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quarta-feira, 7 de março de 2018

Dica para TCCs: 7 melhores sites de pesquisa acadêmica

Conheça algumas das mais eficientes ferramentas para buscas científicas

Daniel Ribeiro | TechTudo


Trabalhos acadêmicos, como monografia e TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), devem ser fundamentados por referências teóricas de publicações científicas. Por isso, sites de buscas como Google, Bing ou DuckDuckGo não são a melhor alternativa para quem quer concluir a graduação. Sites como SciELO, periódicos., da CAPES, e até o Google Acadêmico são os mais recomendados na hora de encontrar artigos, periódicos e bases de dados confiáveis para usar em um trabalho. Veja a seguir os sete melhores sites para pesquisas acadêmicas.


Conheça ferramentas recomendadas para pesquisas acadêmicas (Foto: Foto: Divulgação/Microsoft)

1. SciELO
A plataforma SciELO (http://www.scielo.br/), sigla para Scientific Electronic Library Online, é uma biblioteca eletrônica com um acervo selecionado de periódicos científicos brasileiros. Desenvolvida pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e a BIREME (Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde), essa ferramenta conta com o suporte do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).



O motor de busca do SciELO  tem um visual simples, mas oferece recursos muito eficientes (Foto: Daniel Ribeiro) 

A pesquisa pela SciELO oferece acesso a coleções de periódicos como um todo, com informações que vão desde estatísticas de publicação até os fascículos de cada periódico, oferecendo ainda os textos completos de cada artigo. Além disso, o usuário pode visualizar uma série de dados sobre cada revista cientifica, tais como: ISSN, a missão, o corpo editorial etc.



Os resultados da busca por períodicos no SciELO permitem visualizar informações completas sobre revistas científicas (Foto: Daniel Ribeiro) 

Com uma interface simples e prática, a plataforma de pesquisa apresenta três categorias principais de busca: por periódicos, por artigos e por relatórios. Cada uma oferece listas e índices em ordem alfabética, com informações objetivas sobre resultados e eficientes recursos para separar artigos e periódicos encontrados.


Os resultados no SciELO podem ser selecionados e separados da pesquisa principal (Foto: Daniel Ribeiro) 

2. ERIC
ERIC (https://eric.ed.gov/), sigla paraEducational Resources Information Center, é uma base de dados desenvolvida pelo Departamento de Educação dos EUA que oferece acesso a conteúdo da área da educação e temas relacionados. O acervo disponibiliza artigos de periódicos, anais de congresso, conferência, documentos governamentais, teses, dissertações, relatórios, bibliografias, livros e monografias.


O ERIC é um motor de busca com um visual claro e simples (Foto: Daniel Ribeiro) 

Apesar de só oferecer suporte para o inglês, a plataforma tem uma interface que destaca e prioriza sua ferramenta de busca. O usuário tem duas opções de pesquisas pelo ERIC: buscar por coleção de artigos reunidos em seu acervo ou navegar por suas variedades temáticas dos assuntos em seu tesauro.


Contando com um tesauro sofisticado, o ERIC permite buscar melhor os artigos por assuntos (Foto: Daniel Ribeiro) 

A apresentação dos resultados de pesquisas exibe diversos filtros para marcar artigos, tais como: pela data ou tipo de publicação, por assuntos específicos, pelos periódicos de origem, por autores etc. Além disso, cada item apresenta o nome dos autores, o periódico e o ano de publicação, além de trechos do resumo, descritores temáticos e informações ou links sobre o texto completo do artigo.

Os resultados no ERIC apresentam filtros de pesquisas e diversas informações sobre os itens encontrados (Foto: Daniel Ribeiro)

3. Google Acadêmico
Lançado em 2004, o Google Acadêmico (https://scholar.google.com.br/) é uma ferramenta de pesquisa de publicações científicas que apresenta e discrimina resultados em trabalhos acadêmicos, literatura escolar, periódicos de universidades, capítulos de livros e artigos variados.

O Google Acadêmico destaca o campo de pesquisa em sua interface (Foto: Daniel Ribeiro) 

A ferramenta tem uma interface simples e objetiva, apresentando resultados de buscas de forma clara e prática. Os itens listados têm informações sobre o tipo de material encontrado, a autoria, a data de publicação e a quantidade de citações. Além disso, o usuário pode aplicar filtros no material encontrado para separá-los por data, relevância ou idioma.


Os resultados no Google Acadêmico listam várias informações sobre a pesquisa e disponibi
lizam filtros (Foto: Daniel Ribeiro) 

Com sofisticados recursos para pesquisadores e autores, o Google Acadêmico exibe ainda uma série de informações sobre as métricas de citação de periódicos e artigos. Da mesma forma, a plataforma também pode ser integrada uma conta do Gmail, garantindo o acesso a um perfil especial, a biblioteca para guardar resultados e a alertas de publicações de artigos de assuntos específicos.

O Google Acadêmico ainda conta com recursos especiais como biblioteca e alertas (Foto: Daniel Ribeiro) 

4. periodicos (Portal da CAPES)
Desenvolvido pela CAPES, que é a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, o portal .periodicos. (http://www.periodicos.capes.gov.br/) disponibiliza o texto integral de artigos de milhares de revistas científicas brasileiras e internacionais. Além disso, a plataforma também conta com mecanismos de busca que pesquisam em dezenas de bases de dados, ampliando bastante a abrangência de seus resultados.

O .periódicos. tem uma interface moderna, bonita e prática (Foto: Daniel Ribeiro) 

Totalmente em português e com um visual sofisticado, a interface apresenta alternativas para pesquisar por assuntos, periódicos, livros ou bases de dados. Da mesma forma, a plataforma também apresenta notícias, agenda de eventos científicos e opções para navegar por conteúdos em diferentes tipos de mídias.

A plataforma da CAPES ainda apresenta notícias e opções de navegação pela categoria das mídias (Foto: Daniel Ribeiro) 

Os resultados de buscas no .periodicos. são apresentados de forma clara e objetiva, destacando uma série de informações sobre os artigos, bem como diversos filtros para especificar as pesquisas por data, assunto, autoria etc.

Com uma apresentação de resultados cheia de informações, o .periódicos. é uma excelente ferramenta para pesquisas científicas (Foto: Daniel Ribeiro)

5. BDTD

Desenvolvida pelo IBICT (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia), a BDTD, sigla para Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (http://bdtd.ibict.br/vufind/), reúne um acervo com milhares de publicações de trabalhos acadêmicos, integrando o sistema de dezenas de instituições de ensino e pesquisa do Brasil.


A BDTD reúne um acervo com milhares monografias, teses e TCC de instituições de ensino (Foto: Daniel Ribeiro) 

Destacando o recurso de buscas, a plataforma exibe o resultado com informações de forma clara e prática sobre a autoria e a data da defesa. Com fácil acesso ao texto integral de cada item, o usuário ainda pode refinar suas pesquisas com os diversos filtros na parte esquerda da interface.

Os resultados das pesquisas na BDTD apresentam informações específicas sobre os trabalhos acadêmicos (Foto: Daniel Ribeiro) 

A BDTD também oferece um recurso de busca avançada com vários mecanismos para conectar diferentes termos e assuntos, bem como autores, tipos de documentos e palavras em resumos. Além disso, este tipo de pesquisa permite limitar os resultados a datas, idiomas e categorias documentais.

A pesquisa avançada da BDTD oferece ferramentas para juntar e limitar termos (Foto: Daniel Ribeiro) 

6. Science.gov
A plataforma Science.gov (https://ciencia.science.gov/) é uma iniciativa integrada de dezenas de agências e órgãos dos EUA que oferece pesquisas em mais de 60 bases de dados e em mais de 2.200 sites governamentais. Com uma versão em inglês e outra em espanhol, o portal refina resultados de buscas em milhões de páginas cientificas dos Estados Unidos e de países da Europa.

Em um visual prático e bonito, o Science.gov oferece suporte para inglês e espanhol (Foto: Daniel Ribeiro) 

O motor de pesquisa do Science.gov é poderoso e tem tradução para os dois idiomas do site, apresentando os assuntos, a autoria e informações sobre a publicação de cada item.

O motor de buscas da ferramenta Integra os resultados em inglês e espanhol (Foto: Daniel Ribeiro) 

A interface apresenta abas de categorias com os tipos de documentos encontrados e resumos com informações sobre as buscas. Da mesma forma, o usuário ainda pode navegar por uma moderna apresentação visual que exibe os principais assuntos encontrados.

O Science.gov ainda conta com uma apresentação visual das buscas, detalhando a relevância e abrangência de outros assuntos (Foto: Daniel Ribeiro) 

7. ScienceResearch.com
Desenvolvido por uma associação de instituições de pesquisa, o portal ScienceResearch.com utiliza uma tecnologia de pesquisa que faz buscas através da “deep web”, apresentando uma enorme quantidade de resultados.


Em um visual simples e claro, o ScienceResearch.com destaca seu motor de buscas (Foto: Daniel Ribeiro) 

Com centenas de coleções de acervo de ciência e tecnologia, além de ferramentas de buscas simples e avançadas, o ScienceResearch.com apresenta itens com texto integral, elimina conteúdos duplicados e classifica a relevância dos termos da pesquisa.


A ferramenta de busca avançada do ScienceResearch.com permite persquisar em coleções de acervo de ciência e tecnologia (Foto: Daniel Ribeiro) 

Os mecanismos do ScienceResearch.com para refinar resultados são sofisticados e bem variados. O usuário pode utilizar filtros de artigos por assunto, autoria, periódico e data, selecionar uma coleção temática especifica do portal ou ranquear a apresentação dos itens encontrados pela relevância, data, titulo e nome do primeiro autor.

Com inúmeros filtros, ranqueamentos e informações sobre a pesquisa, o ScienceResearch.com é um excelente motor de buscas científicas (Foto: Daniel Ribeiro)

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Mórmons ajudam a descobrir raízes


Vocês querem catalogar a humanidade inteira, é isso? A pergunta deste repórter não tirou o foco de Mario Silva, gerente de relacionamento do FamilySearch no Brasil. “Olha, sabemos que é algo impossível. Mas nossa pretensão é fazer o máximo possível nessa direção”, respondeu ele, ciente de que dados de sua instituição guardam 3,5 bilhões de cópias de documentos, microfilmados, em um imenso arquivo-cofre de mais de 6 mil m² na Granite Mountain, em Salt Lake City, nos Estados Unidos.

Estamos falando do maior acervo de registros genealógicos do mundo, trabalho iniciado em 1894 pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, os mórmons. Para esses religiosos, pesquisar a genealogia é mais do que uma curiosidade.

“De acordo com nossa doutrina, os laços familiares são eternos”, explica Silva. “Assim, somos incentivados a conhecer os antepassados.”

Aos poucos, em esforço que hoje mobiliza 10 mil arquivos e mais de 200 mil voluntários em todo o mundo, o FamilySearch foi montando seu impressionante acervo. No sistema, hoje digitalizado, estão livros de cartórios e de cemitérios, fichas de imigrantes, certidões emitidas por igrejas católicas e diversos outros tipos de documentos que ajudam a reconstituir árvores genealógicas.

“Entendemos que seria egoísmo restringir essas informações apenas aos membros da igreja”, afirma Silva. Desde 1999, com o lançamento do site www.familysearch.org, o acesso a tais materiais pode ser feito de qualquer lugar. Atualmente, o site recebe 10 milhões de visitantes por dia. Já são 9 milhões os usuários cadastrados. No sistema, há um banco de 6 bilhões de nomes.

Dos 305 Centros de História da Família do Brasil, um terço está no Estado de São Paulo. A reportagem esteve no maior deles, que fica na sede da igreja no bairro do Caxingui, na zona oeste. Voluntários e funcionários da igreja auxiliam nas pesquisas em computadores e incentivam as pessoas a mergulharem fundo nas suas genealogias. Por mês, o endereço recebe cerca de 300 interessados. “A maior parte é da igreja mesmo. Mas ultimamente tenho observado um número cada vez maior de interessados em descobrir detalhes de antepassados para pleitear dupla cidadania”, comenta Marisa Cuellar, diretora desse Centro de História da Família.

De volta ao passado

Quando um antepassado é encontrado, a comemoração costuma ser compartilhada. Foi assim quando a advogada Magna Pereira da Silva, de 65 anos, encontrou o registro de nascimento de seu avô, Afonso Aloi, italiano da Calábria. “O único documento dele que eu tinha era sua certidão de óbito, já que ele morreu aqui no Brasil há 53 anos”, conta. “Mas nela não estava informado o local de nascimento na Itália, então tive de olhar página por página, de várias cidades, até encontrar.”

Muito além da simples curiosidade, o documento será importante para os planos futuros de Magna. Ciente da localização e data exata do nascimento de seu antepassado, ela vai solicitar agora à Itália a cópia da certidão de nascimento do avô para que possa dar início ao processo de reconhecimento de cidadania italiana.

Uma das mais assíduas pesquisadoras é a administradora de empresas Adriana da Cunha Sinibaldi, 39 anos, frequentadora do centro desde os 16. “Pesquisa genealógica não é algo rápido”, diz ela. Como o sistema permite que o usuário vá alimentando sua própria árvore genealógica e esta se cruze com outros pesquisadores com antepassados em comum, as ramificações vão recuando no tempo. “No mais longo ramo da minha família cheguei a 166 gerações”, conta.

Mas de onde vem toda essa informação? No Brasil, é o gerente Mario Silva quem se encarrega de fazer as parcerias. Firma acordos com cartórios, com igrejas católicas, com arquivos. “Oferecemos a digitalização gratuita de todo o material em troca de termos uma cópia. Não há dinheiro envolvido”, afirma.

No País, os mórmons têm 30 câmeras trabalhando simultaneamente. Cada uma tem capacidade de produzir 50 mil imagens por mês. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sexta-feira, 31 de março de 2017

Confira 10 bancos de dados para auxiliar pesquisas e aprovação em mestrado e doutorado


Base de dados permitem download de teses e dissertações e acesso a revistas de alto impacto
Quando você vai escrever um artigo ou elaborar um projeto de pesquisa e precisa de boas referências, seja para se inteirar melhor sobre o assunto ou ter ideias, você sabe onde procurar? Na coluna #UFJFoportunidades desta semana, separamos dez bases de dados digitais que reúnem artigos, revistas científicas, dissertações, teses e outros materiais.

O conteúdo é útil para a elaboração de estudos científicos, como trabalhos de conclusão de curso e projetos de mestrado e doutorado. Em seleção de programas de pós-graduação, o emprego de referências atuais e de alto impacto podem contribuir para a aprovação do candidato.

Para quem já é aluno ou é professor, as referências dos bancos de dados auxiliam a ter contato com a produção acadêmica de outros pesquisadores e a ampliar a base teórica. Veja a lista:

1 - Repositório Institucional da UFJF 
A base de dados da UFJF inclui desde trabalhos de conclusão de curso a dissertações e teses. O conteúdo pode ser pesquisado por assunto, autor, data de publicação, temas e outras entradas.  

2 - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações
Mantida pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, a Biblioteca Digital reúne, em um só portal de busca, teses e dissertações defendidas em todo o país e por brasileiros no exterior. No site, há métrica que indica o número de visualizações de cada trabalho, fazendo um ranking - útil para identificar quais trabalhos estão sendo mais usados como referência.

3 - SciELO - Scientific Electronic Library Online (Biblioteca Científica Eletrônica On-line)
Base de dados voltada para a publicação de artigos científicos, principalmente desenvolvidos em países da América Latina e do Caribe. Um dos pontos de destaque do Scielo é o desenvolvimento de métricas sobre o impacto dos artigos publicados, de acordo com o alcance.

4 - Periódicos Capes
O portal Periódicos Capes oferece acesso a textos completos e de artigos selecionados de mais de 21.500 revistas nacionais e internacionais. Neste mês, a Capes lançou o aplicativo para celular .periodicos. 

5 - Microsoft Academic Search e HighBeam
Desenvolvido em inglês, o Academic Search oferece acesso a mais de 38 milhões de publicações acadêmicas em todas as línguas. Traz ainda imagens, gráficos e outros recursos. Já o HighBeam disponibiliza artigos, mas o diferencial é permitir ao usuário fazer buscas de acordo com o seu perfil, variando entre estudante, professor ou buscas generalizadas. Essa funcionalidade ajuda a obter artigos mais precisos com o que se procura.

6 - ArXiv 
Em inglês, o ArXiv é um repositório temático especializado em física, matemática, computação, estatística e biologia.

7 - Lexml 
Totalmente focada na área de direito, o Lexml reúne uma vasta base de informação legislativa e jurídica, abrangendo desde trabalhos acadêmicos a leis, decretos, acórdãos, súmulas, projetos de lei entre outros documentos das esferas federal, estadual e municipal dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. No site, o aluno de direito encontra um grande compilado com informações úteis para pesquisa.

8 - Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados 
O site tem um acervo vasto, em que, além de trabalhos acadêmicos e de pesquisa realizados pelos servidores, disponibiliza livros e revistas editados pela Câmara, obras raras, publicações em áudio, documentos e publicações do acervo, relacionadas à atividade legislativa.

9 - Arca 
Criado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o banco de dados é um repositório institucional desenvolvido para disseminar e preservar a produção intelectual produzida pela instituição. A Arca reúne e dá visibilidade a toda produção científica desenvolvida  pela pesquisa pública em saúde do país.

10 - Biblioteca Virtual em Saúde
Considerada referência para a área, a biblioteca concentra fontes de informação em saúde voltadas para pesquisas e projetos científicos. O repositório possui foco em Ciências da saúde (Medline, Lilacs, Cochrane); Medicina por evidência e outras áreas específicas da saúde.

Outras universidades também têm seus próprios repositórios institucionais. Acesse a relação de bancos de dados.

via Ufjf Notícias

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Base de dados de vítimas do Holocausto chega a 1 milhão de nomes

Projeto on-line é livre e aberto, com trabalho coletivo de voluntários
   
O Globo
No Dia Internacional das Lembranças às Vítimas do Holocausto, homem entra no campo nazista de Sachsenhausen, a 30 quilômetros de Berlim - Markus Schreiber / 

Um esforço inovador para conseguir nomes de vítimas do Holocausto chegou a um marco: já tem 1 milhão de registros de pessoas mortas pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial.

O World Memory Project é uma iniciativa do Museu do Holocausto dos Estados Unidos e o site Ancestry.com, especializado em descobrir genealogias. É um esforço colaborativo e aberto, onde voluntários trabalham de casa lendo e organizando documentos para que as vítimas sejam identificadas facilmente, por nome.

Lançado em 2011, o projeto tem 3,3 milhões de documentos escaneados (o museu tem outros 167 milhões). Mas analisar todos demanda tempo, e, no momento, há apenas 3,5 mil contribuidores. Ainda assim, em cinco anos, a base de dados já tem 1 milhão de nomes de vítimas, eternamente registrando as pessoas que os nazistas tentaram apagar da existência.

Sem o trabalho aberto, o esforço seria incrivelmente mais difícil: nos primeiros seis meses, ainda em 2011, o projeto recebeu 765 mil arquivos. Antes, apenas com os esforços do museu, eram mil por mês.

Segundo uma entrevista de Quinton Atkinson, um dos diretores do projeto, os voluntários vão desde crianças de 12 anos, com ajuda dos pais para falar da família, até sobreviventes do Holocausto com 80 anos.

Uma das voluntárias é Patricia Lewin, uma médica americana aposentada, que mora em Los Angeles. Ela já indexou os registros de 79 mil pessoas. No processo descobriu que teve parentes mortos no Holocausto, embora não seja judia.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Diretório de fontes acadêmicas de acesso aberto


O ROAD, Directory of Open Access Scholarly Resources é um serviço oferecido pelo Centro Internacional do ISSN, com o apoio do Setor de Comunicação e Informação da UNESCO. 

Desde 2013 o ROAD proporciona acesso gratuito a um subconjunto de ISSN Registrados. Este subconjunto compreende registros bibliográficos que descrevem fontes acadêmicas em acesso aberto que tenha sido atribuído um ISSN pela Rede ISSN: periódicos, anais de conferências e repositórios acadêmicos. Fornecendo um único ponto de acesso a diferentes tipos de fontes acadêmicas on-line publicados em todo o mundo disponíveis gratuitamente.








quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

O tesouro da memória da CIA


Agência americana publicou cerca de 2.500 documentos que foram entregues a presidentes americanos

Elio Gaspari | O Globo

Em setembro do ano passado, a Central Intelligence Agency colocou na rede um tesouro com cerca de 2.500 documentos com as sinopses diárias que eram entregues de manhã ao presidente dos Estados Unidos entre 1961 e 1969. Coisa que só a democracia americana é capaz de fazer, pois a brasileira até hoje escamoteia análises que eram mandadas semanalmente pelo Serviço Nacional de Informações aos generais-presidentes.

As sinopses da CIA enviadas ao presidente John Kennedy entre 1961 e 1963 têm um máximo de cinco páginas, com 20 tópicos. Com a posse de Lyndon Johnson, que não gostava de lê-las, elas encolheram e às vezes cabiam numa só folha. No material liberado ainda há trechos embargados, escondendo uns 10% do conjunto.

Lendo esses papéis, vai-se à alma do governo americano durante a Guerra Fria, sobretudo com o Vietnã. As sinopses não refletem tudo o que a CIA informava, mas apenas o que dizia ao presidente naquela hora. Em relação ao Brasil, tomando-se como amostra apenas essas sinopses, a CIA forçava a barra e, num caso, mentiu.

Em 1961, diante da inesperada renúncia do presidente Jânio Quadros, ela deu de barato que o vice-presidente João Goulart, “fortemente esquerdista”, deveria ser o sucessor de Jânio. Três dias depois da renúncia, com o país correndo o risco de ter uma guerra civil, ela informou a Kennedy que os dispositivos da Constituição eram “complicados”. Não podiam ser mais claros: assumiria o vice. Na primeira hora a CIA parecia torcer para que o veto dos ministros militares a Jango prevalecesse.

Os tópicos são secos, com pouquíssimos momentos de humor. Um deles, do dia 2 de março de 1967, conta em 15 linhas o encontro do general Vernon Walters, adido militar no Brasil, com o presidente Castello Branco, que deixaria o governo duas semanas depois. Castello elogiou o marechal Arthur da Costa e Silva, seu sucessor, e Walters contou-lhe algumas piadas que rondavam a figura de “seu” Arthur. O cabeça-chata Castello riu de uma delas, segundo a qual, depois de ter sido presidido por três anos por um presidente sem pescoço, o Brasil seria governado por outro, sem cabeça. A CIA sempre temeu que Costa e Silva levasse a vaca para o brejo (outra piada dizia que o marechal mobilizara o Exército para descobrir quem roubara sua biblioteca, pois não acabara de colorir o segundo volume).

Às vezes a CIA errava no curto prazo, mas era profética. Em fevereiro de 1966, numa rara análise alentada, listou três dirigentes chineses com possibilidades de vir a governar a China depois de Mao Zedong. O primeiro era o presidente Liu Shao Shi. Depois vinha o primeiro-ministro Zhou Enlai. Estourou a Revolução Cultural, Liu foi para a cadeia e morreu em circunstâncias lastimáveis, Zhou foi escanteado, e o terceiro viu-se transformado em operário numa pequena cidade. Seu filho, jogado de uma janela, ficou paralítico.

Chamava-se Deng Xiao Ping, deu a volta por cima e, depois da morte de Mao, em 1976, construiu a nova China.

• Serviço: “The Collection of Presidential Briefing Products from 1961 to 1969” está na rede.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Infoamazônia


Geoprocessamento que utiliza diversas bases de dados e satélites para criar mapas contextualizados, inovadores, com gráficos, reportagens e informação independente - dados do governo são frequentemente contestados, mostrados lado a lado com outras fontes. Um dos destaques é o mapa de calor da Amazônia, com incêndios em tempo real, atualizados de hora em hora. Gustavo Faleiros, um dos criadores, explica que os mapas e as bases de dados são parte integrante da narrativa. Para além dos mapas, estão desenvolvendo um sistema de baixo custo para analisar a qualidade da água que poderá beneficiar populações inteiras no norte do país. Com isso, foram premiados no Desafio de Impacto Social do Google.



via Le Monde Diplomatique Brasil

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Veneno: nasce base de dados europeia para desenvolvimento de drogas



via AFP /Agence France-Presse | Estado de Minas

Serpentes, escorpiões, aranhas, anêmonas do mar, formigas, lagartos: o maior banco de dados do mundo sobre as peçonhas, fonte potencial de futuros medicamentos (diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade...), será criado a partir do projeto europeu Venomics.
Ao final de quatro anos de trabalho, esta base de dados única estará acessível aos pesquisadores na internet no final deste mês - informou nesta sexta=feira Frédéric Ducancel, do Instituto de doenças emergentes e terapias inovadoras (CEA-IMETI), membro do consórcio Venomics, apresentando um primeiro balanço.

O banco vai colocar a disposição mais de 25.000 sequências de toxinas (análises genéticas) provenientes de amostras de 203 espécies animais, indo de alguns gramas (como a maioria das aranhas) a vários quilos, como a serpente mamba.

Cerca de 4.000 toxinas (mini-proteínas ou "peptídeos") puderam ser produzidas in vitro a partir dos venenos estudados e são objeto de estudo. Eles são armazenados em Saclay, nos arredores de Paris.

"Este inventário mostrou que metade do que foi identificado nos venenos estudados não correspondia a nada do que era conhecido, nos planos genético e biológico", segundo o pesquisador.

Na história da farmacologia, já existem exemplos de medicamentos extraídos da pesquisa sobre as peçonhas, como o anti-diabetes Byetta (saliva do mostro-de-gila, um lagarto venenoso) ou o analgésico Prialt (veneno de um caracol).

As tecnologias modernas (como a genômica, o sequenciamento de DN em grande escala, estudo das proteínas) permitiram acelerar a pesquisa das moléculas candidatas a tornar-se medicamentos nos campos da obesidade, diabetes, alergias, imunologia, doenças cardiovasculares, até mesmo do câncer. Cerca de trinta já foram recuperadas.

O projeto Venomics, que obteve um financiamento europeu de 6 milhões de euros, associa parceiros de cinco países europeus (Bélgica, Dinamarca, Espanha, França e Portugal), do privado e do público. Mas os pesquisadores esperam poder encontrar novos financiamentos para dar continuidade a esta pesquisa.

"Há cerca de 150.000 a 200.000 espécies venenosas, talvez até mais, que representam dezenas de milhões de moléculas potenciais", afirmou Ducancel.

Duas outras bases de dados deste tipo já existem no mundo, uma para as cobras e outra para as aranhas.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Países acordam para criar biblioteca global de sementes

Sementes: o acordo servirá para melhorar as variedades de plantas destinadas à alimentação e à agricultura, informou a FAO

Grãos de soja em uma fazenda do Paraná

Da EFE | Exame

Delegados de 136 países aprovaram nesta sexta-feira a criação de uma "biblioteca global" com dados de sementes que servirá para melhorar as variedades de plantas destinadas à alimentação e à agricultura, informou a FAO.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) explicou em comunicado que os países signatários do tratado internacional de recursos fitogenéticos decidiram estabelecer uma porta de acesso à informação sobre este material recopilada nos diferentes países.

O novo sistema de informação global conterá uma "biblioteca virtual de genes que incluirá dados de bancos de sementes, centros de pesquisa e organizações de agricultores", disse o secretário do tratado, Shakeel Bhatti.

Ainda que demore a entrar em vigor devido aos "muitos interesses envolvidos", a iniciativa permitirá facilitar o trabalho dos pesquisadores, que poderão saber onde se encontra a informação que necessitam, segundo a nota.

Até agora, governos e organizações armazenavam o material genético separadamente, sem que houvesse uma porta de acesso única aos dados.

A primeira contribuição ao novo sistema foi feita pelo Instituto Internacional de Pesquisa do Arroz (IRRI), que cedeu o patrimônio genético de mais de 3.000 variedades de arroz para que esteja disponível ao público em geral.

O conhecimento das sequências do genoma dessas variedades contribuirá para desenvolver cultivos mais sustentáveis e resistentes a pestes, inundações e secas. 

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Focas trazem as últimas novidades sobre os oceanos

Focas equipadas com sensores mandam dados sobre salinidade e temperatura das águas mais gélidas e remotas do planeta. Fotos: Universidade Saint Andrews/Divulgação

"Mudanças nos oceanos polares têm ramificações globais e uma influência significativa sobre o clima e as condições de tempo", diz Lars Boehme, professor da Universidade de Saint Andrews, na Escócia. Ele é um dos pesquisadores envolvidos na coleta de dados através de sensores acoplados a focas, exploradoras contumazes das águas mais frias do planeta. Em mergulhos que podem atingir até 1.800 metros de profundidade, os animais geram dados sobre salinidade e temperatura das águas.

Esse esforço de pesquisa começou em 2004 e o seu resultado até agora é um banco de dados com 400 mil observações, um dos maiores do mundo. "A informação enviada a nós [via satélite] fornece detalhes do ambiente próximo a cada foca. É como se fosse um tweet", diz Boehme.

O projeto se chama Marine MammalsExploringthe Oceans Pole-to-pole (MEOP), em tradução livre, "Mamíferos marinhos explorando os oceanos de pólo a pólo". A melhor parte é que desde o início deste mês de junho os dados do projeto passaram a ser abertos a todos os interessados.

Uma foca-elefante fêmea com sensor.

Para instalar os sensores, as focas são capturadas e imobilizadas. Os sensores são montados na cabeça, mas não machucam os animais e caem sozinhos com o tempo.

Segundo Mike Fedak, professor de biologia da Saint Andrews, "A coleta feita pelos animais é uma inovação interessante na pesquisa de oceanos. Mas, talvez, a parte mais importante é que esses dados advindos de lugares remotos e inacessíveis nos permitem ter uma visão muito mais clara do estado em que estão os oceanos do mundo".

Os pesquisadores que tiveram acesso inicial aos dados já os usaram para produzir mais de 70 trabalhos científicos.

E enquanto os focas - apelido para jornalista iniciante - correm atrás de notícias, as focas passaram a se aventurar pela ciência.

Os dados recolhidos pelas focas podem ajudar os cientistas a compreender melhor as rápidas mudanças do ambiente antártico.


Com informações da Universidade de Saint Andrews

via Oeco

terça-feira, 9 de junho de 2015

Base de dados livre informa sobre o aquecimento da floresta amazônica


A Universidade espanhola de Valência lançou uma nova base de dados de livre acesso para o acompanhamento do aquecimento da Floresta Amazônica, já que, através de informações por satélite, permite a monitoração detalhada de florestas tropicais e sua relação com anomalias térmicas.

Segundo informaram nesta terça-feira fontes acadêmicas, a base de dados está instalada no Parque Científico da Universidade de Valência e o trabalho foi realizado em colaboração com a Universidade do Chile e a Universidade de Oxford.

A Thermal Amazoni@, uma base de dados de livre acesso e em contínua atualização, proporciona informação valiosa para o estudo do comportamento de ditos florestas perante a mudança climática.

Por enquanto, cerca de mil consultas procedentes de universidades, centros de pesquisa e organismos públicos de todo o mundo foram feitas ao longo dos dois últimos meses.

A floresta Amazônica é um dos ecossistemas com maior capacidade para regular os níveis de CO2 atmosférico, já que alguns estudos apontam que esta floresta tropical atua como um importante sugador de carbono, absorvendo cerca de 25% do carbono terrestre residual.

No entanto, ainda existe uma grande incerteza sobre a resposta das selvas tropicais aos futuros mudanças do clima e da composição atmosférica.

via Terra

terça-feira, 19 de maio de 2015

Publicações internacionais sobre biodiversidade ganham acesso livre



SciELO integra consórcio que digitaliza coleções de bibliotecas das principais instituições de pesquisa com acervo relevante sobre biodiversidade (foto: Leandro Negro/Ag.FAPESP)

Elton Alisson | Agência FAPESP - As coleções de livros e outras publicações em papel pertencentes às bibliotecas das principais instituições de pesquisa no mundo - incluindo as do Brasil -, com acervos relevantes sobre biodiversidade, estão sendo digitalizadas e disponibilizadas para acesso livre na internet por meio do consórcio internacional de bibliotecas botânicas e de história natural Biodiversity Heritage Library (BHL).

Lançada em 2006, nos Estados Unidos, com o objetivo de tornar a literatura mundial sobre biodiversidade disponível por meio do acesso aberto e facilitar seu uso em projetos de pesquisa e outros fins, a iniciativa evoluiu e resultou na criação da rede global da BHL (gBHL), com a participação da África do Sul, Austrália, China, Egito, Estados Unidos e Europa. O Brasil integra a iniciativa por meio da rede BHL-SciELO.

Liderada pelo programa SciELO, da FAPESP, a rede envolve o programa BIOTA, também da Fundação, além da Sociedade Brasileira de Zoologia e os sistemas de informação e coleções de bibliotecas das Fundações Zoobotânica (FZB), Biblioteca Nacional (FBN) e Oswaldo Cruz (Fiocruz); Institutos Butantan, de Botânica do Estado de São Paulo (Ibot) e de Pesquisas da Amazônia (Ipam); Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ); museus Nacional, Paraense Emilio Goeldi e de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZ-USP); e a Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Entre os dias 6 e 8 de maio, a rede global da BHL realizou no Instituto Butantan e na FAPESP a sua primeira reunião em um país da América Latina.

“A proposta de criação da rede BHL-SciELO surgiu de um projeto conjunto entre a Sociedade Brasileira de Zoologia, o Museu de Zoologia da USP e o programa SciELO, e sua implementação foi discutida, em 2006, em uma assembleia de pesquisadores da área realizada durante a COP-8 [Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB)], em Curitiba”, disse Abel Packer, diretor do programa SciELO na abertura da reunião, na FAPESP. “Desde então, percorremos um longo caminho até o lançamento da BHL-SciELO, em 2010.”

A criação e o desenvolvimento da rede foram financiados por meio do projeto SciELO Biodiversidade, apoiado pela FAPESP no âmbito do programa BIOTA e de projetos de digitalização on-line de coleções de obras essenciais em biodiversidade das bibliotecas brasileiras apoiados pela Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente.

“O Ministério do Meio Ambiente financiou a infraestrutura de digitalização dos documentos das bibliotecas das instituições participantes. Por sua vez, a FAPESP financiou a organização, tratamento e publicação das fontes de informação”, explicou Packer.

De acordo com Packer, estima-se que 25% da produção científica brasileira relacionada à biodiversidade seja publicada em periódicos brasileiros, sendo a maioria indexada e publicada em acesso aberto pela SciELO.

Há uma série de documentos relevantes relacionados ao tema, contudo, que só está disponível em papel nas bibliotecas de universidades e instituições de pesquisa na área, ponderou.

“Nossa proposta é preencher essa lacuna na publicação de conteúdos sobre a biodiversidade brasileira com um esforço mais exaustivo possível de digitalizar todo o material relevante que está em papel e disponibilizá-lo on-line para que possa interoperar com artigos e periódicos publicados na SciELO e outras fontes de informação”, disse Packer.

“Além disso, o objetivo é tornar esse material disponível globalmente e ingressá-lo no fluxo internacional de informação por meio da rede global da BHL”, explicou.

Foram digitalizados nos últimos três anos 869 documentos, provenientes de quatro bibliotecas - Museu de Zoologia da USP (232), Jardim Botânico do Rio de Janeiro (176), Instituto Butantan (285) e Museu Paraense Emílio Goeldi (176) -, que estão com indexação pendente.

A meta é digitalizar até o fim de 2016, ao todo, mais de 2 mil obras sobre biodiversidade consideradas relevantes, contou Packer.

“Estimamos que seria necessário digitalizar entre 3,5 mil e 4 mil obras para fazer uma cobertura exaustiva dos documentos relevantes sobre biodiversidade que estão em papel nas bibliotecas das instituições de pesquisa brasileiras”, disse.

A SciELO tem hoje 45 revistas indexadas e em acesso aberto relacionadas à biodiversidade, publicadas por seis países das Américas: Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Chile e México. Além disso, a biblioteca virtual desenvolveu uma coleção sobre legislação em biodiversidade que deverá ser atualizada até o fim de 2015.

Outra novidade da biblioteca é um tesauro (lista de palavras semelhantes, dentro de um domínio específico de conhecimento) em biodiversidade, em português, inglês e espanhol. “Esse tesauro contribuirá para os processos de indexação automática de conteúdos e possibilitará ao usuário fazer buscas em diversos idiomas”, avaliou Packer.

Acesso à informação qualificada

Na avaliação de Carlos Joly, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador do programa BIOTA-FAPESP, o acesso à informação qualificada sobre biodiversidade é uma ferramenta de suma importância para o fortalecimento da comunidade científica nacional e internacional e representa um dos principais gargalos para a realização de diagnósticos de biodiversidade em diferentes regiões do mundo.

“De maneira geral, a informação sobre biodiversidade no mundo é fragmentada, dispersa e, muitas vezes, de difícil acesso, porque está disponível apenas em literatura não publicada, como teses, monografias e relatórios, e mesmo quando está publicada, não há a possibilidade de ser usada para o aperfeiçoamento de políticas públicas porque os dados são pontuais”, avaliou o pesquisador em sua palestra durante o evento.

“Foi por isso que quando foi criado o programa BIOTA-FAPESP começou a ser desenvolvido um mecanismo para reunir informações altamente técnicas, combinadas com uma base cartográfica e com acesso aberto, pela internet, que permitisse o uso dessas informações para formulação e aperfeiçoamento de políticas públicas”, contou.

Denominado SinBIOTA, o banco de dados sobre biodiversidade do programa BIOTA-FAPESP reúne toda a informação taxonômica das espécies coletadas nos biomas do Estado de São Paulo, incluindo onde, como, em que condições e por quem foram coletadas.

O banco de dados do BIOTA integra o Global Biodiversity Information Facility (GBIF), ao qual a BHL pretende se integrar.

“Esperamos que a base do GBIF possa ser usada pela Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos [IPBES, na sigla em inglês] para a realização de diagnósticos regionais”, disse Joly, que é membro do painel multidisciplinar de especialistas da entidade internacional criada em 2012 com a função de sistematizar o conhecimento científico acumulado sobre biodiversidade para subsidiar decisões políticas no âmbito internacional.

“Estamos implementando um programa de trabalho bastante ambicioso no âmbito do IPBES e um dos gargalos que identificamos para fazer diagnósticos de biodiversidade em diferentes regiões do mundo é o acesso à informação qualificada. Certamente o GBIF e a BHL serão parceiros estratégicos para que possamos avançar nesse sentido”, avaliou.

Até o momento, a BHL já digitalizou mais de 45 milhões de páginas de mais de 159 mil publicações das bibliotecas que integram o consórcio.

“O número de visitantes das páginas atingiu em 2014 a marca de mais de 927 mil”, disse Nancy Gwinn, presidente do conselho de membros da BHL e diretora do Smithsonian Institution Libraries.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

GlobalStat: base de dados estatísticos



Estatísticas desempenham cada vez mais um papel vital em muitos domínios da nossa vida política e social. Como consequência, a proliferação surpreendente de estatísticas e da utilização generalizada de indicadores como instrumentos para avaliar nossas sociedades, aumentam a demanda por recursos estatísticos confiáveis ​​e acessíveis ao público. 

A GlobalStat, uma parceria entre a Fundação Francisco Manuel dos Santos - FFMS (Portugal) e o Instituto Universitário Europeu, possui indicadores agrupados em 12 áreas temáticas e três áreas transversais que facilitam a consulta dos dados. Cada área temática é dividida em vários sub-temas que incluem uma série de dados estatísticos.

São mais de 80 fontes de informação internacionais cobrindo dados desde 1960,  de 193 países, em um total de mais de 500 indicadores.




terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Odontologia Baseada em Evidências



A American Dental Association - ADA criou o Centro de Odontologia Baseada em Evidências (EBD) para conectar os últimos resultados da investigação com a prática diária da medicina dentária. O site EBD fornece acesso sob demanda para revisões sistemáticas, resenhas críticas e recomendações clínicas que traduzem as últimas descobertas acadêmicas em um formato fácil de entender.



segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

OVNIs: documentos oficiais



O Historiador americano John Greenewald passou quase duas décadas solicitando informações desclassificadas do governo dos EUA sobre OVNIs. 

Recentemente, ele postou mais de 100.000 páginas de documentos sobre os inquéritos internos de OVNIs da Força Aérea os EUA (Project Blue Book) no período de 1947 a 1969 na a internet.



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Arquivo de Easter Eggs



The Easter Egg Archive está no ar desde 1995, e foi desenvolvido por um casal apaixonado por engenharia da computação. O site apesar de seu visual simples, nos apresenta uma base de dados recheada de "Ovos de páscoa", os famosos easter eggs, apelido que recebem as surpresas escondidas em filmes, músicas, livros etc






domingo, 3 de agosto de 2014

Centro põe na internet 50 anos de imagens de primatas ameaçados

Universidade de Duke, nos EUA, abre acesso de 'maior e mais diversa' base de dados sobre lêmures e outras espécies anteriores ao macaco.

Da BBC | G1

Os lêmures estudados, como este bebê, são pesados ao longo de suas vidas. A ferramenta inclui informações de todos os estágios da vida dos animais, do nascimento até a velhice. 

O centro de pesquisas sobre lêmures da Universidade de Duke, nos EUA, disponibilizou na internet uma base de dados de 48 anos sobre a vida de milhares destes primatas em risco de extinção.

Os visitantes podem baixar e conhecer os dados de cerca de 3,6 mil animais, a maior e mais diversa coleção de lêmures fora de Madagascar, segundo o centro.
A base de dados pode ser acessada neste link: http://datadryad.org/resource/doi:10.5061/dryad.fj974.

As informações cobrem todos os estágios da vida dos lêmures, do nascimento à velhice. Além de lemuroides, a coleção também contempla lóris e gálagos - todos da família Strepsirrhini e que antecedem os macacos e os símios. Vários deles estão ameaçados de extinção.

O centro promove a pesquisa científica, a conservação e a disseminação de informação sobre essas espécies, na esperança de que o compartilhamento de dados beneficie os animais em cativeiro e proteja os que vivem na natureza.