quinta-feira, 5 de maio de 2011

Acesso Livre: uma questão de opção e luta

por Helio Kuramoto

O Open Access promoveu o desenvolvimento de diversas iniciativas com o propósito de facilitar o acesso à informação científica. O objetivo é tornar acessível livremente os cerca de 2,5 milhões de artigos que são publicados, anualmente, em aproximadamente 28 mil títulos de periódicos científicos com revisão por pares.

Trata-se de uma jogada muito inteligente, pois, essas iniciativas permitirão aos cientistas o acesso livre de custos à informação científica. E, ao mesmo tempo, quem adotou e implantou as iniciativas preconizadas pelo OA, não apenas promoverá maior acesso à informaçào científica, como também,promoverá maior visibilidade de sua produção científica a um custo muito baixo e com a contribuição de seus pesquisadores. Assim, verificamos que onde as instituições aderiram às iniciativas preconizadas pelo OA, os pesquisadores dessas instituições participam e contribuem para o seu sucesso.

Por outro lado, quem não adotou as iniciativas, certamente, poderá ter acesso à produção científica dos países que aderiram às citadas iniciativas, porém, não terá como promover ou maximizar a visibilidade de sua produção científica. Claro, quem não aderiu às iniciativas OA, não promoveu o registro e a disseminação da sua produção científica. Aí novamente, verificamos mais um tema para reflexão da nossa comunidade científica e decidir: aderir ou não às iniciativas preconizadas pelo OA? Eis a questão. E a quem compete fazer essa opção?

Os países desenvolvidos optaram por promover o acesso livre à sua produção científica, assim como, maximizar a visibilidade da sua produção científica. Isto significa dizer que esses países optavam por valorizar o seu investimento em pesquisas científicas e otimizar o seu investimento em pesquisas científicas, minimizando os custos de acesso à informação e maximizando a visibilidade dos resultados de suas pesquisas. É oportuno esclarecer porque eu disse os países desenvolvidos: segundo o sítio ROARMAP 80% dos registros de mandatos concentra-se nos países que compõem a América do Norte (Canadá e Estados Unidos da América) e a Europa.

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