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sexta-feira, 29 de junho de 2018

Parceria disponibiliza toda a coleção da revista Ciência e Cultura em formato digital


A revista teve seu primeiro número publicado em 1949, ano seguinte ao da criação da SBPC. Com a digitalização, as 456 edições e suplementos da revista podem ser consultados no site da Hemeroteca Digital da Fundação Biblioteca Nacional

Uma parceria da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) com a Hemeroteca Digital Brasileira, da Biblioteca Nacional, viabilizou a digitalização de toda a coleção da revista Ciência e Cultura. A revista teve seu primeiro número publicado em 1949, ano seguinte ao da criação da SBPC. Desde 2002, quando a revista passou a ser produzida no Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo, Labjor Unicamp, além da versão impressa, a Ciência e Cultura conta com uma versão digital no portal Scielo. Os números anteriores a 2002, no entanto, eram de difícil acesso. Com a digitalização, as 456 edições e suplementos da revista podem ser consultados no site: http://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital/.

A revista é um marco para a institucionalização da ciência no País. De acordo com Carlos Vogt, editor chefe da revista, trata-se de “uma das publicações mais antigas e importantes para a grande virada que a ciência brasileira conhece a partir dos anos 1950”. Hoje a revista busca contribuir para o debate dos grandes temas científicos da atualidade e atrair a atenção, principalmente das novas gerações de pesquisadores, para uma reflexão continuada e sistemática sobre tais temas. De periodicidade trimestral, seu espaço editorial é dividido em quatro áreas: Núcleo temático, no qual são publicados artigos com diferentes enfoques sobre um tema específico; Artigos&ensaios, focados em temas da atualidade científica; Notícias, que fornece uma visão abrangente do que vai pelo mundo no universo da ciência e da cultura; e Expressões culturais, com artigos, críticas, reportagens sobre tendências em literatura, teatro, cinema, artes plásticas, música, televisão, novas mídias, etc.

De acordo com Vinícius Martins, coordenador da Hemeroteca Digital Brasileira, o processo de digitalização levou cerca de cinco meses, entre o levantamento dos números, digitalização e processamento das imagens para o reconhecimento do texto. “Digitalizamos a totalidade da coleção, todos os números e suplementos - são 456 edições, com cerca de 68 mil páginas”, disse. Boa parte dos números impressos já estava na Biblioteca Nacional. “Complementamos os que faltavam em nossa coleção com as edições pertencentes ao acervo do Centro de Memória da SBPC”, explicou Martins, sobre o trabalho do Centro de Memória Amélia Império Hamburger (CMAIH), inaugurado em 2017, na sede da SBPC, em São Paulo.

A Hemeroteca Digital Brasileira é um portal de periódicos nacionais. O acesso pela internet permite aos usuários consultar jornais, revistas e diversas publicações seriadas de qualquer lugar. “Uma das motivações para a criação da hemeroteca foi criar um repositório para periódicos científicos”, contou o físico Ildeu de Castro Moreira, atual presidente da SBPC e que foi um dos idealizadores desse projeto quando estava à frente do Departamento de Popularização e Difusão da C&T, do então Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, entre 2004-2013. A viabilização do projeto contou com o financiamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), por meio da Financiadora de Estudos e Projetos, (Finep) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que investiram recursos para aquisição das máquinas e desenvolvimento das ferramentas de busca. “Ainda há muitas coleções de periódicos de associações científicas disponíveis apenas na versão impressa. A Hemeroteca pode ajudar a disseminar esse conhecimento para um número maior de pessoas, além de contribuir para construir uma memória da ciência brasileira”, complementou.

A digitalização da Ciência e Cultura confirma esse papel, já que boa parte da história da instituição está documentada justamente nas páginas da revista. “É uma forma de recuperar e preservar a história da instituição”, disse Áurea Gil, historiadora da SBPC, que coordena o Centro de Memória Amélia Império Hamburger, da SBPC.

A consulta da revista Ciência e Cultura na Hemeroteca Digital pode ser feita por título, período, edição, local de publicação e palavra, acessando este link. “A busca por palavras é possível devido à utilização da tecnologia de Reconhecimento Ótico de Caracteres (Optical Character Recognition - OCR), que proporciona aos pesquisadores maior alcance na pesquisa textual em periódicos. Todo o texto reconhecível é indexado e pode ser recuperado”, explicou Martins. Outra vantagem do portal é que o usuário pode também imprimir em casa as páginas desejadas.

Acesse e consulte todo o acervo: http://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital/

via SBPC

terça-feira, 26 de junho de 2018

Revista Arquitectura: baixe gratuitamente todas as edições da principal publicação de arquitetura da Espanha



Javier García Librero | ArchDaily

O Colégio de Arquitetos de Madri (COAM) acaba de publicar a primeira parte do processo de digitalização da revista Arquitectura, disponibilizando à todos uma das publicações mais importantes e influentes do panorama arquitetônico do século XX na Espanha, a qual se converteu em uma referência para o debate, o pensamento e a atividade profissional de arquitetos, urbanistas e profissionais de outros setores relacionados.

Fundada em 1918 como publicação oficial da Sociedad Central de Arquitectos, a revista ARQUITECTURA, converteu-se na primera publicação livre da imprensa arquitetônica espanhola. Entretanto, durante a guerra civil espanhola a sua publicação foi suspensa e posteriormente adaptada, sendo editada pela Direção Geral da Arquitetura, órgão do Ministério do Governo, como Revista Nacional de Arquitectura, a qual foi publicada periodicamente até 1946.

O título persistiu até 1958, mas após a nomeação de Francisco Prieto Moreno como Diretor Geral de Arquitetura, o COAM recuperou sua função de editor oficial da revista, ainda que sob tutela do Conselho Superior do Colégios de Arquitetos Espanhol. O Colégio de Arquitetos, definitivamente e sem qualquer apoio, retomou a propriedade da revista, novamente publicada como Arquitectura, voltou a circular em janeiro de 1959 e continua seguindo seu propósito até os dias de hoje.

O arquivo digital está sendo editado cronológicamente, através das diferentes etapas e dos distintos diretores que estavam por trás da publicação ao longo de seus 100 anos de história. Além disso, o catálogo inclui um sistema de organização alfabética tanto pelos autores dos artigos quanto pelo título dos mesmos. Somando-se a isso, uma ferramenta de busca on-linbe permitirá a todos os interessados acessar facilmente todo o conteúdo de seus milhares de volumes.

Já estão disponíveis as publicações dos dois períodos nos quais o COAM era o único responsável pela publicação da revista, entre 1932-1936 e de 1959-até os dias de hoje, e em breve serão publicados os demais períodos, de 1918 a 1931 e de 1941 a 1958 (RNA).

A digitalização do acervo da revista Arquitectura faz parte do processo natural de adaptação das mídias físicas à era digital, ao mesmo tempo que, se faz extremamente necessária ampliar a disponibilidade de tão importante informação, até hoje muito restrita e de difícil acesso daquela que foi, e ainda é, uma das publicações periódicas mais elementares na construção e transformação do pensamento sobre a arquitetura espanhola do século XX.

Acesse o arquivo digital da revista aqui.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Isso é muito Black Mirror


Cuidado: o futuro que a série mostra está mais próximo do que você imagina

Espelho Negro
Desligue o celular e olhe para a tela preta. Esse é o "black mirror", o "espelho negro" que batiza a série criada pelo britânico charle Brooke, e que acaba de ganhar sua quarta temporada. Além da escuridão, você também vê seu reflexo ali. Por isso é pouco exato dizer que Black Mirror trata só de tecnologia -  mais do que isso, é uma série sobre você. Sobre nós. Sobre como a tecnologia está afetando a forma como a gente convive. 

Repare que o temo verbal está no presente. Sim, os episódios são centrados em futuros distópicos. Mas eles só servem para ilustrar aonde podemos chegar sendo o que somos neste momento. É o que as reportagens desta edição apresentam: a atualidade não apenas presente, mas gritante em cada capítulo de Black Mirror.

Enquanto você lê estas linhas, criminosos transmitem suas ações em tempo real nas redes sociais, como acontece nos episódios do porco; cientistas realizam estudos sérios sobre imortalidade, como em San Junipero; empresas criam gadgets para transformar soldados em supercombatentes, como em Engenharia Reversa; hackers invadem redes para monitorar pessoas (tema de Manda Quem Pode), gente lincha gente na internet (Odiados pela Nação). Tudo isso faz parte desta edição, que contou com o trabalho de mais de uma dezena de repórteres e uma série de especialistas. 
Aproveite.

Dossiê Super Interessante. Edição Janeiro/2018.
Nas bancas.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Revista Filme Cinema passa a ser oferecida online



A publicação é uma das mais importantes do País na divulgação e no debate sobre o cinema nacional

Portal Brasil

Todas as edições da revista Filme Cultura foram digitalizadas e lançadas no repositório online do Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria do Audiovisual (SAV). A publicação é uma das mais importantes do setor no País.

A ideia é ampliar o acesso ao conteúdo da revista, que foram categorizados. "A criação de um portal institucional que disponibilizasse todo o acervo da Filme Cultura foi prioridade no nosso planejamento de relançamento da revista", explicou a secretária do Audiovisual do MinC, Mariana Ribas.

A Revista Filme Cultura é um periódico sobre cinema brasileiro criado em 1966 e chegou a 62ª edição. A revista tem importante papel na divulgação, reflexão e debate sobre o cinema nacional, apresentando artigos sobre estética e técnica cinematográfica, ensaios, reportagens, depoimentos, entrevistas, legislação e material iconográfico.

A Filme Cultura é uma realização da Secretaria do Audiovisual, em parceria com o Centro Técnico Audiovisual (CTAv), Cinemateca Brasileira e Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp).

O portal foi construído a partir da solução tecnológica Tainacan, desenvolvida pela Universidade Federal de Goiás (UFG). O Tainacan é uma plataforma de gestão de acervos digitais, que apresenta possibilidades de participação social e gestão descentralizada. Outro ganho da utilização do Tainacan é a integração de diferentes tipos de acervos e a categorização e indexação de dados.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Biblioteca Nacional disponibiliza acervo de periódicos


Na Hemeroteca Digital, o portal de periódicos da Biblioteca Nacional, é possível encontrar um raro acervo de jornais e revistas, desde os primeiros jornais do Brasil, como a Gazeta do Rio de Janeiro e o Correio Braziliense, até publicações atuais. Atualmente, são 14 milhões de páginas de jornais e revistas digitalizadas. Em 2016, o portal teve mais de 7 milhões de acessos, tanto do Brasil quando do exterior. 

De acordo com a coordenadora da Biblioteca Nacional Digital, Angela Bettencourt, a instituição cumpre com seu papel de preservar e divulgar a informação. "Projetos como a Hemeroteca Digital são importantíssimos para os brasileiros. Iniciativas como essa atingem também o público em geral, não apenas pesquisadores, tornando-se fundamentais para democratizar o acesso aos bens culturais", ressalta. 

A Hemeroteca Digital foi criada em 2009, a partir de um projeto apoiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A ideia inicial era digitalizar apenas periódicos já em domínio público, mas o escopo acabou sendo ampliado. "Fomos procurados por proprietários de jornais, como o Jornal do Brasil, autorizando a digitalização. Depois vieram os proprietários dos Diários Associados, que incluem o Jornal do Commercio, Diário de Pernambuco e a famosa revista O Cruzeiro. Desde então, passamos a digitalizar também periódicos atuais. Não temos o direito patrimonial, mas podemos divulgar em nosso portal", explica Angela. 

Para pesquisar na Hemeroteca Digital, basta digitar ou escolher o nome do periódico, escolher o período e o que se quer encontrar. Uma das grandes vantagens da pesquisa no acervo é que não é preciso procurar página por página do jornal ou revista para encontrar a informação pesquisada. "Nossa indexação é por palavra. Isso facilita muito a recuperação da informação na vastidão do material", frisa a coordenadora. 

Para Angela, a Biblioteca Nacional acompanha os novos tempos com projetos como a Hemeroteca Digital. "A Biblioteca Nacional dita as normas para catalogação de livros, o material analógico, podemos dizer. E também marcamos presença no mundo digital. Atualmente, a instituição é a maior biblioteca digital do País e estamos ensinando às outras como fazer, que padrões seguir. Isso vai nos ajudar a cooperar no futuro, quem sabe nos transformando em um verdadeiro Google da cultura", destaca. 

Ministério da Cultura

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Número Especial da Revista Ciência da Informação é lançado em comemoração aos 20 anos do Latindex


O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) acaba de lançar o Número Especial da Revista Ciência da Informação em comemoração aos 20 anos do Latindex (Sistema Regional de Informação Online para Revistas Científicas da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal). A publicação conta com artigos escritos pelos especialistas que gerenciam o sistema em diferentes países, bem como de seus fundadores.

O Ibict é o Centro Brasileiro do Latindex, sistema de informação dedicado ao registro e difusão de revistas acadêmicas editadas nos países ibero-americanos. Atualmente, integram a sua rede de cooperação: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Espanha, Guatemala, México, Nicarágua, Panamá, Peru, Portugal, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

A Rede Latindex reúne e dissemina informações bibliográficas sobre as publicações técnico-científicas da Região e, por meio de recursos compartilhados, produz e dissemina padrões editoriais com vistas a elevar a qualidade dessas publicações.

Para visualizar a publicação acesse: http://revista.ibict.br/ciinf/issue/view/145

via Ibict

sexta-feira, 17 de junho de 2016

EDUBASE


Base de dados de artigos de periódicos nacionais em Educação e áreas afins, desenvolvida e fundada pela Biblioteca da Faculdade de Educação da UNICAMP, desde setembro de 1994, sendo a partir de abril de 2015, gerenciada pelo Sistema de Bibliotecas da UNICAMP, precisamente pelo Portal de Periódicos Eletrônicos Científicos. A proposta da Edubase é que futuramente possam incluir, além dos artigos de periódicos, trabalhos de anais de eventos, e capítulos de livros relacionados à Educação e áreas afins de acesso aberto.


quinta-feira, 2 de junho de 2016

Em comemoração aos 40 anos, "Veja" reformula acervo digital

Em comemoração aos seus 40 anos, a revista Veja decidiu ampliar e reformular seu acervo digital, criado em 2008, com o objetivo de direcionar os internautas para uma navegação mais simples e intuitiva.

Acesso ao acervo da revista está mais simples com as mudanças

Segundo o próprio site da revista, com apoio da Digital Pages, especializada na disponibilização de conteúdos digitais, o acervo ganhou uma versão mais ampliada, atualizada e com uma nova identidade visual. 

O acervo está à disposição do público gratuitamente, mas por tempo limitado. Todas as edições estão disponíveis, desde 1968, com exceção do último número lançado. 


via Portal Imprensa

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Sistema de Produção da Embrapa é uma das publicações digitais mais acessadas


Os Sistemas de Produção Embrapa (SPE) estão entre uma das publicações eletrônicas mais acessadas, com uma média semanal de 90 mil visitas. As publicações da Editora Embrapa são comumente acessadas por agricultores, extensionistas, técnicos, professores e estudantes. Os SPE disponibilizados pela editora permitem ao público realizar pesquisas sobre as variadas cadeias produtivas, as quais incluem processos de pré-produção, produção e pós-produção. Com o alto número de acessos, a Embrapa mantém o posto de melhor fonte de apoio ao agricultor brasileiro.

Fonte: Abeu

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Portal científico brasileiro é referência internacional


Com plataforma renovada, Portal de Publicações Científicas em Acesso Aberto (Oasisbr) oferece milhares de publicações gratuitas

Cooperação com a rede latino-americana foi um dos pontos chave para o sucesso da empreitada

Reunir as publicações científicas brasileiras em um mesmo lugar, facilitando a busca desses documentos pelos interessados, é o objetivo do Portal de Publicações Científicas em Acesso Aberto (Oasisbr), lançado pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict/MCTI). 

O sucesso foi tão grande que o Portal ganhou visibilidade em sites internacionais de divulgação científica, como o La Referencia e Confederation of Open Access Repositories (Coar). O La Referencia é focado na produção científica de países da América Latina como Argentina, Chile, Colombia, Ecuador, El Salvador, México, Perú, Venezuela, além do Brasil. Já o Coar representa 90 instituições mundiais da Europa, Ásia, América do Norte e América Latina.

Para conhecer o novo portal, acesse: oasisbr.ibict.br.

Com a nova plataforma, milhares de publicações científicas produzidas no Brasil estão mais acessíveis a pesquisadores e acadêmicos de todo o mundo. Por meio do Oasisbr, é possível consultar e realizar o download de, aproximadamente, 1,2 milhão de publicações científicas em acesso aberto, sem custo algum.

Sobre a plataforma

O Oasisbr é uma plataforma de busca integrada, podendo ser adaptada a dispositivos móveis. Ela concentra os resultados de bibliotecas digitais de teses e dissertações e de revistas eletrônicas de acesso aberto no Brasil.

Segundo a coordenadora do Laboratório de Metodologias de Tratamento e Disseminação da Informação do Ibict, Bianca Amaro, "o Oasisbr oferece ainda um conjunto de estatísticas sobre as coletas e sobre o material agregado, por meio do qual podemos estabelecer um panorama global da produção brasileira".

 Além disso, a cooperação com a rede latino-americana foi um dos pontos chave para o sucesso da empreitada. O número de documentos agregados pelo Oasisbr faz do portal brasileiro o maior repositório de acesso aberto da América Latina.

Fonte: Portal Brasil | Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

terça-feira, 9 de junho de 2015

Revista do Livro


A Biblioteca Nacional está voltando a publicar a Revista do Livro, criada na década de 1950 e retomada pela instituição, depois de um longo intervalo, em 2002. A segunda vida da publicação durou até 2010 e agora a BN prepara o lançamento do número 55, que teve como editora Sheila Kaplan. Um dos destaques da revista são as reflexões sobre o papel das bibliotecas no mundo contemporâneo, feitas por nomes como os poetas e acadêmicos Ferreira Gullar e Antonio Carlos Secchin, entre outros. 

via No Prelo - O Globo

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Portal de Publicações Eletrônicas da UERJ


O Portal de Publicações Eletrônicas da UERJ é o portal institucional que agrega periódicos científicos editados na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Atualmente, estão hospedadas 61 revistas, sendo 54 já publicadas, disponíveis para acesso eletrônico, e 7 em fase de publicação.

Revistas

- (Syn)thesis
- Arcos Design
- Caderno Seminal
- Cadernos do Desenvolvimento Fluminense
- Cadernos do IME - Série Estatística
- Cadernos do IME - Série Informática
- Cadernos do IME - Série Matemática
- CERES: Nutrição & Saúde
- Contemporânea
- Cosmopolitan Law Journal / Revista de Direito Cosmopolita
- DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde
- Ecos de Linguagem
- Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia
- e-Mosaicos
- Espaço e Cultura
- Estudos e Pesquisas em Psicologia
- Geo UERJ
- História, Natureza e Espaço - Revista Eletrônica do Grupo de Pesquisa NIESBF
- Interagir: pensando a extensão
- Interseções: Revista de Estudos Interdisciplinares
- Jornal Brasileiro de TeleSSaúde
- Logos
- Mural Internacional
- Pensares em Revista
- Periferia
- POLÊM!CA
- PRINCIPIA
- Psicologia e Saber Social
- Revista Brasileira de Direito do Petróleo, Gás e Energia
- Revista Concinnitas
- Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ
- Revista de Direito da Cidade
- Revista de Finanças Públicas, Tributação e Desenvolvimento
- Revista Direito e Práxis
- Revista Eletrônica de Direito Penal
- Revista Eletrônica de Direito Processual
- Revista Em Pauta
- Revista Enfermagem UERJ
- Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto
- Revista Interinstitucional Artes de Educar
- Revista Internacional de Ciências
- Revista Intratextos
- Revista Italiano UERJ
- Revista Maracanan
- Revista Neiba, Cadernos Argentina Brasil
- Revista Publicum
- REVISTA QUAESTIO IURIS
- Revista SOLETRAS
- Revista Sustinere
- Revista Tamoios
-  RFD- Revista da Faculdade de Direito da UERJ
- RSDE - Revista Semestral de Direito Empresarial
- Sexualidade, Saúde e Sociedade Revista Latino-Americana
- Textos Escolhidos de Cultura e Arte Populares




quarta-feira, 8 de abril de 2015

A força do impresso

Martin Sorrell, presidente da WPP, maior agência de publicidade do mundo, diz que as revistas são mais eficazes do que se pensa. Por isso, é preciso repensar as estratégias de comunicação

Rodrigo Caetano | IstoÉ Dinheiro


Tradição e qualidade: as revistas proporcionam maior engajamento por parte dos leitores ( foto: Masao Goto Filho/Ag. Istoé)

A internet mudou para sempre a forma como as pessoas se comunicam. Essa transformação atingiu, por consequência, todos os meios de comunicação. A velocidade do online provocou uma revolução na publicidade. Na última década, muitas agências e anunciantes previram a morte dos veículos impressos. Não faltaram especialistas para dizer que marcas tradicionais do jornalismo, como The New York Times, The Wall Street Journal, The Economist, Le Monde, Time e Der Spiegel, apenas para citar algumas, estariam condenadas ao ostracismo, caso não embarcassem em uma estratégia brutal de digitalização.

Essa visão catastrófica, no entanto, parece ter chegado ao fim. Quem diz isso é Martin Sorrell, fundador e presidente da WPP, maior agência de publicidade do mundo. Sorrell, ele próprio um defensor da transição para o online, no passado, afirmou em março, em um evento da Broadcasting Press Guild, associação britânica de jornalistas, que é preciso repensar a eficácia dos meios de comunicação tradicionais. “Talvez as revistas e os jornais sejam mais eficazes do que as pessoas estão supondo”, disse o publicitário. Os veículos impressos, segundo Sorrell, proporcionam maior engajamento das pessoas, algo fundamental para as marcas das empresas neles citadas.

Os leitores tendem a reter mais informações quando leem no papel, em comparação ao meio digital. Por esse motivo, os anunciantes devem se preocupar mais em medir esse engajamento, em vez de se guiar apenas pelo tempo gasto em cada veículo, afirma Sorrell. Trata-se de uma grande mudança de posicionamento do próprio publicitário, que chegou a dizer, há alguns anos, que seus clientes estavam gastando muito dinheiro com a mídia impressa. Sorrell não está sozinho nessa cruzada contra a radicalização digital. Para Nizan Guanaes, sócio-fundador do Grupo ABC, maior empresa publicitária do Brasil, as revistas e os jornais estão sendo subvalorizados.

“Não conheço ninguém importante que não leia jornal e revista, seja no papel, seja em plataformas digitais”, afirma Guanaes. “A web não vai acabar com isso, mas ela certamente tirou o impresso da zona de conforto, forçando os veículos a se reinventarem e evoluírem.” Esse mesmo fenômeno já pode ser identificado, também, no mundo dos livros. Os e-books, que preconizaram a morte dos livros, estão com as vendas estagnadas (saiba mais aqui). Isso não quer dizer que o meio digital esteja perdendo força. O que acontece é um melhor entendimento, por parte da publicidade, sobre o papel de cada mídia na vida das pessoas.

“O leitor, na verdade, não faz essa distinção entre online e papel”, afirma Adrian Ferguson, vice-presidente de mídia da agência DM9DDB. “O que importa é a qualidade da informação.” Nesse ponto, os veículos impressos, mais tradicionais, ganham no quesito credibilidade e padrão de jornalismo. Nos últimos anos, a grande maioria dos “furos” jornalísticos que precipitaram grandes acontecimentos no País, como o impeachment do ex-presidente Fernando Collor, o mensalão e o petrolão, veio das revistas. “As revistas impressas mantêm viva a tradição do jornalismo relevante e de qualidade.

Por isso, vão prevalecer e participar, como protagonistas, da evolução digital da comunicação”, afirma Caco Alzugaray, presidente executivo da Editora Três. “O meio revista, notoriamente, oferece ao anunciante uma atenção e uma credibilidade únicas”, diz. “Foi importante o Martin Sorrell, uma voz publicitária de peso ímpar, engrossar o nosso coro.” O presidente da Editora Abril, Alexandre Caldini, diz que Sorrell verbalizou uma percepção que algumas agências brasileiras já perceberam. “Elas sabem que muitas marcas foram construídas a partir de ações no meio revista”, afirma.

Os próprios títulos, como Veja, IstoÉ, Exame e Dinheiro são marcas fortes, que passam credibilidade e influenciam a opinião dos leitores, lembra Caldini. “A combinação de marcas de qualidade, com jornalismo de qualidade e impacto na comunidade é matadora. E vai continuar matadora, tanto no papel quanto nos meios digitais”, diz ele. A credibilidade do jornalismo tradicional é importante para as empresas anunciantes. “Não adianta tentar construir uma marca usando apenas 140 caracteres”, afirma Eduardo Tomiya, diretor da Millward Brown Vermeer.

“A forma mais eficiente de se construir marcas fortes e com grande reputação é por meio do uso de veículos de mídia que produzem bom conteúdo”, diz Flávio Pestana, diretor de mercado anunciante do jornal O Estado de São Paulo. Não é verdade, também, que a circulação de revistas e jornais esteja caindo vertiginosamente. No ano passado, as revistas sofreram uma leve redução de tiragem, em parte compensada pelo crescimento das edições digitais - mesmo na internet, as pessoas preferem os veículos tradicionais. No caso dos jornais, a tiragem se manteve estável, com crescimento, também, do meio digital e das assinaturas. Não por acaso, o jornal The Washington Post, que derrubou o presidente Richard Nixon em 1974, foi comprado pelo magnata digital Jeff Bezos, dono da Amazon, em 2013.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Fiocruz reúne todas suas publicações científicas em novo Portal de Periódicos


A Fiocruz lançou nesta terça-feira (10/03) mais um espaço para a divulgação da Ciência: o Portal de Periódicos. No mesmo ambiente web, o público terá acesso aberto e gratuito aos artigos de todas as publicações científicas editadas na Fiocruz. Com a busca integrada em sete revistas, os leitores poderão ter uma visão ampliada do conhecimento em saúde, a partir de diferentes abordagens.

A Fiocruz, em 2014 implantou sua Política de Acesso Aberto ao Conhecimento, na qual reafirma seu compromisso com a democratização do conhecimento e do acesso à informação científica. O Portal de Periódicos vem reforçar a importância da popularização da ciência, aproximando a sociedade dos temas científicos.

Para o editor da Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, Rodrigo Murtinho, “o Portal de Periódicos da Fiocruz chega em boa hora e será um instrumento importante para ampliar o acesso à produção científica na área da saúde, e consequentemente dar maior visibilidade às revistas científicas editadas pela Fiocruz em diferentes áreas”.

Essa diversidade nas revistas científicas da Fiocruz retrata as diferentes áreas do conhecimento e atuação a que se dedica a instituição, com temas importantes para a sociedade, dialogando tanto com o Sistema Único de Saúde como com o Sistema de C&T do país.

Comunicação: “cardápio variado de conteúdos”

Além de artigos, o novo canal traz informações em diversos formatos: notícias, entrevistas, vídeos e infográficos. Para João Canossa, à frente da Editora Fiocruz, este “cardápio variado de conteúdos”, permite que a sociedade se aproprie do vasto conhecimento gerado na instituição. “Assim, esta produção pode ser utilizada pelas pessoas de outros centros de pesquisa, universidades, no trabalho, em casa, neste ou em outros países. O Portal de Periódicos tem tudo para se tornar mais uma poderosa ferramenta nesse sentido”.

Editora da revista História, Ciências, Saúde - Manguinhos, Roberta Cardoso também comemora o potencial de comunicação e interação do novo veículo com o público: “A iniciativa é ótima e tornará a divulgação das edições mais dinâmica. Também facilitará a pesquisa dos leitores interessados nos temas que publicamos”, diz.

Este benefício também é apontado pelas editoras das revistas Fitos e Visa em Debate, respectivamente. “O Portal de Periódicos será um espaço importante para dar maior visibilidade, acesso e uso aos trabalhos publicados pela Revista Fitos, o que permitirá um aumento nos fatores de impacto do conteúdo intelectual produzido na área de pesquisa, desenvolvimento e inovação em fitoterápicos, com a citação de estudos ou pesquisas em trabalhos de cientistas de outras instituições”, diz Rosane Abreu. “Nós, da Visa em Debate, acreditamos na concretização e sustentabilidade do acesso aberto às revistas científicas, ampliando visibilidade e impacto das publicações. Esta é uma importante contribuição do Portal de Periódicos da Fiocruz na democratização do conhecimento”, afirma Daniella Guimarães.

via Flávia Lobato e Fernanda Marques | Fiocruz

sexta-feira, 6 de março de 2015

350 anos de publicação científica: desde o “Journal des Sçavans” e “Philosophical Transactions” até o SciELO

Ernesto Spinak e Abel L Packer | Blog SciELO

Journal Des Scavans

Os periódicos científicos completam 350 anos desde a aparição do Journal des Sçavans e Philosophical Transactions. Ao longo destes anos os periódicos passaram a ser o principal meio de comunicação dos resultados de pesquisa científica. Eles acompanham e registram o avanço da ciência, principalmente a partir de meados do século XX. Em seu conjunto constituem a memória dinâmica principal do avanço do conhecimento científico. Sua produção em series periódicas conforma fluxos de informação científica nas diferentes disciplinas e áreas temáticas que informam aos pesquisadores o progresso em suas áreas de interesse.

Estes fluxos de informação comunicados pelos periódicos são controlados pelos índices bibliográficos que registram as novas comunicações e suas interações com ideias e dados publicados anteriormente. Estes índices são uma fonte indispensável para a atualização científica e uma fonte importante de seguimento e ranking do desempenho das pesquisas, grupos de pesquisa, instituições, áreas temáticas, de países e, claro, dos periódicos. Em resumo, os periódicos são parte integral da infraestrutura da ciência.

Existem diferentes estimativas do número de periódicos científicos. O índice Ulrich’s registra mais de 70 mil periódicos “refeered/peer-reviewed”, dos quais mais de 50 mil são publicados online. Em maio de 2014 o Portal de Periódicos CAPES dava acesso a mais de 37 mil periódicos científicos em textos completos. O índice WoS cobre mais de 13 mil periódicos, o Scopus mais de 20 mil, e o SciELO mais de mil.

Com o surgimento da Web e sua consolidação nas últimas duas décadas e meia como o principal meio de intercâmbio de informação da humanidade, a publicação online passou a ser também o meio principal da comunicação científica. Com as facilidades das tecnologias de informação e comunicação, os periódicos e os índices bibliográficos foram renovados e muitas inovações estão em curso. A disponibilidade e interoperabilidade online foram os principais avanços ao lado da emergência do acesso aberto, da publicação continuada de artigos assim que são aprovados pelos comitês editoriais, dos megajournals e do fortalecimento da visibilidade dos periódicos dos países emergentes e em desenvolvimento com programas e redes como SciELO e similares.

A comunicação entre os cientistas foi acelerada com ajuda da Web e dos sistemas de apoio às redes sociais. Em muitos casos a comunicação direta se assemelha às cartas entre cientistas que precederam o aparecimento dos periódicos. Pois a história há 350 anos começou assim, mediante comunicações e cartas entre a “communauté de savants” ou “community of scholars”. Recapitulemos um pouco a história.

No final da Idade Média o conhecimento científico era um corpus enorme construído ao longo de séculos, mediante o esforço admirável de acadêmicos que tentavam sintetizar a filosofia aristotélica com a tradição cristã. No início da Era Moderna e chegando ao século XVII, encontramos uma quantidade de grandes nomes que se sentem comprometidos em estabelecer este conhecimento científico sobre bases mais firmes.

Apenas para mencionar alguns, temos Francis Bacon, Galileu, Descartes, Robert Boele, Spinoza, Leibniz, Newton e muitos outros, que se envolveram na busca de um núcleo em comum de sabedoria, isto é, um núcleo filosófico no qual o conhecimento poderia se basear, que lhes permitiria enfrentar a tradição filosófica que receberam. Buscavam novas vias para obter a unidade do conhecimento sob um novo paradigma, que incluísse a experimentação e a comunicação posterior dos resultados aos colegas, no formato de cartas no principio e mais tarde, graças à imprensa, seria possível dar uma difusão mais ampla.

Então, em 1665, já faz 350 anos, e com apenas 60 dias de diferença, surgiram por vias diferentes, de um lado e do outro do Canal da Mancha, as duas primeiras “publicações científicas”, que antecederam as atuais. Estas publicações foram o Journal des Sçavans e as Philosophical Transactions, mais tarde renomeadas para Journal des Savants e Philosophical Transactions of the Royal Society, respectivamente.

Em 5 de janeiro de 1665 foi editado em Paris o primeiro número do Journal des Sçavans, sob o patrocínio privado do advogado e membro do parlamento Denis de Sallo, Sieur de a Coudraye apoiado por Jean-Baptiste Colbert, Ministro de Economia, que dois anos mais tarde fundaria a Académie Royale des Sciences (dezembro de 1666).

O Journal des Sçavans proclamou desde o principio sua ambição de difundir noticias sobre os livros e as pessoas da “République des lettres”, o que não somente incluía a pesquisa científica como a conhecemos hoje, como também discussões intensas sobre a filosofia Cartesiana, preenchendo todas as áreas do pensamento neste século, tanto a favor como contra. Descartes era o tema das conversações eruditas em Paris e nas províncias, e por mais de 50 anos não havia um só livro publicado na França que não tivesse uma discussão filosófica com Descartes como objeto.

O Journal des Sçavans impôs um novo estilo de escrita e formas de disseminar o conhecimento científico, indicando seus cinco objetivos no primeiro número:

1. O editor anuncia que informará aos leitores sobre os novos livros publicados na Europa, não somente em listas de títulos, como também comentários e descrições breves dos conteúdos.
2. Obituários de pessoas famosas com suas bibliografias.
3. Comunicação de experimentos e descobertas em Física e Química que expliquem os fenómenos da natureza, observações astronómicas, máquinas úteis e descrições anatômicas de animais.
4. Decisões nas cortes religiosas e seculares, assim como também os éditos de censura.
5. De forma geral “não haverá nada que ocorra na Europa que valha a pena ser conhecido pelos homens de letras que não se possa aprender neste Journal”


Philosophical Transactions

O alcance do Journal des Sçavans, de maneira geral, era informar sobre tudo o que estivesse acontecendo na comunidade dos “savants”, assim como a comunicação de informes de diferentes gêneros, o que mostra que o quadro filosófico que expressa o Journal é muito mais amplo que o puro Cartesianismo, e que este é só um de seus ingredientes filosóficos, porém que o transcende.

As Philosophical Transactions, o outro periódico, foi fundado apenas dois meses mais tarde, em 6 de março de 1665, e nasce e desenvolve-se com uma história diferente.

A Royal Society foi fundada em Londres em 1662, sendo um de seus dois secretários Henry Oldenburg, um filósofo alemão considerado como uma das eminências da Europa em seu tempo. Oldenburg tinha a tarefa de manter uma rede extensa de correspondência científica. Os membros da Royal Society se reuniam periodicamente para ouvir a leitura destas cartas, e era responsabilidade de Oldenburg informar aos membros que não podiam assistir às reuniões o conteúdo das cartas. Então Oldenburg começou a imprimir estas cartas para disseminar a informação aos sócios e, buscando uma forma de sistematizar a tarefa (e ganhar algum dinheiro), começou a imprimir como um Boletim… que deu inicio à revista.

As Philosophical Transactions em comparação ao Journal des Sçavans (com seus cinco objetivos ambiciosos), cobria uma faixa mais reduzida de temas, principalmente os que hoje poderíamos considerar “científicos”, e relativamente poucas revisões de livros.

Então ali começou uma história que nestas semanas está completando 350 anos. Hoje em dia ambos os periódicos são ainda publicados, porém o Journal des Sçavans está mais orientado ao âmbito literário que o científico. Desde fevereiro de 2014, o Journal des Sçavans está disponível online na Bibliothèque Nationale de France Gallica digital library.

Como reflexão final poderíamos agregar que, desde o mesmo começo destes periódicos, havia um consenso entre os pesquisadores e sábios de que as descobertas deviam ser difundidas e apresentadas abertamente à avaliação por seus pares. O “peer review” é tão antigo como os periódicos científicos, e ademais, é interessante notar que, naquela época, a arbitragem não era um processo anônimo nem cego, e sim aberto a todos os colegas, uma espécie de peer review e Open Access.

Referências

ALEXANDRESCU, V. Branching Off: The Early Moderns in Quest for the Unity of Knowledge (Foundations of Modern Thought). 2009.

BANKS, D. Starting science in the vernacular. Notes on some early issues of the Philosophical Transactions and the Journal des Sçavans, 1665-1700. ASp [Online]. 2009, vol. 55. [viewed 24 February 2015]. Available from: http://asp.revues.org/213Date

DOBRE, M. Early Cartesianism and the Journal des Sçavans, 1665-1671. Studium: Revued’Histoire des Sciences et des Universités. 2012, vol. 4, nº 4, pp. 228-240. [viewed 24 February 2015]. Available from: http://www.gewina-studium.nl/index.php/studium/article/view/1557/1594

Journal des savants. Wikipedia. [viewed 24 February 2015]. Available from: http://fr.wikipedia.org/wiki/Journal_des_savants

NORMAN, J. Journal des sçavans: The First Scientific Journal Begins Publication (January 5 1665). History of Information.com. [viewed 24 February 2015]. Available from: http://www.historyofinformation.com/expanded.php?id=2661

Philosophical Transactions of the Royal Society. Wikipedia. [viewed 24 February 2015]. Available from: http://en.wikipedia.org/wiki/Philosophical_Transactions_of_the_Royal_Society

Link Externo

Bibliothèque Nationale de France Gallica digital library - <http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/cb343488023/date.r=journal+des+scavans.langEN>


quarta-feira, 4 de março de 2015

FAU disponibiliza acervo digitalizado da Revista Acrópole


A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP digitalizou a coleção completa da Revista Acrópole, especializada em arquitetura e urbanismo, que circulou entre os anos de 1938 e 1971. Ao todo são 391 fascículos e mais de 23 mil páginas disponíveis no website.

O projeto de digitalização foi uma iniciativa da Biblioteca da FAU, detentora de uma das poucas coleções completas da revista, e contou com o apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) e das herdeiras do diretor-proprietário da Revista Acrópolee da Editora Max Gruenwald & Cia., Manfredo Gruenwald.

O objetivo da equipe - formada pelo professor da FAU e diretor do Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP, Hugo M. Segawa, pela professora Marcia Rosetto, pela bibliotecária Dina Elisabete Uliana e pela estagiária Carla Catarine Moura Queiroz - foi o de garantir a preservação da coleção, ampliar o acesso a esse importante acervo, subsidiar a pesquisa na área de Arquitetura e Urbanismo realizada no país e consolidar conhecimento e competências específicas com a elaboração de diretrizes técnicas e operacionais para digitalização e disponibilização de periódicos de interesse histórico e científico.

Além da reprodução integral em meio digital da coleção, o projeto também realizou a conversão dos textos e imagens digitalizadas, permitindo busca direta e acesso online, a criação de um banco de dados para o arquivamento da coleção digital e a organização do website para a busca dos registros e textos completos.

Fonte Usp online
via Comunitexto

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Filo na Web



A revista Filosofia&Vida completou 100 edições, procurando desenvolver um trabalho sério e importante na divulgação de textos, artigos, matérias e entrevistas  a respeito  e todas as vertentes dessa disciplina. Além da publicação impressa, os leitores têm acesso a todo o material disponível na revista em sua página no Facebook, que acabou se transformando num grande espaço de discussões e debates a respeito do que é mais interessante e relevante em termos de pensamentos filosóficos e suas aplicações na vida cotidiana. O internauta pode, ainda, consultar o site da publicação.


via Revista Ciência e Vida

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Nature abre todos os seus artigos para visualização gratuita


A Nature, uma das publicações científicas mais tradicionais, com artigos que datam de 1869 (ano da sua fundação) atualmente em 48 revistas derivadas, como Nature Genetics e Nature Medicine, anunciou a abertura do seu conteúdo para visualização gratuita. Mas há uns asteriscos importantes nessa iniciativa.

Segundo a Macmillan Science and Education, a editora que publica a Nature, os artigos científicos poderão ser visualizados em uma plataforma de software chamada ReadCube, similar ao iTunes, que exibe versões somente para leitura dos PDFs dos artigos.

Em outras palavras, por ali não é possível imprimir ou mesmo copiar o conteúdo. Por outro lado, a plataforma permite anotações e incentiva o compartilhamento dos comentários feitos por colegas da área, além de poder ser baixado para consulta local, offline, usando o software da ReadCube. O formato lembra um pouco a abertura do acervo fotográfico do GettyImages - nesse caso, o uso gratuito das fotos está condicionado à adoção de um código de incorporação meio complexo se comparado à inserção pura e simples de uma imagem via HTML.

Tino Hannay, diretor da Digital Science, o braço digital da editora responsável pela iniciativa, “já sabemos que os pesquisadores compartilham conteúdo, geralmente escondidos nos becos da Internet ou usando práticas desengonçadas e demoradas”. Mas há outro motivo além desse, como aponta Richard Van Noorden no site da Nature: a crescente demanda pela gratuidade dos fundos de pesquisa.

A própria Nature tem “lacunas” para isso, mas elas são bem restritas - basicamente, quando os autores ou seus financiadores bancam a publicação do paper. O que, por sua vez, não é um negócio que se possa classificar de barato: segundo Philip Campbell, editor-chefe da Nature, os custos internos de publicação ficam entre US$ 31 e US$ 47 mil por paper. Por isso a dinâmica de cobrança dos assinantes (pesquisadores e bibliotecas, em sua maioria) é mais viável.

As reações ao anúncio da Nature, ainda segundo Richard Van Noorden, tem sido mistas. A preocupação dos insatisfeitos é que os manuscritos arquivados independentemente da editora, como ocorre hoje, não têm limitações de impressão ou salvamento; já na plataforma da Nature, isso acontecerá.

Ah, e para quem acompanha as últimas descobertas cientificas por sites, uma boa notícia: 100 publicações do mundo inteiro poderão linkar os textos completos do acervo da Nature ao reportarem os estudos recém-publicados lá.

Para mais detalhes, leia o comunicado oficial da Nature. 


Por: Rodrigo Ghedin | Gizmodo



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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Artigos de segunda


A profusão de periódicos científicos que publicam qualquer estudo, por menos rigoroso que ele seja, bastando apenas que o autor pague por isso, é uma praga a que o Brasil  vem aderindo com preocupante entusiasmo - mesmo aquelas instituições que deveriam  zelar pela excelência da pesquisa no país

Um espectro assombra a comunidade científica internacional: o dos periódicos sem credibilidade. Não é díficil entender o porquê. Alguns dos avanços mais extraordinários da ciência vieram a público pela primeira vez sob a forma de artigos editados em veículos de peso. Neles prevalece aquilo que está no coração da própria metodologia científica, a peer review, ou seja, a revisão pelos pares. Esse processo visa a replicar os resultados de um estudo, a fim de comprová-lo, sem a presença de seu autor ou autores. Não há outra maneira de fazer a ciência merecer esse nome - e andar para a frente. 

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Leia a matéria especial completa na Veja desta semana.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Editora Abril anuncia fim da versão impressa da Info

A partir de fevereiro de 2015, a Info deixará as bancas. A novidade foi anunciada pela Editora Abril, que informou o encerramento do título em sua versão impressa. "Estamos apostando em um movimento pioneiro, muito coerente com a proposta da revista. Além disso, abrem-se ótimas oportunidades para nossos anunciantes”, contou o diretor-superintendente da unidade Notícias e Negócios, Rogério Gabriel Comprido. Segundo as informações, a publicação será distribuída exclusivamente nas plataformas digitais, como tablets, smartphones e site.

Diretor editorial de negócios da editora, André Lahóz ressaltou que a mudança faz parte do DNA da Info. "Ser uma publicação 100% digital é absolutamente adequado para esse título". Para a Abril, os gastos reduzidos vão refletir em investimento na plataforma digital, passando a criar mais vídeos, áudios e infográficso interativos. O site também passará por reformulação. "Fomos a primeira revista da Editora Abril a chegar ao smartphone e a primeira a atualizar o conteúdo da edição do mês nos tablets. O digital é um caminho cheio de possibilidades", comentou a diretora de redação da Info e do portal Exame.com, Katia Militello.

Em junho deste ano, a empresa encerrou a Info Dicas. À época, Katia informou que a mudança do título estava prevista. "Percebemos que a audiência no online para este tipo de conteúdo é muito maior do que no impresso, então decidimos concentrar as pautas de dicas no site. Os leitores poderão ver as reportagens na internet", justificou a executiva.

Na mesma semana, o presidente da Abril Mídia, Fábio Barbosa, enviou carta aos funcionários para falar sobre as etapas de reestruturação da empresa, que começou no ano passado e resultou em 150 demissões, além do fechamento de quatro títulos - Alfa, Gloss, Bravo e Lola. De acordo com ele, novo passo para esse processo está acontecendo a fim de "equilibrar receitas e despesas e abrir frentes de inovação nas plataformas digitais, sem negligenciar as fontes de receitas tradicionais". Sobre os cortes, o executivo afirmou que é sempre difícil ver colegas deixando a empresa. O processo de reestruturação é contínuo.


Info chegará ao fim nas bancas físicas (Imagem: Reprodução)

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