segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O poder dos livros de papel


 O apocalipse digital, antes visto como uma questão de tempo, deverá ficar apenas na imaginação.

Época

Numa análise apressada, os últimos resultados do mercado editorial brasileiro confirmam as expectativas de quem acredita no fim do livro de papel. O número de exemplares vendidos no Brasil caiu 7,36% em 2012. 0 faturamento do setor cresceu apenas 3,04% em comparação com 2011. Boas notícias, só para os livros digitais, cujo faturamento cresceu 343%. As previsões sombrias sobre o futuro do livro impresso podem, porém, ser precipitadas. A queda nas vendas deve-se, em grande parte, à diminuição no número de livros comprados pelo governo, um fenômeno sazonal. O crescimento dos e-books, apesar de expressivo, é ilusório. Em 2012, eles representavam 0,1% do faturamento das editoras.

Com a chegada da Amazon, Google, Kobo e Apple ao país, esse número deverá crescer. Mas há um limite. Nos Estados Unidos, o crescimento dos livros digitais começa a desacelerar. O faturamento dos e-books cresceu 41 % em 2012. Nos anos anteriores, o número fora superior a 100%. Analistas preveem que a participação dos livros digitais se estabilize em 30% do mercado. Uma pesquisa revela que 97% dos compradores de e-books continuam a ler livros de papel. O apocalipse digital, antes visto como uma questão de tempo, deverá ficar apenas na imaginação. O papel e os bits continuarão a coexistir.

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