que passa a ser veiculada em plataformas abertas no Portal de Revistas USP e na Biblioteca Digital da Produção Intelectual da USP, inauguradas recentemente. Os interessados em participar do encontro, no auditório da Biblioteca Mário de Andrade das 10 às 12 horas, devem se inscrever pelo link: http://bit.ly/Mesa_SIBi_BMA_2012.
A mesa-redonda terá como mediadora a diretora da Biblioteca Mário de Andrade, Maria Christina Barbosa de Almeida. A política da Unesp para revistas científicas é um dos temas e será abordado pela professora Tânia Regina de Luca, doutora em História Social pela Universidade de São Paulo; Revistas da Hemeroteca da Biblioteca Mário de Andrade: perspectivas analíticas será o enfoque de Ana Luiza Martins, diretora do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat); e Acesso e disseminação da produção intelectual da Universidade de São Paulo será proferido pela professora Sueli Mara Soares Pinto Ferreira, diretora do SIBi.
Palestrantes
Ana Luiza Martins - Diretora do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) e doutora em História Social pela Universidade de São Paulo. É autora de Revistas em revista: imprensa e práticas culturais em tempos de República, São Paulo 1890-1922 (Edusp; Imprensa Oficial; Fapesp, 2001); História da imprensa no Brasil (Contexto, 2008) entre outros.
Maria Christina Barbosa de Almeida - Diretora da Biblioteca Mário de Andrade. Doutora em Ciência da Informação pela ECA/USP e autora de Planejamento de bibliotecas e serviços de informação (Briquet de Lemos, 2005).
Sueli Mara Soares Pinto Ferreira - Professora titular junto a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Departamento de Educação, Informação e Comunicação desde julho de 2012. Livre docente em Geração e Uso da Informação pela ECA/USP em 2006. Doutora em Ciências da Comunicação pela USP (1995). Mestre em Ciências da Comunicação pela USP (1989). Especialista e bacharel em Biblioteconomia e Documentação pelas Faculdades Teresa D’Ávila de Lorena (1978). Coordenadora do núcleo de pesquisa Design de sistemas virtuais centrado no usuário, certificado pela USP junto ao CNPq desde 2002. Membro do Conselho Diretor do Redalyc (2009-2012). Diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP.
Tânia Regina de Luca - Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (1996) e professora livre docente em História do Brasil Republicano (2009) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. É autora de Leituras, projetos e (re)vista(s) do Brasil: 1916-1944(Unesp, 2011); A revista do Brasil: um diagnóstico para a (n)ação (Unesp, 2011) entre outros.
Serviço
Mesa-redonda - Importância das revistas no desenvolvimento da ciência
Local - Auditório da Biblioteca Mário de Andrade
Data - 27 de novembro
Horário - 10 às 12 horasEndereço - Rua da Consolação, 94 - São Paulo - SP
via Divulgação - DT/SIBiUSP
Imagem: Internet
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Totalmente dependentes
"Nós vivemos em uma sociedade deliciosamente dependente da ciência e tecnologia, na qual quase ninguém sabe coisa alguma sobre ciência e tecnologia"
Carl Sagan
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Vamos falar sobre ciência?
Projeto ‘CHats de ciência’ apresenta vídeos sobre temas científicos polêmicos e atuais, com o objetivo de estimular o interesse do público por questões importantes do mundo moderno.
Por: Marcelo Garcia | Ciência Hoje
ICH lança série de vídeos sobre temas candentes da ciência.
‘CHats de ciência’ é uma série de vídeos que vai apresentar de forma simples, curta e dinâmica temas atuais e instigantes do mundo científico, como a relação entre hereditariedade e comportamento, a polêmica do aquecimento global, as potencialidades das células-tronco e os desafios por trás do câncer.
Em cada ‘CHat’, o tema da vez é abordado por um especialista, que discute as questões centrais relacionadas à sua área de atuação. As explicações são auxiliadas por recursos gráficos que, além de facilitar o entendimento, dão uma dinâmica especial ao vídeo.
O bioquímico Franklin Rumjanek, um dos diretores do ICH e coordenador do projeto, acredita que o mais importante é despertar o interesse do público por temas relevantes da ciência e estimular a busca por informações mais detalhadas sobre eles - vale lembrar que o conteúdo da CH On-line é uma boa fonte para começar esse aprofundamento.
Para Rumjanek, mesmo os temas mais difíceis podem ser acessíveis, desde que haja entusiasmo e imaginação suficientes para abordar as questões mais importantes de maneira simples e atraente.
Os recursos audiovisuais e a internet podem ajudar a diminuir o descompasso entre a demanda e a oferta de acesso a conhecimento científico de qualidade
“Temos observado um interesse crescente do público pela ciência, mas a distribuição do acesso à informação ainda é muito heterogênea, em especial no Brasil”, avalia Rumjanek. “Os recursos audiovisuais e a internet podem ajudar a aproveitar esse ambiente favorável e diminuir o descompasso entre a demanda e a oferta de acesso a conhecimento científico de qualidade.”
Os ‘CHats de ciência’ irão ao ar quinzenalmente, alternando com as edições do nosso podcast, o Estúdio CH. Há sete episódios prontos, produzidos com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), mas a proposta do ICH é dar continuidade ao projeto, abordando outros temas palpitantes.
Para isso, contamos com a colaboração de vocês, leitores, que podem ajudar com opiniões e sugestões de novos temas a serem abordados - basta comentar aqui embaixo ou se manifestar por meio de nossas redes sociais.
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