terça-feira, 17 de novembro de 2009

Bibliotecas nacionais criam portal franco-brasileiro


O portal comum das bibliotecas nacionais francesa e brasileira já está oficialmente no ar (http://bndigital.bn.br/francebr ). Mais de 1300 documentos, entre eles manuscritos, mapas, estampas e fotografias foram digitalizados e estão agora disponíveis para todos em alguns cliques.

O projeto teve o apoio do serviço cultural da embaixada da França. “A ideia surgiu de um encontro entre Muniz Sodré, presidente da Fundação Biblioteca Nacional e Bruno Racine, presidente da Biblioteca Nacional Francesa (BNF), em 2008. Ambos estavam desenvolvendo o processo de digitalização dos seus acervos. Para esse Ano da França no Brasil, aproveitaram para reunir todo o material do século XVI aos anos 1930, que tratava sobre as relações entre os países”, lembra Jérémie Desjardins, adido do Livro no consulado da França no Rio de Janeiro e diretor da mídiateca da Maison de France.

“É uma oportunidade imensa de usar as novas tecnologias para melhorar o nosso conhecimento. Agora, nossas duas bibliotecas estão sintonizadas”, constata Ângela Monteiro Bittencourt, da Biblioteca Nacional digital brasileira, que coordenou as pesquisas com Régine Piersanti para a parte francesa.

Elas orientaram uma equipe de pesquisadores franceses e brasileiros, todos especialistas de cada época estudada. O acervo se divide em três grades temáticas: Lógicas coloniais, Matrizes nacionais e Tempos de trocas. Vinte e sete textos acessíveis nas duas línguas foram escritos para ajudar a interpretação dos documentos.

Entre os autores, Michel Riaudel, professor de português na Universidade de Poitiers, que trabalhou sobre o impacto do Brasil na literatura francesa do século XIX e, especialmente na obra de Jules Verne. “Com esse portal, tudo ficou mais simples. Confesso que enquanto estava contribuindo a alimentar esse conteúdo, eu também estava pensando de forma egoísta em como poderia usá-lo depois para futuras pesquisas. De repente, temos acesso a documentos cuja existência nos era às vezes totalmente desconhecida”.

Visite: http://bndigital.bn.br/francebr

Fonte: Tribuna do Norte

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