quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Grupo norte-americano pede livre acesso a pesquisas bancadas pelo governo

Relatório afirma necessidade de aumentar o uso de artigos para inovação

Um relatório publicado no dia 13 de janeiro recomenda ao governo norte-americano a obrigação de ornar públicos artigos resultantes de pesquisas financiadas por verbas federais. O documento é assinado por representantes de universidades, grupos de pesquisadores, bibliotecários e departamentos de ciência da informação.

Segundo o relatório, é preciso "balancear a necessidade de aumentar o acesso a artigos acadêmicos com a de preservar as funções essenciais das empresas de publicação acadêmica".

Para tanto, sugerem uma "quarentena" de pagamento para os artigos. Ou seja, o acesso a eles seria cobrado durante um determinado período e, após esse intervalo, sua leitura seria liberada a todos. O tempo de cobrança seria determinado de acordo com a área da publicação.

"Os produtos da pesquisa precisam ser publicados e mantidos em meios que maximizem as possibilidades para o reuso criativo e a interoperabilidade entre sites que os hospedam", argumentam os signatários.

A recomendação atinge um mercado que movimenta cerca de US$ 8 bilhões ao ano em assinaturas de periódicos científicos no mundo. Desse montante, US$ 3 bilhões são referentes aos EUA. De acordo com o relatório, 96% dos artigos produzidos atualmente no mundo estão disponíveis na internet e nove em cada dez publicações cobram pelo acesso a suas páginas.

O relatório pode ser lido em
http://democrats.science.house.gov/Media/file/Reports/Additional%20Reports/Scholarly_Publishing_Roundtable_Report_and_Recommendations_1.13.10.pdf .

No momento, ele está sendo debatido na Câmara dos Deputados norte-americana.


Fonte: Jornal da Ciência

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