quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Editoras vêem alta na venda de livros após parceria com Google

Editoras internacionais estão começando a registrar aumento nas vendas pelo programa do Google que permite aos internautas ler trechos de livros online, dois anos após o lançamento do controvertido plano de digitalização de obras literárias.

O Google está recrutando editoras para voluntariamente enviarem seus livros para que usuários na Internet possam mais facilmente encontrar títulos relacionados aos seus interesses, mas há algum receio de que o projeto possa levar à pirataria ou à exploração de conteúdo protegido por direitos autorais.

"O Google Book Search ajudou a transformar internautas em consumidores", disse Colleen Scollans, diretor de vendas online da Oxford University Press.

Ela não quis fornecer dados específicos, mas disse que o crescimento das vendas foi "significativo". Scollans estimou que 1 milhão de consumidores viram 12.000 títulos da editora utilizando o sistema do Google.

O Google não divulga dados de quantas pessoas estão utilizando o serviço, quantos livros foram digitalizados ou quantas pessoas clicaram para comprar as obras.

Os resultados de buscas por livros do Google fornecem páginas com trecho curtos das obras e links para comprar dos livros em lojas online ou diretamente das editoras.

Algumas das editoras que participam do programa também se uniram para processar o Google, alegando violação de direitos autorais por parte do plano da empresa em digitalizar as bibliotecas do mundo.

A editora Springer Science + Business relatou aumento de vendas de seu catálogo utilizando o Google Book Search, com 99 por cento dos 30.000 títulos no programa recebendo visitas, incluindo muitos publicados antes de 1992.

"Nós suspeitamos que o Google realmente nos ajuda a vender mais livros", disse Kim Zwollo, diretora global de licenças especiais da Springer, evitando fornecer dados específicos.

Outras editoras, como a Penguin, mostraram-se menos animadas com os resultados e obtiveram maior sucesso com outras parcerias.

"Nossa experiência é que a receita gerada pelo Google tem sido modesta. Programas da Amazon têm gerado mais vendas de livros", disse o presidente-executivo da Penguin, John Makinson, à Reuters nesta semana, durante a Feira do Livro de Frankfurt.

Fonte: Terra Tecnologia

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