Revista Estudos da Comunicação, v. 15, n. 38, set./dez. 2014
Lícia Frezza Pisa
O presente trabalho visa a analisar, por meio das noções de discurso e poder estudadas por Foucault, como os mecanismos oriundos da Internet, nesse caso, o buscador Google, não se apresentam como no imaginário popular, ou seja, como democráticos e livres. Ao contrário, é possível perceber como o controle exercido por esse(s) mecanismo(s) é fundamental para a manutenção dos discursos, das tendências, do consumo, etc. contrapondo a ideia de que tudo da rede é permitido e não vigiado e ao usuário seria possível falar tudo o que quiser. O artigo analisa as políticas de privacidade e de termos de serviço por meio da análise do discurso da escola francesa, da qual Foucault faz parte, e constata que o Google passa a ter posse de tudo aquilo que se faz no site e nos outros sites de sua propriedade e o que se compreende é que a sensação de ausência de poder é que alimenta o poder de mão única que o Google exerce sobre todos os discursos.
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Imagem: Internet
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