sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ministros da Cultura vão pedir maior financiamento para biblioteca virtual europeia

Os ministros da Cultura da União Europeia (UE) vão exigir na segunda-feira um maior financiamento para que a biblioteca virtual europeia, Europeana, se afirme a longo prazo como uma ferramenta digital de referência

Este será um dos pontos em destaque no Conselho de Ministros da Educação, Juventude e Cultura da União Europeia - o último da presidência espanhola da UE - que se realiza na próxima segunda-feira em Bruxelas e contará com a participação da ministra portuguesa da tutela, Gabriela Canavilhas.

Os ministros pretendem adoptar um texto de conclusões sobre como dar um novo impulso à Europeana, o portal Web que actualmente dá acesso a cerca de sete milhões de livros, quadros, filmes, fotografias e outras obras culturais europeias digitalizadas.

Os conteúdos foram facultados por mil instituições culturais de toda a UE, mas existem grandes diferenças entre os Estados membros em termos de contribuição.

Os vinte e sete consideram necessário aumentar o número de materiais disponíveis na Europeana, bem como melhorar o equilíbrio geográfico entre os contributos, já que quase metade das obras acessíveis no portal é procedente de França.

No rascunho das conclusões, sublinha-se que a Europeana «deve continuar a melhorar» e, em particular, ter uma apresentação mais cativante dos itens, aperfeiçoamento das ferramentas de busca e a possibilidade de aceder a todas as suas áreas e conteúdos «com funcionalidade multilingue».

Os ministros da Cultura esperam convencer a Comissão Europeia (CE) da necessidade de dotar a biblioteca de um maior financiamento comunitário, visando garantir o crescimento da Europeana a médio e longo prazo e torná-la «uma ferramenta digital de referência».

Tal não será tarefa fácil, tendo em conta as restrições generalizadas à despesa pública, que está na origem da crise financeira internacional, indicaram fontes diplomáticas.

Outro assunto em cima da mesa na reunião dos vinte e sete serão as competências que o grupo de reflexão criado pelo Executivo comunitário terá para propor modos de fomentar a digitalização de conteúdos culturais na UE e estudar questões controversas como os direitos de autor.

Além de França e Espanha, impulsionadores da iniciativa junto da CE, o «grupo de sábios» conta com poucos apoios entre os Estados membros, muitos dos quais temem não ser tidos em conta na altura de apresentar propostas concretas.

Os ministros também debaterão a forma de compatibilizar o respeito dos direitos de autor com a digitalização das obras, tendo em consideração as diferentes legislações neste âmbito dos Estados membros da UE.

Por último, o Conselho tomará uma decisão formal sobre a nomeação da capital letã, Riga, e a cidade sueca de Umea como Capitais Europeias da Cultura 2014.

Fonte: Sol - Portugal

Nenhum comentário:

Postar um comentário