terça-feira, 18 de setembro de 2012

Enciclopédia ganha novos formatos na internet



Pais orgulhosos gostavam de ostentar em suas prateleiras os pesados volumes de enciclopédias, vistas tanto como um símbolo de status intelectual como um investimento na educação dos filhos. Caras e volumosas, as enciclopédias eram uma fonte de conhecimento superior ao alcance da mão.

É por isso que o anúncio, feito em março, de que a Encyclopaedia Britannica - a mais famosa delas - deixaria de circular em papel, causou uma certa comoção. A internet mostrou-se um adversário insuperável. Em 1990, a Britannica vendeu 120 mil coleções; em 2010, esse número havia caído para 8,5 mil.

A ideia de levar a enciclopédia para o meio digital não é nova. No início dos anos 90, a Microsoft lançou uma enciclopédia em CD-Rom, a Encarta, mas o projeto não se mostrou bem-sucedido. Outras iniciativas que surgiram na mesma época tiveram fim idêntico.

O que mudou a cara da enciclopédia foi um conceito da web: o compartilhamento coletivo do conhecimento. Foi esse o motor da Wikipedia, que se transformou na maior enciclopédia da internet. Só em inglês, são mais de 3 milhões de verbetes, versus os cerca de 100 mil da Britannica. Em vez de autores especializados, a Wikipedia recebe contribuições de qualquer pessoa que se dispuser a escrever sobre um determinado assunto.

Para especialistas, a força da Wikipedia é também seu ponto fraco. É bem mais difícil garantir a precisão das informações ou a isenção das fontes, principalmente em temas como política e religião.

Para quem prefere a tradição da Britannica, está disponível uma versão on-line. Parte do acervo é gratuito. A versão completa, para iPad, custa US$ 1,99 por mês. Foi-se o tempo em que os pais precisavam economizar para comprar enciclopédia.

Valor Econômico
Imagem: Internet

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