sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Mercado de e-books ainda não deslanchou no Brasil

Ao contrário do esperado, o mercado de e-books ainda não deslanchou no Brasil. Desde 2005 sendo comercializada, a tecnologia permite que o leitor faça o download de livros completos pela internet e os leia em aparelhos eletrônicos.

Por ser novo no mercado, o e-book ainda encontra alguma resistência de público, principalmente no que diz respeito à facilidade de leitura. Segundo Sérgio Herz, diretor da Livraria Cultura, não é possível dizer que esta nova forma de leitura "é um sucesso".

"A Livraria Cultura tirou os e-books da sua loja porque não vendia. A manutenção era mais cara do que o preço de venda", diz o diretor.

Apesar do fraco desempenho, Sérgio Herz segue vendo os e-books como um bom nicho de mercado. Para ele, esta nova forma de livros cairá no gosto do consumidor a partir do momento em que a visualização e leitura se tornar mais fácil.

"Enquanto não encontrarem um jeito fácil para ler os e-books, eu acho que ficará complicado (para este marcado se expandir)."

Herz ainda acredita que os e-books não trazem um problema de direito autoral. Para ele, já é comum que, no momento em que o autor da obra assina o contrato com a editora, os direitos para a comercialização digital sejam liberados.

Gratuidade - Quando os e-books não são cobrados, eles tendem a ter uma aceitação maior. A maior universidade do País, a USP (Universidade de São Paulo), disponibiliza os e-books por meio do SIBI (Sistema Integrado de Bibliotecas).

De acordo a diretora do SIBI, Eliana de Azevedo Marques, há cerca de 251 mil obras à disposição dos alunos da USP. "Os estudantes podem acessar os livros de qualquer lugar via VPN", afirma, referindo-se ao Virtual Private Network, que realiza o tráfego de dados necessário por meio de uma rede comunicação privada.

Na USP, o sistema de e-books funciona da seguinte forma: primeiro, as publicações são adquiridas e depois, conforme acordo com editoras, são digitalizadas. Além de livros acadêmicos, também fazem parte do acervo teses e dissertações.

Ao entrar no Sistema Integrado de Bibliotecas, os alunos aceitam um termo de responsabilidade e estão cientes das punições que podem ser submetidos no caso do não cumprimento das normas internas.


Fonte: Diário do Grande ABC

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