terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Imigração italiana está na internet



Centenas de documentos do Núcleo Colonial Barão de Jundiaí, de 1887, foram digitalizados pelo Arquivo Público do Estado

José Arnaldo de Oliveira

Centenas de documentos do Núcleo Colonial Barão de Jundiaí, surgido em 1887, podem ser vistos no computador por famílias de imigrantes, estudantes e pesquisadores.

A digitalização foi feita pelo Arquivo Público do Estado de São Paulo, apoiado inicialmente pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

“Não fazia ideia de que isso existisse. Tem um irmão do meu avô que mora perto da igreja da Colônia, mas a família não tinha mais essa história direito”, afirma Denis Bistaffa, publicitário que se formou nesta semana na Unip (Universidade Paulista) e tataraneto de Michelangello Bistaffa, que pediu lote na cidade em janeiro em 1888.

Centenas de outros sobrenomes hoje comuns em Jundiaí podem ser encontrados ali, nos ancestrais italianos que chegaram ao Brasil.

“Vai ser uma fonte muito rica de informações”, afirma José Carlos Rizzieri, presidente do Circolo Italiano de Jundiaí, que publicou o livro “Núcleos Coloniais e Construções Rurais”, do arquiteto Eduardo Carlos Pereira.

O material é bastante atrativo, até mesmo no estilo de letras usadas na época. A maioria é pedido de lotes a governo provincial.

Há também curiosidades como o grupo que pede um lote para a criação de uma Sociedade Philarmonica ou ofícios cobrando melhorias nas estradas.

Os núcleos coloniais não eram criados para o povoamento (a cidade já existia desde 1615), mas para criar agricultura familiar e ofícios urbanos ao lado das grandes fazendas.

Em Jundiaí isso foi bem sucedido no surgimento da uva niagara rosada e em dezenas de instituições, como a Casa de Saúde (iniciada como Fratellanza Italiana).

Onde consultar: www.arquivoestado.sp.gov.br/imigracao

Fonte: Rede Bom Dia
Imagem: Internet

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