quinta-feira, 25 de junho de 2009

Evolução científica

Historicamente criticado pelo descaso à pesquisa e, consequentemente, pelo mau desempenho em rankings especializados, o Brasil começa a mudar o panorama nesta área. Num feito surpreendente, o país subiu mais duas posições e entrou para o chamado G-13, que reúne as nações com o maior volume de produção científica. O salto fez com que desbancasse países com tradição nesta área, como Rússia e Holanda, assegurando condições para se mostrar mais autoconfiante no meio acadêmico internacional.


O avanço, atribuído pelo governo federal ao aumento dos investimentos públicos em ciência e tecnologia nos últimos anos, é justificado em parte, por alguns especialistas, com o aumento do número de publicações brasileiras indexadas na base de dados da Web of Science – a pioneira na tarefa de catalogar as revistas científicas mais importantes do mundo. O resultado, porém, deveria servir menos para polêmica e para contestações e mais para demonstrar que o país pode, sim, figurar entre os principais polos de ciência e tecnologia. Basta apostar mais ainda nesta área, já que as dotações orçamentárias ainda são vistas como insuficientes.


O levantamento divulgado agora demonstra um avanço do Brasil em todos os aspectos levados em conta nas avaliações internacionais sobre produção científica – do número de artigos publicados em revistas de alto padrão até o de mestres e doutores. Isso não significa, porém, que todos os problemas no âmbito da pesquisa já foram solucionados.


Na área de ciências humanas sociais e aplicadas, a produção nacional ainda tem pouca repercussão internacional, em parte devido ao fato de essa área ter um forte componente regional. E o país tem pela frente o desafio de aproximar conhecimento científico e tecnologia, fazendo com que os resultados da produção intelectual possam se estender além do meio acadêmico.

Fonte: Zero Hora

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