terça-feira, 13 de junho de 2017

Circo Data: Novo site cria base de dados sobre famílias circenses e enciclopédia



Dicionário do Circo Brasileiro reúne 1,4 mil verbetes, glossário, fotos e bibliografia

Leandro Nunes, O Estado de S. Paulo

O circo não é mais o mesmo. Há quem lamente e quem festeje essa informação. A questão é que, como as outras artes, os amantes do picadeiro estão buscando novas maneiras de cultivar a tradição e mantê-la pulsante em cada cidade em que a lona desembarca. Para mapear essa memória histórica, a pesquisadora Cristina Bend lançou o site Circo Data – Dicionário do Circo Brasileiro inspirado em modelos mundiais como Circopedia e que reúne 1.400 verbetes, 60 famílias catalogadas, 12 árvores genealógicas, glossário com 200 termos, além de fotos e bibliografia. 

O impulso para juntar tanto material surgiu sem, inicialmente, a ideia do projeto, que se concretizou com o edital Rumos do Itaú Cultural. A pesquisadora conta que durante os estudos em artes cênicas no Circo Escola Picadeiro, em Osasco, passou a entrevistar famílias e, ao longo de mais de dez anos, redigir em fichas os nomes de traquitanas e equipamentos que só existem no circo. “Na época, quase não havia informações sobre artistas do século 19 e 20 e seus circos”, recorda. 

No site contém lista com nome de artistas, por ordem alfabética, como Piolin, palhaço de Abelardo Pinto que marcou a Semana da Arte Moderna de 1922 e que condecora com seu nascimento – 27 de março – o Dia do Circo. Há como fazer buscas por nome de famílias, circos e glossário. Mas não é preciso ir muito longe na navegação para descobrir que a origem do trabalho de Cristina se liga ao Circo Escola Picadeiro, importante polo de formação circense fundado em 1985, por José Wilson Moura, lugar que preparou atores como Domingos Montagner, morto em setembro do ano passado.

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