quarta-feira, 26 de março de 2008

ANA publica a série "Cadernos de Recursos Hídricos"

Volumes trazem uma ampla base de dados para consulta. Piores índices de qualidade da água foram registrados nas bacias do S. Francisco e Paraná.


Cinco volumes dedicados a temas como qualidade das águas; demandas e disponibilidades de recursos hídricos; interfaces entre água e navegação, e aproveitamento do potencial hidráulico para geração de energia são lançados pela Agência este mês, quando se comemora o Dia Mundial da Água (22/3). Os estudos tiveram como objetivo sistematizar o conhecimento sobre os recursos hídricos brasileiros, estimulando a pesquisa e a capacitação na área de gestão.


No que concerne especificamente ao tema do Dia Mundial da Água deste ano – o saneamento básico –, alguns volumes da série de Cadernos de Recursos Hídricos aportam contribuições para a compreensão do cenário.


A demanda de água (vazão de retirada) no Brasil é de 1.592 m³/s, sendo que cerca de 53% deste total (841 m³/s) são consumidos, não retornando às bacias hidrográficas. Cerca 27% da vazão de retirada vão para abastecimento urbano, contra 40% para a irrigação e 17% para a indústria. Apenas 3% se destinam para abastecimento rural.


Em termos de outorgas emitidas pela União e estados, em águas superficiais e subterrâneas, até 2004, o volume 4 do Caderno de Recursos Hídricos da ANA revela que o consumo humano responde pelo maior número de autorizações emitidas; e a irrigação, pelas maiores vazões outorgadas.


Ainda com relação às autorizações para o uso da água, o mesmo estudo demonstra que cerca de 25,7% das outorgas emitidas em todo o Brasil, até 2004, tinham como finalidade o lançamento de efluentes, entre os quais os esgotos domésticos.Esses se destacam como os principais problemas observados em todas as regiões hidrográficas do País quando o assunto é a qualidade das águas brasileiras. Segundo o volume 1 da série, os piores Índices de Qualidade de Água (IQA) estão em trechos das bacias do São Francisco e do Paraná.


Para ler os estudos na íntegra, acesse www.ana.gov.br.Texto de Denise Caputo, da ANA.


Fonte: Ecoagência

Nenhum comentário:

Postar um comentário