segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Toda a imprensa do mundo num só lugar: no Google


Se alguém ainda tem alguma dúvida de que a Google já é uma empresa de mídia, pode tirar o cavalo da chuva, pois estamos assistindo o surgimento do maior banco de dados jornalístico da história da imprensa mundial.

A Google acaba de iniciar a digitalização do arquivo de edições completas de jornais pequenos e médios, cujas páginas estarão disponíveis para consultas online exatamente como foram publicadas. O mais antigo jornal , ainda em circulação, publicado nas Américas, o Quebec Chronicle-Telegraph, disponibilizou o seu arquivo de 244 anos.

O Google News Archive, que começou a indexar, em 2006, os arquivos digitais de jornais como o The New York Times, Washington Post e The Times, pretende ser a principal referência em matéria de buscas a notícias e informações guardadas em arquivos de jornais no mundo inteiro. A empresa não divulgou quantas publicações já aderiram ao projeto.

Este serviço complementa a indexação de notícias de atualidade executado pelo Google News, um sistema automático de captura de informações publicadas em aproximadamente sete mil jornais, revistas, agências de noticias, noticiários de radio e de televisão do mundo inteiro. Só em inglês são monitorados 4.500 páginas web de empresas jornalísticas.

O mecanismo de buscas em arquivos de jornais desenvolvido pela Google é bastante sofisticado porque junta várias publicações numa mesma página de resultados (1 e 7) , permitindo a comparação. Além disso, o usuário pode aplicar o efeito zoom (2) para ver detalhes da página (3) , fazer buscas por página para identificar artigos correlatos(6) , pode compartilhar o material com outras pessoas (4) , sem falar na possibilidade de imprimir e arquivar (5) .

Uma busca pela palavra Ronaldinho no Google News Archive Search fornece 166 mil resultados e noticias sobre o jogador publicadas desde 1980 até 2008. No alto da página, há uma linha do tempo onde o usuário pode fazer buscas por ano.

Ao concentrar em seus computadores a memória jornalística do mundo nos últimos dois séculos, a empresa Google deu mais um grande passo no sentido de transformar-se na principal repositária das informações produzidas pelo homem. Nunca na história da humanidade uma instituição, pública ou privada, acumulou tanto capital intelectual.

A Google não tem o poder de controlar a informação, mas, ao indexá-la em seus computadores, pode recombinar o material por meio de processamento analítico para produzir novos conhecimentos. Isto lhe confere uma extraordinária vantagem em relação a qualquer outra instituição do planeta.

As conseqüências deste acúmulo da informação surgirão nos próximos anos, quando a empresa, criada há uma década por dois estudantes da Universidade de Stanford, começar a faturar em cima do seu mega banco de dados.

Fonte: Impacto Rondônia

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