Mostrando postagens com marcador Editoras. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Editoras. Mostrar todas as postagens
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
"A Amazon quer eliminar as livrarias"
No centro da arena, escritor e editor André Schiffrin falou sobre o mercado editorial.
TV Cultura
O Roda Viva recebeu o escritor e editor franco-americano André Schiffrin na segunda-feira, 07 de janeiro. Schiffrin nasceu em meio aos livros em 1935, em Paris, mas ainda criança foi morar nos Estados Unidos. Seu pai foi um grande editor francês.
Em outubro do ano passado, o grupo britânico Pearson e o grupo alemão Bertelsmann anunciaram a fusão de suas editoras — Penguin e Random House —, criando uma gigante dos livros. Para o editor André Schiffrin, o Brasil também foi afetado pela fusão.
Segundo Schiffrin, atualmente a Bertelsmann e Penguin controlam 25% do mercado livreiro americano, e acabam de comprar a Companhia das Letras, editora brasileira. “O Brasil, que esteve protegido disso durante muito tempo, é agora tragado pelo mesmo sistema global”.
O editor questiona a migração do mercado editorial para a esfera digital, como a internet. “Ao colocar algo na internet, isso desaparece. Há dezenas de milhares de blogs e geralmente não há como saber o que há na internet. A internet é muito útil. Se você vive na China ou no Iêmen, por exemplo, pode usá-la para se expressar de uma maneira que não seria possível na imprensa”.
Schiffrin afirma com precisão que se alguém tentar disponibilizar um romance na internet, esperando que alguém além do seu primo leia, vai acabar desapontado.
“O fato de se ter algo que é público, um jornal ou um livro, e claro, a televisão, é essencial para o discurso público. E a internet é muito útil, especialmente em sociedades que não têm essa abertura. Mas não é tão útil, no que se refere a essa discussão pública, quanto as outras mídias”.
O editor faz ainda um alerta para as leis de antimonopólio que deveriam ser aplicadas e passam despercebidas. Um exemplo é a Amazon, diz Schiffrin. “A Amazon já deixou claro que pretende eliminar as livrarias, e agora os editores. Eles querem ter o monopólio total. Isso é muito perigoso. Temos visto o número de livrarias cair”.
Sobre André Schiffrin
Em seu currículo consta um longo período como editor-chefe da Pantheon Books, em Nova York, somando 30 anos. André Schiffrin abandonou o cargo para fundar a New Press em 1990, uma editora sem fins lucrativos.
Uma das obras mais conhecidas do escritor é “O negócio dos livros: como as grandes corporações decidem o que você lê”, mas André também é autor de outras obras como autobiográfica “A Political Education: Coming of Age in Paris and New York” e “Dr. Seuss & Co. Go to War: the World War II Editorial Cartoons of America’s Leading Comic Artists”.
O Roda Viva foi apresentado pelo jornalista Mário Sergio Conti e contou com a participação de entrevistadores convidados na bancada, além do cartunista Paulo Caruso.
domingo, 23 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
O despreparo brasileiro para lidar com os livros digitais
Por Tatiana de Mello Dias | Link
No meio de outubro, o responsável pelo site eBooksBrasil, Teotônio Simões, recebeu uma notificação da Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR). O aviso por e-mail pedia a remoção do livro A Cidade Antiga, de Fustel de Coulanges, em 24 horas.
Era para ter sido uma notificação como outras, não fosse um detalhe: Fustel de Coulanges morreu há mais de 70 anos - sua obra, portanto, está em domínio público - e o tradutor, Frederico Ozanam Pessoa de Barros, autorizou a publicação do livro no site. Na resposta à ABDR, Simões citou o artigo 138 do Código Penal (o que define “calúnia”) e avisou a entidade: atribuir falsamente um crime a alguém pode render prisão de até dois anos.
A ABDR é linha-dura em relação à divulgação de obras na internet. Ela segue a cartilha de outras entidades que cuidam de direitos autorais em outras áreas - música e cinema, por exemplo - e vive emitindo pedidos de remoção ao se deparar com conteúdo supostamente pirata na rede.
Um estudante de letras da USP sentiu de perto a política da ABDR: ele foi processado por criar o site Livros de Humanas, que divulgava obras usadas por universitários. Acadêmicos e autores - como Paulo Coelho - se manifestaram publicamente contra a entidade. O autor brasileiro mais vendido de todos os tempos chegou até a publicar em seu blog o telefone e o e-mail da entidade, incitando as pessoas a protestarem contra a ação. “É permitido trollar”, escreveu.
A indústria cultural demora a aceitar que é impossível controlar a internet. E isso nem fica restrito apenas aos blogs. No Twitter, usuários já se organizaram para criar uma biblioteca de obras - tweets com links para download de livros são agrupados por uma hashtag. Quem controla todos os usuários?
Em vez de tirar proveito do potencial de divulgação da rede, as empresas insistem em tentativas de controlar a circulação de obras. Foi assim com a música, com o cinema e, agora, cada vez mais com os livros. E-books já circulam na rede há muito tempo. Há excelentes bibliotecas virtuais que disponibilizam obras na íntegra. Mas o fim de 2012 marca a chegada de grandes empresas no mercado editorial virtual, como Amazon e Google Play, no País. O mercado vai mudar. E, como em toda mudança, há um lado que sente medo.
A Associação Nacional das Livrarias pede que os lançamentos demorem 120 dias para chegar ao digital. Mas quatro meses é tempo suficiente para os usuários escanearem e jogarem a cópia na web. Não dá para jogar contra a internet - é preciso saber lidar com ela. A Amazon sabe disso e investe no digital.
Aqui no Brasil, a diferença é que o consumidor ganha mais uma opção - o que é especialmente animador em um país com índices tão baixos de leitura. Tentar impedir blogs de divulgarem links, emitir notificações e processar estudantes é um modelo que já se mostrou ineficiente em outras indústrias. O mercado editorial terá de aprender na marra que é impossível remar contra a evolução.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Livro digital estimula novos gêneros e outro perfil de leitor
"Certos gêneros podem ter um desempenho acima da curva no formato digital", diz Roberto Feith, da Objetiva e da DLD
Por Amarílis Lage | Valor
Talvez não seja tão picante quanto "50 Tons de Cinza" ou violento como "As Crônicas de Gelo e Fogo", mas a saga do livro digital no Brasil também reserva uma carga de emoção para seus próximos capítulos: à medida que novos personagens finalmente entram na história, como a Amazon, a expectativa é de mudanças também no perfil de leitor e, consequentemente, no padrão de consumo, com a ascensão de gêneros como ficção científica e mistério e uma maior oferta de textos como ensaios e grandes reportagens.
Essa é a aposta de Roberto Feith, diretor-geral da Objetiva e presidente do conselho da DLD (Distribuidora de Livros Digitais, empresa que representa as editoras Record, Objetiva, Sextante, Rocco, Planeta, LPM, Novo Conceito e da canadense Harlequin). "Estamos efetivamente à beira do ponto de inflexão do consumo do livro digital no Brasil. Agora ele vai começar a representar uma parcela significativa do mercado."
A DLD acaba de fechar acordos com a Amazon e com o Google - "a expectativa é que estreiem antes do Natal", diz Feith. Na segunda, a Livraria Cultura deu início das vendas do leitor Kobo. E na semana passada, a Objetiva lançou um selo exclusivo para obras digitais.
O diferencial do selo Foglio está no tamanho dos textos: a ideia é publicar obras de até 15 mil palavras. Trata-se de uma estratégia que já vem sendo adotada nos últimos dois anos por editoras como Random House, Penguin e Pan Macmillan. No Brasil, a meta é utilizar as vantagens do formato digital para popularizar gêneros que não têm muito espaço no meio impresso tradicional.
Um deles é o ensaio, conta Arthur Dapieve, editor de não ficção nacional da Objetiva e do selo Foglio. "Atualmente, eles estão limitados a revistas de fundo educacional. Podemos ajudar a tirá-lo da invisibilidade."
Outra aposta é relacionada a grandes reportagens sobre temas em destaque no noticiário - "o 'instant book' nunca deu certo no Brasil", comenta Dapieve. São textos que precisam de mais espaço do que o disponível em jornais e revistas e de uma publicação mais ágil do que as editoras conseguem. Problemas superados com o livro eletrônico, acredita Feith. "No formato digital, é possível levar esse tipo de obra para o público em um intervalo de algumas semanas ou um mês", afirma.
Na ficção, a ideia é que a oferta de textos curtos e mais baratos (os livros da Foglio custaram entre R$ 4 e R$ 8) facilitem o contato dos leitores com escritores que ainda não conhecem.
Mas isso não significa que a leitura nos livros digitais seja predominantemente de textos curtos. Segundo Feith, caso o Brasil siga uma tendência já observada em outros países onde equipamentos como Kindle e Nook estão mais disseminados, o que o mercado deve observar daqui para a frente é a ascensão de alguns gêneros, como ficção científica. Isso se deve a uma provável mudança no perfil do consumidor.
"O dispositivo de leitura mais comum até agora no Brasil é o iPad. É um produto relativamente caro [o de terceira geração custa a partir de R$ 1.549 no país] e, por isso, o consumidor do livro digital tende a ser de uma faixa etária mais alta, acima de 30 anos", observa Feith. Isso explica, segundo ele, o fato de o livro eletrônico mais vendido na Objetiva atualmente ser "O Poder do Hábito" (Charles Duhigg): "É um livro que tem relevância para pessoas interessadas em sucesso profissional".
A chegada de outros aparelhos vem acompanhada de alguns fatores. Em primeiro lugar, eles têm um preço mais acessível: o Kobo é vendido por R$ 399, e a expectativa é que o Kindle custe aproximadamente R$ 550. Em segundo, está o fato de que eles servem apenas para a leitura, diferentemente do iPad, que tem várias funções.
"Quem compra um Kindle, por exemplo, é por definição uma pessoa que já lê muito", afirma Feith. E, frequentemente, continua ele, esse consumidor é fã de algum gênero específico. Junte-se a isso o fato de que esse leitor terá mais facilidade para comprar no meio digital (tanto pelo preço quanto pela comodidade). O resultado, segundo Feith, é uma maior demanda por livros de certos gêneros e temas (como a Segunda Guerra). Agora é preciso ver se o Brasil seguirá o script.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Amazon fecha acordo com editoras e chega ao Brasil até dezembro
Acordo entre maior varejista on-line do mundo e distribuidora DLD está prestes a ser assinado, dizem fontes
André Machado e Sérgio Matsuura | O Globo | Reuters
Consumidor brasileiro finalmente terá acesso ao leitor de ebooks mais bem conceituado do mundo
Fontes do mercado editorial confirmam a iminência do fechamento do acordo entre a Amazon.com com a distribuidora de livros digitais DLD, que engloba as editoras Rocco, Sextante, Objetiva e Record.
O acordo, que vem sendo costurado há mais de um ano entre as editoras e a maior varejista on-line do mundo, deverá ser assinado em breve — ainda este mês — e prevê a estreia da operação da Amazon no Brasil entre o final de novembro e a primeira quinzena de dezembro.
A princípio, a livraria fundada por Jeff Bezos venderá no Brasil seu leitor Kindle e títulos de ebooks. A Amazon anuncia em seu site oficial que está abrindo 15 vagas de trabalho em São Paulo.
Segundo a Reuters apurou há alguns meses, a potência americana do e-commerce deve oferecer um catálogo de dez mil livros digitais em português para o Kindle. A estratégia 100% digital permitiria à varejista minimizar custos no país.
— O Brasil seria o primeiro país em que a Amazon entra apenas com produtos digitais, e essa decisão foi tomada por motivos logísticos e dificuldades tributárias — disse então à agência uma fonte da indústria.
A Amazon é a mais recente empresa americana a buscar uma fatia do mercado de e-commerce brasileiro de US$ 10,5 bilhões. Espera-se que o segmento cresça 25% neste ano, impulsionado pelo aumento da classe média do país. Essa seria a mais recente incursão da Amazon em mercados emergentes, após seu ingresso na China, em 2004, e na Índia, neste ano.
Para adquirir fatia de mercado rapidamente no Brasil, a Amazon provavelmente venderá o Kindle a um preço subsidiado de R$ 500 (US$ 239) — três vezes mais caro que nos Estados Unidos, mas abaixo de produtos rivais no mercado brasileiro, disse a agência.
André Machado e Sérgio Matsuura | O Globo | Reuters
Consumidor brasileiro finalmente terá acesso ao leitor de ebooks mais bem conceituado do mundo
Fontes do mercado editorial confirmam a iminência do fechamento do acordo entre a Amazon.com com a distribuidora de livros digitais DLD, que engloba as editoras Rocco, Sextante, Objetiva e Record.
O acordo, que vem sendo costurado há mais de um ano entre as editoras e a maior varejista on-line do mundo, deverá ser assinado em breve — ainda este mês — e prevê a estreia da operação da Amazon no Brasil entre o final de novembro e a primeira quinzena de dezembro.
A princípio, a livraria fundada por Jeff Bezos venderá no Brasil seu leitor Kindle e títulos de ebooks. A Amazon anuncia em seu site oficial que está abrindo 15 vagas de trabalho em São Paulo.
Segundo a Reuters apurou há alguns meses, a potência americana do e-commerce deve oferecer um catálogo de dez mil livros digitais em português para o Kindle. A estratégia 100% digital permitiria à varejista minimizar custos no país.
— O Brasil seria o primeiro país em que a Amazon entra apenas com produtos digitais, e essa decisão foi tomada por motivos logísticos e dificuldades tributárias — disse então à agência uma fonte da indústria.
A Amazon é a mais recente empresa americana a buscar uma fatia do mercado de e-commerce brasileiro de US$ 10,5 bilhões. Espera-se que o segmento cresça 25% neste ano, impulsionado pelo aumento da classe média do país. Essa seria a mais recente incursão da Amazon em mercados emergentes, após seu ingresso na China, em 2004, e na Índia, neste ano.
Para adquirir fatia de mercado rapidamente no Brasil, a Amazon provavelmente venderá o Kindle a um preço subsidiado de R$ 500 (US$ 239) — três vezes mais caro que nos Estados Unidos, mas abaixo de produtos rivais no mercado brasileiro, disse a agência.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
'Livro em papel sempre terá um mercado'
Jeffrey A. Trachtenberg
The Wall Street Journal
Poucos executivos do meio editorial têm uma visão mais privilegiada da rapidez com que a tecnologia digital vem transformando o setor do que John Makinson, o diretor-presidente da Penguin Group, a divisão de livros da Pearson PLC.
A editora publica mais de 4.000 títulos de ficção e não ficção no mundo. Decidir como e onde vender todos esses livros está muito mais complicado do que quando Makinson assumiu a presidência, em 2002. Na época, o negócio de livros digitais era pequeno e o impacto de descontos na internet não se fizera sentir em sua totalidade.
Entre as decisões cruciais de Makinson está a adoção do "modelo de agência": nele, a editora estipula o preço de venda do livro digital e dá ao varejo 30% da receita. Hoje, o modelo está sendo examinado de perto por órgãos de defesa da concorrência nos EUA e na Europa.
A Penguin também é uma das três grandes editoras por trás do Bookish.com, site anunciado na sexta-feira que se concentrará em novos títulos e autores e venderá diretamente ao consumidor.
Diretor financeiro da Pearson de 1996 a 2002, Makinson, de 56 anos, também editou por um tempo a coluna Lex no "Financial Times". Recentemente, falou ao Wall Street Journal sobre e-books baratos, leitura digital e livrarias independentes.
Daniella Zalcman para The Wall Street Journal
John Makinson, diretor-presidente da Penguin, acredita que muitas pessoas querem presentear, compartilhar e guardar livros em papel
Trechos:
WSJ: O livro impresso, em papel, vai deixar de ser publicado um dia?
John Makinson: Não, não creio. Há uma diferença cada vez maior entre o leitor de livros e o proprietário de livros. O leitor de livros quer apenas a experiência de ler o livro e é um consumidor digital natural: em vez de comprar um livro barato descartável, compra um livro digital. Já o proprietário do livro quer presentear, compartilhar e guardar livros. Adora a experiência. À medida que formos melhorando o produto físico, em especial a brochura e a capa dura, o consumidor vai pagar um pouco mais por essa experiência melhor. Outro dia, fui conferir a venda de clássicos em domínio público em 2009, quando todos esses livros estavam disponíveis de forma gratuita. O que descobri foi que nossas vendas tinham subido 30% naquele ano. O motivo é que estávamos começando a vender edições de capa dura — mais caras — pelas quais o público se dispunha a pagar. Sempre haverá um mercado para o livro em papel, assim como creio que sempre haverá livrarias.
WSJ: A seu ver, qual será a participação de mercado do livro digital nos EUA em 2015?
Makinson: Bem mais de 30%. O ritmo de crescimento no Reino Unido e em outros mercados é um pouco mais lento do que se esperaria se olharmos para a experiência americana. É que a penetração de aparelhos de leitura se dá muito mais lentamente.
WSJ: A lista de best-sellers do Kindle, da Amazon, é dominada por títulos baratos, bancados pelo próprio autor. Muitos custam US$ 2,99 ou menos. Para editoras tradicionais, essas obras independentes são uma ameaça?
Makinson: Esse é um mercado novo que, economicamente falando, é inviável no formato em papel. Não há como imprimir, distribuir e fazer estoque de um livro a esse preço. Mas, como editoras, provavelmente teremos de participar. (...) Além disso, vamos olhar para o catálogo. Talvez haja público para um western de US$ 1,99. É preciso muito cuidado, no entanto, para garantir que esse novo mercado não comprometa as vendas de Clive Cussler, Tom Clancy, Patricia Cornwell e Ken Follett.
WSJ: Qual o maior desafio para as livrarias num momento em que há milhões de títulos em papel à venda na internet e no qual a receita com livros digitais está dobrando?
Makinson: O varejo [tradicional] de livros tem futuro. O problema, em grande parte, não é só que há livrarias demais, mas que são muito grandes. Como diversificar a oferta ao consumidor para fazer um uso produtivo do espaço sem perder a experiência de se estar em uma livraria?
WSJ: Livrarias independentes sempre tiveram um papel fundamental no lançamento de obras literárias. Com o crescimento do livro digital e da venda on-line, quantas dessas lojas independentes vão sobreviver, considerando que estão sujeitas às mesmas forças que afetaram redes de livrarias maiores?
Makinson: Tenho uma livraria independente na Inglaterra, [a Holt Bookshop, em Norfolk, de cerca de 230 metros quadrados], então tenho um interesse aqui. Não quero soar ingênuo: vai ser muito difícil. Se formos ver as vantagens competitivas estruturais da Amazon em relação a uma livraria convencional, é espantoso. Mas as pessoas estão dispostas a pagar um preço maior numa livraria independente sabendo que podem comprar [o mesmo livro] por menos em outro lugar. É que o consumidor tem um envolvimento emocional com a livraria, sente que a livraria está prestando um serviço público, não só comercial. Não vejo indícios de que as livrarias independentes se tornarão obsoletas.
WSJ: O sr. lê em formato eletrônico?
Makinson: Quando viajo, uso um aparelho digital, principalmente para leitura de manuscritos. Se for só para ler livros, provavelmente vou optar pelo Kindle. Mas, se quiser viajar com um aparelho que me dê acesso ao e-mail em trânsito, é possível que leve um iPad. Também leio livros em papel.
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Google chega a acordo com editoras sobre livros e periódicos digitais
Obras foram digitalizadas para projeto de catálogo 'Library Project'. Processo foi aberto contra o Google em 2005 por cinco editoras.
Da Reuters | G1
Library Project faz parte do Google Books
(Foto: Reprodução)
O Google informou nesta quinta-feira (4) ter chegado a um acordo com a Associação Americana de Editoras (AAP, na sigla em inglês) para fornecer acesso a livros e periódicos protegidos por direitos autorais digitalizados pela companhia para seu projeto de catálogo "Library Project".
O processo foi aberto contra o Google em 2005 por cinco editoras que são parte da AAP, incluindo McGraw-Hill Companies, Pearson Education e John Wiley & Sons.
Editoras norte-americanas podem escolher entre deixar disponível ou remover seus livros e periódicos do "Library Project", disse o Google em um comunicado. O acordo, entretanto, não cobre o atual processo enfrentado pelo Google com a entidade que representa escritores, a Authors Guild, segundo a nota.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Rede SciELO Livros anuncia a adesão de três editoras universitárias
Três novas editoras universitárias passam a integrar a rede SciELO Livros que indexa e publica coleções online de livros acadêmicos com o objetivo de ampliar sua visibilidade, divulgação, uso e impacto. São elas: a EDUEL - Editora da Universidade Estadual de Londrina, a EDUEPB - Editora da Universidade Estadual da Paraíba e EdUFSCar - Editora da Universidade Federal de São Carlos. O ingresso das editoras foi aprovado pelo comitê científico do SciELO Livros em sua reunião de julho de 2012. Mais informações em books.scielo.org.
Fonte: Associação Brasileira das Editoras Universitárias
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Função das editoras na era digital é tema de debate da CBN
Comunique-se
O ‘CBN na Travessa’ da próxima segunda-feira, 28, reúne especialistas do mercado editorial para debater o papel das editoras na era digital. Mediado pela jornalista Simone Magno, do boletim ‘Tempo de letras’, da própria emissora, o encontro visa discutir como fica a função de curadoria dos editores com a atual facilidade para publicar na internet de maneira independente.
Os convidados são o editor Carlo Carrenho, a pesquisadora Cristiane Costa e o escritor José Godoy, que apresenta o programa ‘Fim de Expediente’, programa que conta com o ator Dan Stulbach vai ao ar no início das noites de sextas-feiras pela CBN. O debate é aberto ao público e a plateia pode participar com perguntas.
O evento faz parte da série ‘CBN na Travessa’, que acontece sempre na última segunda-feira de cada mês, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, no Rio de Janeiro.
José Godoy (esq.) estará no próximo 'CBN na Travessa'
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Editoras travam 'guerra do e-book' com bibliotecas
Por Randall Stross / The New York Times
O Estado de S. Paulo / MSN
No ano passado, o Natal foi o maior dia isolado para as vendas de e-books (livros eletrônicos) da editora HarperCollins, e tudo indica que isso tenha se repetido agora, por causa da forte demanda por e-readers (leitores eletrônicos) como o Kindle e o Nook. A Amazon anunciou, no último dia 15, que tinha vendido 1 milhão de Kindles em cada uma das três semanas anteriores.
Mas é possível também que o número de visitantes nas seções de e-book de sites de bibliotecas públicas deva também estabelecer um recorde. E isso é uma fonte de grande preocupação para as editoras. Para elas, tomar emprestado um e-book de uma biblioteca ficou fácil demais.
Preocupadas com que as pessoas cliquem para emprestar um e-book de uma biblioteca em vez de comprá-lo, todas as grandes editoras dos Estados Unidos agora bloqueiam o acesso de bibliotecas à forma eletrônica, ou a todos os seus títulos ou aos publicados mais recentemente.
Emprestar um livro impresso de uma biblioteca impõe um inconveniente a seus clientes. 'É preciso ir até a biblioteca para pegar um livro emprestado e para devolvê-lo', diz Maja Thomas, vice-presidente sênior encarregada da divisão digital do Hachette Book Group.
E cópias impressas não duram para sempre; as que são mais procuradas, em geral, têm de ser trocadas. 'Vender um exemplar que poderia ser emprestado infinitas vezes sem nenhum atrito não é um modelo de negócio sustentável para nós', disse Thomas. A Hachette parou de fornecer seus e-books a bibliotecas em 2009.
Restrições. O e-lending (empréstimo eletrônico) não ocorre sem atritos. O software garante que somente um cliente possa ler um exemplar de e-book de cada vez, e as pessoas que encontram uma lista de espera por um certo título podem se decidir por comprá-lo.
Ao explicar a política da Simon and Schuster, que nunca tornou seus e-books acessíveis a bibliotecas, Elinor Hirschborn, vice-presidente executiva e diretora digital, diz: 'Estamos preocupados em evitar que autores e editoras sejam prejudicados pelo e-lending.' Hirschborn diz que a razão para as editoras não se preocuparem com as perdas de vendas com os empréstimos de livros impressos por bibliotecas é que comprar um livro é mais fácil - não exige uma viagem de volta da livraria - e o comprador tem um objeto físico colecionável depois de o ler.
Para impedir que sua receita sofra um golpe de vendas perdidas para indivíduos, as editoras precisam de alguma forma dificultar a vida de quem quer emprestar livros digitais ou aumentar os preços cobrados das bibliotecas. Embora cobrar mais das bibliotecas pareça uma ideia perversa, é preciso considerar que a edição em brochura de um livro provê uma experiência custosa para seus compradores também em termos de tempo de espera. O atraso da disponibilidade da cópia em papel permite que a editora separe aqueles compradores de livros dispostos a pagar um prêmio para ler o livro mais cedo dos que estão dispostos a esperar para gastar menos.
Thomas, da Hachette, diz: 'Conversamos com as bibliotecas sobre as várias saídas disponíveis', como limitar o número de empréstimos permitidos ou excluir títulos recentemente publicados. Ela acrescenta que, por enquanto, não há nenhum acordo.
Limite. A HarperCollins é uma grande editora que deu o passo de mudar os acordos tradicionais com bibliotecas. Desde março, parou de vender e-books a bibliotecas para uso ilimitado, o que vinha fazendo desde 2001. Agora, começou a usar um licenciamento do uso de cada exemplar de e-book para um máximo de 26 empréstimos. Isso afeta apenas os títulos mais populares e não tem nenhum efeito prático nos outros. Após o limite ser atingido, a biblioteca pode recomprar direitos de acesso.
A medida foi promovida, segundo a empresa, por temores de que continuar a vender e-books nos termos ilimitados levaria a uma diminuição das vendas de livros e dos royalties pagos a autores. A HarperCollins teve mexeu com a ideia de que uma biblioteca pode fazer o que quiser com um livro. A ação da editora muito provavelmente beneficia a maioria das partes porque dá aos clientes da biblioteca acesso aos últimos títulos na forma e-book enquanto protege os interesses financeiros de editoras, autores e livrarias.
Robin Nesbitt, diretora de serviços técnicos da biblioteca metropolitana de Columbus, Ohio, diz que não faz objeção ao limite da HarperCollins. 'Não me importo de comprar um título e depois ter de comprá-lo de novo - faço isso agora com os livros impressos', diz. 'Sei que muitas bibliotecas estão possessas por achar que 26 empréstimos é muito pouco - mas como saber se 26 é pouco sem testar?'
Nesbitt acrescenta, porém, que muitos clientes de bibliotecas não sabem que há editoras que simplesmente não vendem e-books para empréstimo. Ela diz que é difícil 'explicar a nossos clientes por que não temos tudo'.
As editoras que estão restringindo esperam a consolidação de uma abordagem comum a todo o setor. Mas um acordo não parece iminente. David Young, presidente executivo da Hachette, afirma que as editoras não podem se reunir para discutir padrões por causa das preocupações antitrustes. 'Isso acaba por dificultar a busca de um consenso', ressalta.
Enquanto muitas grandes editoras entraram efetivamente em greve, mais de mil editoras menores, que não têm vendas de best-sellers que precisam de proteção, ficam felizes de vender e-books a bibliotecas.
Isso significa que a biblioteca pública tem muitos e-books disponíveis para os interessados - sem espera. Tornar esses livros menos conhecidos acessíveis a clientes renova a função primordial das bibliotecas: oferecer aos leitores um lugar para descobertas. / Tradução de Celso Paciornik
O Estado de S. Paulo / MSN
No ano passado, o Natal foi o maior dia isolado para as vendas de e-books (livros eletrônicos) da editora HarperCollins, e tudo indica que isso tenha se repetido agora, por causa da forte demanda por e-readers (leitores eletrônicos) como o Kindle e o Nook. A Amazon anunciou, no último dia 15, que tinha vendido 1 milhão de Kindles em cada uma das três semanas anteriores.
Mas é possível também que o número de visitantes nas seções de e-book de sites de bibliotecas públicas deva também estabelecer um recorde. E isso é uma fonte de grande preocupação para as editoras. Para elas, tomar emprestado um e-book de uma biblioteca ficou fácil demais.
Preocupadas com que as pessoas cliquem para emprestar um e-book de uma biblioteca em vez de comprá-lo, todas as grandes editoras dos Estados Unidos agora bloqueiam o acesso de bibliotecas à forma eletrônica, ou a todos os seus títulos ou aos publicados mais recentemente.
Emprestar um livro impresso de uma biblioteca impõe um inconveniente a seus clientes. 'É preciso ir até a biblioteca para pegar um livro emprestado e para devolvê-lo', diz Maja Thomas, vice-presidente sênior encarregada da divisão digital do Hachette Book Group.
E cópias impressas não duram para sempre; as que são mais procuradas, em geral, têm de ser trocadas. 'Vender um exemplar que poderia ser emprestado infinitas vezes sem nenhum atrito não é um modelo de negócio sustentável para nós', disse Thomas. A Hachette parou de fornecer seus e-books a bibliotecas em 2009.
Restrições. O e-lending (empréstimo eletrônico) não ocorre sem atritos. O software garante que somente um cliente possa ler um exemplar de e-book de cada vez, e as pessoas que encontram uma lista de espera por um certo título podem se decidir por comprá-lo.
Ao explicar a política da Simon and Schuster, que nunca tornou seus e-books acessíveis a bibliotecas, Elinor Hirschborn, vice-presidente executiva e diretora digital, diz: 'Estamos preocupados em evitar que autores e editoras sejam prejudicados pelo e-lending.' Hirschborn diz que a razão para as editoras não se preocuparem com as perdas de vendas com os empréstimos de livros impressos por bibliotecas é que comprar um livro é mais fácil - não exige uma viagem de volta da livraria - e o comprador tem um objeto físico colecionável depois de o ler.
Para impedir que sua receita sofra um golpe de vendas perdidas para indivíduos, as editoras precisam de alguma forma dificultar a vida de quem quer emprestar livros digitais ou aumentar os preços cobrados das bibliotecas. Embora cobrar mais das bibliotecas pareça uma ideia perversa, é preciso considerar que a edição em brochura de um livro provê uma experiência custosa para seus compradores também em termos de tempo de espera. O atraso da disponibilidade da cópia em papel permite que a editora separe aqueles compradores de livros dispostos a pagar um prêmio para ler o livro mais cedo dos que estão dispostos a esperar para gastar menos.
Thomas, da Hachette, diz: 'Conversamos com as bibliotecas sobre as várias saídas disponíveis', como limitar o número de empréstimos permitidos ou excluir títulos recentemente publicados. Ela acrescenta que, por enquanto, não há nenhum acordo.
Limite. A HarperCollins é uma grande editora que deu o passo de mudar os acordos tradicionais com bibliotecas. Desde março, parou de vender e-books a bibliotecas para uso ilimitado, o que vinha fazendo desde 2001. Agora, começou a usar um licenciamento do uso de cada exemplar de e-book para um máximo de 26 empréstimos. Isso afeta apenas os títulos mais populares e não tem nenhum efeito prático nos outros. Após o limite ser atingido, a biblioteca pode recomprar direitos de acesso.
A medida foi promovida, segundo a empresa, por temores de que continuar a vender e-books nos termos ilimitados levaria a uma diminuição das vendas de livros e dos royalties pagos a autores. A HarperCollins teve mexeu com a ideia de que uma biblioteca pode fazer o que quiser com um livro. A ação da editora muito provavelmente beneficia a maioria das partes porque dá aos clientes da biblioteca acesso aos últimos títulos na forma e-book enquanto protege os interesses financeiros de editoras, autores e livrarias.
Robin Nesbitt, diretora de serviços técnicos da biblioteca metropolitana de Columbus, Ohio, diz que não faz objeção ao limite da HarperCollins. 'Não me importo de comprar um título e depois ter de comprá-lo de novo - faço isso agora com os livros impressos', diz. 'Sei que muitas bibliotecas estão possessas por achar que 26 empréstimos é muito pouco - mas como saber se 26 é pouco sem testar?'
Nesbitt acrescenta, porém, que muitos clientes de bibliotecas não sabem que há editoras que simplesmente não vendem e-books para empréstimo. Ela diz que é difícil 'explicar a nossos clientes por que não temos tudo'.
As editoras que estão restringindo esperam a consolidação de uma abordagem comum a todo o setor. Mas um acordo não parece iminente. David Young, presidente executivo da Hachette, afirma que as editoras não podem se reunir para discutir padrões por causa das preocupações antitrustes. 'Isso acaba por dificultar a busca de um consenso', ressalta.
Enquanto muitas grandes editoras entraram efetivamente em greve, mais de mil editoras menores, que não têm vendas de best-sellers que precisam de proteção, ficam felizes de vender e-books a bibliotecas.
Isso significa que a biblioteca pública tem muitos e-books disponíveis para os interessados - sem espera. Tornar esses livros menos conhecidos acessíveis a clientes renova a função primordial das bibliotecas: oferecer aos leitores um lugar para descobertas. / Tradução de Celso Paciornik
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Editora da UFF disponibiliza acervo digital
A Editora da UFF (Eduff) oferece serviço de distribuição de livros digitais na internet com o objetivo de expandir o alcance das obras publicadas e responder ao mercado crescente.
O interessado encontra em http://www.editora.uff.br/ a opção “Biblioteca Livre” que disponibiliza mais de vinte títulos para download gratuito. Na opção “E-books” é possível conferir as publicações à venda em versão digital ou diretamente no site http://editoradauff.com.br.
Fonte: UFF
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Editora lança Student Consult no Brasil

Ferramenta disponibiliza na internet conteúdo complementar dos títulos que estão no catálogo da editora
A Elsevier Brasil está lançando a versão em português do Student Consult, ferramenta online que disponibiliza, gratuitamente, conteúdo complementar dos títulos que estão no catálogo de Ciências da Saúde da editora. O objetivo é facilitar o acesso e estimular a utilização do material extra postado no site, eliminando a barreira do idioma. Ao adquirir um dos livros que oferece este recurso, o leitor tem direito a uma senha, pessoal e intransferível, que permite, sem qualquer custo adicional, consulta a fotos, exercícios, ilustrações, entre outros itens complementares ao volume de informação disposto nas obras. Até o momento, a versão nacional do produto possui 18 livros do catálogo da editora traduzidos na íntegra e cerca de 10 mil imagens postadas. A previsão é que o banco de dados esteja completo até dezembro de 2009.
Fonte: PublishNews
Fonte: PublishNews
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
O futuro das editoras universitárias e as mídias eletrônicas
Deslumbrado com as novas tecnologias que fervilhavam Guillaume Apollinaire anunciou o que lhe parecia óbvio: a morte do livro. O influente poeta concreto francês do início do século fez essa afirmação face às potencialidades que vislumbrava no gramofone e no cinema mudo. Apollinaire não foi o primeiro nem o último. Atualmente, entretanto, poucos duvidam da longevidade desse objeto e a discussão se volta sobre a transcendência física do livro para o mundo da simulação digital. Os gadgets estão cada vez mais sofisticados e a migração para a era digital deverá ocorrer em breves dez anos, favorecendo a convivência de várias opções para atender à diversidade do público. O futuro não é só digital, mas sim plural.
Desde 1971, Michael Hart, um dos primeiros a pensar em disponibilizar textos via cópia eletrônica, trabalha no Projeto Guttenberg, no qual livros que já caíram em domínio público são transformados para o formato ASCII (codificação de caracteres) ou PDF (Portable Document Format, um formato de arquivo considerado quase universal) e disponibilizados no site do projeto. A aposta dele, no momento, é a ampliação da base de leitores de textos eletrônicos graças ao barateamento de tecnologias como palms e smart phones. “Pessoalmente, acho que as pessoas vão armazenar eBooks livros eletrônicos em telefones celulares, mais que os outros itens citados. Basta pensarmos que temos uma média de um bilhão de computadores no mundo e o triplo disso em números de celulares”, diz Hart. Considerando que ele é o inventor do conceito de eBook, sua aposta parece bastante certeira. Um relatório da consultoria norte-americana Ithaka intitulado “University publishing in the digital age” (Editoras universitárias na era digital) é bem enfático: o futuro das editoras universitárias é digital e a questão é como identificar oportunidades comerciais nesse novo ambiente.
De acordo com a Ithaka, algumas editoras já começaram as mudanças (que inclui um grande investimento em novas tecnologias) passando a distribuir periódicos científicos em formato digital e cobrando mensalidades pelos acessos às áreas restritas.
Lançado em novembro do ano passado o Kindle é a aposta da gigante Amazon (uma das maiores livrarias online) nesse não tão longínquo futuro digital. O aparelho promete acesso a livros comprados eletronicamente por um preço bem abaixo da cópia impressa, ao mesmo tempo em que inclui acesso gratuito a jornais, blogs e enciclopédias online.
Mas o passo do gigante pode virar um pequeno tropeço. Marcelo Nóbrega, coordenador de produto na área de entretenimento do site Globo.com, não vê uma grande revolução no aparelho da Amazon. “Não vai ser usado em massa por suas limitações. O iPhone, por exemplo, é mais interessante que o Kindle por ser um celular, um aparelho que todos carregam consigo”, afirma. A questão principal para Nóbrega, que também é editor do blog de tendências tecnológicas Futuro.vc, é se a transição do livro digital será tão fácil como o que acontece com a música e o vídeo. Para ele, a experiência do livro é parte integrante do consumo do texto. Mas assim como o cinema e o vídeo, que estão sendo substituídos pelos vídeos baixados via Torrent e TVs de maior tamanho e resolução, o consumo de textos tende a mudar.
Pedro Herz, presidente da Livraria Cultura, uma das maiores redes de livraria do país acha que essas tecnologias são fadadas ao fracasso. “Não aposto no Kindle ou similares. Esse tipo de mídia, aliás, não é novidade, pois já produziram outros aparelhos com o mesmo fim (como o Franklin eBookman e o Rocket eBook), que não obtiveram sucesso”, declara Herz, que fez uma pesquisa informal recentemente. “Perguntei a vários leitores conhecidos meus e todos se negam a trocar de mídia”, diz. Opinião que, definitivamente não é compartilhada por Michael Hart: “Quem prefere fazer as coisas antigas do jeito antigo são os mais velhos. Eles preferem os livros impressos. A geração que cresceu com Gameboys videogames portáteis nas mãos, simplesmente não liga!”.
Obras sob demanda
Mas o que o Kindle e seu similar, o Sony Reader, mostram é a necessidade da mudança para novas formas de integrar as mídias com o processo de distribuição dos livros. O relatório da Ithaka também indica que os alunos de universidades estão se transformando em consumidores eletrônicos e as editoras têm que acompanhar esse movimento. Mais que isso, é necessário pensar em ambientes de pesquisa e publicação eletronicamente integrados e na necessidade de uso criativo da multimídia nos novos produtos desenvolvidos pelas editoras universitárias nos próximos anos. “Imagino que entre cinco e dez anos essa tendência vai se consolidar”, acredita Carina Nascimento, coordenadora editorial da Editora da Universidade do Sagrado Coração (Edusc) de Bauru, SP, “mas não antes disso”, conclui.
A Edusc foi uma das primeiras editoras universitárias a implantar um parque de impressão on-demand no Brasil. Esse tipo de tecnologia permite que alguns livros sejam produzidos em baixíssima tiragem (entre 50 e 300 unidades) onde a redução dos custos se dá na armazenagem e logística. No horizonte imediato, a Edusc já prepara, para 2009, um livro que estará associado ao blog do autor, onde as atualizações do assunto tratado serão feitas online. Em projetos futuros estão os audiolivros e em uma perspectiva posterior, os eBooks. “Como editora universitária não seremos precursores da interatividade. Isso provavelmente vai vir dos grandes grupos editoriais que, no Brasil, ainda não se manifestaram”, aponta Nascimento. Esse cuidado tem a ver com os custos iniciais para uma plataforma totalmente digital de distribuição, consolidação de tecnologias e treinamento de pessoal especializado. “As revistas especializadas já apontam esse caminho” completa. Aliado à digitalização, aponta a coordenadora, está a questão ecológica, com a grande economia de papel gerada.
Coexistência pacífica
“Ouço essa história apocalíptica do fim do livro desde que comecei a trabalhar. Não acho que isso vá acontecer”, enfatiza Mírian Goldfeder, coordenadora de formação e cursos da Universidade do Livro, da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O mais provável, acredita, é a coexistência dos produtos, uma diversificação de alternativas visando públicos diferentes. “Existe um público que não vai abrir mão do livro impresso e outro que vai preferir ler livros em outros formatos”, defende.
Jésio Gutierre, editor executivo da Editora da Unesp, prevê que as mudanças nos hábitos de leitura não devem demorar, mas devem ser diferentes em cada país. “É importante observar que o hábito de leitura depende de dois fatores: o objeto lido e o leitor”, pontua. Durante visita à Feira de Livros de Frankfurt, em meados de outubro passado, Gutierre notou que as opções tecnológicas para o livro impresso aumentam a cada ano, mas não há uma que possa se destacar a curto prazo. “Um país com uma população mais velha e com um hábito de leitura mais arraigado pode preferir o livro impresso, já outro com uma população jovem e com acesso à tecnologia vai ter outra resposta”. Mas uma coisa é fato, enfatiza, as editoras universitárias têm que estar preparadas para novos desafios.
Para 2009, a Editora da Unesp já vai inaugurar um modelo misto. A coleção de publicações de docentes e pós-graduandos da instituição estará disponível na opção sob demanda ou para efetuar download. A palavra de ordem é redução dos custos de impressão, de modo a garantir a sobrevivência das editoras nesse modelo de mercado cada vez mais competitivo. “É possível ter livros encomendados em baixa quantidade com preços cada vez mais razoáveis”, finaliza o editor executivo da editora.
Bibliotecas virtuais
É possível dizer que a tendência de formatos eletrônicos vai se popularizar? Se depender de algumas iniciativas, tudo indica que sim. A Biblioteca Virtual do Estudante da Língua Portuguesa (BibVirt), projeto da Escola do Futuro da USP, registra picos diárias de até 20 mil acessos, de acordo com Isabel Pereira dos Santos, pesquisadora do projeto. A biblioteca conta com um vasto acervo de livros técnicos e de literatura brasileira (compartilhado com o site Domínio Público, projeto similar do governo federal), além da coleção “Telecurso 2000”, vídeos da TV Escola e audiolivros disponibilizados pela Fundação Dorina Nowill para portadores de deficiência visual. O projeto, idealizado pelo professor Frederic Litto, trabalha com a idéia de inclusão social, disponibilizando as obras para um público amplo. “Embora destinada ao aluno do ensino básico, tem pelo menos 20% dos seus usuários provindo do ensino superior”, conta Litto. O acesso aos audiolivros também é algo para se orgulhar, continua Isabel dos Santos, pois coloca alunos com deficiência visual em contato com um universo de obras da literatura em português e outras línguas. Outra iniciativa é o movimento Ebooks Brasil, mantida de forma colaborativa e que também é uma opção para quem procura obras eletrônicas na rede.
Dentro dos catálogos voltados para o público universitário, as editoras comerciais, há o exemplo da Biblioteca Virtual da Pearson Education no Brasil que usa alternativas digitais para combater a pirataria: é possível acessar um livro em um sistema de amostragem, no qual a obra fica disponível online através de uma janela no navegador, ou para aluguel, no qual o livro escolhido pode ser baixado em formato de arquivo, ficando disponível durante algumas horas (ou dias, no caso de usuários cadastrados) e os usuários podem fazer uso de notas ou imprimir 10% da obra acessada, como é permitido por lei.
“Por muito tempo ficamos presos a uma plataforma que não tinha grandes mudanças. Agora essa realidade tende a mudar, temos que achar o melhor caminho para atingir nosso público, seja via livraria, impressão on-demand ou mesmo outras opções digitais”, defende Jésio Gutierre. Essa parece ser uma oportunidade ímpar para as editoras universitárias ampliarem seu público, minimizando o problema crônico da distribuição dos livros e a dependência de lojas físicas, e ampliando a divulgação de obras que geram lucro, fundamentalmente, para o conhecimento científico.
Fonte: Com Ciência
Novas tecnologias multiplicam o papel do livro
Desde 1971, Michael Hart, um dos primeiros a pensar em disponibilizar textos via cópia eletrônica, trabalha no Projeto Guttenberg, no qual livros que já caíram em domínio público são transformados para o formato ASCII (codificação de caracteres) ou PDF (Portable Document Format, um formato de arquivo considerado quase universal) e disponibilizados no site do projeto. A aposta dele, no momento, é a ampliação da base de leitores de textos eletrônicos graças ao barateamento de tecnologias como palms e smart phones. “Pessoalmente, acho que as pessoas vão armazenar eBooks livros eletrônicos em telefones celulares, mais que os outros itens citados. Basta pensarmos que temos uma média de um bilhão de computadores no mundo e o triplo disso em números de celulares”, diz Hart. Considerando que ele é o inventor do conceito de eBook, sua aposta parece bastante certeira. Um relatório da consultoria norte-americana Ithaka intitulado “University publishing in the digital age” (Editoras universitárias na era digital) é bem enfático: o futuro das editoras universitárias é digital e a questão é como identificar oportunidades comerciais nesse novo ambiente.
De acordo com a Ithaka, algumas editoras já começaram as mudanças (que inclui um grande investimento em novas tecnologias) passando a distribuir periódicos científicos em formato digital e cobrando mensalidades pelos acessos às áreas restritas.
Lançado em novembro do ano passado o Kindle é a aposta da gigante Amazon (uma das maiores livrarias online) nesse não tão longínquo futuro digital. O aparelho promete acesso a livros comprados eletronicamente por um preço bem abaixo da cópia impressa, ao mesmo tempo em que inclui acesso gratuito a jornais, blogs e enciclopédias online.
Mas o passo do gigante pode virar um pequeno tropeço. Marcelo Nóbrega, coordenador de produto na área de entretenimento do site Globo.com, não vê uma grande revolução no aparelho da Amazon. “Não vai ser usado em massa por suas limitações. O iPhone, por exemplo, é mais interessante que o Kindle por ser um celular, um aparelho que todos carregam consigo”, afirma. A questão principal para Nóbrega, que também é editor do blog de tendências tecnológicas Futuro.vc, é se a transição do livro digital será tão fácil como o que acontece com a música e o vídeo. Para ele, a experiência do livro é parte integrante do consumo do texto. Mas assim como o cinema e o vídeo, que estão sendo substituídos pelos vídeos baixados via Torrent e TVs de maior tamanho e resolução, o consumo de textos tende a mudar.
Pedro Herz, presidente da Livraria Cultura, uma das maiores redes de livraria do país acha que essas tecnologias são fadadas ao fracasso. “Não aposto no Kindle ou similares. Esse tipo de mídia, aliás, não é novidade, pois já produziram outros aparelhos com o mesmo fim (como o Franklin eBookman e o Rocket eBook), que não obtiveram sucesso”, declara Herz, que fez uma pesquisa informal recentemente. “Perguntei a vários leitores conhecidos meus e todos se negam a trocar de mídia”, diz. Opinião que, definitivamente não é compartilhada por Michael Hart: “Quem prefere fazer as coisas antigas do jeito antigo são os mais velhos. Eles preferem os livros impressos. A geração que cresceu com Gameboys videogames portáteis nas mãos, simplesmente não liga!”.
Obras sob demanda
Mas o que o Kindle e seu similar, o Sony Reader, mostram é a necessidade da mudança para novas formas de integrar as mídias com o processo de distribuição dos livros. O relatório da Ithaka também indica que os alunos de universidades estão se transformando em consumidores eletrônicos e as editoras têm que acompanhar esse movimento. Mais que isso, é necessário pensar em ambientes de pesquisa e publicação eletronicamente integrados e na necessidade de uso criativo da multimídia nos novos produtos desenvolvidos pelas editoras universitárias nos próximos anos. “Imagino que entre cinco e dez anos essa tendência vai se consolidar”, acredita Carina Nascimento, coordenadora editorial da Editora da Universidade do Sagrado Coração (Edusc) de Bauru, SP, “mas não antes disso”, conclui.
A Edusc foi uma das primeiras editoras universitárias a implantar um parque de impressão on-demand no Brasil. Esse tipo de tecnologia permite que alguns livros sejam produzidos em baixíssima tiragem (entre 50 e 300 unidades) onde a redução dos custos se dá na armazenagem e logística. No horizonte imediato, a Edusc já prepara, para 2009, um livro que estará associado ao blog do autor, onde as atualizações do assunto tratado serão feitas online. Em projetos futuros estão os audiolivros e em uma perspectiva posterior, os eBooks. “Como editora universitária não seremos precursores da interatividade. Isso provavelmente vai vir dos grandes grupos editoriais que, no Brasil, ainda não se manifestaram”, aponta Nascimento. Esse cuidado tem a ver com os custos iniciais para uma plataforma totalmente digital de distribuição, consolidação de tecnologias e treinamento de pessoal especializado. “As revistas especializadas já apontam esse caminho” completa. Aliado à digitalização, aponta a coordenadora, está a questão ecológica, com a grande economia de papel gerada.
Coexistência pacífica
“Ouço essa história apocalíptica do fim do livro desde que comecei a trabalhar. Não acho que isso vá acontecer”, enfatiza Mírian Goldfeder, coordenadora de formação e cursos da Universidade do Livro, da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O mais provável, acredita, é a coexistência dos produtos, uma diversificação de alternativas visando públicos diferentes. “Existe um público que não vai abrir mão do livro impresso e outro que vai preferir ler livros em outros formatos”, defende.
Jésio Gutierre, editor executivo da Editora da Unesp, prevê que as mudanças nos hábitos de leitura não devem demorar, mas devem ser diferentes em cada país. “É importante observar que o hábito de leitura depende de dois fatores: o objeto lido e o leitor”, pontua. Durante visita à Feira de Livros de Frankfurt, em meados de outubro passado, Gutierre notou que as opções tecnológicas para o livro impresso aumentam a cada ano, mas não há uma que possa se destacar a curto prazo. “Um país com uma população mais velha e com um hábito de leitura mais arraigado pode preferir o livro impresso, já outro com uma população jovem e com acesso à tecnologia vai ter outra resposta”. Mas uma coisa é fato, enfatiza, as editoras universitárias têm que estar preparadas para novos desafios.
Para 2009, a Editora da Unesp já vai inaugurar um modelo misto. A coleção de publicações de docentes e pós-graduandos da instituição estará disponível na opção sob demanda ou para efetuar download. A palavra de ordem é redução dos custos de impressão, de modo a garantir a sobrevivência das editoras nesse modelo de mercado cada vez mais competitivo. “É possível ter livros encomendados em baixa quantidade com preços cada vez mais razoáveis”, finaliza o editor executivo da editora.
Bibliotecas virtuais
É possível dizer que a tendência de formatos eletrônicos vai se popularizar? Se depender de algumas iniciativas, tudo indica que sim. A Biblioteca Virtual do Estudante da Língua Portuguesa (BibVirt), projeto da Escola do Futuro da USP, registra picos diárias de até 20 mil acessos, de acordo com Isabel Pereira dos Santos, pesquisadora do projeto. A biblioteca conta com um vasto acervo de livros técnicos e de literatura brasileira (compartilhado com o site Domínio Público, projeto similar do governo federal), além da coleção “Telecurso 2000”, vídeos da TV Escola e audiolivros disponibilizados pela Fundação Dorina Nowill para portadores de deficiência visual. O projeto, idealizado pelo professor Frederic Litto, trabalha com a idéia de inclusão social, disponibilizando as obras para um público amplo. “Embora destinada ao aluno do ensino básico, tem pelo menos 20% dos seus usuários provindo do ensino superior”, conta Litto. O acesso aos audiolivros também é algo para se orgulhar, continua Isabel dos Santos, pois coloca alunos com deficiência visual em contato com um universo de obras da literatura em português e outras línguas. Outra iniciativa é o movimento Ebooks Brasil, mantida de forma colaborativa e que também é uma opção para quem procura obras eletrônicas na rede.
Dentro dos catálogos voltados para o público universitário, as editoras comerciais, há o exemplo da Biblioteca Virtual da Pearson Education no Brasil que usa alternativas digitais para combater a pirataria: é possível acessar um livro em um sistema de amostragem, no qual a obra fica disponível online através de uma janela no navegador, ou para aluguel, no qual o livro escolhido pode ser baixado em formato de arquivo, ficando disponível durante algumas horas (ou dias, no caso de usuários cadastrados) e os usuários podem fazer uso de notas ou imprimir 10% da obra acessada, como é permitido por lei.
“Por muito tempo ficamos presos a uma plataforma que não tinha grandes mudanças. Agora essa realidade tende a mudar, temos que achar o melhor caminho para atingir nosso público, seja via livraria, impressão on-demand ou mesmo outras opções digitais”, defende Jésio Gutierre. Essa parece ser uma oportunidade ímpar para as editoras universitárias ampliarem seu público, minimizando o problema crônico da distribuição dos livros e a dependência de lojas físicas, e ampliando a divulgação de obras que geram lucro, fundamentalmente, para o conhecimento científico.
Fonte: Com Ciência
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Editoras Pearson e Artmed unem-se para oferecer acesso digital a conteúdo de livros
A biblioteca virtual Pearson, que está no mercado editorial há quatro anos, agora passa a chamar-se Biblioteca Virtual Universitária (BVU), graças a parceria com a editora Artmed. Pioneira na disponibilização de livros via Internet, a Pearson tem seu acervo digital conhecido por professores e estudantes. A biblioteca oferece o acesso on-line para o conteúdo de livros universitários, profissionais e de informática de 70% do seu catálogo.
Com a parceria, os internautas terão acesso, na BVU, a mais de 530 livros da editora Artmed nas áreas de ciências humanas e tecnologia sob o Selo Bookman, que podem ser acessados na íntegra, 24 horas por dia.
O acervo contempla vantagens para toda comunidade acadêmica, desde otimização e melhor aproveitamento do material didático até o acesso imediato aos lançamentos. Também é possível, de forma legal, imprimir capítulos dos livros e fazer anotações nas páginas. Essa ferramenta permite ainda a realização de pesquisas a partir de qualquer computador com acesso à Internet.
Fonte: O Globo
Com a parceria, os internautas terão acesso, na BVU, a mais de 530 livros da editora Artmed nas áreas de ciências humanas e tecnologia sob o Selo Bookman, que podem ser acessados na íntegra, 24 horas por dia.
O acervo contempla vantagens para toda comunidade acadêmica, desde otimização e melhor aproveitamento do material didático até o acesso imediato aos lançamentos. Também é possível, de forma legal, imprimir capítulos dos livros e fazer anotações nas páginas. Essa ferramenta permite ainda a realização de pesquisas a partir de qualquer computador com acesso à Internet.
Fonte: O Globo
sábado, 18 de outubro de 2008
Google fecha acordo com mais de 100 editoras
O Google não teve sucesso em sua empreitada para digitalizar as obras da Biblioteca Nacional (BN), mas isso não significa que os negócios com o "Google Books Search" deixaram de caminhar no país. Como o gigante das buscas não encontrou outra biblioteca de porte que justificasse o patrocínio de um laboratório de digitalização, a decisão foi centrar fogo nas editoras.
Até um ano e meio atrás, diz Rodrigo Velloso, diretor de desenvolvimento de negócios do Google, a empresa havia fechado 15 parcerias no país. Hoje, os acordos envolvem mais de 100 editoras, entre elas nomes como Record, Loyola e Artmed.
Ao fechar uma parceria com o Google, a editora oferece, em formato digital, 100% do conteúdo de seus livros para o Google. Para a internet, porém, só vai parte desse conteúdo. O contrato prevê que um mínimo de 20% da obra seja oferecida ao internauta, mas a editora pode aumentar esse percentual, se preferir.
A função da ferramenta, diz Velloso, não é colocar todo o conteúdo de livros na rede, mas ajudar o usuário a descobrir livros, saber onde comprá-los ou pegá-los emprestados. De acordo em acordo, o Google alimenta a sua base de informações e aumenta o tráfego em suas páginas, remuneradas pela publicidade on-line. "Hoje, temos mais de 1 milhão de títulos digitalizados em todo o mundo", comenta Velloso. "No Brasil já são mais de 20 mil títulos."
As grandes redes de livrarias do país são o próximo alvo da ferramenta de busca mais popular do mundo. Há dois meses, a companhia fechou um acordo com a Livraria Cultura para oferecer uma versão personalizada de seu Google Books Search. Ao acessar o site da livraria em busca de um livro, o usuário poderá ler trechos daquela obra. "Isso será possível, é claro, se o livro pertencer a alguma editora que é já nossa parceira", explica Velloso.
Segundo os dados mais recentes da Câmara Brasileira do Livro (CBL), o volume de livros vendidos em 2007 foi de cerca de 329 milhões de exemplares, um aumento de 6,06% em relação ao ano anterior. O mercado editorial brasileiro registrou um faturamento de R$ 3,013 bilhões no ano passado, com crescimento de 4,62%. O governo permanece como o maior comprador, com investimentos de R$ 726,8 milhões, cerca de 24% do total de vendas do setor.
Fonte: Valor Econômico
Até um ano e meio atrás, diz Rodrigo Velloso, diretor de desenvolvimento de negócios do Google, a empresa havia fechado 15 parcerias no país. Hoje, os acordos envolvem mais de 100 editoras, entre elas nomes como Record, Loyola e Artmed.
Ao fechar uma parceria com o Google, a editora oferece, em formato digital, 100% do conteúdo de seus livros para o Google. Para a internet, porém, só vai parte desse conteúdo. O contrato prevê que um mínimo de 20% da obra seja oferecida ao internauta, mas a editora pode aumentar esse percentual, se preferir.
A função da ferramenta, diz Velloso, não é colocar todo o conteúdo de livros na rede, mas ajudar o usuário a descobrir livros, saber onde comprá-los ou pegá-los emprestados. De acordo em acordo, o Google alimenta a sua base de informações e aumenta o tráfego em suas páginas, remuneradas pela publicidade on-line. "Hoje, temos mais de 1 milhão de títulos digitalizados em todo o mundo", comenta Velloso. "No Brasil já são mais de 20 mil títulos."
As grandes redes de livrarias do país são o próximo alvo da ferramenta de busca mais popular do mundo. Há dois meses, a companhia fechou um acordo com a Livraria Cultura para oferecer uma versão personalizada de seu Google Books Search. Ao acessar o site da livraria em busca de um livro, o usuário poderá ler trechos daquela obra. "Isso será possível, é claro, se o livro pertencer a alguma editora que é já nossa parceira", explica Velloso.
Segundo os dados mais recentes da Câmara Brasileira do Livro (CBL), o volume de livros vendidos em 2007 foi de cerca de 329 milhões de exemplares, um aumento de 6,06% em relação ao ano anterior. O mercado editorial brasileiro registrou um faturamento de R$ 3,013 bilhões no ano passado, com crescimento de 4,62%. O governo permanece como o maior comprador, com investimentos de R$ 726,8 milhões, cerca de 24% do total de vendas do setor.
Fonte: Valor Econômico
Editora on-line se alia ao Google Books na divulgação de livros

Acervo do Bubok tem cerca de 2.500 títulos
Bubok, com base na Espanha, publica cerca de 500 livros por mês. Obras do acervo poderão ser encontradas pela busca do Google.
O Bubok, um serviço de autopublicação em espanhol através da internet e que, nos cinco meses de funcionamento, editou 2.500 títulos, se aliou ao sistema de busca de livros do Google - o Google Books - para facilitar a consulta e a difusão de suas obras.
O acordo, apresentado nesta quinta (2) à imprensa por Ángel María Herrera, diretor-geral do Bubok, e Luis Collado, responsável do Google Books, permitirá que qualquer autor que publique através do serviço espanhol tenha seu livro disponível para consulta de forma imediata no buscador de livros do Google.
O Bubok publica cerca de 500 livros mensais, entre eles vários romances, e, graças a este acordo, os autores se beneficiarão das vantagens oferecidas pelo programa de promoção de livros do Google.
Segundo Collado, o Google já tem digitalizados "mais de um milhão de livros em 100 idiomas", procedentes de "20 mil editoras de todo o mundo".
Cada livro incorporado ao Google Books foi previamente digitalizado e indexado, e "só poderá ser folheado de forma limitada (pelo menos 20% de cada obra)", porque este buscador "é muito cuidadoso" com os direitos autorais e com a legislação de cada país.
Fonte: G1
sexta-feira, 14 de março de 2008
Imprensa oficial de São Paulo emite certificados online
Mais de sete milhões de páginas, que representam um total de 1.26 terabytes de informações, já foram digitalizadas pela Imprensa Oficial do Estado, desde 2001, constituindo o maior acervo digital entre os Diários Oficiais do Brasil.
A certificação digital, segundo a Imprensa Oficial, é uma ferramenta de competitividade imprescindível para as empresas, pois proporciona redução de custos e otimização de prazos na cadeia produtiva.
A Imprensa Oficial do Estado está implantando essa tecnologia em autarquias, órgãos governamentais e entidades de classe como o Ministério Público do Estado de São Paulo, Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, Prodam, Associação dos Advogados de São Paulo (AASP), Sabesp, Cesp.
Fonte: TI Inside
A certificação digital, segundo a Imprensa Oficial, é uma ferramenta de competitividade imprescindível para as empresas, pois proporciona redução de custos e otimização de prazos na cadeia produtiva.
A Imprensa Oficial do Estado está implantando essa tecnologia em autarquias, órgãos governamentais e entidades de classe como o Ministério Público do Estado de São Paulo, Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, Prodam, Associação dos Advogados de São Paulo (AASP), Sabesp, Cesp.
Fonte: TI Inside
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
HarperCollins vai oferecer livros de graça na internet
Duas grandes editoras americanas anunciaram nesta segunda-feira novas estratégias de vendas para a internet, informa o "The Wall Street Journal".
Segundo o periódico, a HarperCollins vai tornar vários de seus títulos disponíveis de graça na internet por um período limitado de tempo. Entre eles, um novo romance do brasileiro Paulo Coelho, que recentemente admitiu ter colaborado com um site onde eram distribuídos arquivos gratuitos com cópias piratas de suas obras. Brian Murray, presidente da empresa, disse acreditar que a medida vai impulsionar as vendas dos livros oferecidos, reporta o "WSJ".
Já a Random House, inspirada nas experiências da indústria fonográfica, vai vender em seu site capítulos avulsos do livro "Made to stick: Why some ideas survive and othres die" (em tradução livre: "Feito para durar: por que algumas idéias sobrevivem e outras morrem"), por US$ 2,99 cada um, informa o jornal.
Fonte: O Globo
Segundo o periódico, a HarperCollins vai tornar vários de seus títulos disponíveis de graça na internet por um período limitado de tempo. Entre eles, um novo romance do brasileiro Paulo Coelho, que recentemente admitiu ter colaborado com um site onde eram distribuídos arquivos gratuitos com cópias piratas de suas obras. Brian Murray, presidente da empresa, disse acreditar que a medida vai impulsionar as vendas dos livros oferecidos, reporta o "WSJ".
Já a Random House, inspirada nas experiências da indústria fonográfica, vai vender em seu site capítulos avulsos do livro "Made to stick: Why some ideas survive and othres die" (em tradução livre: "Feito para durar: por que algumas idéias sobrevivem e outras morrem"), por US$ 2,99 cada um, informa o jornal.
Fonte: O Globo
quarta-feira, 11 de outubro de 2006
Editoras vêem alta na venda de livros após parceria com Google
Editoras internacionais estão começando a registrar aumento nas vendas pelo programa do Google que permite aos internautas ler trechos de livros online, dois anos após o lançamento do controvertido plano de digitalização de obras literárias.
O Google está recrutando editoras para voluntariamente enviarem seus livros para que usuários na Internet possam mais facilmente encontrar títulos relacionados aos seus interesses, mas há algum receio de que o projeto possa levar à pirataria ou à exploração de conteúdo protegido por direitos autorais.
"O Google Book Search ajudou a transformar internautas em consumidores", disse Colleen Scollans, diretor de vendas online da Oxford University Press.
Ela não quis fornecer dados específicos, mas disse que o crescimento das vendas foi "significativo". Scollans estimou que 1 milhão de consumidores viram 12.000 títulos da editora utilizando o sistema do Google.
O Google não divulga dados de quantas pessoas estão utilizando o serviço, quantos livros foram digitalizados ou quantas pessoas clicaram para comprar as obras.
Os resultados de buscas por livros do Google fornecem páginas com trecho curtos das obras e links para comprar dos livros em lojas online ou diretamente das editoras.
Algumas das editoras que participam do programa também se uniram para processar o Google, alegando violação de direitos autorais por parte do plano da empresa em digitalizar as bibliotecas do mundo.
A editora Springer Science + Business relatou aumento de vendas de seu catálogo utilizando o Google Book Search, com 99 por cento dos 30.000 títulos no programa recebendo visitas, incluindo muitos publicados antes de 1992.
"Nós suspeitamos que o Google realmente nos ajuda a vender mais livros", disse Kim Zwollo, diretora global de licenças especiais da Springer, evitando fornecer dados específicos.
Outras editoras, como a Penguin, mostraram-se menos animadas com os resultados e obtiveram maior sucesso com outras parcerias.
"Nossa experiência é que a receita gerada pelo Google tem sido modesta. Programas da Amazon têm gerado mais vendas de livros", disse o presidente-executivo da Penguin, John Makinson, à Reuters nesta semana, durante a Feira do Livro de Frankfurt.
Fonte: Terra Tecnologia
O Google está recrutando editoras para voluntariamente enviarem seus livros para que usuários na Internet possam mais facilmente encontrar títulos relacionados aos seus interesses, mas há algum receio de que o projeto possa levar à pirataria ou à exploração de conteúdo protegido por direitos autorais.
"O Google Book Search ajudou a transformar internautas em consumidores", disse Colleen Scollans, diretor de vendas online da Oxford University Press.
Ela não quis fornecer dados específicos, mas disse que o crescimento das vendas foi "significativo". Scollans estimou que 1 milhão de consumidores viram 12.000 títulos da editora utilizando o sistema do Google.
O Google não divulga dados de quantas pessoas estão utilizando o serviço, quantos livros foram digitalizados ou quantas pessoas clicaram para comprar as obras.
Os resultados de buscas por livros do Google fornecem páginas com trecho curtos das obras e links para comprar dos livros em lojas online ou diretamente das editoras.
Algumas das editoras que participam do programa também se uniram para processar o Google, alegando violação de direitos autorais por parte do plano da empresa em digitalizar as bibliotecas do mundo.
A editora Springer Science + Business relatou aumento de vendas de seu catálogo utilizando o Google Book Search, com 99 por cento dos 30.000 títulos no programa recebendo visitas, incluindo muitos publicados antes de 1992.
"Nós suspeitamos que o Google realmente nos ajuda a vender mais livros", disse Kim Zwollo, diretora global de licenças especiais da Springer, evitando fornecer dados específicos.
Outras editoras, como a Penguin, mostraram-se menos animadas com os resultados e obtiveram maior sucesso com outras parcerias.
"Nossa experiência é que a receita gerada pelo Google tem sido modesta. Programas da Amazon têm gerado mais vendas de livros", disse o presidente-executivo da Penguin, John Makinson, à Reuters nesta semana, durante a Feira do Livro de Frankfurt.
Fonte: Terra Tecnologia
Assinar:
Postagens (Atom)