terça-feira, 2 de agosto de 2011

O futuro do Bing: Como a Microsoft pretende derrubar o Google

Buscador da Microsoft está bem atrás do Google, mas a empresa nem pensa em desistir da briga. Conheça sua estratégia para chegar à liderança.

Por PC World/EUA / IDGNow


O buscador web Bing é um grande prejuízo para a Microsoft, que desperdiça na ferramenta bilhões de dólares por ano. Mas a empresa está longe de desistir de derrubar o Google na guerra dos serviços de busca.

No último fim de semana, o jornal The New York Times publicou detalhes sobre os planos de longo prazo para o Bing e algumas sugestões de novos recursos que estão a caminho. O artigo respondeu a outro, de caráter opinativo, que sugeria ao fabricante do Windows abandonar o Bing completamente.

É hora de conhecer quais são os planos que vêm permitindo à Microsoft sonhar em como derrubar o Google nos próximos anos.

Aplicativos web
Os aplicativos web baseados em HTML5 devem ter um grande papel no futuro do Bing,. Qi Lu, presidente da divisão de serviços online da Microsoft, descreve que ao digitar uma frase como “jantar a dois na sexta e filme mais tarde”, os resultados, com base em seus dados pessoais, são apresentados de acordo com suas preferências de localização e filmes, entre outros itens.

O aplicativo iria um passo além, conversando com o internauta, listando o que está disponível e perguntando onde e quando o usuário gostaria de comer. É uma extensão da tendência do Bing de exibir informações diretamente na página de resultados de busca, porém enriquecida com mais dados pessoais para oferecer resultados personalizados.

No desktop
A Microsoft está trabalhado em um software, ainda em fase de concepção, chamado Bing DeskBar. Tal como o atual Google Desktop, o programa deve incorporar buscas internas e web, mas também terá a categoria “pessoas” para pesquisar e-mails e mensagens do Facebook e Twitter.

A informação será dividida pelo que “é mais recente, relevante e frequentemente usado”, afirmou um designer da empresa, e pode usar o modelo de "tijolos vivos" que a Microsoft está apresentando em diversos produtos. Não há previsão de lançamento, mas eu ficaria surpreso se isso não for um grande recurso do Windows 8.

Amigo do Facebook
Na matéria do New York Times, Lu, da Microsoft, coloca a parceria exclusiva com o Facebook como o primeiro degrau para oferecer resultados mais confiáveis. O Bing já integra o “curtir” nas buscas, para visualizar quantas pessoas recomendaram um restaurante ou filme em particular.

A Microsoft tem um parcela minoritária do Facebook e a rede social não se dá bem com a Google, então a parceria Bing-Facebook não vai se desfazer tão cedo. Acredito que essa união pode se mostrar essencial para reunir as informações pessoais que a Microsoft precisa para aplicativos web que pretende lançar.

Concorrência extra
Claro, a fabricante do Windows não é a única empresa tentando avançar além dos “dez links azuis”. Há o rumor de que a Apple estaria construindo um assistente de dados pessoais no iOS, refletindo a compra da Siri. E, na matéria do New York Times, o chefe das buscas no Google, Amit Singhal, classificou o lema da Microsoft para o Bing, de "um motor para decisões", como uma mera frase de efeito.  O objetivo de chegar a informações úteis a partir de dados de pesquisa nunca mudou, disse Singhal.

Mas ao menos há evidências aqui de que a Microsoft está pensando em ir além de uma simples guerra de recursos contra a maior ferramenta de buscas do mundo. Vamos ser honestos: as estratégias de ataque direto sobre os mesmos pontos nunca se mostrou muito eficaz.
(Jared Newman)

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