Por IDG News Service / San Francisco
Em entrevista, diretor de produtos da Google comenta sobre os resultados e dificuldades de realizar a integração com Facebook.
Vistas por muito tempo como sites em que são postadas atualizações pessoais e outros conteúdos triviais, as redes sociais tornaram-se centros importantes para disseminação e partilha de conteúdo com vistas a atender mecanismos de busca,. Entre eles, o Google.
Quando, em 2009, o site de buscas sediado em Mountain View, na Califórnia, introduziu os primeiros elementos de busca social, a empresa passou a manter essa plataforma atualizada, oferecendo aos usuários a possibilidade de, com base em um login único (na conta Gmail), atualizar seus perfis em redes sociais.
Na perspectiva da Google, as redes sociais representam uma oportunidade única de expandir o escopo das buscas e aumentar sua relevância.
Mês passado, a Google alterou o layout de suas páginas com resultados de busca (SERPs), trazendo resultados de cunho social do rodapé para a primeira metade (parte superior ou primeira dobra) da página.
R ecentemente, o IDG News Service entrevistou Mike Cassidy, gerente de produtos da Google e encarregado de cobrir o segmento de busca social.
IDG NEWS SERVICE: Em que ponto está a busca social atualmente?
Mike Cassidy: Depois de lançada em 2009, fizemos progressos constantes. Agora, a relevância para as máquinas de busca depende de mais que apenas o conteúdo das páginas na web. Existe o fator relacionamento entre quem partilhou determinado conteúdo e o usuário do site de buscas. Às vezes, um simples tweet pode influenciar o resultado nas buscas. O mesmo vale para o conteúdo em sites como Flickr e Quora.
INS: Só é indexável o conteúdo público na web? O que pode ser feito para conseguir acesso ao conteúdo disseminado no Facebook?
MC: Não muita coisa. Por enquanto, tudo que temos acessado no Facebook são os perfis públicos.
INS: Temos visto empresas menores providenciando resultados do Facebook, com o consentimento dos usuários. Por que o Google não dá esse passo?
MC: Fundamentalmente, é uma questão de acesso público e de conteúdo indexável. Se não atender essas duas prerrogativas, não é interessante para o nosso negócio de buscas.
INS: Mas isso não equivale a ignorar um conteúdo extenso e relevante para o usuário, que pode acessar dados partilhados em redes sociais por contatos?
MC: Não. Existem processos em andamento para dar conta dessa questão, mas não posso comentar sobre produtos em desenvolvimento
INS: Onde você acha que as buscas sociais e o Google estarão em 18 meses? Em que devem melhorar?
MC: Há milhares de sites de conteúdo específico e público e com nuances de rede social. Esperamos trazer essas fontes de informação para dentro de nosso buscador.
INS: Vamos falar de métricas, números. Como anda o aproveitamento dos usuários do resultado de integração entre mecanismos de busca e redes sociais?
MC: Eu gostaria muito de poder contar. Adianto que são boas. Na verdade, superaram nossas expectativas. Mais que isso não posso dizer.
(Juan Carlos Perez)
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