quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Livros versus tablets: mais lenha nessa caldeira



A imagem acima mostra uma propaganda de uma das maiores escolas particulares do Ceará. 

Com uma frase direta e uma imagem simples, ela abre  ou reascende uma discussão de uma assunto já conhecido por nós.

O fato é que essa propaganda causou um grande retorno de mídia a essa escola quer de forma positiva, quer de forma preconceituosa.

Vejam que falo preconceituosa, e não negativa, uma vez que o primeiro advérbio se refere a um estado momentâneo, no qual faz um juízo de valor superficial sobre o assunto, ou por desconhecimento, ou por uma dificuldade de aceitar o novo, e o segundo, firma uma certeza, “tablet não é bom para mim”.

Em verdade, essa propaganda permitiu que uma comunidade despertasse para a revolução que o Kindle Blog Brasil vem alertando: a leitura digital é um fato concreto, e vem para ficar.

Contudo, a discussão não se deve pautar em quem vai prevalecer, livros ou tablets, mas sim como integrar essas duas ferramentas para aprimorar o aprendizado e a difusão do conhecimento.

No video postado pelo colega Paulo (http://kindle.blog.br/2011/09/livros-digitais-o-futuro.html), podemos ver como a incorporação dos tablets numa escola pode funcionar. 

Ainda há muito a ser feito, mas o caminho é único: capacitar os professores, para que eles possam incluir os tablets e e-books como ferramentas pedagógicas de excelência. Além de proporcionar melhorias de infraestrutura nas escolas para que possam ofertar condições adequadas de aprendizado.

Nesse caminho, há um belíssimo  projeto social internacional chamado Worldreader - Books for All, em que são doados Kindles para crianças de escolas em Gana, país da África ocidental.

Esse projeto personifica o "trem das mudanças", pois aliou a tecnologia à valorização do material humano. Os resultados são surpreendentes, crianças com fluidez de leitura em poucos meses, acesso a informações nunca antes compartilhado pela comunidade, etc.

Falarei mais Worldreader em outra oportunidade, mas ele é uma prova de  que a tecnologia dos livros digitais pode ser bem empregada em prol do desenvolvimento humano.

Dessa forma, a discussão livros X tablets X e-livros precisa ser direcionada para um objetivo comum: o aprimoramento do ser humano.

Se no futuro leremos mais em telas ou em papel ou em outro material ainda não inventado, ou se será um misto disso tudo junto, não é importa, precisamos nos focar no usuário, nas necessidades e aptidões dos leitores.

Precisamos lembrar, parafraseando Danilo Castro do Cia Sem Nome,  que não podemos querer que nossas crianças sejam as mesmas que fomos um dia, pois cada um vive em seu tempo próprio e por isso não podemos negar o avança da locomotiva da tecnologia nos sistemas de educação.

Nota: A Cia Sem Nome- arrecada livros para-didáticos para formação de bibliotecas carentes. Quem puder contribuir entre em Contato

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