terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Aaron Swartz comete suicídio nos Estados Unidos



Suicídio reabre debate sobre ativismo digital
Aaron Swartz, 26, que se matou na sexta, era processado por baixar artigos acadêmicos

Folha de S. Paulo
Imagem: Internet

O suicídio do ativista digital Aaron Swartz, 26, encontrado enforcado em seu apartamento em Nova York (EUA) na última sexta, reacendeu o debate sobre a punição de crimes cometidos pela internet.

Swartz ajudou a desenvolver a rede social Reddit e o Creative Commons -licença que libera conteúdos sem a cobrança de direitos por parte dos autores- e, aos 14 anos, participou da criação do RSS, mecanismo que avisa sobre atualizações de sites.

Em 2011, a polícia descobriu que o ativista havia acessado ilegalmente milhões de artigos acadêmicos da base de dados JSTOR, que exige assinatura, por meio de um computador secretamente instalado no MIT (Massachusetts Institute of Technology).

Embora alegasse que sua intenção não era obter lucro com os artigos, mas sim colocá-los gratuitamente à disposição do público, Swartz foi processado e estava sujeito a até 35 anos de prisão e multa de cerca de R$ 2,03 milhões.

"O governo usou contra um gênio de 26 anos as mesmas leis que aplica a quem assalta bancos pela internet", disse o especialista Chris Soghoian.

O presidente do MIT, Rafael Reid, disse que nomeou um professor para investigar o papel da universidade no caso e na morte da Swartz.

A família do ativista acusou a Justiça de ser "repleta de intimidação e exagero". Hackers invadiram o site do MIT, que fez a denúncia, e acadêmicos homenagearam Swartz divulgando links para download gratuito dos seus artigos.

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