domingo, 3 de novembro de 2013

Oito ferramentas de pesquisa para investigações de negócios internacionais


Amanda Rocha | Jornalismo nas Américas
Imagem: Internet

A matéria investigativa está a um clique de distância. Mas, para achá-la, é necessário procurar no lugar certo. Marty Steffens da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, e Paul Radu, do projeto Reportagens de Crime Organizado e Corrupção, da Romênia, apresentaram, na Conferência Global de Jornalismo Investigativo, as melhores ferramentas de busca que não estão no Google. Elas são usadas como o pontapé inicial para quase todas as investigações sobre negócios internacionais.

Segundo eles, o mais importante é fazer o seu próprio banco de dados. Paul inclusive criou o VIS, um site específico para jornalistas. Lá, eles podem criar um "banco de dados visual", customizável, para mapear ligações financeiras e pessoais. Se duas pessoas adicionarem uma mesma empresa ou pessoa, ambas recebem um alerta. Segundo Paul, quase sempre há ligações entre banco de dados diferentes. O Investigative Dashboard (http://www.investigativedashboard.org/) também é dele. O portal é colaborativo e ajuda jornalistas em pesquisas sobre crime organizado e corrupção pelo mundo.

Veja oito ferramentas e sites apresentados por Marty e Paul:

1. O Internacional Monetary Fund mostra as atividades financeiras de 188 países.

2. Especializado em investigações financeiras, o International Investigation Agency é uma empresa de investigação e consultoria.

3. O Reporter foi criado pelo Investigative Reporters and Editors com o objetivo de fornecer recursos para jornalistas. Especializado na busca de pessoas, a página  dá um exemplo de como as pesquisas são realizadas. O serviço é pago.

4. O Search Systems é outro portal especializado na busca de pessoas. Ele mantém mais de 55 mil bancos de dados divididos por nascimento, morte, casamentos, licenças, ações, hipotecas, além de muitas outras subdivisões. É pago a partir de certo nível de pesquisa, mas muitas informações são disponibilizadas de graça.

5. O Zaba, ferramenta de busca de pessoas e informações públicas é pago. No entanto, a palestrante Marty Steffens pesquisou, como exemplo, o nome do próprio filho e informações como endereço atual e anteriores e celular aparecem de graça.

6. O próprio site da Interpol é uma ótima ferramenta de pesquisa. Lá, eles disponibilizam uma lista de pessoas desaparecidas e outras procuradas por governos de diversos países. Com um diferencial importante: a maioria possui fotos.

7. Mary Steffens explicou que é muito importante possuir ferramentas de rastreamento de navios, um transporte bastante utilizado para fraudes, já que aeroportos são altamente fiscalizados. Pelo International Maritime Organization é possível rastrear grandes navios por todo o mundo, além de poder entrar em contato com a área administrativa de muitos deles.

8. PricewaterhouseCoopers (PWC) é uma agência de consultoria que trabalha na imagem de empresas. Ela oferece uma pesquisa sobre crimes financeiros.

*Amanda Rocha é estudante de jornalismo do 4º ano da PUC-Rio.

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