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quarta-feira, 6 de julho de 2016

Significados


Descubra o que significa, conceitos e definições


O site dos Significados é um repositório de significados, conceitos e definições sobre os mais variados assuntos. Explicam o que é, o que significa e o que quer dizer cada coisa.






quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O Brasil brasileiro

A diversidade cultural brasileira ainda é pouco divulgada. Por isso, Mayra Fonseca e Ana Luiza Pereira criaram o Brasil com S, "para estimular o autoconhecimento do país", contam. No site há textos, fotos e podcasts sobre manifestações culturais de cada canto do Brasil. Tem músicos de Belém, artistas visuais de Goiânia e artesões dos pampas gaúchos, por exemplo.



via Revista Vida Simples

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

GIFE lança biblioteca virtual com conteúdos relacionados ao investimento social


Com o objetivo de promover o compartilhamento do conhecimento sobre investimento social e, consequentemente, contribuir para o fortalecimento do setor no Brasil, o GIFE lança o Sinapse, uma biblioteca virtual com diversos conteúdos viabilizado a partir de uma parceria com a Foundation Center.

Para o GIFE o acesso a dados e informações de qualidade sobre o campo social é fundamental para que investidores sociais se tornem agentes de transformação mais fortes. Inspirado por essa premissa, o lançamento do Sinapse, um hub de conteúdo sobre o tema, busca mobilizar pesquisadores, empresas, universidades, organizações sociais e poder público em torno da troca de conhecimento.

Essa iniciativa foi possível após a concretização de uma parceria com o Foundation Center, organização dos Estados Unidos que reúne o maior banco de dados global sobre filantropia. Por lá, o projeto é chamado de IssueLab e também é considerado um hub de conhecimento, conectado com outras iniciativas similares no mundo.

Gabriela Fitz, diretora de iniciativas de Gestão do Conhecimento da Foundantion Center explica que o IssueLab é uma coleção pública de estudos de caso, avaliações e relatórios de pesquisa de fundações e organizações sem fins lucrativos em todo o mundo. “Ele foi criado para ajudar organizações como GIFE a compartilhar mais facilmente o que está sendo aprendido pelos seus pares no campo sem ter que construir uma biblioteca online a partir do zero.”

Todo o conteúdo disponibilizado na plataforma é gratuito. Ao reunir publicações relevantes em uma único espaço, o GIFE busca facilitar o acesso ao material produzido pelo campo socioambiental a diversos atores da sociedade civil.

O projeto se difere de outras iniciativas já existentes no setor justamente por conta da parceria com o IssueLab. Esse trabalho conjunto permitiu ao GIFE importar publicações sobre investimento social produzido em outros países e compartilhar as publicações brasileiras com outros hubs. Dessa forma, mais do que trazer conhecimento para o público brasileiro, o Sinapse está ajudando a levar nossas experiências para o mundo.

A princípio, a biblioteca será alimentada com publicações do GIFE, de seus associados e parceiros. Porém, contribuições são bem-vindas. Por meio do link é possível sugerir conteúdos para inclusão. A ideia é que o Sinapse se configure como um espaço de construção coletivo em benefício do campo social no Brasil.

“O Sinapse do GIFE é um exemplo perfeito de como uma iniciativa pode ser construída junto e somar-se ao conhecimento coletivo sobre a mudança social e os esforços de investimento social em todo o mundo”, avalia Gabriela Fitz.

Ideia original

O IssueLab é uma iniciativa pioneira encampada pela Fundation Center nos Estados Unidos. O projeto tem como objetivo central compartilhar inteligência coletiva sobre o setor social de forma gratuita.

A ideia nasceu em 2012, quando o acervo da Foundation Center foi fundido com o do PubHub. Juntos, eles criaram uma das maiores bases de conhecimento do campo social no mundo. Ao todo, são mais de 7 mil documentos disponibilizados nesse espaço.

São milhares de estudos de caso, pesquisas, artigos e publicações sobre os temas mais relevantes da agenda socioambiental. Além de disponibilizar todo esse material, a Foundation Center está comprometida em criar canais com outras organizações para disseminar esse conhecimento. "Aprendemos muito nesses anos. A plataforma integrada permite que qualquer um possa encontrar, acessar livremente e compartilhar inteligência coletiva do setor social", explica Bradford Smith, presidente da Foundation Center.

Gabriela complementa ressaltando a importância da construção coletiva. “Somos parte de todo um ecossistema de conhecimento. Isso é o mais empolgante e o mais promissor sobre o trabalho."

Acesse o Sinapse.

via GIFE

terça-feira, 20 de maio de 2014

Biblioteca Digital da Questão Agrária Brasileira



Iniciativa do  Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Biblioteca é destinada a militantes sociais, camponeses, estudantes, professores, pesquisadores e demais interessados no tema. Qualquer pessoa pode acessá-la livremente, sem cadastro ou senha, material que contribui com a luta pela terra, Reforma Agrária, Agroecologia e Soberania Alimentar.


sexta-feira, 11 de abril de 2014

Atlas Brasil 2013 ganha dois novos idiomas: inglês e espanhol


O site  do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 avança em uma etapa importante da promoção do livre acesso à informação. Inteiramente traduzido para o inglês e o espanhol, a ferramenta - que ficou conhecida por trazer o novo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) - poderá agora também ser utilizada por usuários não lusófonos.

O site Atlas Brasil 2013 é uma plataforma online gratuita de acesso a indicadores sobre o desenvolvimento humano em 5.565 municípios. Desde seu lançamento, em julho de 2013, o site tem se mostrado instrumento indispensável para gestores públicos, pesquisadores e a sociedade em geral.

“Esta é uma ferramenta verdadeiramente democrática. Já temos algumas evidências de que gestores públicos, formuladores de políticas e cidadãos estão usando a plataforma e seus dados para discutir as prioridades do desenvolvimento local”, disse o representante residente do PNUD no Brasil e coordenador do Sistema ONU no país, Jorge Chediek.

“Além de uma cobertura extensiva da mídia sobre o IDHM e demais indicadores presentes na plataforma, só nos cinco primeiros meses depois do lançamento do site, já tínhamos registrado mais de 5 milhões de acessos”, completou.

Um dos objetivos do site multilíngue é estimular outros países a adotarem iniciativas semelhantes, capazes de oferecer dados robustos sobre os países e, ao mesmo tempo, de proporcionar a todos o acesso a informações relevantes, claras e em linguagem amigável.

IDHM de regiões metropolitanas

O IDHM do Brasil cresceu 47,5% de 1991 a 2010 e hoje 74% dos municípios brasileiros têm médio e alto desenvolvimento humano. No entanto, esses números escondem desigualdades dentro de um mesmo município, entre seus bairros.

Com o intuito de conhecer melhor a realidade e as desigualdades das regiões metropolitanas brasileiras, está previsto para o final deste semestre o lançamento do IDHM de bairros de 16 regiões metropolitanas, dentre elas: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Recife, Belém, Manaus, Goiânia, Vitória, Cuiabá, São Luís e Natal.

Sobre o Atlas Brasil 2013

Desde que foi lançado, em julho do ano passado, o Atlas Brasil 2013 tornou-se uma das principais referências nacionais de acesso a dados socioeconômicos do Brasil, com grande destaque para o IDHM e suas dimensões: IDHM Longevidade, IDHM Educação, IDHM Renda.

O principal objetivo do Atlas Brasil 2013 é o de democratizar o acesso a informações sobre o desenvolvimento humano para todos os cidadãos.

Outra grande contribuição da plataforma é na ajuda aos governos federal, estaduais e municipais para a criação e adaptação de políticas públicas focadas nos principais desafios de cada município.

O Atlas Brasil 2013 foi elaborado por meio de oficinas e processos de consulta com mais de 40 especialistas de diferentes correntes do pensamento político e acadêmico.

Com o site Atlas Brasil 2013, é possível traduzir uma vasta gama de dados em números que mostram a realidade do desenvolvimento humano no Brasil, desde suas grandes metrópoles, até as menores unidades da federação.

Apesar de ter sua metodologia baseada no cálculo do IDH Global - publicado anualmente pela sede do PNUD em Nova York -, a comparação entre IDH e IDHM não é possível, já que IDHM é uma adaptação metodológica do IDH para o âmbito municipal, utilizando outra base de dados: no caso do Brasil, os Censos do IBGE.

Ambos agregam as dimensões longevidade, educação e renda, mas com diferentes indicadores e base de dados para o tratamento destas dimensões.

Fruto de uma parceria entre PNUD, Ipea e Fundação João Pinheiro, o Atlas teve seu processo de construção iniciado em junho de 2012.

Seu lançamento marcou a ampla disseminação dos retratos municipais por meio da plataforma online.

Fonte: ONU 
via A Crítica

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

SciELO Brasil lança blog de Ciências Humanas

Objetivo do site é disseminar na internet resultados de pesquisas publicadas nos periódicos da biblioteca eletrônica de acesso aberto

Por Elton Alisson | Agência Fapesp

Os pesquisadores e editores de revistas de Ciências Humanas no Brasil têm agora um espaço na internet para divulgar notícias, press releases, entrevistas, resumos e comentários sobre artigos publicados em periódicos científicos da área, indexados na SciELO Brasil. Trata-se do Blog SciELO em Perspectiva - Humanas.

Criado por iniciativa da Rede SciELO - Scientific Eletronic Library Online -, o blog foi lançado durante a conferência de comemoração dos 15 anos do programa, criado pela FAPESP e o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme).

O objetivo do blog é disseminar os resultados de pesquisas publicadas nos periódicos da coleção da SciELO Brasil na internet, incluindo redes sociais, ressaltam os idealizadores.

“A ideia é que ele seja um espaço não só para dar visibilidade às produções e periódicos em Ciências Humanas indexados na coleção da SciELO Brasil, mas também compartilhar nossos trabalhos e possibilitar uma interação maior dos pesquisadores da área”, disse Teresa Cristina Rego, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e representante titular dos editores da área de Ciências Humanas do comitê consultivo da SciELO, durante a apresentação do blog.

De acordo com Teresa, a ideia de desenvolver o blog surgiu em um encontro realizado em junho, em São Paulo, com o intuito de estabelecer uma rede mais interativa entre os editores de publicações na área de Humanidades, indexadas na base da SciELO Brasil.

A partir de então, foi feita uma consulta aos editores que integram a Rede SciELO na área de Humanas sobre o que achavam da ideia, em qual idioma o blog deveria ser escrito e quais as seções o blog deveria ter, entre outras questões.

Com base nos resultados da consulta, ele foi lançado em português e hospedado no SciELO em Perspectiva. “Fizemos a primeira solicitação de materiais aos editores de Humanas e obtivemos um retorno de 44 mensagens, que alimentaram a primeira versão do blog”, contou Teresa.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Ipea disponibiliza bases de dados para pesquisas sobre participação social



O Ipea, em parceria com a Secretaria-Geral da Presidência da República (SG/PR), estabeleceu o tema da participação social e do diálogo com a sociedade como central em sua agenda de estudos. Dado o fortalecimento das relações entre sociedade civil e Estado por meio da ampliação e diversificação dos canais de participação - como conselhos, comissões, conferências, audiências públicas, ouvidorias -, o Instituto considera fundamental conhecer estes espaços democráticos a fim de contribuir com a criação de condições para seu aprimoramento.

Com esta preocupação em mente, a Diretoria de Estudos e Pesquisas sobre o Estado, Instituições e Democracia (Diest/Ipea) conduziu nos últimos anos pesquisas de ampla abrangência sobre conselhos nacionais e conferências nacionais de políticas públicas, integrantes do projeto A Efetividade da Participação Social no Brasil. A primeira reuniu dados sobre o perfil e atuação de 767 conselheiros nacionais e sistematizou informações dos atos normativos dos 24 colegiados pesquisados. A segunda, por sua vez, coletou dados a respeito das formas de organização e regras de participação das 82 conferências nacionais realizadas entre 2003 e 2011. Os relatórios dessas pesquisas podem ser acessados <http://www.ipea.gov.br/participacao>.

A equipe da Diest disponibiliza nessa página as bases de dados resultantes dessas pesquisas com o intuito de democratizar o acesso à informação e contribuir para pesquisas futuras acerca desses temas. As bases estão disponibilizadas em formato de dados abertos, de modo a respeitar a Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527) e permitir sua reutilização por meio de metodologias desenvolvidas pela sociedade, possibilitando que novos cruzamentos e análises sejam feitos. A Diest e o Ipea acreditam que os dados coletados nessas pesquisas podem contribuir sobremaneira para o aprofundamento dos estudos sobre participação no Brasil e para o aprimoramento das instituições participativas.

As informações constantes nas bases de dados são de uso livre não comercial, sendo necessária a atribuição de autoria ao esforço de pesquisa. Solicitamos àqueles que porventura usem os dados que citem as pesquisas da seguinte forma:

(IPEA, 2013) IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Conselhos nacionais: perfil e atuação dos conselheiros. Base de dados. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/participacao>. Brasília: Ipea, 2013.

(IPEA, 2013) IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Ampliação da participação na gestão pública: um estudo sobre Conferências Nacionais realizadas entre 2003 e 2011. Base de dados. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/participacao>. Brasília: Ipea, 2013.

(IPEA, 2013) Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. A Efetividade da Participação Social no Brasil. Base de dados relativa aos atos normativos de Conselhos Nacionais. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/participacao>. Brasília: Ipea, 2013.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Corrupteca: Biblioteca Internacional da Corrupção



Uma Biblioteca Temática sobre Corrupção

A Corrupteca é uma biblioteca digital especializada em corrupção desenvolvida e mantida pelo Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas (NUPPs) da Universidade de São Paulo. Seu objetivo é fomentar a pesquisa do fenômeno da corrupção e seus impactos nas políticas públicas e na qualidade da democracia, principal tema de pesquisa do núcleo na atualidade.

Com acervo aberto ao público e formado em sua primeira fase por cerca de 100 mil volumes digitais de texto completo, a Corrupteca reúne a produção científica específica sobre corrupção extraída de 48.567 periódicos científicos, disponíveis em 1.643 universidades e centros de pesquisa de 63 países que fazem parte do consórcio Open Archives Initiative (OAI), além do Acervo de Notícias ou Hemeroteca, que em parceria com o Acervo Digital do jornal O Estado de São Paulo, reúne notícias relativas à corrupção desde o ano de 1875

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Internet agora já tem mapa da corrupção brasileira

Jornal paulistano inaugura Museu da Corrupção Online

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Pesquisadores mapeiam escravidão no país



Atlas do Trabalho Escravo no Brasil, produzido por geógrafos da Unesp e USP, descreve distribuição e fluxos de escravos brasileiros e apresenta ferramentas que permitem localizar setores mais suscetíveis e populações mais vulneráveis ao aliciamento



Por Fábio de Castro
 
Agência FAPESP - Depois de mais de dez anos engavetada, a Proposta de Emenda Constitucional 438 - conhecida como PEC do Trabalho Escravo - foi aprovada em segunda instância no dia 22 de maio, na Câmara dos Deputados.
 
Além desse importante passo para viabilizar a nova legislação - que prevê o confisco de propriedades onde houver trabalho compulsório -, o combate à escravidão no século 21 acaba de ganhar mais um aliado: o Atlas do Trabalho Escravo no Brasil.
 
A publicação, produzida com base em uma extensa pesquisa realizada por geógrafos da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade de São Paulo (USP), caracteriza pela primeira vez a distribuição, os fluxos e as modalidades do trabalho escravo no país.
 
Além do diagnóstico, o Atlas apresenta duas novas ferramentas - o Índice de Probabilidade de Trabalho Escravo e o Índice de Vulnerabilidade ao Aliciamento - que poderão auxiliar na implementação da legislação e orientar as políticas públicas de combate à escravidão.
 
De acordo com os autores, a publicação permitirá que o poder público avalie a probabilidade de ocorrência de trabalho escravo em regiões e setores da economia específicos, facilitando o trabalho de prevenção e as ações de combate ao problema. Desde 1995, mais de 42 mil pessoas foram libertadas das condições de escravidão pelo Estado brasileiro, de acordo com dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
 
Produzido por Eduardo Paulon Girardi, da Unesp, Hervé Théry, Neli Aparecida de Mello e Julio Hato, da USP, o Atlas foi idealizado e lançado pela organização Amigos da Terra - Amazônia Brasileira e publicado exclusivamente na internet.O documento incorpora os dados do Atlas da Questão Agrária Brasileira, produzido por Girardi a partir de sua tese de doutorado, realizada com Bolsa da FAPESP e defendida em 2008 na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp.
 
Segundo Girardi, o Atlas permite traçar o perfil típico do escravo brasileiro do século 21: um migrante do Maranhão, do norte do Tocantins ou do oeste do Piauí, do sexo masculino e analfabeto funcional. O destino mais comum desses trabalhadores são as fronteiras agropecuárias da Amazônia, em municípios de criação recente, onde são utilizados principalmente em atividades vinculadas ao desmatamento.
 
“O Atlas demonstra que há uma profunda ligação entre escravidão e pobreza extrema. Não por acaso muitos trabalhadores escravizados são provenientes do Maranhão e do Piauí, que são as unidades mais pobres da Federação. O trabalho escravo ocorre principalmente nas propriedades cuja localização é muito remota”, disse Girardi à Agência FAPESP.
 
Esse isolamento geográfico dificulta os trabalhos de verificação de denúncias e é uma das principais características da escravidão contemporânea, segundo Girardi. As grandes distâncias dos centros urbanos funcionam como um recurso para impedir as fugas.
 
“Os outros recursos são a coerção pela violência dos jagunços, diversos tipos de humilhação impingida a quem tenta fugir e, principalmente, o endividamento”, disse Girardi.
 
“Ao ser aliciado em uma região pobre, com promessas de um salário que nunca conseguiria ali, o trabalhador contrai a dívida relativa ao transporte ao local de trabalho - geralmente exorbitante. Chegando ao local, é obrigado a comprar todos seus instrumentos de trabalho, comida e moradia. A dívida se torna impagável e a condição de escravidão se pereniza”, explicou.
 
O Atlas, segundo Girardi, utiliza fontes oficiais e consolidadas do Ministério do Trabalho e da Comissão Pastoral da Terra. O detalhamento das ocorrências é dividido por setores da economia e em todo o território nacional.
 
Atividades relacionadas com pecuária ou carvão vegetal, em certas regiões da Amazônia, estão entre os exemplos de risco muito alto de existência de trabalho escravo.
 
“Obtivemos os dados do Ministério do Trabalho sobre origem dos trabalhadores escravizados e seu destino após a libertação. Mapeamos esses dados e depois fizemos as análises usando outras informações do setor produtivo, aliadas a dados sobre desenvolvimento humano, condições econômicas e renda. Com isso, conseguimos mapear os fluxos e as características sociais e geográficas dessa população”, disse Girardi.


Miséria gera escravidão

A partir desse diagnóstico, os pesquisadores produziram duas ferramentas inovadoras: o Índice de Probabilidade de Trabalho Escravo e o Índice de Vulnerabilidade ao Aliciamento - sendo que o primeiro é apropriado para orientar a prática do combate à escravidão e o segundo foi planejado para auxiliar as ações de prevenção.


Segundo Girardi, os índices serão fundamentais para que os gestores de políticas públicas possam traçar o planejamento para o combate à escravidão. A expectativa é que as ferramentas também auxiliem financiadores e empresas a evitar associações com empresários criminosos ligados ao trabalho escravo.

“Para produzir o índice de probabilidade, analisamos as principais atividades nas quais há trabalho escravo - a pecuária e a abertura de novas áreas de pastagens, em especial - e mapeamos as características econômicas das regiões onde ele ocorre. Esse índice indica os municípios que têm características semelhantes àqueles onde há trabalho escravo. Com isso, os gestores têm um instrumento para a prática de combate à escravidão”, disse.

nquanto isso, o índice de vulnerabilidade conjuga elementos que apontam a fragilidade econômica e social dos trabalhadores que correm risco de aliciamento.


Segundo Girardi, as regiões que têm características de desenvolvimento humano precário e baixa renda semelhantes às dos focos de escravização são classificadas como áreas com alto índice de possibilidade de aliciamento.



“Os dados mostram que o trabalho escravo no Brasil contemporâneo é essencialmente um problema de pobreza. A miséria dessa população é explorada por grupos de proprietários de terras criminosos, desprovidos de escrúpulos, que não enxergam o trabalhador como um ser humano”, disse Girardi.



“Por isso, não adianta apenas aumentar a fiscalização e as ações de libertação de escravos: para prevenção, é preciso combater a pobreza extrema. Muitas vezes, os trabalhadores que são libertados da escravidão voltam para sua região de origem e, sem encontrar condições para prover seu sustento, acabam sendo escravizados novamente”, disse.

 
Atlas do Trabalho Escravo no Brasil: http://amazonia.org.br/wp-content/uploads/2012/04/Atlas-do-Trabalho-Escravo.pdf

segunda-feira, 2 de abril de 2012

EUA publica íntegra do censo de 1940 na internet



Os Arquivos Nacionais dos Estados Unidos abriram um tesouro oculto para genealogistas e historiadores nesta segunda-feira, ao publicar na internet a íntegra do censo nacional de 1940, que foi disponibilizado online pela primeira vez.


Ao entrar no link 1940census.archives.gov, qualquer pessoa com conexão na internet pode mergulhar em 3,9 milhões de páginas escaneadas com dados do censo, usando uma função de busca baseada no local.


Nos próximos meses, um exército de 300.000 voluntários, a partir de uma seleção rigorosa em cada página, construirá uma base de dados que tornará possível a busca da página por nome.


Nos Estados Unidos, uma lei especifica que a informação detalhada sobre os indivíduos do censo de uma década, um retrato detalhado de cada lar em cada cidade de cada estado do país, só pode ser tornada pública 72 anos depois de ter sido coletada.


Os especialistas afirmam que o censo de 1940 é particularmente especial, pois foi feito em um momento em que os Estados Unidos lutavam para sair da Grande Depressão e quando se aproximava seu ingresso na Segunda Guerra Mundial.


"Agora temos acesso a uma visão cotidiana de um país nas garras da Depressão e à beira de uma guerra global", afirmou o chefe dos Arquivos Nacionais, David Ferriero, no lançamento do evento, em Washington.


Para um número cada vez maior de americanos que pesquisam suas árvores genealógicas, "é quase com o Natal", disse Ferriero, que consultou ele próprio os dados de seus avós, imigrantes italianos, usando sua rua em uma cidade de Massachusetts.


Os 120 mil trabalhadores do centro compilaram informações de 132.163.569 pessoas, das quais mais de 21 milhões ainda continuam vivas, explicou Ferriero.


Trata-se do décimo sexto por décadas dos Estados Unidos, mas o primeiro a levantar uma série de questões socioeconômicas destinadas a medir o impacto da Grande Depressão.
Os pesquisadores podem viajar no tempo para descobrir os nomes, as idades e relações de todas as pessoas em uma determinada casa, as ocupações de seus membros, seus salários e inclusive se a residência tinha rádio ou vaso sanitário moderno.


Os recenseadores interrogaram também sobre onde as pessoas viviam 5 anos antes, uma informação que pode ajudar a identificar as pautas de migração da época da Grande Depressão.


Fonte: AFP/Terra

sábado, 31 de março de 2012

OAPEN - Publicações em Acesso Aberto das Redes Europeias


OAPEN (Open Access Publishing in European Networks) é uma iniciativa de colaboração para desenvolver e implementar um modelo sustentável de publicação de livros acadêmicos em Acesso Aberto nas áreas de Ciências Humanas e Sociais.


A Biblioteca OAPEN visa melhorar a visibilidade e usabilidade de pesquisa de alta qualidade acadêmica, agregando publicações analisadas pelos pares (peer reviewed) de Acesso Aberto de toda a Europa.


sexta-feira, 30 de março de 2012

Portal geográfico monitoriza racismo na Europa



Um portal interativo que "aponta" no mapa os casos de racismo, xenofobia e descriminação que vão ocorrendo nos vários países europeus. Esta é a proposta do portal RED lançado recentemente em Bruxelas.


Baseado em informação geográfica e de navegação bastante intuitiva, o portal fornece múltiplas perspectivas sobre a situação da Europa no que toca ao respeito pelos direitos, liberdades e garantias do ser humano. Os dados agregados e dispostos sobre a geografia europeia permitem desde a perspectiva mais rápida, com o número de incidentes assinalados em cada país do mapa europeu, até ao olhar mais selectivo sobre os dados de um determinado país ou sobre uma temática específica, podendo o utilizador ir mesmo ao detalhe de cada incidente concreto.


O portal foi desenvolvido por uma rede europeia de instituições independentes, de 17 países diferentes, dedicadas aos direitos, igualdade e diversidade (RED Network - Rights, Equality and Diversity), no âmbito do projeto "Combating Racism and Xenophobia". Em Portugal, o projeto conta com a participação da Númena, um centro de investigação em ciências sociais e humanas sem fins lucrativos.


Fonte: iGov

terça-feira, 27 de março de 2012

Biblioteca digitial preserva tesouros culturais do Egito


Para preservar e dar acesso a séculos de história egípcia e do Oriente Médio, a Universidade Americana no Cairo lançou recentemente os Livros Raros e Coleções Especiais da Biblioteca Digital - Rare Books and Special Collections Digital Library (RBSCDL).


A biblioteca digital é aberta e acessível a nível mundial, e apoia a investigação e o ensino das artes, da cultura e da sociedade do Egito e do Oriente Médio, fornecendo acesso on-line para exclusivos recursos do patrimônio cultural.


"Antes das bibliotecas digitais, os pesquisadores tinham que visitar as coleções especiais da biblioteca com horário limitado e não podiam levar os materiais para estudo em casa", disse Carolyn Runyon, arquivista coleções digital.


"Projetos de digitalização, como as apoiadas pelo RBSCDL, permitem que pesquisadores de todo o mundo tenham acesso aos nossos materiais a qualquer momento."

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Portal Europeu de Arquivos já online



O Portal Europeu de Arquivos já está disponível e pode ser consultado por todos os que tenham interesse pela herança cultural europeia.


Este portal, que foi criado ao abrigo do projeto APEnet, com o objetivo de disponibilizar um acesso comum à documentação dos vários arquivos nacionais europeus.


Atualmente o portal conta com mais de 14 milhões de unidades descritivas e apresenta mais de 63 milhões de páginas digitalizadas.


O material disponibilizado neste portal tem origem em 62 instituições de 14 países europeus, incluindo Portugal.


Fonte: iGOV - Portugal

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Plataforma Democrática



Plataforma Democrática é uma iniciativa dedicada a fortalecer a cultura e as instituições democráticas na América Latina, através do debate pluralista de ideias sobre as transformações da sociedade e da política na região e no mundo.


Oferece uma infraestrutura virtual que facilita o aceso a instituições de pesquisa que trabalham sobre temas relacionados à democracia na América Latina e a sua produção intelectual. Por sua vez, desenvolve pesquisas destinadas a identificar o estado atual do conhecimento em áreas chaves para a democracia na região, que posteriormente são transformadas em textos para debate amplamente difundidos. Conjuntamente com as entidades associadas, realiza fóruns para promover o diálogo entre os produtores de conhecimento e os diferentes atores sociais e políticos.


A Biblioteca dispõe de um fundo documental especializado nos temas da Democracia na América Latina. Nesta seção você poderá ter livre acesso a nossa coleção de 20.000 títulos. Os títulos podem ser buscados por autor ou por palavras-chave no título do trabalho.

www.plataformademocratica.org

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Mais terras indígenas



Site com informações sobre os 669 territórios indígenas do Brasil, produzido pelo Programa de Monitoramento de Áreas Protegidas do Instituto Socioambiental, ONG de São Pauo. Apresenta mapas detalhados e gráficos sobre direitos territoriais, desmatamento e sociodiversidade.


http://ti.socioambiental.org




Fonte: Revista Planeta n. 473
Imagem: Divulgação

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

ONU lança banco de dados com casos bem sucedidos de sustentabilidade empresarial


O site da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) lançou na quinta-feira (26/1) um banco de dados com mais de 100 casos bem sucedidos de aumento dos lucros com uso mais eficiente de recursos.


“Ao mostrar as adaptações bem sucedidas do setor privado, nós buscamos ajudar comunidades e empresas a se tornarem mais resilientes quanto ao clima e a colocar os benefícios e o senso empresarial de adaptação na agenda do setor privado”, defendeu a Secretária Executiva da UNFCCC, Christiana Figueres.


Alguns exemplos de boas práticas são os esforços para tornar água potável; melhor segurança em países em desenvolvimento; os esforços para melhorar o rendimento de grãos de café em regiões que são particularmente vulneráveis às alterações climáticas; adoção de práticas e serviços não agressivos ao meio ambiente; e verificação climática de suprimentos das empresas.


Além disso, o novo banco de dados disponibiliza uma plataforma para mostrar casos bem sucedidos de parcerias público-privadas sobre sustentabilidade. O banco de dados é parte de um esforço mais amplo da UNFCCC após a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática em Durban, África do Sul, para priorizar os esforços de adaptação, bem como mitigação de desastres naturais.


Para conferir o banco de dados, clique aqui.


Fonte: ONU Brasil

Site Memória da Imprensa é reformulado

Serviço do Arquivo Público do Estado de São Paulo traz acervo digitalizado de revistas e jornais dos séculos 19 e 20 (reprodução)


Agência FAPESP - Para melhor divulgar seu acervo de jornais e revistas dos séculos 19 e 20, o Arquivo Público do Estado de São Paulo reformulou o site "Memória da Imprensa".


A página mostra a evolução da imprensa, especialmente a paulista, em pouco mais de um século. Para isso, os periódicos digitalizados foram divididos em diversas seções, como Cultura, Nacional, Gastronomia, Moda e Esportes.


A cada três meses será lançada uma nova edição que abordará notícias de uma época específica. Nesta primeira, o site mostra a cobertura sobre a Revolta da Chibata, a construção do Teatro Municipal de São Paulo e informações sobre a produção cafeeira paulista no início do século XX.


Traz ainda postais escritos à mão pelo poeta Olavo Bilac e publicados na revista A Lua, em 1910, e contos do escritor Eça de Queiroz publicados na revista Vida Moderna (1898). Ao clicar na notícia que lhe interessa, o internauta abre um arquivo com o periódico escolhido e busca a página em que a notícia foi publicada.


Outra novidade do site é a seção Colaborações, na qual serão publicados artigos sobre a História da Imprensa no Brasil, escritos por convidados. Esta primeira edição divulga o artigo “A Imprensa Oficial no Período Imperial na Província de São Paulo”, escrito por Julio Couto Filho, pesquisador e funcionário do Arquivo Público.


Entre os títulos digitalizados estão exemplares dos jornais Farol Paulistano (1829), Correio Paulistano (1867) e Jornal das Senhoras (1952) e das revistas Vida Paulista (1903), Moderna (1898), O Pharol (1908), Palco Ilustrado (1908) e Capital Paulista (1900).


A Hemeroteca do Arquivo Público é uma das maiores do Estado de São Paulo e possui atualmente 1.195 títulos de revistas e 1.369 títulos de jornais disponíveis para consulta. Além disso, o Arquivo Público é responsável, desde 2008, pela coleção de periódicos do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP).


Mais informações: www.arquivoestado.sp.gov.br/memoriaimprensa.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Site traz banco de imagens sobre arte ocidental




A internet tem hoje uma proliferação de enciclopédias colaborativas, com informações nem sempre confiáveis ou com as fontes e referências necessárias. O site MARE (Museu de Arte para a Pesquisa e a Educação) pretende funcionar como um museu virtual ou uma enciclopédia de artes, por imagens.


Trata-se de um banco interativo de imagens e textos sobre os temas representados na arte ocidental desde a Antiguidade. O projeto já tem mais de um ano de funcionamento e reúne, atualmente, mais de 1.140 imagens. Todas as vertentes da história da arte estão representadas, como explica o coordenador do projeto, Luiz Marques, professor do Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).


O acervo reúne mapas, plantas arquitetônicas, esculturas, pinturas, gravuras, desenhos, objetos de artes decorativas etc. Além da reprodução, o site traz uma ficha catalográfica da obra, um verbete explicativo, indicação bibliográfica e, em alguns casos, também um texto ensaístico. "Nossa meta estratégica é criar uma ferramenta concreta de subsídio e de intervenção na cultura visual, histórica e científica do páis", explica Marques.


http://wwww.mare.art.br




Fonte: Graziella Beting - História Viva (Transcrição da edição n. 100)

domingo, 22 de janeiro de 2012

Patrimônio: Viagem panorâmica pelo patrimônio nacional



Com os recursos oferecidos pela tecnologia digital e pela internet, dois historiadores e uma fotógrafa lançaram um projeto ambicioso: criar um site para documentar o patrimônio histórico, arqueológico, arquitetônico, paisagístico, artístico, turístico e ambiental brasileiro em 360 graus.


A ideia é registrar os sítios em imagens panorâmicas. A fotografia em 360 x 180 graus permite ao internauta fazer uma visita ao local e navegar pela tela do computador tendo a visão, para cima e para os lados, do ângulo que teria caso estivesse realmente lá.


A exemplo de outros sites estrangeiros que já oferecem imagens desse tipo, Rafael e Marília Vasconcellos e Mirza Pellicciotta, decidiram investir na divulgação do patrimônio nacional. O site já conta com vistas panorâmicas de locais como o Parque Nacional das Sete Cidades e da Serra da Capivara (Piauí), o Mosteiro de São Bento (Salvador), a praça de São Francisco (Sergipe), o edifício Martinelli (São Paulo) e casa-grande e a tulha de uma fazenda em Campinas. Todos são tombados, seja no âmbito mundial, nacional, estadual ou municipal. As imagens podem ser acessadas em www.hzoom.com.br e são acompanhadas de textos explicativos.


Fonte: Grazilla Beting - História Viva (Transcrito da edição n. 100)