Mas verdade seja dita, muitas vezes o que fazia mesmo falta era conseguir ter acesso à informação pretendida o mais rápido possível e sem sair de casa. É precisamente sobre estas possibilidades que hoje lhe falamos. Um conjunto de projectos, nacionais ou internacionais, têm trazido para a Internet muita da cultura depositada nas bibliotecas e com isso facilitado um acesso sem fronteiras e sem horas a conteúdos que, de outra, forma teriam acesso mais complicado.
Começamos a visita cultural pela versão digital da Biblioteca Nacional. A iniciativa já conta alguns anos e tem permitido a digitalização de várias colecções à guarda da BN. A consulta online pode ser orientada por datas, autores, ou referência atribuída pela biblioteca. Teses e dissertações, publicações periódicas, partituras, livros antigos e documentos cartográficos são apenas alguns dos materiais que pode encontrar por esta via. O espólio está constantemente a crescer, muitas vezes na medida dos apoios privados que financiam a sua digitalização, mas também através de financiamento público. No início deste ano estavam disponíveis mais de 10 mil obras.
Portugal é parte integrante de um projecto que está a ser desenvolvido em vários outros países europeus e que tem como objectivo maior criar uma Biblioteca Digital Europeia. O trabalho já realizado pelos vários países tem como porta de entrada o site The European Library onde pode entrar em dezenas de bibliotecas europeias.
Em Novembro deste ano, o trabalho desenvolvida pelos vários países desde 2005 vai ter nova porta de entrada. A Europeana, que já pode ser acedida, e que compilará não apenas os trabalhos digitais das bibliotecas nacionais, como dará também acesso aos materiais digitalizados por museus e arquivos nacionais.
O Arquivo Nacional da Torre do Tombo será uma das presenças no Europeana. Os milhares de documentos que este depósito da história portuguesa tem vindo a guardar ao longo dos séculos já começaram a ser digitalizados e boa parte já pode ser acedida online, através da página de Internet da instituição.
Fechamos esta nossa visita cultural com o Google Book Search. Para muitos já dispensa apresentações, quer pela dimensão que começa a ganhar, quer pela muita polémica que tem provocado desde que arrancou. O serviço de digitalização de livros da Google tem uma vertente dirigida a editoras e uma outra, onde o alvo são bibliotecas universitárias. Já fechou dezenas de acordos em todo o mundo que lhe permitem dar acesso a milhares de livros, em versão completa ou parcial. Um dos mais recentes foi com a Universidade de Coimbra. Os títulos em questão deverão estar disponíveis em breve.
Fonte: TeK
"A originalidade não é mais do que uma imitação criteriosa" Voltaire
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