quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Esses livros de sci-fi imaginaram, há muitos anos, tecnologias que hoje existem

A ficção científica prevê o futuro ou apenas inspira descobertas futuras?

Por Patrícia Gnipper | CanalTech

Muito se debate quanto à possibilidade de a ficção científica realmente ser capaz de prever o futuro, ou se o gênero apenas inspira o surgimento de soluções que ainda serão desenvolvidas com a evolução da tecnologia. De qualquer maneira, é um fato que muitas tecnologias disponíveis nos dias de hoje foram imaginadas em livros do passado, saindo da mente de autores célebres e se tornando realidade muitos anos depois.

Coisas como hackers de computador, membros biônicos para o corpo humano e até mesmo os tablets foram vislumbrados antes que tais possibilidades existissem e, na lista abaixo, você confere obras de ficção científica que imaginaram coisas que, hoje em dia, usamos como se elas existissem desde sempre.


Hackers
Quem leu Neuromancer, de William Gibson, em 1984, ficou "viajando" na ideia de existir uma sociedade em um ciberespaço com hackers de computador. Naquela época, computadores pessoais já existiam, claro, ainda que hoje sejam considerados jurássicos. Mas a internet ainda não era uma realidade para as massas, então podemos incluir o autor na lista de escritores que estavam à frente de seu tempo, vislumbrando tecnologias e cenários que, hoje, fazem parte da nossa rotina.


TVs de tela plana e fones de ouvido
Fones de ouvido são itens que fazem tanto parte do nosso cotidiano, que até dá a impressão de que eles sempre estiveram por aqui. Mas, em 1953, quando Ray Bradbury lançou Fahrenheit 451, eles não existiam. Ainda assim, o autor, visionário, imaginou TVs de tela plana e dispositivos de áudio portáteis que não são muito diferentes dos fones de ouvido que temos hoje — com e sem fios.


Tablets
Em 2001: Uma Odisséia no Espaço, lançado em 1968 por Arthur C. Clarke, vemos questões pesadas como guerra nuclear, evolução da humanidade e os perigos da inteligência artificial (representada pelo supercomputador HAL 9000).

Mas, aqui, a previsão mais palpável foram os tablets, que, no livro, aparecem como jornais eletrônicos que as pessoas leem digitalmente.


Apps de tradução em tempo real
Quando O Guia do Mochileiro das Galáxias foi lançado em 1979 por Douglas Adams, podíamos contar apenas com dicionários físicos para traduzir palavras e frases entre idiomas. Mas, em suas páginas, vemos uma aventura pelo espaço em que traduções de áudio em tempo real são uma realidade com tradutores universais. E, somente nos anos mais recentes, ganhamos recursos com esse conceito na vida real.


Cartões de crédito
No livro Looking Backward, de Edward Bellamy, o autor imaginou a existência de cartões de crédito 63 anos antes de serem inventados — o livro foi lançado em 1888. Na história, o personagem principal adormece por 113 anos e, quando acorda (no ano 2000), descobre que todo mundo usa cartões de crédito por aí para comprar o que quiser.


TV via satélite, impressora a laser e carros elétricos
Aqui, o autor John Brunner previu, em 1968, uma sociedade que, no ano de 2010, conta em seu dia a dia com TV via satélite, vídeos sob demanda, impressoras a laser e carros elétricos. No livro Stand on Zanzibar, o escritor imagina também que em 2010 a maconha já estaria descriminalizada — o que é realidade em algumas poucas regiões do mundo, por enquanto.


Transplantes de membros e órgãos
Lançado em 1818, Frankenstein, de Mary Shelley, previu de certa forma os transplantes modernos. Naquela época, a ciência ainda estava engatinhando na exploração da reanimação de tecidos mortos por meio da eletricidade e, embora tais métodos hoje sejam considerados grosseiros, eles pavimentaram o caminho para as inovações futuras na medicina, como transplantes de órgãos e de membros.


Submarino elétrico
Um dos autores mais visionários do século XIX foi Júlio Verne, que, em seus livros, previu coisas como módulos lunares e velas solares mais de 100 anos antes de serem inventadas. Mas em Vinte Mil Léguas Submarinas, de 1870, o autor vislumbrou submarinos elétricos — que só foram inventados 90 anos depois.


Energia solar
O romance Ralph 124C 41+, escrito em 1911 por Hugo Gernsback, tem uma história que se passa no ano de 2660. O autor imaginou que, depois de tantos séculos, a energia solar seria "arroz com feijão" para alimentar equipamentos para lá de modernos.


Bomba atômica
O célebre escritor H. G. Wells lançou The World Set Free em 1914. Nesta obra, o autor não apenas previu a existência de armas nucleares, como, possivelmente, serviu como inspiração para o trabalho do Dr. Leo Szilard — o homem que dividiu o átomo e permitiu a criação da bomba atômica.

Ainda que no universo fictício de Wells a bomba fosse criada a partir de urânio, a ciência por trás desse conceito, na mente de Wells, estava mais ou menos três décadas à frente de seu tempo.


Vigilância em massa
Outra previsão que se mostra cada vez mais acertada é a da criação de sistemas de vigilância em massa, que apareceu nas páginas de 1984, livro lançado em 1949 por George Orwell. Na obra, vemos conceitos como o Big Brother e a Polícia do Pensamento, com a história se passando em um mundo distópico 40 anos depois da Segunda Guerra Mundial.


Membros biônicos
Lançado em 1972, o livro Cyborg de Martin Caidin previu a existência de membros biônicos. Na história, um ex-astronauta cai durante um voo, perdendo seus membros e também ficando cego de um olho depois da queda. Então, cientistas conseguem criar novas pernas para ele, além de um olho removível equipado com uma câmera e um braço biônico — fazendo dele um autêntico ciborgue. Dessa maneira, o livro profetizou o primeiro transplante de uma perna biônica, 41 anos antes do caso real.


Com informações de Business Insider

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