terça-feira, 31 de agosto de 2010

Biblioteca do Congresso dos EUA é a maior do mundo

A instituição bicentenária reúne segredos e raridades, como o documento, de quase 500 anos, que revela uma briga judicial entre uma tribo indígena e a corte espanhola.

Conheça o hospital dos livros, na Biblioteca do Congresso Americano



Nesta biblioteca, pesquisadores e restauradores trabalham incessantemente para salvar uma gigantesca coleção de um de seus maiores inimigos: a ação do tempo.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

História da Nasa em fotos ganha página no flickr

A Nasa colocou à disposição do público mais de meio século de história de uma base de fotografias na plataforma de internet Flickr e com isso espera que o público participe com seus comentários e suas lembranças.

As fotos estarão disponíveis a partir de hoje em uma galeria denominada "The Commons" (http://www.flickr.com/photos/nasacommons ).

Com esta iniciativa, a Nasa espera que antigos funcionários e aqueles que tenham visitado alguma vez as instalações da Nasa contribuam para elaborar uma memória comum.

Os usuários poderão acrescentar às imagens rótulos, palavras-chaves, identificar objetos e pessoas que reconheçam. Além disso, terão a oportunidade de conversar com outros visitantes e trocar comentários.

Para conseguir que esta iniciativa se tornasse realidade, a Nasa contou com a colaboração de Flickr do Yahoo!!, com sede em Sunnyvale (Califórnia) e a biblioteca digital internet Archive, uma organização sem fins lucrativos, com sede em San Francisco.

Fonte: Terra / EFE

sábado, 28 de agosto de 2010

Harvard Library Labs Foster New Digital Library Projects

By David Rapp - Library Journal

At Harvard University, two different "library labs" aim to produce new information-technology projects benefiting libraries on and off the Harvard campus, with a clear focus on openness.
Such projects could lead to new and practical library applications—one of the labs, for example, is currently working on an web-based research tool with social-networking aspects—and could include collaborations with other libraries, such as that at the nearby Massachusetts Institute of Technology (MIT).

The Harvard Library Lab, managed by the Office of Scholarly Communication (OSC) in the Harvard University Library (HUL), is just getting off the ground, and will have up to $1 million to support projects proposed by Harvard students, faculty, and staff.

The Library Laboratory at Harvard Law School was established a year ago, and recently announced a new co-director. Its projects range from the practical to the whimsical, such as the Harvard Library Hose, which generates a Twitter post for each book checked out from libraries across Harvard, including the book's title, its author, and a link to its Harvard catalog entry.

Harvard Library Lab: a focus on openness
The new Harvard Library Lab was established last month; its first projects will be funded in January.

The lab will be funded by part of a $5 million grant the library received from the London, England-based Arcadia Fund in April 2009. Up to $1 million will be used for the Library Lab in the first year of the program, according to HUL spokesman Peter Kosewski.

Stuart Shieber, the Faculty Director of the OSC and the Welch Professor of Computer Science at Harvard, told LJ that part of the lab's aim is to support projects that promote openness—that is, projects that are sharable as much as possible, as well as projects that help make Harvard's information resources more accessible to the general public.

"We expect a lot of the proposals will come from librarians because, obviously, they have the most knowledge of what the opportunities are for improving services," said Shieber, architect of the pioneering Open Access Resolution approved in 2008 by Harvard's Faculty of Arts and Sciences.

Assistance and collaboration
The lab will provide staff to help with projects, including assistance from HUL's Office for Information Systems and Harvard's Berkman Center for Internet and Society. Shieber said that he expected that a lot of the support would be providing software development help. Funding will be used to provide additional staff (or time off for existing Harvard staff), outsourced services, additional equipment, or technical tools as required for a particular project.

HUL is also encouraging potential collaborations with library-related IT projects being developed at MIT, and the library has consulted with MIT Libraries' Associate Director for Technology MacKenzie Smith, who is the former Digital Library Program Manager for HUL.

The OSC, in a document [PDF] regarding the lab's details and guidelines, gives examples of the kinds of projects that might qualify for support, including innovative mobile apps for existing library systems, customizable search applications for electronic resources, applications improving browsing capability for digital resources, or improving print-on-demand capabilities.

The document also states that the Harvard Library Lab's efforts would be guided by four main principles: entrepreneurialism (supporting projects via a "bottom-up" proposal system), scalability, openness, and experimentation.

Law school's library lab evolving
The Library Laboratory at Harvard Law School was established in August 2009 by the law school's Vice Dean for Library and Information Resources Jon Palfrey, who is also an administrator for the new Harvard Library Lab.

David Weinberger, a senior fellow at the Berkman Center, became co-director of the Library Laboratory at Harvard Law School on August 23. He told LJ that the law school's library lab will be applying to the Harvard Library Lab for help with some of its upcoming projects.

The lab's in-house team has pursued several ongoing projects such as Shelflife, the aforementioned web-based research tool, and Visual Book Objects, which provides graphic representations of books based on metadata.

Weinberger said that the law school's library lab is planning to change its name to avoid confusion with the new lab, though he didn't know yet what the new name would be. Although the lab is officially part of the Harvard Law School Library, Weinberger said its mission was broader. "In fact, I think some of the most exciting ideas we're looking at call for open collaborations with other libraries," he told LJ.

Weinberger said that many of the projects the lab pursues try to use "what libraries know," a phrase that he said has become "something of an internal motto" at the lab.

"Included in what libraries know is not just the content of their assets, but what librarians know, what the scholarly communities centered around libraries know, and the information about patterns of usage developed inadvertently and on purpose by users," Weinberger told LJ. "We've been thinking about ways all that glorious data and metadata could be put to use."

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Creative Commons Open Access Textbooks Webinar

IBOPE lança portal de eleições

O IBOPE Inteligência lançou nesta sexta-feira o seu novo portal de eleições, que deve facilitar o acesso do eleitor às pesquisas de intenção de voto. Também estão disponíveis informações sobre a empresa e as eleições.

Interativa, a nova plataforma apresenta os resultados em gráficos evolutivos, apontando o sobe e desce dos candidatos para presidente, governador e senador. No local, os internautas podem acessar o Guia de Leitura de Pesquisa Eleitoral, que esclarece a metodologia das pesquisas.

Cada novo levantamento será publicada no novo site sempre na tarde do dia seguinte à divulgação realizada pelos contratantes.

O endereço eletrônico também servirá como ferramenta de e-commerce para a venda de das pesquisas para deputados federais e estaduaism, além de oferecer acesso rápido para as principais publicações regulares do Grupo, incluindo o Boletim Opinião e Política, além da revista trimestral Giro e o boletim quinzenal Giro Online.

Ao acessar o site pela primeira vez, o navegador solicita a instalação do plug-in Microsoft Silverlight®. Para instalá-lo, basta fazer o download do aplicativo e, em poucos segundos, a visualização dos recursos do portal se torna disponível.

Fonte: Diário do Grande ABC

Site da Última Hora publica negativos do jornal



O site da Ultima Hora vai mudar – e crescer. No dia 27 de agosto, entrou no ar (veja link abaixo) um lote de 54.385 novas imagens originárias do acervo de negativos fotográficos do jornal. Além disso, também entraram no site mais 1007 ilustrações publicadas no UH. Para acompanhar o crescimento desse acervo digital, o site foi reformulado.

O Fundo Ultima Hora está sob a guarda do Arquivo desde 1990. Produzido entre 1950 e 1969, em negativo flexível e papel de gelatina e prata, o material que chega agora ao site provem do Setor de Arquivo Técnico (antigo Departamento de Arquivo Fotográfico) do jornal, no Rio de Janeiro. O objetivo final do Arquivo Público do Estado de São Paulo é digitalizar todos esses negativos.

A importância e a urgência da reprodução deste acervo podem ser avaliadas quando se sabe que o negativo flexível é um dos suportes mais frágeis da fotografia, vulnerável à deterioração própria do material plástico (nitrato ou acetato de celulose) e a interferências externas como poluição, variações de temperatura e umidade etc. Além disso, o negativo é de difícil consulta.

Muitas das imagens que foram reproduzidas no site são inéditas. Isso porque o resultado das missões fotográficas (pautas) para as quais foram produzidas era editado no jornal. Em outras palavras: ao chegarem à redação, várias fotos deixavam de ser publicadas, com base em critérios jornalísticos. Mas todas as imagens, mesmo as não-publicadas (muitas delas, com indiscutível valor histórico e/ou artístico) iam para o arquivo.

Para navegar neste acervo digital, o internauta contará com um instrumento de pesquisa com os campos “período”, “autor” e “palavra-chave”, facilitando bastante a busca. As imagens resultantes podem ser usadas livremente para fins didáticos. Com elas, o professor poderá explorar em sala de aula temáticas de importância central para a história brasileira recente. A única condição para o uso é citar a procedência (Arquivo Público do Estado de São Paulo) e o crédito do autor da foto.

As ilustrações também oferecem importantes pistas para o estudo da época, e principalmente da importância da UH no processo de modernização da imprensa brasileira. Ao contratar os serviços de ilustradores e chargistas como Caulus e Leon Eliachar, e oferecer aos desenhos espaço até na capa, o jornal apostava na valorização da parte visual e estética, de forma inédita na imprensa de até então. No site do Ultima Hora, o internauta pode pesquisar ilustrações e caricaturas por período, autor e título.

Acesse: http://www.arquivoestado.sp.gov.br/uhdigital

Fonte: Arquivo Público do Estado de São Paulo

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Mais tradução online

Chama-se Linguee e é uma “máquina de busca” que promete revolucionar o conceito de tradução online.

O serviço gratuito conta agora com uma versão em português, depois de ter sido criado há um ano na Alemanha e tem como principal objectivo ajudar na formulação de textos profissionais e na procura por palavras ou expressões específicas.

O Linguee oferece informações adicionais às pesquisadas pelo internauta e dá exemplos de frases completas relativas a cada vocábulo que indicam o contexto da palavra ou expressão. Apresenta também traduções de termos raros.

Além do alemão-inglês e do português-inglês, o serviço está disponível para espanhol-inglês e francês-inglês.

Fonte: Tek - Portugal

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Enciclopédia meteorológica

A página de Internet do Instituto de Meteorologia tem vindo a ser melhorada e depois de uma reformulação mais vistosa continuou a atualizar-se com novos conteúdos e reorganização de outros.

Hoje destacamos uma área do site que pode ser útil a quem quer entender melhor a linguagem dos meteorologistas e as variantes que condicionam o tempo que faz.

A Enciclopédia Meteo.pt está organizada por áreas e responde a diversas questões dentro de cada uma delas, numa organização de conteúdos simples e intuitiva. Clima, tempo, sismologia ou aeronáutica são apenas algumas das áreas que agregam conteúdos.

Para os mais novos há outra área do site que também pode ser interessante. A Área Educativa, da responsabilidade do professor Salpico.

Fonte: Tek - Portugal

O fim de uma era: Yahoo! se transforma em Bing

O Yahoo!, primeiro grande buscador da internet, lançado em 1994, dá lugar à tecnologia de busca da Microsoft, o Bing, lançado em maio de 2009.

O Yahoo! foi um ícone da internet na era "pontocom" (1995 ~ 2000), quando a crise das pontocom derrubou ações e fez a credibilidade dos negócios online ficar em crise por alguns anos.

É bom que se ressalte que a crise nunca foi da internet, mas do mercado financeiro e de investimentos, que viu na internet o pote de ouro no fim do arco-íris, ainda que muitas vezes sem um bom modelo de negócios para justificar os gastos milionários das empresas naqueles anos.

Feita a ressalva, voltemos ao Yahoo!. O Yahoo! não foi desde o início um excelente mecanismo de busca de sites. Ele era o mecanismo possível. Conforme as tecnologias de indexação e recuperação de informações avançaram nos anos 90, novos buscadores mais eficientes surgiram, como o Altavista, por exemplo. Mas o Yahoo! sempre evoluiu e se modernizou, mantendo-se na liderança ou vice-liderança do mercado por quase 15 anos. Isso não é pouco!

David Filo e Jerry Yang, os fundadores do Yahoo!, fizeram fortuna com o negócio de busca, ainda que o negócio principal do Yahoo! não fosem buscas, mas sim banners.

Apostando no modelo de site portalizado, que servia de portal de entrada no usuário para a internet, o Yahoo! reunia notícias, previsão do tempo, grupos de e-mail, serviços ao usuário, e-mail gratuito e buscas, entre N outros serviços relevantes até então.

Além do Yahoo!, a AOL era outra empresa que doninavao conceito de portal de entrada. No Brasil, muita gente vai se lembrar de receber dezenas de CD's da América Online pelo Correio. Não era o melhor modelo de negócios, mas era o mais disseminado.

Foi quando o Google iniciou sua escalada na virada no milênio que o modelo de site portalizado tão difundido na internet dos anos 90 foi questionado. Com uma interface limpa, cuja única funcionalidade era fazer uma busca, que o Google ganhou destaque. Não só por ter uma única funcionalidade, coisa que o Altavista também tinha, mas por ter resultados de busca muito mais relevantes.

Curiosamente, apesar de concorrentes, os fundadores do Yahoo! e os do Google sempre mantiveram uma amizade, ou no mínimo, uma relação de respeito e admiração mútuas. Quando o Google começou, recebeu apoio do Yahoo!

Anos depois, quando o Yahoo! enfrentou uma grande crise financeira, os fundadores do Google se ofereceram para doar uma grande quantia de dinheiro ao Yahoo!, para que a oferta da Microsoft não fosse a única alternativa para a sobreviência. Era o G. ajudando o Y!

Esta ajuda não era só gratidão, mas também uma questão de equilíbrio: se o Yahoo! fosse incorporado pela Microsoft, cedo ou tarde seria engolido e no final teríamos somente dois grandes buscadores: Bing e Google.

Se hoje o mercado já é polarizado em 3 grandes players, agora temos de fato somente 2 tecnologias: Google e Bing. O Yahoo! passa por hora a ser somente uma marca.

---
O Vice Presidente de Busca Senior de Busca do Yahoo!, Shashi Seth, divulgou uma carta comentando a troca de tecnologia. A carta é bem superficial, mas tenta esclarecer o ponto de vista do Yahoo! sobre o processo de troca.

Fonte: ITWeb

Livro eletrônico começa a mudar hábitos de leitura

Geoffrey A. Fowler e Marie C. Baca
The Wall Street Journal

Muitas pessoas que compram livros eletrônicos passam a dedicar mais tempo à leitura, mostram as primeiras pesquisas sobre o assunto, num sinal encorajador para o mercado de livros.

Num estudo com 1.200 donos de leitores de livros eletrônicos nos Estados Unidos, realizado pela Marketing and Research Resources Inc., 40% disseram que passaram a ler mais do que com livros impressos. E 55% dos entrevistados pelo estudo, realizado em maio e financiado pela Sony Corp., que fabrica aparelhos do tipo, acharam que vão usar o aparelho para ler ainda mais livros futuramente. O estudo analisou donos de três aparelhos: o Kindle, da Amazon Inc., o iPad, da Apple Inc., e o Sony Reader.

Joe Schram for The Wall Street Journal
iPad de Apple Inc.

Embora os leitores eletrônicos ainda sejam um produto de nicho que só começou a se espalhar para além dos primeiros usuários, essa nova experiência é uma grande mudança de direção nos hábitos de leitura, pelo menos nos EUA. Um estudo do Fundo Nacional de Artes em 2007 causou polêmica quando sugeriu que os americanos estavam passando cada vez menos tempo lendo. Quase metade dos americanos de 18 a 24 anos não lê por prazer, afirmou o estudo.

Cerca de 11 milhões de americanos terão pelo menos um leitor de livro eletrônico até o fim de setembro, calcula a Forrester Research. As vendas de livros eletrônicos nos EUA cresceram 183% no primeiro semestre do ano ante o mesmo período de 2009, segundo a Associação de Editores Americanos.

Pelo menos entre os primeiros a adotá-los, os livros eletrônicos não estão apenas substituindo os antigos hábitos de leitura, mas complementando-os. A Amazon, a varejista on-line que é a maior vendedora de livros eletrônicos, afirma que seus clientes, após comprar um Kindle, adquirem 3,3 vezes mais livros dela — um número que acelerou no último ano à medida que o preço do aparelho baixava.

Ainda é muito cedo para saber se o aumento do índice de leitura vai se sustentar depois que a novidade passar e os aparelhos se tornarem mais disseminados. Mas nas casas, nas salas de espera dos médicos, nas esteiras de ginástica, nos trens e ônibus, os livros eletrônicos começaram a se tornar quase tão comuns quanto os BlackBerrys.

Desde que comprou seu Kindle, ano passado, Leslie Johnson tem lido mais e em mais lugares — como num caiaque. Numa viagem recente, ela devorou um livro de ficção científica enquanto o marido pescava. "Coloquei uma capa à prova d'água", diz a engenheira de 34 anos, que mora em Albany, no Estado de Nova York.

O escritor de mistério e suspense Michael Connelly diz que deve ter uns 30 livros eletrônicos em seus Kindle, Sony Reader e iPad embora ainda leia livros impressos porque recebe muitas amostras de livros de sua editora.

"Nunca vou parar de amar o livro impresso", diz ele. Mas acrescenta: "Estou muito interessado nesse mundo. Os e-books chegaram para ficar." E complementa: "Existe a vantagem de poder carregar várias coisas. Viajo muito — acredite, eu percebo o peso."

Os primeiros livros eletrônicos apareceram nos anos 90 e não atraíram o interesse das pessoas, que tinham de ler as obras no computador ou na telinha do celular.

Jakob Nielsen, um pesquisador do Vale do Silício que estuda há mais de 20 anos como as pessoas interagem com a tecnologia, chamou recentemente 32 voluntários e lhes pediu que lessem contos de Ernest Hemingway impressos, num iPad e num Kindle. Aí Nielsen cronometrou quanto tempo demorou para eles lerem um conto em cada aparelho. Comparando com livros tradicionais, os leitores do iPad demoraram 6,2% mais e os do Kindle, 10,7%, embora a diferença entre os resultados do iPad e do Kindle não tenha sido estatisticamente significativa. Nielsen suspeita que a lentidão é causada pela tecnologia na tela dos aparelhos, cuja resolução ainda é menor que a do papel impresso.

"Os dois aparelhos lhe dão uma sensação de relaxamento, diferente do computador, que lembra a sensação do chefe vigiando você pelas costas", disse Nielsen, que comanda a firma de pesquisa Nielsen Norman Group com o ex-pesquisador da Apple Donald Norman.

Ao criar o Kindle, Jeff Bezos, diretor-presidente da Amazon, disse que pretendia desenvolver uma tecnologia que incentivasse leituras longas, em vez de pequenos trechos.

"O grande objetivo é minimizar o aparelho para que você possa entrar no mundo do autor", disse ele numa entrevista recente ao Wall Street Journal. "Seria um pesadelo para mim se esse aparelho fizesse um bip quando eu estivesse lendo."

Os livros eletrônicos também parecem estar diminuindo a diferença entre o índice de leitura de homens e o de mulheres. Um estudo publicado em março pela Book Industry Study Group Inc. descobriu que os homens consomem mais livros eletrônicos que as mulheres, por uma pequena margem — 52% contra 48% —, numa inversão do índice nos livros impressos, em que as mulheres compram mais.

Pessoas que usam e-books também dizem que 52% de seus livros eletrônicos foram edições que eles compraram, enquanto 48% eram amostras grátis ou versões de domínio público.

As bibliotecas americanas estão expandindo os serviços que permitem às pessoas "retirar" virtualmente um livro pela internet, com arquivos que travam automaticamente quando termina o prazo do empréstimo. Segundo a Associação Americana de Bibliotecas, apenas 38% delas ofereciam serviços de empréstimo de livros em 2005, mas ano passado o número cresceu para 66%.

O livro eletrônico de ficção mais solicitado é "Os Homens que Não Amavam as Mulheres", de Stieg Larsson, segundo a Overdrive, uma empresa que empresta livros digitais para mais de 11.000 bibliotecas. O mesmo acontece na Amazon, o maior site de e-books, onde Larsson também encabeça as listas de mais vendidos nesse meio.

Existem alguns aspectos da experiência com um livro impresso que os livros eletrônicos ainda não conseguiram recriar. Travas digitais nos livros eletrônicos impedem que se empreste a obra para um amigo, embora os títulos gratuitos sejam compartilhados mais rapidamente do que nunca pela internet. O Scribd.com, um site em que é possível publicar e ler livros digitais, compartilha livros e documentos 10 milhões de vezes por mês, afirma a empresa que o opera.

Números de páginas também são um problema para os livros eletrônicos, já que o número de palavras na "folha" depende do tamanho da tela e da fonte. As páginas podem ser antiquadas, mas são muito úteis para garantir que os participantes de um clube de leitura ou estudantes saibam qual página está sendo discutida. Para o leitor individual, a ausência de número nas páginas implica que não há como pular até o fim do livro. A maioria dos livros eletrônicos tenta substituir o número da página mostrando a porcentagem do livro que já foi lida.

A tecnologia trouxe um leque de funções para os livros eletrônicos que seriam impossíveis nos impressos. A escritora de livros infantis Lynley Dodd vende um título de sua série "Hairy Maclary" como um app para o iPad. O aplicativo permite que pais ou crianças gravem a si mesmos lendo o livro em voz alta, e uma função de colorir deixa as crianças pintar os desenhos originais.

Com um leitor eletrônico, dá para segurar o livro e mudar as páginas com uma mão. Alguns leitores elogiam a maneira como a fonte pode aumentar com poucos cliques — e dá para ler na cama aparelhos com iluminação própria, como o iPad, mesmo quando as luzes estiverem apagadas.

Os capítulos gratuitos de livros eletrônicos, comuns na maioria das lojas on-line, facilitam experimentar a obra.

Mas o papel tem um benefício que os eletrônicos não têm: não precisa ser desligado durante a decolagem e a aterrissagem do avião. Numa viagem recente a Seattle, Jamie McKenzie, um escritor de 64 anos de Bellingham, no Estado americano de Washington, disse que se sentiu superior quando pediram que o homem do assento ao lado desligasse seu Kindle para a decolagem. "O cara pode ter acesso a 10.000 livros, mas eu é que consegui continuar lendo.", disse ele.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Raridades na internet

Projeto de digitalização salva parte de acervo português único no Brasil

Roberta Pennafort / RIO - O Estado de S.Paulo

Roberta Pennafort / RIO - O Estado de S.Paulo
Real Gabinete Português de Leitura. Antonio Gomes da Costa, presidente da casa que se expande via web e fisicamente

Na estreita rua Luís de Camões, fica um prédio histórico que por vezes é confundido com uma igreja. Há quem se benza diante das cruzes que ornamentam sua fachada, sem perceber que a liturgia ali está ligada à literatura, e não a uma religião. Inaugurado pela Princesa Isabel, o prédio de estilo neomanuelino, em pedra lavrada, no centro do Rio, abriga o Real Gabinete Português de Leitura desde 1887, quando português se grafava com "z". Sem dúvida, vale a visita. Mas de longe também se pode conhecer uma parte especial de seu acervo, único no País.

Na página da instituição na internet ( www.realgabinete.com.br ) estão disponíveis obras raríssimas, datadas em sua maioria do século 19, devidamente digitalizadas. Curiosos e amantes de literatura e da língua portuguesa se deliciam com os manuscritos do romancista Camilo Castelo Branco de seu livro mais conhecido, Amor de Perdição (1862) e do Dicionário da Língua Tupy, de Gonçalves Dias (1858). Uma boa amostragem da correspondência pessoal de Castelo Branco também foi para a rede.

Estudiosos de áreas diversas têm acesso fácil a documentos mandados da colônia a dom João VI em 1817, cartas régias assinadas pelo Marquês de Pombal, do século anterior, textos de autoria de Padre Antonio Vieira (não se sabe se grafado por ele ou por copistas), diplomas, ofícios, decretos, aquarelas, desenhos a bico de pena, além de atas de reuniões do Real Gabinete. As homenagens, no Brasil, por ocasião do tricentenário da morte de Camões, em 1880, foram assunto de uma série de cartas,

São mais de 1.500 itens já contemplados. Com um zoom, mais do que observar a grafia e o léxico de tempos idos, é possível chegar aos detalhes de todos esses papéis, ver as ranhuras, as marcas do tempo. Foi para tentar diminuir esse impacto do passar dos anos que o projeto foi criado. "Queremos resguardar obras e manuscritos mais raros. Até meses atrás, se passasse na nossa avaliação, a pessoa poderia pegar com as próprias mãos documentos de 200 anos", conta o presidente do Real Gabinete, o economista português Antonio Gomes Costa, 59 dos 76 anos no Brasil - está na função há 18.

O trabalho ainda está em andamento: falta digitalizar, por exemplo, as Ordenações de D. Manuel, de 1521, e os Capitolos de Cortes e Leys Que Sobre Alguns Delles Fizeram, de 1539. Para tanto, será preciso dinheiro - algo difícil de se ver por lá. "Como nos mantemos? Por milagre. Não temos receita própria nem recebemos recursos de governos. Temos 5.000 associados, sendo 200 só os que pagam, e R$ 30 por mês. Tudo é com patrocínio", conta o presidente, citando associados ilustres: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, alguns membros da Academia Brasileira de Letras, gente que tem o privilégio de poder levar livros para casa. Para conseguir dar conta da digitalização, ele conseguiu 40 mil com a fundação portuguesa Calouste Gulbenkian. Na próxima visita de seu presidente, inclusive, para um lançamento, seu Antonio vai aproveitar para pedir mais verba, para a etapa seguinte do projeto.

Expansão. Presente de Portugal para o Brasil, criado em 1837, num prédio menor, o Real Gabinete não se expande só pela internet, mas também fisicamente. Seus dois prédios vizinhos foram comprados pela instituição. O da direita já está abarrotado de livros; quanto ao destino do outro, ainda há dúvidas. "Estamos estudando, pode virar um novo espaço para o leitor, com computadores para leitura de e-books", diz o antenado seu Antonio, que veio adolescente para a "terra das oportunidades".

A sede, construída de 1880 a 1887, tem 380 mil volumes de várias áreas do conhecimento. Como a nossa Biblioteca Nacional, que recebe tudo que é publicado por aqui, ao Real Gabinete é enviada uma cópia de toda a produção portuguesa. É a única instituição fora de Portugal com a prerrogativa - virou o maior acervo de livros lusitanos fora de lá.

Seu interior é tão belo que atrai diretores de novela, clipes de música, filmes. Muitos querem o Real Gabinete como locação - e são bem-vindos, já que os aluguéis ajudam na manutenção. "Durante 100, 150 anos, vivemos encolhidos aqui, sem divulgação. Acho que os portugueses tinham medo de divulgar, por recato. Agora, não mais", garante seu Antonio.

domingo, 22 de agosto de 2010

Google compra serviço de busca visual

O Google anunciou neste sábado a compra do site de pesquisa de preço e busca visual Like.com

Marco Aurélio Zanni, InfoExame

O Google anunciou a compra do site de pesquisa de preço e busca visual Like.com, segundo publicação na própria página do serviço.

Lançada em 2006, a ferramenta é baseada no Riya, um sistema de procura por reconhecimento facial. Hoje essa marca não existe mais.

A Like.com é especializada na venda de roupas. O serviço sugere uma espécie de vitrine virtual, pela qual o usuário pode escolher as peças por seu estilo. Caso selecione uma camisa laranja, por exemplo, outras opções com a mesma cor e modelos parecidos surgirão no resultado da pesquisa.
Nos últimos meses, o Google tem feito algumas experiências de pesquisa visual. Em 2009, apresentou o Similar Images e, no mês passado, revitalizou o sistema de seu buscador principal de imagens.

Segundo informações do TechCrunch, o gigante de Mountain View gastou mais de 100 milhões de dólares nessa aquisição.

sábado, 21 de agosto de 2010

EU Cultural Heritage Online - European Commission Reflection Group On Digitisation Launches Consultation

The European Commission's Reflection Group ("Comité des Sages") on digitisation launched today a consultation on how best to foster the online presence of cultural heritage. As Europe's creative and cultural sectors undergo a revolutionary transition, innovative solutions are needed to keep up with technological advances and reap their full benefits.

The Commission has asked the Reflection Group to look at how best to speed up the digitisation, online accessibility and preservation of cultural works across Europe. Contributions to this consultation will feed into the recommendations the Group will make before the end of the year (see IP/10/456). The consultation will run until 30 September 2010.

The consultation is inviting all interested parties - citizens, cultural institutions, public authorities, private companies, NGOs, academic institutions - to give their views on key issues of digitisation. These include potential sources of funding for digitisation and for developing Europeana, Europe's digital library (see MEMO/10/166). Ideas are also being sought on acceptable exploitation models for content digitised with public funding, on the conditions that could govern public-private partnerships for digitisation, on how to bring more copyrighted material online and on how to ensure cross–border access to digitised resources.

Next steps

The Reflection Group will analyse the responses to this consultation and the views raised in other fora, including a follow-up hearing scheduled to take place in Brussels on 28 October 2010.

At the end of 2010 the Group will come forward with a set of recommendations for the digitisation, online accessibility and preservation of Europe's cultural heritage in the digital age, looking in particular at the issue of public-private partnerships for digitisation in Europe.

Fonte: eGov Monitor

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

´A web está morta´, diz Wired

Para revista, uso da World Wide Web perde espaço para outros serviços na internet, como aplicativos e compartilhamento de arquivos

Célio Yano, de EXAME.com

A edição de setembro da revista norte-americana Wired está dando o que falar. O motivo é o extenso artigo de capa da publicação, assinado pelo editor-chefe Chris Anderson e pelo Michael Wolff. "A web está morta", anuncia o periódico. Mas os autores tratam de deixar clara a diferença entre web e internet, para não parecer que são adeptos das mesmas ideias do cantor Prince: "a web está morta. Vida longa à internet".

O texto explora a tendência de que o tráfego de dados na internet, ao menos nos Estados Unidos, já é muito mais ocupado por vídeos e troca de arquivos P2P do que pela World Wide Web. Esse caminho para o qual a humanidade estaria caminhando é impulsionado principalmente pelo modelo de computação móvel do iPhone, segundo Anderson. "É um mundo onde o Google não pode dominar, onde o HTML não manda", afirma. Um infográfico elaborado pela empresa Cisco a partir de dados da Cooperative Association for Internet Data Analysis (Caida) ilustra os argumentos dos jornalistas (veja abaixo).

"Embora nós amemos o ambiente aberto e sem restrições da web, estamos abandonando-o por serviços mais simples e elegantes que simplesmente funcionam", diz Anderson. Ele afirma que uma das mais importantes mudanças no mundo digital nos últimos anos foi a migração da "largamente aberta web" para plataformas semifechadas que usam a internet para transportar dados mas não o navegador para exibir. "Produtores e consumidores concordam: a web não é o ponto culminante da revolução digital", resume.

O artigo explica que esse novo paradigma reflete "o curso inevitável do capitalismo". Wolff diz que a web passou a ser controlada por poucas pessoas de mídias tradicionais, mais do que por empreendedores que pensam dentro da utopia coletivista da rede. Dados da empresa de análise Compete mostram que os 10 maiores sites detinham 31% dos pageviews dos Estados Unidos em 2001, 40% em 2006 e agora têm cerca de 71%. "O controle que a web tomou do mundo verticalmente integrado, de mídias de cima para baixo, pode, com uma pequena revisão da natureza do uso da internet, ser tomado de volta", afirma o jornalista.

A Wired ainda entrou em contato com Tim O'Reilly e John Battelle, que criaram o conceito de Web 2.0, para debater a tese da morte da web. Segundo a revista, O'Reilly concordou que a web é a fase "adolescente" da evolução da internet e que o que estamos vendo é uma mudança em direção a uma fase mais fechada nos ciclos da rede. Battelle, por outro lado, não quis entrar na discussão.

Os críticos logo apareceram para contestar as ideias da publicação. O site BoingBoing, por exemplo, classificou o gráfico utilizado no artigo como "suspeito" por não levar em consideração o crescimento no tráfego total da internet ao longo do tempo. "Na verdade, entre 1995 e 2006, o total de dados que circularam na web passou de 10 terabytes por mês para 1 milhão de terabytes (ou 1 exabyte)", escreve Rob Beschizza no site. Com um novo gráfico, Beschizza tenta mostrar que a proporção de tráfego na web de fato caiu em relação ao total, mas que, em termos absolutos, houve crescimento na circulação de dados pela mesma plataforma.

O assunto está aberto para discussão no site da Wired. Até a tarde desta quarta-feira (18), já havia mais de 100 comentários de leitores distribuídos entre as diversas matérias que tratam do tema.

Posters antigos: 2ª Guerra Mundial

Iniciativa da The Public Library of Cincinnati and Hamilton County

Visitem

Livro sobre o Google pode ser adaptado para as telas de cinema

Filme mostrará a jornada de Sergey Brin e Larry Page.


Diego Benevides
cinemacomrapadura.com.br

O Deadline New York divulgou que o Google pode ser a próxima ferramenta da internet a ter sua história contada nas telonas. Com a expectativa em torno de “A Rede Social”, que aborda a criação do site de relacionamento Facebook, a Groundswell Productions tratou de adquirir os direitos da obra “The End of the World as We Know It”, de Ken Auletta.

O livro mostra como Sergey Brin e Larry Page, fundadores do Google, se tornaram homens poderosos e influentes após a criação da ferramenta de busca mais utilizada da internet. O produtor John Morris está atrelado à produção do longa-metragem, que ainda não tem novas informações divulgadas, como início da produção ou previsão de estreia.

Brin e Page criaram a Google Inc., empresa desenvolvedora de serviços online, sediada na Califórnia, Estados Unidos. Em 1996, a dupla desenvolveu, como projeto de doutorado da Universidade de Stanford, um projeto que pudesse superar suas frustrações com outros buscadores disponibilizados na web. Então eles criaram o Google Search, que se tornou o mais utilizado da rede.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Site do governo brasileiro tem obras de Machado de Assis e Shakespeare

Domínio Público traz também artigos científicos

Claudia Tozetto, iG São Paulo

O governo brasileiro mantém uma biblioteca virtual com conteúdo de domínio público em texto, áudio, vídeo e foto. Para se certificar que um conteúdo disponível na internet é legal, Dalízio Barros, consultor jurídico da Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR), recomenda que as pessoas consultem o acervo do site.

Entre os livros disponíveis para download no site Domínio Público estão a coleção completa de livros de Machado de Assis; “A divina comédia”, de Dante Alighieri; “Sonho de uma noite de verão”, de William Shakespeare; e “A metamorfose”, de Franz Kafka. A maior parte dos livros está no formato PDF.



"A divina comédia" é o livro mais baixado

Além de livros, o usuário encontra artigos, teses e dissertações registradas por pesquisadores brasileiros por meio do sistema da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Outra opção para encontrar livros grátis é o site do Projeto Gutenberg, mantido por voluntários do mundo todo. A maioria deles está disponível em diversos formatos, incluindo ePub, HTML, PDF e Mobi. O contingente de livros em português é pequeno, mas há muitas obras renomadas em inglês, como “Orgulho e Preconceito”, de Jane Austen; “Ulisses”, de James Joyce; “Moby Dick”, de Herman Melville; e “Drácula”, de Bram Stoker.

Curso de Revisão e atualização sobre o Portal Web of Knowledge


Curso de Revisão e atualização sobre o Portal Web of Knowledge e suas bases de dados Web of Science, Derwent Innovation Index, Journal Citation Reports e o gestor bibliográfico Endnot Web, com a palestrante Mirta Guglielmoni da Thomson-Reuters-ISI.

Público alvo: Graduação, pós-graduação, coordenadores de pós-graduação e bibliotecários

Realização: Biblioteca Central da Unifesp/EPM – Campus São Paulo – Vila Clementino, convida a todos para o evento sobre

Data do evento: dia 27 de agosto (sexta-feira) de 2010
Período de inscrição: 19 a 25/08/2010 ou até encerrarem as inscrições
Horário das 9 às 12h
Local: Anfiteatro Lemos Torres
Rua Botucatu, 740 (atrás do Banco do Brasil)

Inscrição gratuita.

Acesse o link http://proex.epm.br/eventos10/biblio_web/index.htm

Haverá certificado.
Fonte: Rosely de Fátima Pellizzon / Coordenadora do Evento

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Novo mapa interativo traz perfil de grandes barragens planejadas para a bacia amazônica

International Rivers, Fundación Proteger, ECOA

A construção desenfreada de barragens teria efeitos devastadores para ecossistemas e povos da Amazônia

Um banco de dados online e interativo lançado hoje ilustra o impacto de mais de 140 grandes barragens em vários estágios de planejamento na Bacia Amazônica. Este recurso exclusivo, disponível em www.dams-info.org , usa fontes oficiais de informação para documentar o número chocante de barragens planejadas no Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador e Peru, e descreve a devastação que estes projetos trariam para o rio Amazonas e seus povos.

A Amazônia possui um papel fundamental na regulação do clima mundial e se caracteriza como uma região de extraordinária biodiversidade. A maior e provavelmente a mais importante bacia hidrográfica do mundo, a Amazônica, contém 60% das florestas tropicais remanescentes no planeta. No entanto, os mais de 140 projetos de barragens descritos no banco de dados ameaçam de forma irreparável a integridade biológica da Amazônia e a vida das populações locais, cuja subsistência depende da preservação dos ecossistemas ribeirinhos.

Disponível em inglês, espanhol e português, a base de dados “Barragens na Amazônia” apresenta informações técnicas e econômicas das diversas represas existentes, planejadas e parcialmente construídas. Apenas na Amazônia brasileira, estão sendo planejadas mais de 60 barragens. Contudo, países vizinhos como Peru, Bolívia e Colômbia também possuem projetos de grande escala na região.

"É surpreendente ver os planos que governos e grandes empreiteiras têm para a bacia mais importante do mundo. Se todos esses projetos forem concretizados, serão uma enorme catástrofe para ecossistemas amazônicos e os meios de vida de centenas de milhares de indígenas e ribeirinhos que dependem do rio para sua sobrevivência", disse Brent Millikan, diretor do Programa da Amazônia da International Rivers.

"Para a próxima fase deste projeto, esperamos incorporar outras fontes úteis de informação, tais como mapas das áreas indígenas, das unidades de conservação ambiental e das linhas de transmissão de energia, a fim de mostrar quantos projetos de barragens irão impactar diretamente essas áreas sensíveis de proteção ", disse Millikan.

"Esperamos que a informação contida nesse recurso online seja de grande interesse para governos, pesquisadores, educadores e organizações não-governamentais. O desenvolvimento do banco de dados foi um desafio técnico por envolver a participação de especialistas de sete países, incluindo Argentina, Brasil, Bolívia, Peru e Estados Unidos ", explicou Federico González Brizzio, coordenador de comunicação da Fundação PROTEGER e responsável pela elaboração e implementação da plataforma.

"A maior parte das informações foram compiladas a partir de fontes oficiais e de empresas envolvidas nos projetos e esses dados foram cruzado com informações fornecidas por pesquisadores e organizações da sociedade civil. Quando houve divergência de informações, esta foi devidamente identificada com referência às diferentes fontes consultadas, facilitando a utilização do site por pessoas interessadas em obter informações detalhadas e confiáveis ", disse Brizzio.

O site foi desenvolvido pela Fundação Proteger, da Argentina e pela International Rivers, dos Estados Unidos, contando com o apoio financeiro da ECOA, Brasil.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Artigos na internet

Um em cada cinco artigos científicos publicados em 2008 está disponível de graça na internet, de acordo com um levantamento de pesquisadores da Escola de Economia Hanken, em Helsinque.

O grupo analisou 1.837 artigos escolhidos aleatoriamente entre o 1,2 milhão disponível na base de dados Scopus. Do total, 8,5% estavam disponíveis nos sites das publicações – ou elas eram revistas de acesso aberto ou cobravam dos autores para oferecer os artigos gratuitamente. E outro quinhão, de 11,9% da amostra, foi encontrado nos sites dos autores ou em repositórios acadêmicos. Entre as disciplinas, as ciências da Terra foram as que tiveram mais artigos disponíveis, com 33% do total.

Trabalhos de pesquisadores da América Latina e da Índia são mais facilmente encontrados de graça na internet. “É que existem mais plataformas de acesso aberto nesses países”, disse Bo-Christer Björk, autor da pesquisa, à agência SciDev.Net.

Fonte: Revista Fapesp Online

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Venezuela e Cuba desenvolvem biblioteca universitária virtual


Especialistas de Venezuela y Cuba desarrollan en esta capital una biblioteca virtual que garantizará a estudiantes, profesores e investigadores universitarios amplia información científica y opciones de intercambio de conocimientos, señaló hoy la gerente del proyecto, Beatriz Tancredi.

Bajo el nombre de Biblioteca Digital Alma Mater, la iniciativa busca integrar en un solo ambiente virtual información científica, recursos electrónicos y textos nacionales y extranjeros que garanticen la calidad del proceso docente en el nivel superior, precisó en declaraciones a Prensa Latina.

De acuerdo con la funcionaria venezolana, también prevé espacios para interacciones encaminadas a crear redes sociales de apoyo a la investigación, el aprendizaje y la difusión de la producción intelectual.

Estamos a punto de ejecutar la prueba piloto del proyecto, el cual es una muestra más de la alianza entre nuestros países con la mira puesta en la educación y el desarrollo humano, apuntó.

Según Tancredi, la biblioteca virtual ya cuenta con las pantallas que reflejan las diferentes secciones, así como los equipos (hardware) y programas (software) necesarios para materializarla.

No podemos dejar de resaltar el carácter incluyente de la iniciativa, porque además de sus dos millones de usuarios nacionalmente estimados, estará al alcance de discapacitados, indígenas y poblaciones fronterizas, personas en otra época marginadas, destacó.

La gerente del proyecto aseveró a Prensa Latina que la Biblioteca Digital Alma Mater es el resultado de un diagnóstico en torno a las dificultades y necesidades de la formación universitaria y la investigación en ese sector.

Gracias a las pesquisas previas, logramos identificar y adquirir a una empresa rusa moderno equipamiento (servidores, por ejemplo) con la transferencia tecnológica requerida, dijo.

Tancredi explicó que aunque el programa fue concebido para Venezuela con el apoyo de profesionales de la Universidad de las Ciencias Informáticas de La Habana, en un futuro podrá extenderse a otros países de la región.

Se trata de impulsar la soberanía tecnológica en el marco de la Alianza Bolivariana para los Pueblos de Nuestra América, bloque integrado por Antigua y Barbuda, Bolivia, Cuba, Dominica, Ecuador, Nicaragua, San Vicente y las Granadinas y Venezuela, subrayó.

Título original do artigo: Desarrollan Venezuela y Cuba biblioteca virtual para universitarios

Fonte: Prensa Latina

Folclore: projeto de digitalização

IU Libraries, American Folklore Society partner for Open Folklore digitization project

An innovative and mutually beneficial partnership between Indiana University Libraries and the American Folklore Society (AFS) will liberate much of the world's previously inaccessible folklore materials.

The multifaceted project, titled Open Folklore, combines digitization and digital preservation of data, publications, educational materials and scholarship in folklore. Because much of the material is copyright restricted, IU librarians will work with rights holders to make books and journals that have already been digitized -- often through Google Books and the HathiTrust Digital Library -- freely available to the public.

"Open Folklore provides us with the perfect opportunity to explore new tools that support research libraries' historically rich mission -- to provide persistent access to resources that support the creation of new knowledge -- with our partners that include scholars, scholarly societies, and publishers," said Brenda Johnson, Ruth Lilly Dean of University Libraries.

In its initial phase, the partners will construct a prototype Web site to collect feedback from the folklore community to help shape its growth and development. The prototype will be launched at the annual AFS meeting in October.

The project includes:

- Supporting the publication of new and existing journals in folklore with an open access publishing platform
- Digitizing educational material and previously unpublished literature
- Preserving "born digital" resources and publications
- Selecting and digitally archiving Web sites of public and academic folklore programs (with permission)
- This effort will provide future access to historic Internet documents of scholarly and disciplinary relevance. In addition, an online search tool will enhance discoverability of relevant, reliable resources for folklore studies.

"Generations of librarians at Indiana University have worked to build a priceless research collection for our field," said Jason Jackson, IU associate professor of folklore. "Now, the IU Bloomington Libraries are endeavoring with the AFS to freely share this collection and many other folklore resources with the wider world. These efforts will make scholarship in folklore studies more accessible and will help us to better achieve our field's shared ethical goal of being engaged with, and responsible to, the communities that we serve and in which we study."

According to AFS President Kurt Dewhurst, the initiative will provide increased access and use of the published work of folklorists and scholars from related fields. "We are grateful to our partners, especially the IU Bloomington Libraries, for this important investment in the field of folklore."

For more information, visit openfolklore.org, or contact Tim Lloyd ( lloyd.100@osu.edu ) or Moira Smith (molsmith@indiana.edu).

Título original: IU Libraries, American Folklore Society partner for Open Folklore digitization project

Fonte: IU News Room

sábado, 14 de agosto de 2010

China anuncia criação de seu próprio site de buscas

O Governo chinês anunciou que desenvolverá seu próprio site de buscas, iniciativa que representa uma nova etapa nas relações entre a China e o Google, que após meses de discórdia renovou, em julho, sua licença para operar no país.

A agência oficial de notícias "Xinhua" e a China Mobile Communications, a operadora de telecomunicações líder em número de usuários, assinaram um acordo para conduzir o projeto, informou a própria agência.

Segundo o vice-presidente da "Xinhua", Zhou Xisheng, a empresa criará o buscador "sob o nome de Search Engine New Media International Communications".

Zhou disse que a companhia "também trabalhará no desenvolvimento de negócios nos setores de internet, meios impressos e publicidade".

De acordo com o presidente da "Xinhua", o projeto é um esforço da China para proteger sua segurança na informática e impulsionar um desenvolvimento ordenado dos novos meios de comunicação.

Zhou não deixou de lembrar que "os buscadores desempenham um papel cada dia mais importante na difusão da informação e seu impacto na opinião pública".

Sha Yuejia, vice-presidente da China Mobile, declarou que "a nova empresa aproveitará as vantagens das duas partes para oferecer produtos e serviços atrativos e competitivos".

Por enquanto, nenhuma das duas partes quis dar detalhes sobre quando a companhia começará a funcionar e quanto capital será investido.

No final de junho, a China contava 420 milhões de internautas, o maior contingente de usuários no mundo, graças ao aumento de conexões por meio de telefones celulares.

A China superou os Estados Unidos como maior mercado da internet do mundo em fevereiro de 2008, quando chegou a 221 milhões de internautas.

Fonte: EFE

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Wikipédia, uma utopia mundial?

Quais as três forças ou vetores que mais transformam nosso futuro? Fiz essa pergunta ao cientista brasileiro Jean Paul Jacob, consultor e pesquisador emérito da IBM e da Universidade de Berkeley. Sua resposta foi a mais objetiva e direta: “Se tivéssemos que caracterizar o futuro em uma única palavra, essa palavra seria Colaboração. Em duas palavras, elas seriam Colaboração e Serviços. Em três palavras, elas seriam Colaboração, Serviços e Inovação.”

Confrontei depois essa visão com a de Don Tapscott e Anthony D. Williams, em seu livro Wikinomics – Como a colaboração em massa pode mudar o seu negócio (Nova Fronteira, Rio, 2007) – obra que recomendo a quem queira debater esse tema da colaboração, como grande tendência de nosso tempo. Entre os exemplos principais discutidos por Tapscott e Williams, estão a Wikipédia, Linux, YouTube, Second Life, MySpace, Flickr, InnoCentive e o Projeto Genoma Humano. Não vou fazer a resenha do livro, mas apenas recomendá-lo, já que meu tema é o mesmo de que trato aqui, mas sob o ângulo predominante de um projeto apaixonante, que é a Wikipédia.

Um dos projetos que está renascendo é o Esperanto, língua universal, lançada em 1887 pelo professor polonês Lázaro Zamenhof e que pretende tornar-se a segunda língua de cada povo. É falada por dois milhões de idealistas ( www.esperanto.org ) em todo o mundo. Com a web, essa língua internacional talvez ganhe nova força. Digo isso até como um desejo pessoal, pois minha mãe era uma esperantista apaixonada. Lembro-me de quando ela descobria outra pessoa que também era iniciada nessa língua utópica, ela começava dizendo: Mi parolas Esperanto!

O Linux, sistema operacional aberto e livre, é outra utopia que desafia os céticos (www.linux.org). Criado em 1991 por Linus Torvald, jovem finlandês, tornou-se excelente ferramenta didática para a educação, embora, até hoje não faça milagres nem inclua digitalmente milhões de pessoas como sonhavam alguns de seus apaixonados sacerdotes. Mas o simples fato de ser um sistema Unix-like, de grande estabilidade e confiabilidade, lhe garante um grande futuro. A terceira quase-utopia que emerge com grande força em todo o mundo é a Wikipédia, enciclopédia virtual, online, fundada em 2001 por Larry Sanger, professor-convidado de filosofia da Universidade do Estado de Ohio e Jimmy Wales, empreendedor na internet. Esse projeto de difusão internacional do conhecimento está aberto à colaboração e ao acesso de qualquer ser humano ( http//en.wikipedia.org ).

Evolução de um sonho

Publiquei meu primeiro artigo sobre a Wikipédia em novembro de 2004, quando esse projeto tinha pouco mais de três anos, pois seu lançamento ocorreu no dia 15 de janeiro de 2001. Os pesquisadores mais rigorosos me corrigirão e dirão que o momento do nascimento da Wikipédia foi exatamente às 21:08 (hora de Greenwich) do dia 16 de janeiro de 2001, quando o primeiro usuário fez, espontaneamente, a primeira consulta à enciclopédia virtual colaborativa. É provável que outros internautas terão outros critérios para me corrigir e espinafrar.

Esse é o lado mais emocionante da internet. Considero a Wikipédia um projeto admirável. Ele se insere nesse mundo de projetos colaborativos nascidos com a internet. Muitos deles buscam a paz, o entedimento, a melhoria do mundo, a democratização da cultura. São sonhos quase utópicos. Alguns estão dando certo. Parece milagre, mas a Wikipédia existe, funciona e é um sucesso – pelo menos até aqui, com 9 anos e meio – numa velocidade maior do que a língua universal do Esperanto e do software aberto.

Você já imaginou o que significa um site que permite ao usuário não apenas consultar, acessar todas as seções, mas, também, poder escrever artigos sobre qualquer tema, ampliá-los, completá-los, corrigi-los, editá-los, opinar, discordar e participar de discussões sobre tudo, no mais alto nível? Pois assim tem sido. Não há trote, nem baixaria. A Wikipédia é apresentada mundialmente em 220 idiomas, ou seja, em praticamente todas as línguas do mundo.

O melhor de tudo é que o site em português já tem quase 600 mil artigos ( http//pt.wikipedia.org ) – ou seja, dez vezes mais do que as maiores enciclopédias em nossa língua. Como não poderia deixar de ser, a Wikipédia em inglês é a campeã em número de artigos: mais de 3.370.000. Em sequência, vêm as edições em alemão (1,2 milhão), em francês (980 mil), polonês (719 mil), italiano (713 mil), japonês (694 mil), espanhol (629 mil), holandês (619 mil), português (597 mil) e russo (519 mil.

Que é wiki?

Mas que é wiki? No jargão criado para essa enciclopédia virtual, wiki é uma coleção de páginas da web conectadas entre si e abertas à visitação e à modificação (ou edição) por qualquer pessoa a qualquer momento. O conceito de wiki e o programa foram inventados por Ward Cunningham. Wiki vem da palavra havaiana wiki-wiki (que significa rápido, veloz) e que foi adotado nesta década como método eficiente para a edição colaborativa de documentos.

Diversas pessoas podem ser consideradas precursoras da ideia de usar máquinas ou sistemas automáticos, muito além da imprensa escrita, para construir uma enciclopédia de maior utilidade. Um dessas pessoas foi o livreiro Charles Ammi Cutter, em seu artigo The Buffalo Public Library in 1983 (publicado no Library Journal, em 1883). Outros precursores foram Paul Otlet, em seu livro Traité de documentation (1934); bem como H. G. Wells, no livro de ensaios World Brain (1938); ou um dos precursores da própria internet, Vannevar Bush, que propunha um sistema mundial de consultas baseado em microfilmes, que tinha o nome de Memex; e, por fim, o Projeto Xanadu, de Ted Nelson.

Seis de agosto na história

Em matéria de curiosidade e diversidade, nunca vi nada igual à Wikipédia. Escrevi este artigo na sexta-feira, 6 de agosto. A edição em português, traz nesta data um artigo especial sobre a Federação Internacional de Ginástica, na abertura de sua página principal, além de uma lista de eventos recentes, como um jornal mundial, que inclui a abolição das touradas na Catalunha, a queda de um avião nas proximidades de Islamabad, no Paquistão, e a vitória da seleção brasileira de voleibol, já na madrugada do sábado, sagrando-se eneacampeã mundial da Liga Mundial de Voleibol de 2010.

Na edição em inglês, o artigo de abertura é sobre a ópera Tosca, de Puccini. E, entre os fatos recentes, registra o novo período de atividades da coroa solar, com ejeção de massas que causamauroras boreais e austrais. A edição em francês traz dois artigos de abertura, um sobre um jogador de rugby franco-alemão, campeão francês de 1944, falecido em 1994, totalmente desconhecido de nós, brasileiros. Outro artigo sobre a República de Marquetália, uma zona autônoma, na Colômbia, uma espécie de refúgio de camponeses e de pessoas que fogem da violência da guerrillha das FARCs.

A edição em italiano traz três artigos de abertura, sendo dois sobre grandes cidades do mundo – São Francisco e Marselha – e artigo sobe o mais alto edifício de Nova York, o Empire State Building. Por que se chama Empire State? Porque esse é o apelido do Estado de Nova York (Estado Império).

Entre as efemérides registradas por diversas edições, do português ao esperanto, uma montanha de fatos interessantes, os 65 anos da primeira bomba atômica lançada sobre um país, em 6 de agosto de 1945, em Hiroxima, matando imediatamente mais de 70 mil pessoas. Eram exatamente 8h15 da manhã, quando o avião (uma fortaleza voadora B-29) Enola Gay lançou a bomba apelidada de Little Boy sobre a cidade japonesa.

Entre outras efemérides, selecionei as seguintes comemoradas no dia 6 de agosto.

* Neste dia em 1926, o famoso mágico Harry Houdini faz sua maior proeza, passando 91 minutos debaixo d’água, num tanque hermeticamente selado, antes de escapar.

* Em 1960, Cuba decide nacionalizar as propriedades norte- americanas no país, em resposta ao embargo decretado pelos EUA.

* Em 1962, a Jamaica torna-se independente.

* Em 1964, Prometheus, um velho pinheiro (Pinus longevae), com pelo menos 4.862 anos de idade, foi cortado por um estudante de pós-graduação e por funcionários do US Fores Service, para “fins de pesquisa e estudos científicos”.

* Em 1991, o físico inglês Tim Berners-Lee divulga os arquivos que descrevem sua ideia sobre a World Wide Web (www), o que significa uma espécie de pré-estreia mundial da internet como a conhecemos hoje.

* Entre as figuras famosas nascidas em 6 de agosto, estão: o poeta inglês Alfred Lord Tennyson (1844).

* Alexandre Fleming, cientista escocês, Prêmio Nobel de Medicina de 1945, descobridor da penicilina, nascido em 1881;

* Baden Powel de Aquino, o nosso violinista famoso, em 1937.

Neste 6 de agosto, o Brasil comemora o centenário de nascimento do compositor de sambas Adoniram Barbosa, nome artístico de João Rubinato.

Mas há muitas outras efemérides que se comemoram em 6 de agosto e que as diversas edições da Wikipédia registram, entre as quais a fundação de Pirassununga (1823); a independência da Bolívia (1825); a inauguração da Ponte Salazar (hoje Ponte 25 de Abril) sobre o Rio Tejo, em Lisboa (1966); o corredor Joaquim Cruz ganha a medalha de ouro nos 800 metros nos Jogos Olímpicos de Los Ângeles (1984); morte de Jorge Amado (2001); morte de Roberto Marinho, aos 98 anos (2003).

Se você ainda não conhece a Wikipédia, comece a acessá-la pelo endereço www.wikipedia.org e, daí para frente, nas diversas línguas que preferir.

Bom passeio cultural.

por Ethevaldo Siqueira

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Recortes de jornais da Biblioteca do Senado serão digitalizados

Um acervo de três milhões de recortes de jornais sobre os mais variados assuntos - aproximadamente cinco mil temas -, coletados pela Biblioteca do Senado desde 1974, sairá das estantes deslizantes, climatizadas e com sistema de segurança, onde estão armazenados, para entrar no espaço virtual da internet, por meio da digitalização. Com isso, uma enorme gama de informações estará à disposição de toda a população brasileira e também de interessados em todo o mundo.

O processo de digitalização será realizado pela Secretaria Especial de Editoração e Publicações (Gráfica do Senado) que, com esse trabalho, inicia uma nova modalidade de prestação de serviço.
A conclusão da primeira etapa está prevista para o final deste ano. São cerca de 160 mil recortes de jornais sobre eleição, partido político e legislação eleitoral. Quando o trabalho de digitalização estiver concluído, os interessados poderão ter acesso ao texto completo da notícia, com a recuperação podendo ser feita por autor, título, nome do jornal, data e assuntos, no site da Biblioteca Digital do Senado, pelo endereço http://www2.senado.gov.br/bdsf/

- É um projeto importante para a memória brasileira, possibilitando o acesso ao nosso patrimônio histórico sobre ciências políticas e sociais em língua portuguesa. Vai representar uma mudança absoluta na democratização do acesso à informação - afirma a diretora da biblioteca, Simone Bastos Viera.

Edição completa

Além de guardar os recortes de jornais classificados por temas, a Biblioteca do Senado mantém, em arquivos, a edição completa do jornal em papel, trabalho que teve início em 1985 e já conta com mais de 60 mil exemplares. Em microfilmes, há exemplares de alguns jornais mais antigos. Há preciosidades nesses espaços, como a coleção do Correio Braziliense de 1808 a 1974.

Atualmente, nove jornais de circulação nacional são arquivados diariamente, em sua versão completa: O Globo, O Dia, Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Jornal da Tarde, Correio Braziliense, Jornal de Brasília e Valor Econômico. Dessas mesmas publicações, são feitos os recortes guardados em papel. Mesmo com o processo de digitalização desse material, a versão integral dos periódicos continuará sendo arquivada.

Pesquisas

Cerca de mil e quinhentas consultas são feitas anualmente ao material microfilmado. O usuário conta com uma sala na biblioteca para realizar sua pesquisa em máquinas apropriadas para a leitura, podendo gravar os arquivos de seu interesse em CDs ou pendrives.

Já as consultas aos recortes de jornais são estimadas em 34 mil a cada ano, por item solicitado. Enquanto todo o acervo de recortes não estiver digitalizado, o usuário poderá continuar realizando pesquisas na Biblioteca do Senado, em Brasília. É cobrado apenas o valor de R$ 0,30 pela cópia de cada recorte solicitado.

Constituinte
Em 1987, a Biblioteca iniciou um processo pioneiro de digitalização de recortes de jornais sobre a cobertura da Assembleia Constituinte. O banco de dados sobre esse assunto conta atualmente com cerca de 34 mil textos digitalizados e acessíveis aos usuários em qualquer terminal de computador.

A Biblioteca também deu início, em 2004, à clipagem eletrônica de alguns jornais, reunindo, em um banco de notícias, o material que as empresas jornalísticas disponibilizam diariamente na internet. Esse banco já conta com quase 132 mil notícias, que podem ser recuperadas por título, autor, assunto e data. Paralelamente a esse trabalho, o recorte dos jornais continua sendo realizado para as notícias que não são encontradas na internet.

Denise Costa / Agência Senado

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Leitura aos bits

Por Carla Peralva

O livro digital é como o gás encanado. O produto é idêntico ao que chega pelo botijão – mas você só precisa abrir o registro para usá-lo. A comparação é de Zeca Fonseca, autor que publicou eletronicamente seu primeiro livro, O Adorador, e só depois recorreu ao papel para divulgar sua obra. Para ele, os e-books vieram para difundir todo o conhecimento criado pelas pessoas, mas de forma mais rápida.

Mike Shatzkin, fundador e CEO da The Idea Logical Company, que presta serviços de consultoria sobre toda a cadeia produtiva do livro, acredita em uma mudança de hábitos dos leitores e prevê que os livros digitais superarão em poucas décadas, em quantidade e em preferência, seus primos impressos. Ele falará sobre o futuro do livro amanhã, no Fórum Internacional do Livro Digital, evento a ser apresentado nos dois dias anteriores ao início da Bienal do Livro de São Paulo (que acontece entre os dias 12 e 22 no Anhembi).

Só nos EUA, o mercado editorial eletrônico mais que duplica a cada ano. A Amazon, por exemplo, já experimenta os efeitos dessa migração: em um ano, a venda dos mais de 630 mil títulos de e-books representaram um crescimento de 200%, superando a de livros de papel.

Pessimistas preveem o fim das editoras, mas a maioria dos especialistas acha que esse é o momento certo para elas se reinventarem. O americano Mark Coker aposta em um modelo de publicação digital baseado na autonomia dos autores e na interatividade entre leitores. Em 2009, criou a plataforma Smashwords, que hoje já conta com mais de 6.500 autores profissionais e centenas de independentes.

Funciona assim: o autor formata seu livro de acordo com um manual disponível no site e sobe o arquivo de Word no Smashwords. O site converte-o para o formato certo dos livros digitais e disponibiliza nas maiores lojas de e-books, como Kindle Store, iBooks, Sony Reader Store e Barnes & Noble. Quem determina o preço é o próprio autor, que fica com 85% da receita gerada pelas vendas (menos as taxas cobradas pelo serviço de pagamento online), contra o máximo de 25% pagos pelas grandes editoras americanas.

Esse é um modelo em que autores independentes têm mais facilidade para lançar seus livros no mercado, sem que precisem passar pelo crivo das editoras. Coker diz que não considera justo um editor julgar a obra de alguém e decidir quanto ela vale levando em conta seu potencial de venda. Para ele, o autor deve ter o direito de decidir como seu livro será oferecido aos leitores. “Todos têm o direito de publicar um livro, de fazer parte da literatura”, diz.

O risco da pirataria é superestimado, segundo Coker. Sim, no ambiente digital é mais fácil copiar livros e deixar de pagar direitos autorais. Mas o criador do Smashwords crê que os leitores estão dispostos a pagar para ler eletronicamente e que travar um arquivo – como faz a maioria das revendedoras de e-books, com o DRM – é tratar o leitor como um criminoso.

Ao contrário dos usuários exclusivos de computadores, que estão habituados a adquirir conteúdo gratuitamente, quem usa smartphones e e-readers já está acostumado a pagar pequenas quantias por aplicativos, por exemplo. Pensando nisso, distribuidores de e-books focam prioritariamente na leitura em tablets para rentabilizar seus negócios. Os irmãos Luciana e Duda Ernanny começaram a Gato Sabido, primeira e-bookstore brasileira com o propósito de vender de tudo: de best-sellers a edições que não são mais encontradas em papel e obras inéditas de autores independentes. Para incentivar a compra de livros digitais, que ainda engatinha no Brasil, importam e comercializam o Cool-er, leitor digital que usa a tecnologia de tinta eletrônica, similar a do Kindle.

O Smashwords pretende chegar em breve ao Brasil. Com uma parceria fechada com a editora Singular Digital, todo o conteúdo lá disponível será vendido nos canais brasileiros, e as obras de autores nacionais serão comercializadas nas lojas estrangeiras que abastecem os e-readers de todo o mundo. Até o fim do ano, diz Newton Neto, diretor-executivo da Singular, o Smashwords deve ser trazido completamente traduzido para o País.

Outra aposta da Singular é o livro sob demanda, que permite a impressão rentável de pequenas tiragens. Esse modelo provou ser bem sucedido com a Amazon, que já tem mais de 85% de seus livros vendidos dessa forma. Para Neto, grandes tiragens não fazem mais sentido para a maioria dos livros, pois geram um gasto desnecessário de impressão e armazenamento – além do risco de encalhe. Além disso, dificultam que os leitores encontrem essas obras quando suas edições estão esgotadas, mas ainda não há demanda suficiente para que se imprima outra. Segundo ele, a expansão do mercado de livros digitais nos Estados Unidos foi precedida, do ponto de vista das editoras, pelo modelo de impressão sob demanda, que tornou a experiência de compra mais proveitosa para o leitor e capitalizou os arquivos digitalizados das obras.

As opções




(clique na imagem para ampliá-las)

A Bookfuturist Manifesto


The first thing to understand about bookfuturism is that "book" modifies "futurism" as much as the other way around. So bookfuturists aren't just people promoting the future of the book; they're also a different kind of futurist, the way a cubo-futurist painting like Duchamp's "Nude Descending A Staircase" is different, or Afro-futurism was/is different from typically white science-fiction culture.

A futurist (in Marinetti's original sense) wants to burn down libraries. A bookfuturist wants to put video games in them. A bookfuturist, in other words, isn't someone who purely embraces the new and consigns the old to the rubbish heap. She's always looking for things that blend her appreciation of the two.


I started using the words "bookfuturist" and "bookfuturism" because of Joanne McNeil's name for her Twitter list of wordly nerds who like to think about books and new media: "bookfuturism." I was one of the people she put on the list, and as soon as I saw the name, I wrote, "I want to write a bookfuturist manifesto!"

Before that, there was Bob Stein's Institute for the Future of the Book, and Chris Meade, the co-director of the institute, had a blog called "Bookfutures." In other words, there have been people both inside and outside of universities and publishing houses and tech companies who really cared about books and technology, knew a lot about the history of media, and were interested in serious thinking about the future of reading.

A bookfuturist manifesto could never really be like an avant-garde or political manifesto, partly because the whole idea of bookfuturism is to critically unravel these contradictions, rather than stake out definite positions that we'd cling to no matter what. For instance, when Amazon's Kindle first came out, I was completely of the mind that these text-only files cheaply mocked the experience of reading a book without actually including all its rich physicality, or trying to create a new, specifically digital experience. Now, as the whole industry's moved towards multimedia tablets and touch interfaces, I find myself thinking, "you know, maybe just focusing on text, and making that experience as useful and enjoyable as possible, is a really good idea. Text and textual interfaces are incredibly resilient and powerful. Bring back the command line!"

Bookfuturism turns out to be not just about books as such, but a kind of aesthetic and culture of reading, literacy, history, in connection with (only rarely in opposition to) other kinds of media culture. And reading here would also obviously include newspapers and magazines, and even things like maps and advertisements and data visualizations, plus whatever's displayed on the different screens most of us look at all day at home or work. What does it mean to live in this hyperliterate world? How do we make sense of it? There I think we need to actually articulate something like Jason Kottke's motto: "Liberal Arts 2.0."

The other way you can describe bookfuturism is by distinguishing it from what it's not. The bookfuturist is profoundly different from the two people he might otherwise easily be mistaken for at first glance - the technofuturist and the bookservative. These positions are easier to recognize, because most of our public discussions of new technology takes place as an argument between these two camps. And it's heating up now, because for a long time, even though people like CP Snow talked about "two cultures," these people were really on separate tracks - the engineers were doing their thing, the traditional culture people another. They didn't really understand each other, but mostly respected each other's credentials and institutional authority. Those disciplinary and technological walls started to fall apart at the same time as the elevated platforms separating enshrined experts from engaged citizens vanished. Authority is no longer a given, or given at all.

Now, even bookservatives acknowledge that things are changing. But they fear that these changes will result in catastrophe, for some part or whole of the culture they love. Because of that, they would prefer that book tech and book culture stop, slow down, or go back.

Alan Kaufman wrote an essay on e-books in the Evergreen Review that included the line: "The book is fast becoming the despised Jew of our culture. Der Jude is now Der Book." And: "The advent of electronic media to first position in the modern chain of Being--a place once occupied by God--and later, after the Enlightenment, by humans--is no mere 9/11 upon our cultural assumptions. It is a catastrophe of holocaustal proportions. And its endgame is the disappearance of not just books but of all things human." It's hard to see how this clarifies anything.

On the other side of the aisle are technofuturists. They're winning most of the arguments these days when it comes to e-books, so their rhetoric isn't as wild. Technofuturists are technological triumphalists, or at least quasi-utopian optimists. These are the folks who believe that technology can solve our political, educational, and cultural problems. At an extreme, they don't care about books at all: they're just relics of a happily closing age of paper, and we should embrace the future in the form of multimedia and the networked web. They advocate a scorched earth policy when it comes to publishers, newspapers, bookstores, or libraries. Anyone could see the future coming, and those who refused to adapt, who created and perpetuated a broken, exploitative system, should die, and soon. The best example I can give of technofuturism, as it's applied to books, is Basheera Khan's essay "No more bookshops? Good riddance," which laments the toll of owning physical books, from the paper and ink that make them to the bookshelves that hold them, always needing dusting, and imagines moving house with a library of e-books, "light as a feather." The digital library perfects the badly realized idea of the physical library, sort of like how a soul would be perfect if it didn't have a body. These debates can get very theological.

Bookservatives see the diminishing of the established material and social networks of reading as an unmitigated catastrophe that threatens to destroy humanist and democratic culture. Technofuturists see the same transformation as an unmitigated triumph that realizes humanist and democratic ideals better than the existing order ever could. Now, in point of fact, almost nobody is a pure bookservative or technofuturist. Rather, these are rhetorical positions that anyone can take up, from moment to moment and case to case. Moreover, each is dependent on the other, because each imagines the other as their opponent. They are easy caricatures. But sometimes we ARE caricatures.

Take Nicholas Carr and Clay Shirky, for example - these are both smart guys, deeply knowledgable about media history, with sophisticated takes on technology. I'd consider them both, by temperament, bookfuturists, which is part of what makes their contrasts so exciting. But they each fall into bookservativism and technofuturism pretty easily, and then newspaper or magazine stories about their arguments flatten them out even further. There are clear outlets -- clear markets -- for both of these sentiments and styles. They both LIKE arguing against the other.

Bookfuturists refuse to endorse either fantasy of "the end of the book" -- "the end as destruction" or "the end as telos or achievement" as Jacques Derrida would have it. We are trying to map an alternative position that is both more self-critical and more engaged with how technological change is actively affecting our culture.

We're usually more interested in figuring out a piece of technology than either denouncing or promoting it. And we want to make every piece of tech work better. We're tinkerers. We look to history for analogies and counter-analogies, but we know that analogies aren't destiny. We try to look for the technological sophistication of traditional humanism and the humanist possibilities of new tech.

At least, that's what I try to do.

Fonte: The Atlantic

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Banco de dados divulga o patrimônio cultural brasileiro

O que é Patrimônio Imaterial? Quantos são os bens registrados como Patrimônio Cultural do Brasil? O que fazer para salvaguardar uma expressão cultural? Qual é a legislação existente no Brasil sobre o patrimônio imaterial? Como conhecer cada um dos bens registrados? Como manter as condições de produção e reprodução de um bem cultural

Essas são apenas algumas das muitas perguntas que são feitas quando o assunto é patrimônio imaterial. O Decreto 3551/2000, que instituiu o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial e cria o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial - PNPI, completou 10 anos no dia 4 de agosto. Para celebrar a data e dar total transparência aos processos de registro do patrimônio cultural imaterial, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan está lançando o Banco de Dados dos Bens Culturais Registrados – BCR. A partir do dia 10 de agosto, as informações estarão disponíveis no sítio eletrônico do Iphan ( http://www.iphan.gov.br/bcrE/pages/indexE.jsf ), com acesso livre para a população e com as principais informações a respeito do patrimônio cultural imaterial já registrado no Brasil.

De acordo com a diretora do Departamento do Patrimônio Imaterial do Iphan, Marcia Sant’Anna, através do portal será possível ter acesso a informações detalhadas sobre o tema e com os principais documentos que compõem o processo de registro de cada um dos bens já reconhecidos como Patrimônio Cultural do Brasil. Marcia Sant’Anna ressalta que o BCR é “mais um importante instrumento de divulgação de todo o conhecimento produzido a respeito desses bens culturais”. Ela lembra ainda que qualquer pessoa, em qualquer lugar, poderá acessar o banco de dados e obter informações mais aprofundadas sobre a cultura brasileira.

Os comandos do BCR são simples e objetivos, possibilitando uma navegação fácil e direcionada. É possível pesquisar os bens registrados por região geográfica, por categoria, por ordem alfabética ou pela cronologia dos registros e ter acesso aos dossiês, fotografias, vídeos, músicas e pareceres técnicos e jurídicos dos processos correspondentes. Também há informações sobre a política federal de salvaguarda do patrimônio imaterial, com acesso à legislação pertinente e aos instrumentos técnicos e normativos elaborados para a sua consecução.

Fonte: Olhar Direto