segunda-feira, 21 de outubro de 2013

10 anos para o papel


Pode chutar: o papel tem mais quanto tempo de vida?
Mais uns dez anos, no máximo. Quer dizer, não que ele vá morrer por completo. Mas vai perder a relevância, não vai ser mais a mídia central. No futuro, as publicações digitais vão dominar. Vejam bem, a revista, o jornal e o livro impressos são um meio de entrega de conteúdo. Ou seja, o papel vai ser muito menos importante como meio de entrega física. E o conteúdo disponível, majoritariamente digital, será bastante segmentado. Vejo com muito bons olhos a evolução da plataforma digital para a entrega desses conteúdos. Até porque os custos de distribuição são mais baixos.

Essa adequação aos novos tempos a que você se refere implica uma mudança de lógica?
De lógica, de fundamentos. Empresas e grandes publishers editoriais precisam absorver determinados conceitos. Um exemplo: o brasileiro é fundamentalmente audiovisual. Nada impede, portanto, que as empresas produtoras de conteúdo impresso passem a produzir conteúdo audiovisual e distribuí-lo em plataformas como as redes sociais, o YouTube. Isso ainda é feito de maneira muito tímida. Ainda que talvez não se ganhe tanto dinheiro quanto se ganha com a assinatura e vendas em banca, elas saem ganhando por ter um grupo muito maior de usuários engajados. Essa transformação para o digital precisa ocorrer urgentemente. Senão, corre-se o risco de perda de capacidade competitiva.

Trecho da entrevista do presidente do Google Brasil, Fábio Coelho, para a Playboy

Um comentário:

  1. Em 2000 o diretor da Microsoft América Latina disse que em 2012 já não haveriam livros impressos. Eu pergunto: daqui há 10 anos haverá Google?

    ResponderExcluir