30 de Maio de 1911 - a primeira 500 milhas de Indianápolis
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Biblioteca Digital Indianapolis Motor Speedway
terça-feira, 28 de maio de 2013
Lançado o BuscaLeg, 'Google' do Legislativo
O Senado lançou na manhã desta terça-feira (28) o BuscaLeg, ferramenta que permite a pesquisa nos portais legislativos de todo o país. Totalmente desenvolvido em software livre, o sistema - uma espécie de ‘Google legislativo” - reúne os resultados em um só ambiente.
Diferentemente dos sites de busca comuns, o BuscaLeg procura a informação desejada em 400 sites selecionados previamente, utilizando os próprios buscadores de cada um deles e organizando as respostas de modo a facilitar o trabalho do usuário final. O endereço para acesso é busca.interlegis.leg.br.
Segundo o diretor de Tecnologia do Interlegis, Ricardo Ramos, os buscadores do mercado são bons, mas trazem muito "lixo eletrônico", o que dificulta as pesquisas num ambiente mais restrito.
De acordo com o diretor executivo do ILB/Interlegis, Hélder Rebouças, a iniciativa atende aos objetivos do presidente do Senado, Renan Calheiros, de dar mais transparência à Casa e ao Legislativo como um todo, de modo a aproximar ainda mais essas instituições da sociedade.
O lançamento contou com a presença da Diretora-Geral do Senado, Dóris Peixoto, que assinalou o caráter agregador do projeto, ao somar os esforços do Senado, por meio do ILB/Interlegis, das assembleias legislativas estaduais e das câmaras de vereadores.
Durante a solenidade de lançamento do novo buscador, no auditório do ILB, o analista responsável pelo projeto, Jean Ferri, explicou que o BuscaLeg, ao contrário do Google, não indexa o conteúdo pesquisado, apenas dá acesso aos sites do universo do Legislativo brasileiro, nos quais o internauta poderá continuar sua busca.
Essa 'arquitetura' torna o sistema leve e de funcionamento simples e barato. Ricardo Ramos informou que ILB está aberto a repassar essa tecnologia a instituições públicas e privadas, já que se trata de software livre.
Agência Senado
Robert Langdon e a leitura digital
[Robert Langdon] Tornou a prestar atenção no iPhone e em poucos segundos conseguiu um link para a versão digital da Divina Comédia - como a obra estava em domínio público, o acesso era gratuito. Quando a página se abriu precisamente no Canto XXV, viu-se obrigado a admitir que estava impressionado com aquela tecnologia. Preciso parar de ser tão esnobe com essa coisa de livros de papel, pensou. Os e-books têm lá as suas vantagens.
Dan Brown, em Inferno
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O Inferno tecnológico de Dan Brown
Busca (2)
segunda-feira, 27 de maio de 2013
Um palco, muita história
A partir desta terça-feira (28), o palco mais tradicional do Estado vai ter mais espaço no meio virtual.
Ricardo Chaves | Zero Hora
Estará acessível, na página oficial do Theatro São Pedro na internet, o Acervo Digital do teatro, que cobre boa parte dos 155 anos de história da casa - inaugurada em junho de 1858, fechada na década de 1970 e reaberta em 1984.
A restauração do teatro, em imagem de 1976. Foto: Acervo Digital do Theatro São Pedro
Montagem da iluminação do teatro, em 1984. Foto: Luiz Carlos Felizardo, Acervo Digital do Theatro São Pedro
Internautas e pesquisadores poderão visitar virtualmente o acervo, formado por cerca de 2 mil itens - entre eles, programas de espetáculos e documentos impressos. Em torno de mil fotografias, tanto de artistas e peças como da restauração do edifício, também estarão disponíveis para consulta.
Reprodução de um programa de espetáculo. Foto: Acervo Digital do Theatro São Pedro
A atriz Tônia Carrero na peça A Divina Sarah, apresentada no teatro em 1985.
Foto: Marisa Alvarez Lima, Acervo Digital do Theatro São Pedro
Instituições e pessoas que quiserem contribuir com informações ou doações para o acervo também são bem-vindas.
Crianças devem usar internet com moderação, diz pedagoga brasileira
Em entrevista à Rádio ONU, Yvonne Bezerra de Mello afirma que o computador e as mídias sociais não devem ser usadas em excesso e tampouco para substituir as obrigações da maternidade ou paternidade.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O uso excessivo de computadores, jogos eletrônicos, internet e mídias sociais por crianças deve ser monitorado pelos pais e responsáveis. Esta é a opinião da pedagoga e educadora brasileira, Yvonne Bezerra de Mello.
Em entrevista à Rádio ONU, do Rio de Janeiro, ela afirmou que o excesso do uso de jogos eletrônicos e tempo demais no computador são prejudiciais.
Conhecimento
"Uma criança de sete anos que fica quatro horas no computador não poderia estar jogando, num curso, fazendo algum esporte? Mas a criança fica ali embutida naquela telinha jogando jogos violentos. Para mim, colocar uma criança no computador quatro horas porque isso vai aliviar a sua maternidade ou paternidade é cruel, é indigno, é fugir das responsabilidades. O computador não pode ser mais que quatro horas por dia. Todo mundo tem que jogar, mas também com conhecimento."
Além de educadora, Yvonne Bezerra de Mello é consultora da Unesco. Este ano, ela está realizando um projeto com a agência da ONU para melhorar o aprendizado escolar em 15 colégios públicos do Rio de Janeiro.
A iniciativa está utilizando um método alternativo de ensino, desenvolvido pela pedagoga e batizado de Uerê-Mello. O método favorece a oralidade no ensino e o desenvolvimento do aluno como um ser que interage e que é o protagonista das ações de aprendizado.
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Kobo Aura HD, e-reader com tela de 6,8 polegadas, chega ao Brasil por R$ 599
E-reader começará a ser entregue no dia 15 de julho pela Livraria Cultura
Paulo Higa | Tecnoblog
O Kobo Aura HD, aquele e-reader com tela grande de 6,8 polegadas, ganhou preço e data de lançamento no Brasil. Assim como os outros e-readers da canadense Kobo, o Aura HD será vendido pela Livraria Cultura. Ele começará a ser entregue a partir do dia 15 de julho e entrou em pré-venda hoje, por R$ 599, no site e nas lojas físicas da Livraria Cultura.
A tela de 6,8 polegadas do Kobo Aura HD tem resolução de 1440×1080 pixels, o que resulta numa definição de 265 ppi, a maior disponível atualmente num leitor de e-books. A exemplo do Kobo Glo e Kindle Paperwhite, a tela de e-ink do Kobo Aura HD tem iluminação para ler livros “em ambientes sem nenhuma luz”.
De acordo com a Kobo, a bateria do Aura HD dura até dois meses. O e-reader tem processador de 1 GHz, peso de 240 gramas e 4 GB de memória interna, que armazena até 3000 ebooks e pode ser expandida para até 32 GB com um cartão microSD. Ele suporta diversos tipos de arquivos, como ePUB, PDF e quadrinhos em CBR/CBZ, além de imagens em JPEG, GIF, PNG e TIFF.
O Kobo Aura HD pode ser adquirido no site da Livraria Cultura, nas cores preto, marfim e café, por R$ 599. Nos EUA, ele tem preço sugerido de US$ 169. A Livraria Cultura também vende os modelos Mini (tela de 5 polegadas), Touch (sensível ao toque) e Glo (com iluminação para ler durante a noite).
Biblioteca digital do Cardeal John Henry Newman
Lançado projeto de três anos para digitalizar os milhares de documentos produzidos por um dos mais importantes e prolíficos pensadores cristãos dos últimos 200 anos.
O enorme arquivo manuscrito de John Henry Newman (1801-1890 - sacerdote anglicano inglês convertido ao catolicismo, posteriormente nomeado cardeal pelo papa Leão XIII em 1879 e beatificado em 2010 pelo Papa Bento XVI) será digitalizado por uma equipe de especialistas que utilizarão equipamentos de ponta na Biblioteca da Universidade Manchester, na Inglaterra.
Os documentos do sacerdote acadêmico, em torno de 200 mil, entre cartas, livros e artigos, serão disponibilizados futuramente na biblioteca digital em sua homenagem.
Para acompanhar o andamento do projeto, visite: www.newmanarchive.wordpress.com
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Biblioteca Digital de Santo André
A Biblioteca Digital de Santo André é o novo portal de acesso online ao universo de materiais informacionais (tradicionais e digitais) disponíveis na Rede de Bibliotecas.
Agora além de 183 mil obras de impressos, vídeos e áudio-livros a Biblioteca Digital disponibiliza mais de 6 mil novas obras digitais, tais como artigos e livros eletrônicos.
Nova base do CEM reúne 50 anos de censos demográficos
Informações integram o "Projeto Censo - Quanto o Brasil mudou nos últimos cinquenta anos?", do Centro de Estudos da Metrópole
Agência FAPESP - O Centro de Estudos da Metrópole (CEM) - um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP - acaba de disponibilizar um vasto conjunto de bancos de dados referentes a Censos Demográficos realizados pelo IBGE ao longo de meio século e Pesquisas Nacionais por Amostragem de Domicílios (PNADs) coletadas ao longo de 35 anos.
As informações podem ser acessadas no site do CEM, na área Base de Dados, e servem como fonte básica para os trabalhos de investigação de um dos novos projetos do centro, o “Projeto Censo - Quanto o Brasil mudou nos últimos cinquenta anos?”.
O visitante do site consegue ter acesso a uma enorme variedade de informações originais de pesquisas do IBGE, com a documentação completa.
De acordo com os responsáveis pelo CEM, são microdados das amostras de seis Censos (1960-2010) e de 31 PNADs (1976-2011), que não são encontrados conjuntamente para download em nenhum outro lugar. Além da abrangência na disponibilização das informações, os dados já estão prontos para serem trabalhados (abertos em formato SAV - para o Software SPSS).
Os Censos são decenais e se constituem na principal fonte de informações sociodemográficas do Brasil. Sua coleta se baseia num questionário resumido e aplicado a toda a população, bem como num conjunto estendido de perguntas, que são feitas apenas para uma amostra (de 10% a 25% do total de habitantes - cerca de 20 a 30 milhões de pessoas). Nesta divulgação, o CEM disponibiliza os microdados da amostra.
As PNADs são feitas anualmente e cobrem todo o país trazendo dados detalhados sobre diversos temas. A cada ano, o questionário das PNADs traz também um suplemento, cujo tema sempre varia: saúde, violência, programas sociais etc. Pela sua regularidade e abrangência, estão entre as principais fontes de informação quantitativa para pesquisas sociais - e preenchem todo o período intercensitário.
Com os bancos de dados (em formato SAV) de todos os Censos e PNADs, foram disponibilizados também dicionários de códigos (em formatos DOC, PDF ou XLS) e a documentação complementar original, elaborada pelo próprio IBGE. A extensão e o detalhamento dessas informações variam bastante ao longo dos anos e, por isso, para os anos mais recentes existem mais documentos, relativos a aspectos mais amplos das pesquisas.
Para as PNADs estão disponíveis também os arquivos de banco de dados originais, em formato DAT, que podem ser lidos em qualquer software estatístico com auxílio das informações de layout contidas nos dicionários de variáveis.
Os dados estão incorporados na área de Base de Dados do novo site do Centro de Estudos da Metrópole e podem ser acessados livremente. Basta preencher o cadastro, que é gratuito. Para quem já se cadastrou, basta apenas informar seu endereço de e-mail no espaço correspondente.
Mais informações: www.fflch.usp.br/centrodametropole
Projeto Reflora deve contar com mais de um milhão de espécies catalogadas
Pelo menos 1.1 milhão de amostras de plantas brasileiras devem ser disponibilizadas pelo Herbário Virtual do Projeto Reflora. Este é o principal resultado parcial apresentado durante evento denominado “Resgate Histórico e Herbário Virtual para o Conhecimento e Conservação da Flora Brasileira”, realizado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), entre os dias 15 e 17 de maio.
O Herbário Virtual contará com amostras catalogadas por missões nacionais e estrangeiras em solo brasileiro desde o século 17. “A meta é que todas as espécies da flora brasileira, que temos conhecimento sobre a existência, estejam disponibilizadas até 2020. Para isso o Reflora oferece infra-estrutura e investimento e os pesquisadores disponibilizam sua coleção de exsicatas para o herbário como contrapartida”, explicou o diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde (DABS/CNPq), Paulo Sérgio Lacerda Beirão, citando as amostras representativas de espécies de plantas.
Para resgatar as espécies estrangeiras digitalizadas, o projeto estabeleceu parcerias com dois museus detentores de extensas coleções, o Nacional de História Natural de Paris (MNHN - sigla em inglês), na França e o Jardim Botânico Real de Kew, da Inglaterra. O Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), que também disponibilizará sua coleção ao projeto, será responsável por consolidar o herbário organizando o material enviado pelos dois parceiros estrangeiros do Reflora.
A coleção do Jardim Botânico contabiliza entre 550 mil e 600 mil espécies, o Museu de Paris tem como estimativa entre 300 mil e 400 mil amostras brasileiras e o Museu Kew conta com 250 mil. Deste montante, cerca de 253 mil já estão sendo organizadas no Rio de Janeiro, pela equipe do Jardim Botânico. A previsão é que a página piloto do Herbário Virtual seja disponibilizada para a fase de testes já no mês de dezembro deste ano.
As empresas que apóiam o projeto, Natura e Vale S.A., financiam os custos da iniciativa no exterior, efetuando o pagamento da mão de obra qualificada envolvida na digitalização das coleções estrangeiras e o intercâmbio de pesquisadores, que tem como objetivo a referenda das amostras enviadas, além da formação ou aperfeiçoamento do profissional na atividade para futuras ações similares. “Essas parcerias nos ajudam a cumprir os objetivos do projeto, que são conhecer a fundo a biodiversidade brasileira e a formação de recursos humanos”, pontuou Beirão.
O diretor ainda destacou que o evento está alinhado com a diretriz do CNPq que estabeleceu sistemáticas de avaliação criteriosas para os projetos mais ambiciosos no qual a instituição está envolvida. “Entendemos que integram este perfil aqueles com maior volume de investimento e que demandam um tempo maior para execução. Avaliando de um modo geral, a reunião foi muito bem sucedida”, finalizou.
Reflora- O Programa foi estruturado em duas linhas de ação. A primeira envolve o acesso às informações das amostras da flora brasileira no exterior e a digitalização dos dados e imagens com posterior autenticação, transferência e integração à base física do herbário digital a ser instalado no Jardim Botânico. A segunda linha de ação visa fomentar 24 projetos de pesquisa envolvendo pesquisadores de equipes brasileiras e estrangeiras com ênfase nas áreas de botânica e fitogeografia.
A disponibilização on line desse conhecimento pode colaborar para as estratégias de conservação e uso sustentável da biodiversidade brasileira, como também servirá para validação da identidade taxonômica dos espécimes analisados, capacitação e treinamento de recursos humanos na área de Taxonomia.
O Reflora está sendo financiado por instituições de fomento à pesquisa como o CNPq, a Capes e as fundações de amparo à pesquisa do Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Paraná, contando ainda com apoio de empresas privadas, como Natura Cosméticos S.A. e Vale S.A., totalizando R$ 21,5 milhões.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
terça-feira, 21 de maio de 2013
O Inferno tecnológico de Dan Brown
Bases de dados utilizadas pelo autor Dan Brown na construção de Inferno, seu mais recente livro:
World of Dante
Iniciativa da Universidade da Virgínia, O Mundo de Dante é uma ferramenta de pesquisa multimídia destinada a facilitar o estudo da Divina Comédia, através de uma ampla gama de serviços oferecidos. Estes incluem um texto italiano codificado que permite pesquisas estruturadas e análises, uma tradução em Inglês, mapas interativos, gráficos, música, banco de dados, cronograma e galeria de ilustrações. Muitos desses recursos permitem que os usuários a participar do poema dinamicamente através dos componentes integrados.
Digital Dante
Iniciativa da Universidade de Columbia, o Dante Digital é um esforço a longo prazo do Instituto de Tecnologias de Aprendizagem da Universidade que pretende desenvolver uma série de recursos acadêmicos multimídia relacionadas a Dante Alighieri, combinando elementos tradicionais de pesquisa acadêmica com a novas comunicações e possibilidades de apresentações habilitadas pela tecnologia digital em rede .
Dante Project
Iniciativa da Universidade de Princeton, o Projeto Dante está no ar desde 1999 e combina uma abordagem tradicional para o estudo da Divina Comédia, incluindo consulta de dados, imagens e som. O texto do poema de Dante está sempre no centro das atenções do usuário.
Acervo de Milton Nascimento é disponibilizado na web
Portal EBC
O Instituto Antonio Carlos Jobim disponibiliza a partir desta terça-feira (21) para visualização e pesquisa o acervo do cantor e compositor Milton Nascimento em seu site.
Com cerca de 45 mil documentos catalogados e digitalizados, o acervo estará disponível para visualização e pesquisa, sendo possível ver fotos, documentos e vídeos, inclusive ouvir as músicas dos álbuns de Milton.
O Portal do Instituto Antonio Carlos Jobim abriga outros acervos de grandes artistas nacionais. O maestro Tom Jobim, por exemplo, tem 9.435 itens arquivados disponíveis para o público. O site também hospeda a obra de Dorival Caymmi (4.311 itens arquivados), Chico Buarque (5.901 itens arquivados), Gilberto Gil (17.674 itens arquivados), Paulo Moura (em processo de catalogação), e ainda os projetos do arquiteto Lúcio Costa (3.977 itens arquivados).
Todos os acervos estão estruturados e arquivados através do sistema DSpace - software open-source desenvolvido para a catalogação de repositórios digitais.
A Web 2.0 no Serviço de Referência: análise do uso nas bibliotecas das universidades federais do Nordeste brasileiro
Informação & Informação v. 17, n. 3 (2012)
Resumo
Introdução: Os recursos que compõem a Web 2.0, em conjunto com suas características como a interatividade e o dinamismo podem ser utilizados no Serviço de Referência das bibliotecas, ampliando as possibilidades de interação e estreitando o relacionamento entre o bibliotecário e o usuário, permitindo o compartilhamento de informações, esclarecimento de dúvidas, a troca de ideias e facilitando o processo de disseminação da informação.
Objetivos: Analisar a aplicabilidade e o impacto da Web 2.0 no Serviço de Referência de bibliotecas das universidades federais do Nordeste do Brasil.
Metodologia: Os procedimentos metodológicos incluem pesquisas bibliográficas pertinentes ao tema e pesquisa de campo. Para a coleta de dados foi aplicado um questionário a bibliotecas de nove universidades federais do Nordeste, obtendo-se retorno de cinco delas. Os dados obtidos foram analisados de forma qualitativa e quantitativa.
Resultados: Os resultados revelam, por um lado, que a maioria das bibliotecas pesquisadas sabe da importância e utiliza recursos da Web 2.0 no Serviço de Referência, especialmente, para atender os usuários. Por outro lado, observa-se que os recursos da Web 2.0 utilizados se limitam a uns poucos tipos, não incluindo recursos que poderiam ter impacto positivo no atendimento e fortalecimento do relacionamento com os usuários.
Conclusões: As bibliotecas pesquisadas se encontram num estágio inicial em relação ao uso dos recursos da Web 2.0 no Serviço de Referência. É importante salientar a necessidade de que haja ações de gestão no uso dos recursos 2.0 e que o bibliotecário faça um plano de gestão definindo quais recursos utilizar, que informação disseminar e que objetivos se pretende atingir.
Texto completo: PDF
A Unesco e o Acesso Aberto
A Unesco vai disponibilizar todas suas publicações digitais para milhões de pessoas ao redor do mundo, livres de encargos e com licença aberta. Após decisão do Conselho Executivo da Organização em abril, a Unesco tornou-se o primeiro membro da ONU a adotar tal política de acesso aberto para suas publicações. A nova política significa que qualquer pessoa será capaz de transferir, traduzir, adaptar, distribuir e compartilhar publicações e dados da Unesco, sem pagar.
Janis Karklins, Assistente da Unesco, Diretor-Geral da Comunicação e Informação, anunciou a nova política durante a abertura da Cúpula Mundial sobre o Fórum da Sociedade da Informação , em Genebra, em 13 de maio.
"Os pesquisadores de todos os países, mas especialmente dos países menos desenvolvidos e em desenvolvimento se beneficiarão da capitalização sobre o Acesso Livre ao conhecimento", disse Janis Karklins, Diretor-Geral Adjunto da Unesco para Comunicação e Informação. "A nossa nova política permitirá aumentar a visibilidade, acessibilidade e distribuição rápida de nossas publicações."
Ao adotar esta nova política editorial, Unesco alinha a sua prática para o seu trabalho de advocacia em favor do acesso aberto e reforça o seu compromisso com o acesso universal à informação e ao conhecimento.
O movimento de Acesso Aberto (OA) nasceu na comunidade científica para enfrentar os custos crescentes da literatura científica, que é essencial para os pesquisadores. Uma vasta gama de universidades, instituições e governos apoiam-na como uma alternativa ao modelo tradicional de disseminação de conhecimento por meio de publicações acadêmicas caros.
A partir de julho de 2013, centenas publicações digitais da Unesco estarão disponíveis para os usuários através de um novo repositório de acesso aberto com uma interface multilíngue. Todas as novas publicações serão lançadas com uma licença aberta.
Ao defender o Acesso Aberto para suas publicações, a Unesco reforça o objetivo fundamental de uma organização intergovernamental - de garantir que todo o conhecimento que ele cria seja disponibilizado para o público mais amplo possível.
Leia o texto completo da política disponível no site da UNESCO .
Portal vai reunir pesquisas científicas na área de saúde
Heloisa Cristaldo - Agência Brasil
Pesquisas brasileiras na área de saúde ganham hoje (21) o portal Lógicos para reforçar a divulgação dos trabalhos. O objetivo é dar mais visibilidade à produção científica relacionada à saúde a partir de uma proposta multimídia, com a publicação de matérias e entrevistas em diversos formatos - áudio, vídeo e textos - que poderão ser compartilhados de forma gratuita. O portal será lançado às 15h, no auditório interno da Fiocruz Brasília.
Mais de 3 mil projetos de pesquisa, financiados pelo Ministério da Saúde, estarão disponíveis para consulta no Pesquisa Saúde, ferramenta eletrônica desenvolvida pela pasta, que permite ao usuário encontrar informações relacionadas aos trabalhos científicos ou temas de interesse, a partir de diversos critérios de busca: número de projetos e recursos investidos por ano, região, modalidade de fomento, edital, instituição, entre outros.
O Lógicos tem informações sobre projetos de pesquisa apoiados pelo Ministério da Saúde desde 2002, com a colaboração do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Agência Brasileira de Inovação (Finep), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), de fundações de Amparo à Pesquisa, secretarias estaduais de Saúde e de Ciência e Tecnologia.
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Nas profundezas da internet
Leia a matéria completa na Folha de S. Paulo
+ sobre a Deep Web no Pesquisa Mundi
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Exposição "Conhecimento: custódia e acesso" na Feira Educar Educador
Sistema Integrado de Bibliotecas promove a Exposição
Entre os dias 22 e 25 de maio de 2013, a exposição Conhecimento: custódia e acesso estará novamente aberta ao público, desta vez na Feira Educar Educador, que será sediada no Centro de Exposições Imigrantes e tem como tema a Educação 3.0. A Escola do Futuro chegou?
Realizada pelo Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBiUSP), sob coordenação da professora Sueli Mara Ferreira, e curadoria do professor Marcos Galindo, a exposição Conhecimento: custódia e acesso se encaixa perfeitamente no contexto da Educação ao abordar o conhecimento do ponto de vista de seu resgate, preservação e acesso, assinalando a tensão suscitada pelas excepcionais mudanças que as novas tecnologias de informação e comunicação vêm produzindo na sociedade contemporânea.
Ao longo da história, coube às bibliotecas abrigar o legado do conhecimento da humanidade. Hoje, dada a crescente democratização do acesso à informação e ao conhecimento, é preciso repensar esse papel. Em vista disso, a mostra busca “discutir o papel das bibliotecas, na construção do fenômeno social do conhecimento e motivar a reflexão sobre os instrumentos técnicos e práticas sociais que permitiram tornar a informação acessível e fortalecê-la como matéria-prima básica para a construção de novas formas de conhecimento”, elucida Sueli Mara Ferreira.
Mais do que instituições guardiãs, é preciso compreender as bibliotecas como organizações que realizam a gestão da informação e do conhecimento, a partir da convergência de elementos técnicos, lógicos (tecno+lógicos) e humanos que concorrem para o cumprimento de sua função social, em consonância com sua época.
Aberta ao público em geral, a mostra é gratuita e destinada, sobretudo, a alunos de ensino médio, universitários e pós-graduandos, pesquisadores, professores e profissionais interessados em produção do conhecimento, recursos de acesso e recuperação de informação, acervos e bibliotecas memoriais.
Ainda segundo Sueli Mara Ferreira, a exposição busca resgatar a memória da informação científica e tecnológica, procurando recuperar uma perspectiva crítica da ação do SIBiUSP, destacando a função social das bibliotecas de maneira geral e, em particular, das bibliotecas universitárias”.
Os módulos da exposição
A mostra busca discutir o papel das bibliotecas na construção do fenômeno social do conhecimento
Partindo do conceito tradicional de biblioteca, a exposição se propõe a identificar as mudanças fundamentais e conceituais nela ocorrida perante o desenvolvimento tecnológico e sua permanente inserção educacional, cultural e educacional, independentemente da época ou localização.
O primeiro módulo apresenta-se como um panorama sobre as formas de entendimento do conhecimento principiado pelos mitos criacionistas ocidentais, desde os primórdios onde o conhecimento se ligava ao “pecado original” e após, por mandato divino, passa a ser responsabilidade de religiosos. Essa perspectiva evidencia a sacralidade do conhecimento, em contraposição ao mundo laico ou profano.
Na sequência, a exposição trata da evolução dos instrumentos técnicos de registro e preservação do conhecimento, alistando desde as formas primitivas de escrita, passando pela a invenção da prensa de tipos móveis e indo até as modernas tecnologias de informação e comunicação, bem como seu impacto sobre a ordenação da vida social. Como desfecho, uma linha do tempo evidencia os principais eventos relacionados à produção, registro e acesso ao conhecimento, desde a Antiguidade até a atualidade.
No segundo módulo, especial destaque é dado às figuras ligadas ao movimento modernista e à Semana de Arte Moderna de 1922, dentre os quais se destacam os intelectuais Rubens Borba de Morais, Paulo Duarte, Sérgio Milliet que, sob a coordenação de Mário de Andrade, participaram da criação, em 1935, do Departamento de Cultura e Recreação da Prefeitura de São Paulo. Aqui é pertinente a lembrança da atuação do bibliotecário Borba de Morais na modernização da Biblioteca Pública Municipal, a organização da rede de bibliotecas da cidade e sua ação em 1936, com Adelpha de Figueiredo, no Mackenzie College, organizando o curso de Biblioteconomia do Departamento de Cultura.
O terceiro módulo fundamenta-se na experiência e desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação para questionar o visitante sobre como será a biblioteca do futuro. A intenção é mostrar as interfaces dessa biblioteca a ser criada com a que já existe no presente, porque a biblioteca do futuro estará sempre no imaginário social.
Paralela e simultaneamente a um tradicional catálogo de fichas (modelo de recuperação da informação tradicionalmente utilizado pelas bibliotecas), a exposição contará com equipamentos para consulta ao Portal de Busca Integrada - um sistema de descoberta e acesso a conteúdos científicos - considerado como um recurso dos mais inovadores e sofisticados disponíveis no mercado.
“A exposição é como uma biblioteca da USP: todos os recursos (documentos, imagens, vídeos) que o usuário poderia acessar estando no campus, também poderá acessar na exposição utilizando o Portal de Busca Integrada, que é a primeira e a maior instalação do inovador sistema de descoberta e princípios de web semântica”, esclarece a professora Sueli.
A mostra dispõe de seis computadores com telas touch screen, que permitirão o acesso a mais de dois milhões de livros, 10 mil títulos de periódicos eletrônicos, 100 mil teses defendidas na USP, 594 mil itens de produção USP e 264 mil e-books.
Destaques da exposição
A exposição disponibiliza ao visitante o acesso a entrevistas com ilustres ex-alunos da USP — Fernando Henrique Cardoso, Flávio Fava de Moraes, Ruy Laurenti, Marcelo Tas, Mayana Zatz e Demi Getscko — com depoimentos sobre o mundo dos livros, das bibliotecas e do conhecimento.
Além disso, o processo de digitalização de obras raras, realizado pela Oficina de Digitalização do SIBiUSP é apresentado em vídeo.
A mostra também conta com projetores suspensos que exibem imagens sobre a evolução da informação e do conhecimento ao longo dos séculos. Obras raras também se encontram expostas, inclusive um livro atingido por uma bala disparada durante a Revolução de 1932.
No decorrer da mostra, ícones QRCode oferecerão outras dicas de pesquisa em bases de dados e materiais disponíveis para os visitantes. Aqueles que apresentam baixa visão, dislexos, cegos e surdos cegos poderão recorrer a computadores especialmente preparados para leitura em braille e áudio dos textos referentes aos painéis e à própria exposição.
Neste primeiro semestre de 2013, a exposição Conhecimento: custódia e acesso estará na Feira e Congresso Educar Educador, onde milhares de profissionais diretamente ligados ao segmento educacional terão acesso a uma centena de atividades e a uma grande variedade de produtos e serviços voltados para a Educação.
A exposição esteve presente no Museu da Língua Portuguesa, na Feira de Ribeirão Preto e na 22ª Bienal do Livro, em agosto de 2012, tendo reunido mais de 38 mil visitantes.
SERVIÇO: EXPOSIÇÃO CONHECIMENTO: CUSTÓDIA E CUSTÓDIA
Período: 22 a 25 de maio de 2013
Local: 20º Educar Educador
Centro de Exposições Imigrantes
Rodovia dos Imigrantes, km 1,5
04329-100 - São Paulo - SP
site do evento
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Ipea disponibiliza bases de dados para pesquisas sobre participação social
O Ipea, em parceria com a Secretaria-Geral da Presidência da República (SG/PR), estabeleceu o tema da participação social e do diálogo com a sociedade como central em sua agenda de estudos. Dado o fortalecimento das relações entre sociedade civil e Estado por meio da ampliação e diversificação dos canais de participação - como conselhos, comissões, conferências, audiências públicas, ouvidorias -, o Instituto considera fundamental conhecer estes espaços democráticos a fim de contribuir com a criação de condições para seu aprimoramento.
Com esta preocupação em mente, a Diretoria de Estudos e Pesquisas sobre o Estado, Instituições e Democracia (Diest/Ipea) conduziu nos últimos anos pesquisas de ampla abrangência sobre conselhos nacionais e conferências nacionais de políticas públicas, integrantes do projeto A Efetividade da Participação Social no Brasil. A primeira reuniu dados sobre o perfil e atuação de 767 conselheiros nacionais e sistematizou informações dos atos normativos dos 24 colegiados pesquisados. A segunda, por sua vez, coletou dados a respeito das formas de organização e regras de participação das 82 conferências nacionais realizadas entre 2003 e 2011. Os relatórios dessas pesquisas podem ser acessados <http://www.ipea.gov.br/participacao>.
A equipe da Diest disponibiliza nessa página as bases de dados resultantes dessas pesquisas com o intuito de democratizar o acesso à informação e contribuir para pesquisas futuras acerca desses temas. As bases estão disponibilizadas em formato de dados abertos, de modo a respeitar a Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527) e permitir sua reutilização por meio de metodologias desenvolvidas pela sociedade, possibilitando que novos cruzamentos e análises sejam feitos. A Diest e o Ipea acreditam que os dados coletados nessas pesquisas podem contribuir sobremaneira para o aprofundamento dos estudos sobre participação no Brasil e para o aprimoramento das instituições participativas.
As informações constantes nas bases de dados são de uso livre não comercial, sendo necessária a atribuição de autoria ao esforço de pesquisa. Solicitamos àqueles que porventura usem os dados que citem as pesquisas da seguinte forma:
(IPEA, 2013) IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Conselhos nacionais: perfil e atuação dos conselheiros. Base de dados. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/participacao>. Brasília: Ipea, 2013.
(IPEA, 2013) IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Ampliação da participação na gestão pública: um estudo sobre Conferências Nacionais realizadas entre 2003 e 2011. Base de dados. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/participacao>. Brasília: Ipea, 2013.
(IPEA, 2013) Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. A Efetividade da Participação Social no Brasil. Base de dados relativa aos atos normativos de Conselhos Nacionais. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/participacao>. Brasília: Ipea, 2013.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
Buscador do Google fica mais inteligente
'É o fim das buscas como as conhecemos', afirma executivo da companhia
Olhar Digital
Outra grande novidade revelada pelo Google nesta quarta-feira, 15, durante sua conferência para desenvolvedores, é que o buscador da companhia, seu principal produto, ficará ainda mais inteligente.
"É o fim das buscas como as conhecemos", anunciou Amit Singhal, vice-presidente sênior e engenheiro de software do Google.
São três novas experiências de pesquisa: "respostas", "conversa" e "antecipação". Com isso, o Google responderá a questões como "Qual é a população da Índia?" e ainda conseguirá antecipar outras perguntas.
Todos os desktops e laptops equipados com o sistema operacional Chrome agora poderão fazer buscas por voz, assim como os smartphones e tablets com Android.
Será possível agendar compromissos que depois são mostrados em um mapa - com horário e outras informações. Os lembretes serão marcados no Google Now, então o usuário pode ser informado sobre eles pelo smartphone.
O Now é como o Siri, da Apple, mas vai mais longe porque é integrado a todo o ecossistema do Google. Em demonstrações feitas no palco, ficou claro que você pode agendar um voo, por exemplo, e perguntar ao Google quando ele sairá - a ferramenta buscará mais informações para te passar. É possível ainda mandar e-mails por voz.
terça-feira, 14 de maio de 2013
Greenpeace lança portal para monitorar ocorrências na exploração do pré-sal
A organização mapeou 102 plataformas
Ecodesenvolvimento
Em janeiro de 2013, o relatório Point of no Return (Caminho sem Volta), lançado pelo Greenpeace Internacional, apontou que o projeto brasileiro de exploração do pré-sal, óleo descoberto nas camadas profundas do oceano, é a nona iniciativa mais suja do planeta. Para deixar a população informada sobre o assunto, a mesma ONG desenvolveu o portal Lataria, cujo foco é o monitoramento das ocorrências na exploração da substância e o estado atual das plataformas.
A organização mapeou 102 plataformas da região do pré-sal, divididas em dois grupos: as que têm mais de 30 anos de existência, e as que ainda não atingiram essa marca, e reuniu dados como estado atual, proprietário, operador e idade de cada uma, além do histórico de acidentes. É possível encontrar informações sobre os poços também.
As plataformas mais antigas representam maior probabilidade de vazamentos. Dos 102 acidentes registrados no Brasil desde o ano 2000 na exploração petrolífera offshore (estrutura fixa ou flutuante, instalada em solo marinho), 62% aconteceram nas plataformas mais velhas. O objetivo da iniciativa é divulgar informações como esta e romper com a "falta de transparência da indústria do petróleo", afirma o portal.
O site, que foi lançado no dia 13 de maio pelo Greenpeace Brasil, disponibiliza ao internauta documentos para download sobre as informações das plataformas.
Conheça o portal Lataria
Musicoteca: acervo digital de música independente
por Diego Machado | Arquivo Metal CWB
São inúmeras as plataformas, perfis de redes sociais, blogs, entre outros meios de divulgação que cedem espaço personalizado para bandas e artistas compartilharem seus trabalhos. A maioria desses espaços tem como foco a interação com o público e a disseminação de conteúdo desses artistas.
Com o grande número de possibilidades, no que diz respeito ao compartilhamento de conteúdo musical na web e os recorrentes hábitos de navegação, que de certa forma, moldam estas plataformas, uma parte desse público que é aficionado por conhecer novas bandas e artistas se depara constantemente com conteúdo raso e muitas vezes genérico, características que ditam o padrão de meios massivos de divulgação.
Não vem ao caso criticar estas plataformas que cedem espaço para divulgação ou discutir se estas determinam hábitos de consumo de cultura, este post pretende mostrar que existem outros espaços de divulgação em que o usuário pode conhecer bandas novas, sua trajetória, principais influencias e seu trabalho, ou seja ter um conteúdo aprofundado sobre o meio independente.
Fica como sugestão o site MUSICOTECA. O site reúne um verdadeiro acervo digital de obras de artistas independentes de todos os estilos. O site integra imagens, resenha, releases, integra vídeos do youtube, enfim dá ao usuário a possibilidade de contato com um vasto conteúdo de vários artistas independentes.
Artistas podem mandar seu conteúdo em mídia física (CD) para o endereço de correspondência do site, após a análise do material o conteúdo poderá ser publicado.
Além de informações completas sobre as bandas divulgadas no site, o internauta a partir do momento que cria uma conta no site, poderá fazer download das faixas disponíveis e terá acesso às colunas disponíveis no site.
Para conhecer acesse: www.amusicoteca.com.br
segunda-feira, 13 de maio de 2013
Sony desenvolve e-reader gigante com 13,3 polegadas
Contrariando as tendências do mercado, a Sony divulgou nesta segunda-feira, 13, um novo e-reader. Com foco no mercado acadêmico, a companhia japonesa está desenvolvendo o "Digital Paper", com 13,3 polegadas e tela e-ink flexível.
O aparelho pesa 360 gramas e possui resolução de 1600x1200 e já vem com uma stylus. O aparelho, cotado pela companhia como substituto para o papel em escritórios e salas de aula, ainda permite a marcação de documentos em PDF com anotações e áreas destacadas.
O e-reader começará a ser testado em universidades japonesas já neste ano, o que indica que deverá levar pelo menos mais um ano até que ele esteja disponível para o público final. Não há previsão oficial, no entanto.
Há alguns anos empresas como a Plastic Logic, Skiff e a própria Amazon, responsável pelo Kindle, tentaram investir em e-readers maiores, como nota o The Verge. Entretanto, após anos no mercado, os aparelhos que realmente se estabeleceram foram os menores, de até 7 polegadas.
Resta saber se o público tem interesse em um e-reader tão grande, ou se um tablet, como o Xperia Z, da própria Sony, não seria mais atrativo.
Olhar Digital
Conservação digital
A linguagem que está sendo gerada pelos escritores virtuais está longe de alcançar a dimensão e a riqueza do estilo de grandes autores celebrizados por livros impressos
Editorial | Diário do Nordeste
Apesar de serem maiores as facilidades para se publicar um livro na era digital, persiste séria dúvida sobre quando as descobertas tecnológicas serão capazes de assegurar, no futuro, a preservação do que hoje está sendo publicado. Não existe certeza sobre a integridade dos grandes acervos digitais ora em formação, após o passar do tempo. A própria biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, considerada uma das mais modernas e bem equipadas do mundo, encara como um desafio o arquivamento dos livros digitais.
Até o momento, sabe-se que é mais fácil preservar um livro convencional do que outro produzido virtualmente. No caso de o papel não conter ácido nocivo, o livro impresso, mantido em baixa luminosidade e sob temperatura adequada, tem possibilidades concretas de durar mais de um século. O mesmo não acontece quanto à palavra digitada, que requer um complexo tratamento técnico, cuja eficiência duradoura ainda está longe de ser comprovada.
Ressalte-se que várias das mais importantes editoras, a exemplo da inglesa Macmillan, já anunciaram o propósito de não mais imprimir em livros convencionais os seus dicionários. A própria Enciclopédia Britânica já deixou de sair em papel. Existe a questão, inclusive, das edições anteriores dos livros, algumas de imensurável valor histórico, como o "First Follio" da biblioteca de Oxford, volume contendo 36 peças de William Shakespeare, ora em projeto de digitalização, mas ainda em boa parte bem conservado na forma original, apesar de sua publicação há séculos.
A preservação da história representa um dado sobremaneira importante nesse confronto entre as técnicas impressoras do passado e os processos digitais vigentes. Especialistas na preservação de livros alertam para problemas como o ocorrido com a Amazon, editora que, em decorrência de disputas sobre direitos autorais, apagou dois importantes livros do escritor George Orwell, "1984" e "A Revolução dos Bichos". Referido incidente causou o surgimento de uma gigantesca "nuvem computacional", denominação atribuída aos servidores remotos que guardam a memória do que se carrega eletronicamente.
Em decorrência desse fato, constatou-se o prejuízo que pode vir a acarretar o apagamento de uma dessas imensas "nuvens", com incalculáveis perdas para o registro tanto de anteriores civilizações como de interações entre o passado e o futuro dos povos.
Em paralelo à dificuldade de se encontrarem meios de preservar os acervos digitais, evidencia-se a facilidade de se publicarem livros com a utilização dos avançados recursos tecnológicos. Há publicadores que permitem a qualquer pessoa escrever um livro e colocá-lo à venda online, sem recorrer à intermediação, antes imprescindível, de agentes literários, editoras ou livrarias. Embora a maioria desses autores digitais não ultrapasse o limite de algumas centenas de exemplares vendidos, já ocorreram sucessos estrondosos como o de "Cinquenta Tons de Cinza", da escritora inglesa E. L. James, inicialmente surgido por meio de um publicador e, posteriormente, adotado por grandes editoras.
Algo é certo: a linguagem que está sendo gerada pelos escritores virtuais está longe de alcançar a dimensão e a riqueza do estilo de grandes autores celebrizados por livros impressos, nos quais a linguagem flui com a força e a extensão do pensamento, ou até do próprio inconsciente, conforme ocorreu em obras do gênio literário irlandês James Joyce, autor de "Ulysses".
sábado, 11 de maio de 2013
Roger Chartier: "Os livros resistirão às tecnologias digitais"
Especialista em história da leitura afirma que a Internet pode se transformar em aliada dos textos por permitir sua divulgação em grande escala
Cristina Zahar | Nova Escola
Roger Chartier
O francês Roger Chartier - é um dos mais reconhecidos historiadores da atualidade. Professor e pesquisador da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais e professor do Collège de France, ambos em Paris, também leciona na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e viaja o mundo proferindo palestras.
Sua especialidade é a leitura, com ênfase nas práticas culturais da humanidade. Mas ele não se debruça apenas sobre o passado. Interessa-se também pelos efeitos da revolução digital. "Estamos vivendo a primeira transformação da técnica de produção e reprodução de textos e essa mudança na forma e no suporte influencia o próprio hábito de ler", diz.
Diferentemente dos que prevêem o fim da leitura e dos livros por causa dos computadores, Chartier - acha que a internet pode ser uma poderosa aliada para manter a cultura escrita. "Além de auxiliar no aprendizado, a tecnologia faz circular os textos de forma intensa, aberta e universal e, acredito, vai criar um novo tipo de obra literária ou histórica. Dispomos hoje de três formas de produção, transcrição e transmissão de texto: a mão, impressa e eletrônica - e elas coexistem."
No fim de junho, Chartier - esteve no Brasil para lançar seu livro Inscrever & Apagar, em que discute a preservação da memória e a efemeridade dos textos escritos. Nesta entrevista, ele conta como a leitura se popularizou no século 19, mas destaca que bem antes disso já existiam textos circulando pelos lugares mais remotos da Europa na forma de literatura de cordel e de bibliotecas ambulantes. Confira os principais trechos da conversa.
Como era, no passado, o contato das crianças e dos jovens com a leitura?
ROGER CHARTIER A literatura se restringia às peças teatrais. As representações públicas em Londres, como podemos ver nas últimas cenas do filme Shakespeare Apaixonado, e nas arenas da Espanha são exemplos disso. Já nos séculos 19 e 20, as crianças e os jovens conheciam a literatura por meio de exercícios escolares: leitura de trechos de obras, recitações, cópias e produções que imitavam o estilo de autores antigos, como as famosas cartas da escritora Madame de Sévigné (1626-1696) e as fábulas de La Fontaine (1621-1695).
Quando a leitura se tornou popular?
CHARTIER No século 19, surgiu um novo contingente de leitores: crianças, mulheres e trabalhadores. Para esses novos públicos, os editores lançaram livros escolares, revistas e jornais. Porém, desde o século 16, existiam livros populares na Europa: a literatura de cordel na Espanha e em Portugal, os chapbooks (pequenos livros comercializados por vendedores ambulantes) na Inglaterra e a Biblioteca Azul (acervo que circulava em regiões remotas) na França. Por outro lado, certos leitores mais alfabetizados que os demais se apropriaram dos textos lidos pelas elites.O livro O Queijo e os Vermes, do italiano Carlo Guinzburg, publicado em 1980, relata as leituras de um moleiro do século 16.
As práticas atuais de leitura têm relação com as práticas do passado?
CHARTIER É claro. Na Renascença, por exemplo, a leitura e a escrita eram acessíveis a poucas pessoas, que utilizavam uma técnica conhecida como loci comunes, ou lugares-comuns, ou seja, exemplos a serem seguidos e imitados. O leitor assinalava nos textos trechos para copiar, fazia marcações nas margens dos livros e anotações num caderno para usar essas citações nas próprias produções. No século 16, editores publicaram compilações de lugares-comuns para facilitar a tarefa dos leitores, como fez o filósofo Erasmo de Roterdã (1466-1536).
Em que medida compreender essas e outras práticas sociais de leitura pode transformar a relação com os textos escritos?
CHARTIER Os estudos da história da leitura costumam esquecer dois importantes elementos: o suporte material dos textos e as variadas formas de ler. Eles são decisivos para a construção de sentido e interpretação da leitura em qualquer época. Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes (1547-1616), era lido em silêncio, como hoje, mas também em voz alta, capítulo por capítulo, para platéias de ouvintes. Todas as pesquisas nessa área formam um patrimônio comum com o qual os professores podem construir estratégias pedagógicas, considerando as práticas de leitura.
Que papel a literatura ocupa na Educação atual?
CHARTIER A escola se afastou da literatura, principalmente no Brasil, porque está preocupada em oferecer ao maior número possível de crianças as habilidades básicas de leitura e escrita. Mas acredito que os professores devem acolher a literatura novamente, da alfabetização aos cursos de nível superior, como mostram várias experiências pedagógicas. Na França, por exemplo, um filme recém-lançado exibe uma peça do dramaturgo Pierre de Marivaux (1688-1763) encenada por jovens moradores de bairros pobres.
Muitos dizem que desenvolver o gosto dos jovens pela leitura é um desafio.
CHARTIER Certamente. Mas é papel da escola incentivar a relação dos alunos com um patrimônio cultural cujos textos servem de base para pensar a relação consigo mesmo, com os outros e o mundo. É preciso tirar proveito das novas possibilidades do mundo eletrônico e ao mesmo tempo entender a lógica de outro tipo de produção escrita que traz ao leitor instrumentos para pensar e viver melhor.
O senhor quer dizer que a internet pode ajudar os jovens a conhecer a riqueza do mundo literário?
CHARTIER Sim. O essencial da leitura hoje passa pela tela do computador. Mas muita gente diz que o livro acabou, que ninguém mais lê, que o texto está ameaçado. Eu não concordo. O que há nas telas dos computadores? Texto - e também imagens e jogos. A questão é que a leitura atualmente se dá de forma, fragmentada, num mundo em que cada texto é pensado como uma unidade separada de informação. Essa forma de leitura se reflete na relação com as obras, já que o livro impresso dá ao leitor a percepção de totalidade, coerência e identidade - o que não ocorre na tela. É muito difícil manter um contato profundo com um romance de Machado de Assis no computador.
Essa fragmentação dos conteúdos na internet não afeta negativamente a formação de novos leitores?
CHARTIER Provavelmente sim. Na internet, não há nada que obrigue o leitor a ler uma obra inteira e a compreender em sua totalidade. Mas cabe às escolas, bibliotecas e meios de comunicação mostrar que há outras formas de leitura que não estão na tela dos computadores. O professor deve ensinar que um romance é uma obra que se lê lentamente, de forma reflexiva. E que isso é muito diferente de pular de uma informação a outra, como fazemos ao ler notícias ou um site. Por tudo isso, não tenho dúvida de que a cultura impressa continuará existindo.
As novas tecnologias não comprometem o entendimento e o sentido completo de uma obra literária?
CHARTIER Sim e não. A pergunta que devemos nos fazer é: o que é um texto? O que é um livro? A tecnologia reforça a possibilidade de acesso ao texto literário, mas também faz com que seja difícil apreender sua totalidade, seu sentido completo. É a mesma superfície (uma tela) que exibe todos os tipos de texto no mundo eletrônico. É função da escola e dos meios de comunicação manter o conceito do que é uma criação intelectual e valorizar os dois modos de leitura, o digital e o papel. É essencial fazer essa ponte nos dias de hoje.
O novo suporte tecnológico pode auxiliar a leitura, mas não necessariamente o desempenho escolar.
CHARTIER Pesquisas realizadas em vários países mostram que o uso do computador na Educação, quando acompanhado de métodos pedagógicos, melhora, sim, o aprendizado, acelera a alfabetização e permite o domínio das regras da língua, como a ortografia e a sintaxe. É preciso desenvolver políticas públicas que tenham por objetivo a correta utilização da tecnologia na sala de aula.
O senhor acha que o e-paper (dispositivo eletrônico flexível como uma folha de papel) é o futuro do livro?
CHARTIER Os textos eletrônicos são abertos, maleáveis, gratuitos e esses aspectos são contrários aos da publicação tradicional de um texto (que pressupõe a criação de um objeto de negócio). Para ser publicado, um texto deve ser estável. Na internet, os textos eletrônicos continuaram protegidos, ou seja, não podem ser alterados, e têm de ser comprados e descarregados no computador do usuário integralmente. Para mim, a discussão sobre o futuro dos livros passa pela oposição entre comunicação eletrônica e publicação eletrônica, entre maleabilidade e gratuidade.
Ao longo da história da humanidade, acompanhamos a passagem da leitura oral para a silenciosa, a expansão dos livros e dos jornais e a transmissão eletrônica de textos. Qual foi a mais radical?
CHARTIER Sem dúvida, a transmissão eletrônica. E por uma razão bastante simples: nunca houve uma transformação tão radical na técnica de produção e reprodução de textos e no suporte deles. O livro já existia antes de Guttenberg criar os tipos móveis, mas as práticas de leitura começaram lentamente a se modificar com a possibilidade de imprimir os volumes em larga escala. Hoje temos no mundo digital um novo suporte, a tela do computador, e uma nova prática de leitura, muito mais rápida e fragmentada. Ela abre um mundo de possibilidades, mas também muitos desafios para quem gosta de ler e sobretudo para os professores, que precisam desenvolver em seus alunos o prazer da leitura.
É muito fácil publicar informações falsas na Internet. Como evitar isso?
CHARTIER A leitura do texto eletrônico priva o leitor dos critérios de julgamento que existem no mundo impresso. Uma informação histórica publicada num livro de uma editora respeitada tem mais chance de estar correta do que uma que saiu numa revista ou num site. É claro que há erros nos livros e ótimos artigos em revistas e sites. Mas há um sistema de referências que hierarquiza as possibilidades de acerto no mundo impresso e que não existe no mundo digital. Isso permite que haja tantos plágios e informações falsas. Precisamos fornecer instrumentos críticos para controlar e corrigir informações na internet, evitando que a máquina seja um veículo de falsificação.
Quer saber mais?
Bibliografia
A Aventura do Livro, Roger Chartier, 160 págs., Ed. Unesp, tel. (11) 3661-2881, 53 reais
História da Leitura no Mundo Ocidental, vol. 2, Roger Chartier e Guglielmo Cavallo, 248 págs., Ed. Ática, tel. (11) 3990-2100, 35,50 reais
Inscrever & Apagar, Roger Chartier, 336 págs., Ed. Unesp, 35 reais
O Queijo e os Vermes, Carlo Ginzburg, 256 pág., Ed. Cia. das Letras, tel. 0800-014-2829, 19,50 reais
Práticas da Leitura, Roger Chartier, 268 págs., Ed. Estação Liberdade, tel. (11) 3661-2881, 42 reais
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