Um projeto que interliga via internet instituições de ensino superior e de pesquisa promete agilizar o processo de desenvolvimento científico em Natal (RN). No próximo dia 25, será inaugurada a Rede Metropolitana de Natal (Giganatal), infra-estrutura de fibras ópticas que possibilitará a troca rápida de dados entre os principais centros de ensino e pesquisa do país.
A Giganatal é fruto do projeto Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (Redecomep), iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) coordenada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).
Redes como a de Natal, no Rio Grande do Norte, já estão em operação em Belém, Manaus, Vitória, Florianópolis e no Distrito Federal. Até o fim de 2008 serão 27 redes ópticas metropolitanas em todo o país.
Com 47 km de extensão, a rede de Natal foi implantada pela RNP com cerca de R$ 870 mil de investimentos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A Giganatal vai facilitar e ampliar a integração entre universidades e unidades de pesquisa.
Instituições que participam da rede terão acesso mútuo à produção científica, podendo inclusive compartilhar projetos de educação a distância e interagir por meio de videoconferência. A rede de Natal promoverá, por exemplo, o avanço de iniciativas na área de tecnologia do petróleo, que contam com apoio do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), da Finep e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A Giganatal propiciará também o desenvolvimento de projetos nas áreas da Geologia, como Geoprocessamento, Geofísica e Geomática, desenvolvidos pela UFRN, pelo Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET-RN), pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE-CRN) e pela Base Naval de Natal, com participação de demais instituições brasileiras e internacionais.
Um dos objetivos do Departamento de Geologia da UFRN é tratar e disponibilizar para a comunidade acadêmica os dados recebidos via satélite, através de antena localizada na Base Naval de Natal.
Outro projeto beneficiado pela rede é o PIRATA (Pilot Research Moored Array in the Tropical Atlantic) do INPE, cujo objetivo é criar uma base de dados para estudar os principais modos de variabilidade climática sobre o Atlântico e continentes circunjacentes.
A iniciativa conta com a parceria de organizações nacionais, além do National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), nos EUA, e o Institute de Recherche pour le Developpement (IRD), na França.
Participam da Giganatal a UFRN, o CEFET-RN, o INPE-CRN, a Universidade Potiguar (UnP), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI/Centro de Tecnologia do Gás - CTGás), a Faculdade de Natal (FAL), a Faculdade Natalense para o Desenvolvimento do Rio Grande do Norte (FARN) e a Base Naval de Natal. A inauguração da Giganatal contará com a presença do Ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende.
Fonte: Convergência Digital
"O elogio de um tolo prejudica mais do que a sua crítica" Jean-Pierre Florian
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