quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Nasce a primeira rede de telescópios acessível na web

Os amantes de astronomia que sonham explorar o espaço como astronautas profissionais vão ter, em breve, uma nova ferramenta web para concretizar os seus sonhos. A Universidade Politécnica de Madrid vai criar o Gloria (Global Robotic telescopes Intelligent Array for e-Science), uma rede de telescópios robóticos que pode ser utilizada por qualquer cibernauta.


A novidade do Gloria está na facilidade com que os utilizadores da internet vão poder investigar o universo, sem terem de sair de casa. O acesso à rede é gratuito e permite que qualquer cidadão se conecte e partilhe a sua observação. O projeto é exclusivamente europeu e representa um marco na noção de ciência do cidadão.


Desenvolvido pela Faculdade de Informática da Universidade Politécnica de Madrid (FIUPM) a rede vai funcionar com o apoio de 17 telescópios e bases de dados públicas, de outras entidades. Quando em funcionamento será o primeiro observatório astronómico do mundo de livre acesso que se controla remotamente com um software chamado Ciclope Astro criado pela própria universidade, explica um comunicado da FIUPM.


Como colaboradores do projeto estão outros 13 países: Rússia, Chile, Irlanda, Reino Unido, Itália, República Checa, Polónia e Espanha. Na semana passada os sócios reuniram-se para planificar o projeto.


O software usado disponibiliza uma série de ferramentas para experiências astronómicas, criação de cenários e controlo de telescópios, e permite a qualquer internauta aceder a partir de sua casa à rede, explica o comunicado da universidade.


Para isso, os utilizadores só precisam de possuir um serviço de internet Web 2.0. O primeiro dos 17 telescópios vai estar disponível no prazo de um ano e durará três anos, num investimento de 2,5 milhões de euros.


"O Gloria vai organizar atividades escolares, como a transmissão de eventos astronómicos, para atrair novos utilizadores", lê-se no comunicado. Desta forma, o Gloria será capaz de aumentar a qualidade da investigação, através das suas redes e infraestruturas eletrónicas abertas. Para conservar a documentação e o software será criada uma fundação, onde os internautas podem manter-se mesmo depois do projeto terminar.


[Notícia sugerida por Ana Guerreiro Pereira]


Fonte: Boas Notícias - Portugal
(clique sob o poster para ampliá-lo)

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