segunda-feira, 4 de junho de 2007

Banco de dados da ONU ajudará combate a crimes contra animais

A Universidade da Organização das Nações Unidas (ONU) revelou nesta segunda-feira um novo banco de dados sobre crimes contra a vida selvagem para ajudar a Interpol a combater o multibilionário comércio ilegal de animais e plantas.

O banco de dados é parte de um projeto para compilar e analisar dados sobre crime contra natureza selvagem fornecido por organizações privadas e não-governamentais em todo o mundo, e colocar um valor exato sobre essa prática ilegal, estimada em pouco mais de 20 bilhões de dólares por ano.

O crescente mercado negro de animais e plantas tornou-se a terceira maior fonte de ganhos com o crime após o tráfico de drogas e armas, dizem especialistas.

"Quantificar os níveis de crime contra vida selvagem nunca foi possível antes", disse Remi Chandran, pesquisador da universidade, em um comunicado.
A agência policial internacional Interpol diz em seu website que o valor real desse comércio ilegal tem a chance de nunca ser conhecido enquanto grande parte dele ocorrer em partes menos desenvolvidas do mundo, mas pode ser significativamente maior do que a estimativa de 20 bilhões de dólares.

O novo banco de dados da ONU, apoiado pelo International Fund for Animal Welfare, tem a intenção de melhorar os sistema da própria Interpol, que se baseia em informação repassada por autoridades nacionais e é apenas dividida entre elas.

A agência internacional elogiou o novo modelo como promissor e disse que pode considerar seu uso.

O projeto aumentará o conhecimento sobre o mercado negro de animais e plantas ao dividir informação com o público, não apenas com governos, disse o comunicado.

O contrabando, que vai desde marfim de elefantes a órgãos de tigres ameaçados de extinção, pode ser vendido por mais do que seu peso em ouro, influenciado principalmente pela demanda chinesa, que tem aumentado junto com a expansão econômica do país, dizem cientistas e ambientalistas.

Raças raras tem se extinguido não apenas por causa da demanda chinesa, mas também por ocidentais buscando tratamentos alternativos com produtos feitos com ossos de tigre, chifre de rinoceronte e bílis de urso.

Fonte: Reuters Brasil

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