segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Biblioteca Digital da Unicamp supera a marca de 10 mil dissertações e teses

São mais de 10,5 mil teses, disponíveis para consulta

A Biblioteca Digital da Unicamp superou a marca de 10 mil dissertações de mestrado e teses de doutorado reunidas em seu acervo, todas com texto completo. São mais de 10,5 mil teses, disponíveis para consulta e reprodução por meio da Internet. De acordo com Luiz Atílio Vicentini, diretor do Sistema de Bibliotecas da Unicamp (SBU), trata-se da maior coleção digital do gênero no Brasil.

“Esperávamos alcançar esse número apenas no final do ano. Com esse recorde, a Biblioteca Digital consolida-se como dos mais eficientes instrumentos de divulgação da produção científica da universidade”, comemora. Os números relacionados à biblioteca são superlativos. Desde que começou a operar experimentalmente, em 2002, o portal que abriga os documentos eletrônicos recebeu mais de 3,2 milhões de visitas, a partir de 200 mil usuários cadastrados. Estes geraram mais de 1,2 milhão de downloads, o que equivale à média de 120 procedimentos por dissertação ou tese. Ao todo, as obras disponíveis para consulta ou reprodução somam perto de 1,2 milhão de páginas digitalizadas.

Os documentos reproduzidos pelos internautas estão relacionados com as quatro grandes áreas do conhecimento. As obras no segmento de Humanidades são as de maior interesse por parte dos usuários, perfazendo 43% do total. Entre estas, as dissertações e teses produzidas pela Faculdade de Educação (FE) são as mais procuradas. Em seguida, pela quantidade de reproduções, as obras das áreas tecnológicas, exatas e biomédicas. Vicentini lembra que o acervo da Biblioteca Digital da Unicamp pode ser acessado por meio de serviços semelhantes, tanto nacionais como internacionais, como a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD), coordenada pelo Instituto Brasileiro de Informações, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), e a Networked Digital Library Dissertations (NDLTD), com sede na Universidade de Virginia, nos Estados Unidos.

Para o diretor do SBU, alguns aspectos têm contribuído para esse sucesso. Entre eles, o apoio da Administração Central da Unicamp e a participação das unidades de ensino e pesquisa e de suas bibliotecas na aplicação de procedimentos que facilitem a publicação dos documentos em formato digital. “O mérito não é de uma ou outra pessoa, mas do trabalho coletivo e cooperativo que vem sendo feito nos últimos quatro anos”, afirma.Nou-Rau – O programa de gerenciamento da biblioteca digital, batizado de Nou-Rau, tem tecnologia desenvolvida por especialistas da universidade, a partir de software livre. De acordo com Vicentini, o Nou-Rau permite que o interessado localize um documento a partir do seu título ou autor. Quando digita uma palavra-chave, o programa varre todo o acervo e seleciona as obras que tratam daquele assunto. O mesmo ocorre se a pessoa digitar um dado de uma tabela existente na obra, por exemplo. A tecnologia possibilita que uma dissertação ou tese esteja disponível em poucos minutos, depois de transformada no formato PDF. O programa de gerenciamento da biblioteca digital também identifica a instituição do internauta e quais as teses e dissertações mais clicadas e reproduzidas.

Brevemente, prevê o diretor do SBU, o conteúdo poderá ser ampliado e novos serviços serão colocados à disposição. O objetivo é tornar a biblioteca digital mais interativa com os visitantes. “Estamos trabalhando com a digitalização de partituras, acompanhadas do áudio da respectiva seqüência musical. Também são realizados testes com recursos de áudio para permitir o acesso de deficientes visuais aos documentos”, revela Vicentini. Segundo ele, várias instituições demonstraram interesse em criar bibliotecas digitais a partir da experiência da Unicamp, tendo o Nou-Rau como software de gerenciamento. A Unesp de São Paulo e as universidades estaduais de Londrina e Maringá, ambas do Paraná, já empregam o programa, graças ao suporte oferecido pela Unicamp.100% no ar – A Biblioteca Digital da Unicamp começou a tomar forma em 2001, a partir de experiências isoladas das bibliotecas dos institutos de Física, Química e da Faculdade de Educação. Na seqüência, a então Biblioteca Central, hoje Biblioteca Central Cesar Lattes (BCCL), decidiu reunir todas as dissertações e teses da universidade, em texto completo, num único espaço virtual. No ano seguinte, o serviço começou a operar experimentalmente. Desde então, cerca de 20 novas obras passam a fazer parte do acervo diariamente. “Mas houve dias em que colocamos no ar mais de cem documentos”, conta Vicentini.

De acordo com ele, a Unicamp somou até a primeira quinzena do mês de outubro aproximadamente 25 mil teses e dissertações defendidas. O objetivo é transformar o maior número desses trabalhos no formato digital. “O trabalho de digitalização tem de ser feito aos poucos por causa do grande volume de documentos. Estamos nos esforçando para publicar todas as teses defendidas no ano no menor tempo possível para acesso na biblioteca digital”, explica.

Algumas unidades estão com 100% dos trabalhos acadêmicos no ar, como o Instituto de Física, a Faculdade de Engenharia Agrícola, o Instituto de Geociências e o Instituto de Química. “Temos também o Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia do Instituto de Biologia com todas as teses em formato digital”, diz Vicentini.Manuel Alves Filho

Serviço:

Endereço eletrônico da Biblioteca Digital da Unicamp:

http://libdigi.unicamp.br

O interessado precisa se cadastrar e definir uma senha para ter acesso ao acervo. O procedimento é rápido porque as etapas são explicadas passo a passo pelo próprio sistema.



Fonte: Governo de São Paulo

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