terça-feira, 1 de março de 2011

Saiba como pesquisar posts do Twitter e Facebook sem sair do buscador

Por Klaus Junginger, da Computerworld / IDG Now

Fique por dentro da opinião de seus amigos e seguidores dentro da interface de buscas do Google ou do Bing.

Uma boa notícia: links compartilhados e termos mencionados por seus seguidores no Twitter irão aparecer em seus resultados de buscas no Google. Outra é que “curtições” de amigos do Facebook devem tornar a experiência de buscas no Bing, da Microsoft, algo mais social. Mas essa alegria pode durar pouco. Para ter acesso a um ou outro recurso, você precisa usar o Google ou o Bing.

E se fosse possível navegar nos resultados de buscas do Google e do Bing como de costume e, em uma seção claramente separada, acima dos resultados orgânicos e links patrocinados, estivessem expostos resultados ligados ao termo buscado e compartilhados nas redes sociais em que você mentem um perfil?

Para minha total e agradável surpresa, foi exatamente isso que encontrei na semana passada.

A Wajam, uma startup canadense com sede em Montreal e operada pelo co-fundador da empresa Martin-Luc Archambault e outros seis desenvolvedores, gerentes e designers, dá o primeiro passo em direção ao que gosto de chamar de "SERP (resultado de buscas) dos sonhos".

Uma vez instalado, o plugin, disponível para Firefox, Internet Explorer e Chrome, começa a indexar conteúdo e postagens no Facebook e no Twitter; um processo que pode levar algumas horas dependendo de quantos seguidores o usuário tem. O negócio é deixar esse processo e (sim, se quiser você pode fechar a aba do navegador) dar uma volta na quadra com o Rex.

Usuários interessados em obter o Wajam, devem enviar uma mensagem via Twitter ou curtir a página do Wajam no Facebook.

Lento
No entanto, em se tratando de velocidade, o Wajam definitivamente não é o Google Instant.

O processo de exibir o conteúdo partilhado por amigos leva um pouco mais que gostaríamos. Em determinadas buscas, o sistema demora dez segundos para consolidar todos os resultados partilhados no Twitter ou no Facebook.

Na hora de fazer a busca, o Wajam considera sempre a primeira sugestão exibida pelo Google Suggest Monitor - a caixa com sugestões de busca exibida abaixo do campo em que se inserem os termos pesquisados. Às vezes, os termos desejado pelo usuário podem não aparecer, o que requer que ele pressione enter assim que terminar de digitar sua busca.

“Aumentar a velocidade e a relevância enquanto crescemos é fundamental para nós nesse momento”, diz Martin-Luc Archambault, em entrevista por email.

Como Wajam não foi desenvolvido com vistas a atender o mercado corporativo em pesquisa de ressonância de ações em meios digitais, a questão de velocidade fica relegada a segundo plano. “Não é uma solução criada para empresas... para isso há soluções mais eficientes”, diz Archambault.

Eficientes, sim, mas não de graça. E, de graça, é uma característica que pode desaparecer do Wajam à medida que a empresa se prepara para lançar uma versão paga do serviço, desenvolvida para usuários que necessitam de mais conteúdo em suas buscas.

No site de download do Wajam, o número de downloads ainda é baixo. Hoje esse volume não ultrapassa os 2000. Há de se desconfiar da consistência desses dados, especialmente se considerarmos que a solução roda em uma plataforma de nuvem provida pela Rackspace.

Afinal de contas, o Wajam presta?
Sim, e muito. Com ele, os usuários têm uma visão acerca dos interesses e das opiniões de seus amigos. Por vezes, ficar afastado do Twitter pode ocasionar um congestionamento na interface do microblog ou do cliente (Hootsuite ou Tweetdeck) usados. Com o Wajam, os usuários podem filtrar o conteúdo de suas redes sociais, algo que podia ser feito usando outras ferramentas. Mas nenhuma delas roda assim diretamente da interface de buscas, um ambiente que qualquer usuário – do hard web user ao iniciante – conhece tão bem quanto o quintal de casa.

Gostaria de ver o Wajam sendo integrado ao LinkedIn e sendo desenvolvido para a plataforma móvel. Como ambas as propostas estão em avaliação na empresa, meu palpite é que, em breve, usuários de Android e de iPhone poderão rodar esse plugin em seus smartphones. Também não faria mal se o usuário pudesse determinar o intervalo de tempo a ser considerado pelo Wajam na hora de trazer os resultados. Tal configuração aceleraria o funcionamento do Wajam e deixara usuários muito felizes.

Iniciativas iguais a do Wajam são fundamentais por aumentarem a relevância dos resultados de busca no Google, buscador que tem lutado contra a invasão de resultados irrelevantes e de spam em sua SERP.

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