terça-feira, 1 de outubro de 2019

Smartphone: o novo cigarro



4 bilhões de pessoas têm  um – e o tiram do bolso  200 vezes por dia. Veja as  estratégias das gigantes da  tecnologia para transformar  o celular no objeto mais  viciante que já existiu. 

Fumar era normal. As pessoas acendiam o primeiro cigarro logo ao acordar, e repetiam o  gesto dezenas de vezes durante  o dia, em absolutamente todos  os lugares: lojas, restaurantes,  escritórios, consultórios, aviões  (tinha gente que fumava até no  chuveiro). Ficar sem cigarro, nem  pensar – tanto que ir sozinho  comprar um maço para o pai ou  a mãe, na padaria da esquina, era  um rito de passagem para muitas  crianças.

O cigarro estava na TV, nos filmes, na música, na propaganda (nos EUA,  ficou famoso um anúncio que dizia: “Os médicos preferem Camel"). 30% a 40% da população,  dependendo do país, fumava. O cigarro foi, em  termos absolutos, a coisa mais viciante que a humanidade já inventou. Hoje ele é execrado, com  razão, e cenários assim são difíceis até de imaginar. Olhamos para trás e nos surpreendemos ao  perceber como as pessoas se deixavam escravizar,  aos bilhões, por algo tão nocivo. Enquanto fazemos isso, porém, vamos sendo dominados por  um vício ainda mais onipresente: o smartphone.  Quatro bilhões de pessoas, ou 51,9% da população global, têm um, de acordo com uma estimativa da empresa sueca Ericsson. E o pegam  em média 221 vezes por dia, segundo uma pesquisa feita pela consultoria inglesa Tecmark.  O número de toques diários no aparelho é  ainda mais impressionante: são 2.600, segundo a empresa de pesquisa Dscout Research.  O smartphone já vicia mais gente, e de forma mais  intensa, do que o cigarro. 

Leia a matéria completa na revista Superinteressante de Outubro, nas bancas ou apps.

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