Por IDG News Service/EUA
Ao usar o buscador da Microsoft, usuário poderá ver links relacionados que foram "curtidos" na rede social e compartilhar seus achados com amigos.
A Microsoft anunciou a inclusão de mais dados do Facebook nos resultados de busca do Bing, aumentando a competição com a Google no campo da busca social.
Aproveitando uma parceria com o Facebook que já dura mais de um ano, a Microsoft apresentou na segunda-feira (16/5) um entrosamento ainda maior entre os motores de busca social do Bing e o conteúdo web “curtido” pelos usuários da rede social.
As melhorias marcam um avanço em relação ao uso inicial que o Bing fazia dos dados do Facebook. Agora, as buscas regulares são completadas com links que receberam um “Curti” dos amigos do usuário na rede social.
“A dinâmica das buscas continua a mudar, especialmente por causa da mídia social”, disse Lisa Gurry, diretora do Bing, em entrevista.
Como antes, os usuários do Bing têm de entrar no Facebook para tirar proveito da integração entre o motor de buscas e o site de rede social.
Categorias
Os novos recursos caem em três grandes categorias, que foram chamadas pela Microsoft de “amigos confiáveis”, “QI coletivo” e “busca conversacional”.
O Bing já avisava aos usuários sobre os resultados de busca que tinham sido marcados com um “Curti” pelos amigos virtuais. Agora, a Microsoft aumenta o peso dos resultados “curtidos” na classificação dos resultados de busca e expande a variedade do conteúdo indexado. “Nós todos queremos um confronto com as opiniões dos amigos quando tomamos decisões”, disse Gurry.
No “QI coletivo”, o Bing levará em consideração a popularidade geral dos “Curti” em sites e links, não se limitando ao círculo de amigos dos usuários. A ideia é tornar os dados “curtidos” mais úteis em casos onde os amigos do usuário não ofereçam um sinal forte o suficiente para refinar os resultados das pesquisas. “Há poder nos números, nas vozes de muitos, no caso de seus amigos não serem especialistas em um assunto específico”, disse Gurry.
O Bing também passa a mostrar posts recentes feitos no Facebook Pages, utilizados por empresas para promover seus produtos. Da mesma forma, o serviço de busca vai exibir notificações de promoções de viagens nos murais dos usuários no Facebook, com base em cidades e outras informações relevantes que tenham sido “curtidas”.
"O que você acha?"
Na categoria “busca conversacional”, o Bing introduziu recursos para deixar que os usuários compartilhem resultados com seus amigos do Facebook e peçam suas opiniões, como no caso de usar o motor de busca do Bing para buscar produtos e pedir conselhos sobre qual deles comprar. Quando as pessoas usarem o Bing Travel (motor de busca para temas relacionados a viagens), elas serão capazes de compartilhar uma lista de desejos e ver quais amigos moram nos destinos listados.
O Google, que permanece como o motor de busca dominante da Internet, reconhece que a busca social é cada vez mais importante e também tem mostrado avanços na área. Contudo, Google e Facebook têm um relacionamento tenso. E a Microsoft, até agora, tem tido acesso aos dados do Facebook de uma forma que a Google ainda não conseguiu.
Embora o Facebook esteja longe de ser o único site de mídia social, é o maior do mundo. E, quanto maior o acesso a seus dados, melhor para os fornecedores de motores de busca na web.
Cerco à Google
“Faz sentido, para a Microsoft e o Facebook, tentar cercar a Google”, disse Ezra Gottheil, analista da Technology Business Research. “Nesse momento, eles não competem intensamente entre si, mas ambas competem com empenho com a Google. É claro que eles fariam isto.”
E a competição entre Google e Microsoft e Google e Facebook é cada vez mais intensa. Na semana passada, o Facebook foi flagrado contratando uma importante empresa de relações públicas para induzir os sites de notícia a publicar notícias negativas sobre as práticas de privacidade da Google.
No fim de 2010, as linhas da batalha ficaram mais claras. Foi quando a Microsoft estreitou seus laços com o Facebook e as duas empresas juntaram forças para trazer os recursos sociais às buscas. Foi um movimento que representou uma grande ameaça à posição de busca da Google.
Juntas, nem a Microsoft nem o Facebook seriam capazes de enfrentar com sucesso a Google. Mas, juntas, as duas empresas têm uma chance melhor de pelo menos reduzir lentamente o predomínio da Google.
“Faz sentido. Inimigo do meu inimigo... Sabe como é”, disse Gottheil. “Mas vejo com ceticismo a possibilidade de esta operação conjunta ser capaz de matar o gigante. É mais provável que eles tirem uma lasca da Google. Tenho certeza que, nas duas empresas, há pessoas pensando em maneiras de trabalhar juntas para drenar clientes da Google.”
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