quinta-feira, 5 de maio de 2011

Portugal é 2º melhor país em acessibilidades a sites do Governo

Lúcia Vinheiras Alves

Portugal é o 2º país da ONU que garante melhor acessibilidade aos websites do Governo a pessoas com necessidades especiais. Agora, UMIC apresenta ferramenta para avaliar acessibilidades de páginas na web2.0.

Entre 192 Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) Portugal ocupa o segundo lugar em termos de acessibilidade dos websites do Governo com um valor de acessibilidade de 97,57%, apenas atrás da Alemanha com 98,72%.

Os dados foram apresentados num artigo, publicado na edição de Janeiro de 2011, do Journal of Information Technology & Politics, com o título ‘Análise Global da Acessibilidade de Portais de Governos e Sítios de Ministérios Nacionais na Web’.

Os websites considerados no estudo foram os sites nacionais dos Governos e os sítios de cinco Ministérios, nomeadamente, Educação, Trabalho, Assuntos Sociais, Saúde e Finanças.

A acessibilidade para cidadãos com necessidades especiais foi avaliada com base nas diretrizes de acessibilidade 1.0 do World Wide Web Consortium (W3C), as quais visam essencialmente promover a acessibilidade explicando como tornar o conteúdo web acessível a pessoas com deficiências, sendo que se destinam a todos os criadores de conteúdos web e programadores.

«As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) vieram permitir reduzir de forma acentuada obstáculos de acessibilidade a cidadãos com necessidades especiais que anteriormente pareciam inultrapassáveis», afirma Luís Magalhães, Presidente da Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) e adianta que apesar disso «este progresso exige que a informação digitalizada satisfaça normas de acessibilidade apropriadas».

«Portugal é um dos países do mundo com os mais elevados níveis de acessibilidade de conteúdos da administração central na Internet, embora haja ainda muito a fazer para assegurar uma acessibilidade completamente satisfatória e sustentável», explica Luís Magalhães, que refere ainda que «esta é uma questão de importância essencial para a igualdade de oportunidades e para a cidadania numa sociedade democrática e aberta cada vez mais baseada em informação e conhecimento».

No ‘Fórum para a Sociedade de Informação Acessibilidade Web’, realizado a 5 de Maio em Lisboa, a Agência para a Sociedade do Conhecimento apresenta uma nova ferramenta informática para avaliação de acessibilidades de páginas na web 2.0.

De acordo com comunicado da UMIC, esta nova ferramenta «resulta da evolução das ferramentas que têm vindo a ser desenvolvidas e aplicadas pela UMIC desde 2005 para a versão 1.0», sendo que «estas ferramentas são regularmente utilizadas por várias entidades da administração pública e outras», como é o caso da Caixa Geral de Depósitos.

A ferramenta agora lançada pela UMIC vai ajudar a avaliar se os produtores de conteúdos tornam de facto a web mais acessível a um maior número de pessoas com incapacidades, como cegueira e baixa visão, surdez e perda de audição, incapacidades ao nível da aprendizagem, limitações cognitivas, movimentos limitados, incapacidades ao nível da fala, fotossensibilidade e ainda combinações destas incapacidades.

Fonte: TV Ciência

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