terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Futuros possíveis: arte, museu e arquivos digitais


A Editora Peirópolis e a Edusp (Editora da Universidade de São Paulo) lançam, com apoio do Itaú Cultural e da FAPESP, a obra Futuros Possíveis – arte, museus e arquivos digitais/ Possible Futures – art, museus and digital archives. Trata-se do primeiro livro brasileiro dedicado à reflexão sobre a preservação da memória e da cultura digital, reunindo especialistas de renome internacional da área de conservação de arte digital e de digitalização de acervos. É também uma obra pioneira internacionalmente, já que nenhum livro até hoje contempla, em um só volume, um espectro tão amplo de questões.

Fruto de seminário realizado na USP em 2012, a obra, organizada por Giselle Beiguelman (FAU-USP) e Ana Gonçalves Magalhães (MAC-USP), conta com artigos de um time de experts nacionais e internacionais que abordam da preservação da arte “nativamente” digital aos processos de conservação de acervos digitalizados, passando pelas estéticas que emergem dos bancos de dados à nova complexidade política e cultural que nasce com a era dos “arquivistas amadores” e das grandes “corporações memorizadoras”, como o Google e o Facebook.

“Esta é uma das primeiras obras em todo o mundo a tratar do tema, e é a mais abrangente. Fazemos uma varredura de todas as questões envolvidas no campo da memória digital e da preservação da cultura digital”, explica Gisele. No ensaio de abertura, ela fala sobre a necessidade de repensar os formatos de memorização e os procedimentos de conservação/preservação. “Não se pode deixar de chamar atenção para o fato que a memória cultural hoje é também uma questão econômica e um serviço. Deveria, por isso, demandar algum tipo de código ético. Afinal, cada vez mais, as memórias pessoais e coletivas, públicas e privadas, são mediadas por instâncias corporativas. Instâncias essas que estão relacionadas não só à produção de equipamentos, mas também a grandes repositórios de imagens, textos e áudios que são descontinuados, quando deixam de ser um nicho de marketing conveniente”.

O livro traz textos de curadores de museus como o Whitney, o Reina Sofia e o SFMoMA, além de ensaios de críticos que vêm despontando no cenário internacional como Domenico Quaranta (Itália) e Jose Luis de Vicente (Espanha) e expoentes brasileiros, como Lucas Bambozzi, Gilbertto Prado e Daniela Hanns. São todos eles os autores das intrigantes reflexões sobre as novas dimensões culturais dos processos de produção documental no século 21.

Em uma edição bilíngue de 680 páginas, o livro está disponível em papel, e em e-book, nos formatos PDF e ePub.

via Editora Peirópolis

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