segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Compartilhar conhecimento


O consórcio OAI é o maior compartilhamento de informação científica

por Lucila Cano / O Povo

Conhecimento é o bem mais precioso que se pode adquirir, cultivar e transmitir. Ele modifica as pessoas, sempre para melhor, e é agente expressivo de negócios que prosperam, relações que se consolidam, sonhos que se materializam. E, como essa coluna não tem pretensões de enveredar pelos caminhos das publicações de autoajuda, encerro este parágrafo apenas com o lembrete de que querer aprender é fator imprescindível para se alcançar os benefícios do conhecimento.

Não é novidade para ninguém que, com o acesso à internet, tudo mudou e toda informação é possível. Basta selecionar um assunto e embarcar na viagem do conhecimento.

Para quem estiver disposto e partilhar dos mesmos interesses, selecionei duas rotas de conhecimento: a da academia e a da sustentabilidade.


Por dentro dos arquivos da Academia
Quando inicialmente divulgada em janeiro deste ano, a Biblioteca Digital da Central de Cursos da Universidade Gama Filho (RJ) dava acesso aos acervos de 1.200 bibliotecas digitais de universidades, centros de pesquisa e órgãos governamentais de 59 países por meio da sua participação no consórcio internacional Open Archives Iniciative (OAI ).

A parceria colocava à disposição do pesquisador artigos de cerca de 30 mil revistas científicas, teses e dissertações de mestrado e doutorado de universidades estrangeiras, como Harvard, Yale, Berkeley, Oxford, Cambridge, Universidade de Paris e Universidade do Porto, além das brasileiras USP, Unicamp, UFRJ, UFMG, UNB e FGV.

Em poucos meses o acervo cresceu significativamente. Agora, o acesso se estende às bibliotecas de 1.435 universidades, a artigos de 48 mil publicações científicas e aos bancos de dados de 62 países.

Foram incorporados à biblioteca importantes arquivos científicos como o Scientific Electronic Library Online (Scielo), PubMed e Redalyc, a maior rede científica de publicações da América Latina.

No âmbito do Direito nacional, a biblioteca está integrada com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e diversos Tribunais Regionais do Trabalho que colocaram pareceres, teses, discursos e sessões jurídicas à disposição para consulta.

Segundo a assessoria da Gama Filho, o “consórcio OAI é o maior compartilhamento de informação científica de toda a história, no qual as instituições participantes concordaram em abrir e compartilhar seus acervos de texto para a difusão e integração de sua produção científica e cultural, formando um acervo internacional distribuído de mais de 32 milhões de arquivos completos, gratuitos e abertos”.

Para efetuar buscas gratuitamente nesse universo de conhecimento, basta acessar o site.




Um banco de dados socioambientais
No final de julho, de 80 casos inscritos, 30 foram selecionados pelo Programa Benchmarking Ambiental Brasileiro, um prêmio nacional de reconhecimento à sustentabilidade criado pelo Instituto Mais.

Para quem não está familiarizado com o termo, benchmarking é uma ferramenta que se baseia nos melhores exemplos e casos práticos disponíveis no mercado para compor uma base de desenvolvimento gerencial. Assim, essa referência do que é reconhecido como bom por suas características e práticas pode inspirar outros projetos e, de certa forma, contribuir para que eles sejam consistentes desde a sua criação.

Por iniciativa da Mais Projetos, uma empresa de gestão e capacitação socioambiental, o Programa Benchmarking Ambiental Brasileiro surgiu após uma pesquisa com 300 empresas em 2003 que identificou a demanda pela prática do benchmarking.

Quase uma década depois, o programa se destaca em dois níveis. Primeiro, pela seleção dos melhores casos inscritos, que passam a integrar o Ranking Benchmarking, o qual serve de incentivo à adoção de boas práticas socioambientais por mais e mais organizações. Segundo, pelo próprio espírito do benchmarking, que é o compartilhamento. Os casos vencedores automaticamente são incorporados ao Banco de Boas Práticas, de livre acesso para consultas www.institutomais.com.br .

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