terça-feira, 15 de janeiro de 2019

China vive boom de livrarias físicas

Associação de Distribuidores no país fala que fechou o ano com 225 mil livrarias, dez mil a mais do que tinha em 2017. Medidas governamentais ajudaram esse boom.

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A Sisyphe é uma das novas redes de livrarias chinesa. Em 2018, foram abertas 85 novas lojas só dessa rede | © PFWOuoh / Wikicommons

Com uma população que já ultrapassou a marca dos 1,3 bilhão de habitantes, a China é, sem dúvidas, um dos maiores mercados livreiros no mundo. E esse mercado ficou ainda maior em 2018. Segundo dados da Associação de Distribuidores de Livros e Periódicos, o país fechou 2018 com 225 mil livrarias. No ano anterior, eram pouco mais de 215 mil. O faturamento acompanhou este crescimento e o varejo de livros cresceu 5,9% em 2018, fechando o ano passado em 370,4 bilhões de yuans (cerca de US$ 54,7 bilhões). Os números foram apresentados na Conferência Nacional de Livrarias no último dia 8.

Esse boom está diretamente relacionado às políticas governamentais do país. Desde 2016, 28 províncias, regiões autônomas e municípios criaram medidas específicas para o desenvolvimento das livrarias físicas. Essas medidas vão desde a isenção fiscal até financiamentos específicos para o desenvolvimento desse segmento da economia. Em Pequin, por exemplo, 151 livrarias físicas receberam aporte de 50 milhões de yuans (US$ 7,3 milhões) e a previsão é que esse fundo dobre em 2019.

A indústria também tem crescido de forma espantosa e não é de hoje. Só a título de comparação, em 1978, quando a população era de 956,2 milhões de pessoas, foram produzidos 3,7 bilhões de livros, o que dá 3,87 livros produzidos per capita. Em 2017, a China alcançou 1,4 bilhão de habitantes e produziu 9,24 bilhões de livros, ou 6,6 livros per capita. Esses dados também foram apresentados na Conferência.

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