A coleção inclui uma enorme quantidade de imagens digitalizadas em alta definição de domínio público, textos de poesia épica do século XI e manuscritos de mestres literários como Walt Whitman, Henry David Thoreau e Nathaniel Hawthorne, documentos e correspondências dos Pais Fundadores como Alexander Hamilton, Thomas Jefferson e James Madison e manuscritos com iluminuras medievais e renascentistas da Europa Ocidental.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
Livre para todos: Biblioteca Pública de Nova York disponibiliza 180 mil arquivos para uso indiscriminado
A coleção inclui uma enorme quantidade de imagens digitalizadas em alta definição de domínio público, textos de poesia épica do século XI e manuscritos de mestres literários como Walt Whitman, Henry David Thoreau e Nathaniel Hawthorne, documentos e correspondências dos Pais Fundadores como Alexander Hamilton, Thomas Jefferson e James Madison e manuscritos com iluminuras medievais e renascentistas da Europa Ocidental.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
ABL disponibiliza acesso aos manuscritos originais de Machado de Assis
Pesquisadores, estudantes e o público em geral, no Brasil e no mundo, podem, a partir de agora, acessar, por intermédio da internet, os manuscritos originais de dois romances e de um poema de seu fundador e primeiro Presidente, Machado de Assis.
O Arquivo Múcio Leão, da Academia Brasileira de Letras (ABL), dirigido pelo Acadêmico e historiador José Murilo de Carvalho, disponibilizou, on line, no site da Instituição, os documentos que, antes, somente podiam ser consultados nos terminais de computadores instalados em sua sede.
Os documentos mostram o processo criativo do autor, inclusive as correções nos textos, assim como mudanças dos nomes de determinados personagens. Isso, agora, pode ser constatado pelos interessados, de suas casas ou trabalho, em seus próprios equipamentos, sem a necessidade de comparecer ao Arquivo da Academia.
Veja o passo a passo para acessar os Manuscritos:
1. Acervos ABL/Acervo Arquivístico: Selecionar a opção ARQUIVO: Arquivo Machado de Assis/Clicar no item ACAD Textual;
2. Memória da ABL/Arquivo/Consulta ao Acervo Arquivístico: Selecionar a opção ARQUIVO: Arquivo Machado de Assis/Clicar no item ACAD Textual.
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
12.000 manuscritos de Charles Darwin publicados online
A Biblioteca Digital da Universidade de Cambridge lançou 12.000 páginas da obra de Darwin sobre a teoria da evolução.
As imagens incluem transcrições, notas detalhadas de documentos importantes, incluindo a "Transmutação" e "cadernos de metafísica" da década de 1830, bem como o "Esboço do lápis" de 1842, onde Darwin utiliza pela primeira vez o termo "seleção natural".
A liberação dos papéis de Darwin online marca o aniversário de 155 anos da publicação de A Origem das Espécies.
Guy Lewy, presidente da Sociedade de Ciências da Universidade de Cambridge, disse: "Estes documentos recém-lançados abrirão uma janela para um lado de Darwin que poucos de nós vimos antes".
O próximo lançamento na Biblioteca Digital de Cambridge sobre os Manuscritos de Darwin está previsto para Junho de 2015, que serão notas de oito livros pós A Origem das Espécies.
segunda-feira, 31 de março de 2014
Manuscrito histórico hindu é reunido e digitalizado
Um manuscrito de 1,2 mil páginas que narra o épico hindu Ramayana foi reunido pela Biblioteca Britânica pela primeira vez em 150 anos.
O manuscrito, que data do século 17, havia sido dividido entre a Grã-Bretanha e a Índia no início do século 19. Agora, foi reunido e digitalizado.
As pinturas mostram cenas diversas, com os personagens em diversos estágios de sua jornada épica.
Saiba mais: www.bl.uk/ramayana
com informações da BBC
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Europeana Regia
Janeiro 2010 marcou o início do projeto Regia Europeana, que irá digitalizar 874 manuscritos raros e preciosos da Idade Média e do Renascimento, com a colaboração de cinco grandes bibliotecas localizadas em quatro países e com o apoio da Comissão Europeia. O projeto vai reunir três coleções de manuscritos reais que estão atualmente dispersos e que representam a atividade cultural europeia em três períodos distintos da história: a Biblioteca Carolina (Séculos VIII e IX), a Biblioteca de Carlos V e Família (Século XIV) e da Biblioteca dos Reis aragonese e napolitanos (Séculos XV e XVI). Estes manuscritos serão totalmente acessíveis nos sites das bibliotecas parceiras e também serão incluídos na Europeana .
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Biblioteca do Vaticano disponibiliza manuscritos na internet
O Vaticano colocou nesta quarta-feira à disposição dos internautas os primeiros 256 manuscritos da Biblioteca dos Papas, graças a um projeto que pretende disponibilizar na internet mais de 80 mil documentos.
Até agora, os manuscritos tinham permanecido fechados na Biblioteca do Vaticano protegidos por rígidas medidas de segurança e conservação e só podiam ser consultados por 250 especialistas, informou nesta quinta-feira (31) o jornal Il Corriere della Sera.
O projeto pretende pôr à disposição de qualquer pessoa as páginas destes documentos, que serão digitalizados com o uso de uma tecnologia da NASA, empregada para conservar as imagens de suas missões espaciais.
Um dos objetivos com a digitalização é evitar a deterioração dos manuscritos devido à prolongada consulta direta dos especialistas.
O projeto nasceu de um acordo entre a Biblioteca do Vaticano e a Biblioteca Bodleiana de Oxford, feito em abril de 2012, para disponibilizar seus textos na internet com consulta gratuita.
Os documentos incluem obras de Homero, Platão, Sófocles, Hipócrates, manuscritos judaicos e alguns dos primeiros livros italianos impressos durante o Renascimento.
A Biblioteca do Vaticano foi criada por volta do ano 1450 pelo papa Nicolás 5º, nos fundos de sua própria biblioteca pessoal.
Entre suas joias estão o "Codex Vaticanus", um dos mais antigos manuscritos da Bíblia grega que se tem notícia.
Para acessar a biblioteca, vá em www.vaticanlibrary.va.
Fonte: Voz da Rússia
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Tecnologia espacial permite digitalizar manuscritos do Vaticano
Biblioteca Bodleiana e Biblioteca Apostólica Vaticana digitalizam textos antigos
Vaticano disponibiliza 3,5 milhões de tesouros históricos on-line
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Biblioteca Bodleiana e Biblioteca Apostólica Vaticana digitalizam textos antigos
Fonte: Biblioteca Bodleiana
Título original: Bodleian and Vatican libraries to digitalise ancient texts
Tradução livre
A iniciativa foi possível graças a uma doação 2 milhões de Libras da Fundação Polonsky, cuja paixão, interesse e compromisso é o de democratizar o acesso à informação, vê aumentar o acesso digital para essas duas coleções de bibliotecas, entre as maiores do mundo, como um passo significativo na partilha da riqueza de recursos em escala global.
O projeto de digitalização baseia-se na relação existente entre as duas instituições. As coleções digitalizadas serão em três áreas temáticas: os manuscritos gregos do século 15, livros impressos (incunábulos) e manuscritos hebraicos e os primeiros livros impressos. Estas áreas foram escolhidas pela força das coleções nas bibliotecas e sua importância para a bolsa de estudos em seus respectivos campos. Com cerca de dois terços do material proveniente do BAV e o restante da Bodleiana, o esforço de digitalização também irá beneficiar estudiosos unindo virtualmente materiais que tenham sido dispersas entre os dois conjuntos de longo dos séculos.
O projeto terá uma duração de quatro anos e resultará em aproximadamente 1,5 milhões de páginas que estão sendo disponibilizados em formato digital.
Sarah Thomas, Bibliotecária da Bodley, disse: "Transformar esses textos antigos e imagens em formato digital ajuda a transcender as limitações de tempo e espaço que têm no acesso restrito ao conhecimento passado. Estudiosos serão capazes de interrogar esses documentos de novas abordagens, como resultado da sua disponibilidade online. O mundo de hoje (e amanhã) é uma conexão global. A biblioteca Bodleiana tem o prazer de ter a oportunidade de trabalhar em estreita colaboração com a Biblioteca Apostólica Vaticana nesta colaboração inter-cultural. "
Cardeal Raffaele Farina, bibliotecário da Santa Sé, disse: "O serviço à Humanidade que a Biblioteca do Vaticano tem realizado ao longo de quase seis séculos, preservando seus tesouros culturais e tornando-os disponíveis para os leitores, encontra aqui uma nova avenida que confirma e amplia sua vocação universal através do uso de novas ferramentas, graças à generosidade da Fundação Polonsky e à partilha de conhecimento com a biblioteca Bodleiana".
ÁREAS a serem digitalizadas
1. Os primeiros livros impressos (incunábulos)
BAV
Com quase 8.900 incunábulos, a Biblioteca do Vaticano possui a maior coleção de quarto como no mundo. A Biblioteca do Vaticano em seus primeiros dias teve um papel importante no desenvolvimento da imprensa no início de Roma e arredores, juntamente com os membros da cúria romana, muitos deles também conhecidos como humanistas distintos. Muitos dos primeiros livros impressos em Roma entre 1467 e 1473 ainda estão preservados na Biblioteca do Vaticano.
Bodleiana
Em termos de tamanho, a coleção da Bodleiana de incunábulos é provavelmente a quinto maior do mundo, e a maior coleção realizada por uma biblioteca universitária. Este projeto de digitalização incidirá sobre os incunábulos impressos na Itália. Cerca de 45% de livros impressos do século XV (o maior percentual para um único país) são provenientes da Itália.
2. Manuscritos gregos
BAV
A excepcional importância do acervo da Biblioteca do Vaticano de manuscritos gregos não se deve tanto ao seu tamanho - embora a coleção tenha cerca de 5.000 volumes - quanto à qualidade dos materiais que preserva . Exemplos: obras de Homero, Sófocles, Platão, Hipócrates, os manuscritos do Novo Testamento e dos Padres da Igreja, muitos deles ricamente decorados com miniaturas bizantinas.
Bodleiana
A coleta de manuscritos gregos por parte da Bodleiana remonta ao seu fundador. Até o final do século 17 a Bodleiana já estava estabelecida como o mais importante repositório de manuscritos gregos nas ilhas britânicas. No entanto, a maioria dos manuscritos da Bodleiana são de autores clássicos gregos que datam dos séculos 15 e 16, alguns deles escritos na Itália por imigrantes escribas gregos.
3. Manuscritos hebraicos e primeiros livros impressos
BAV
A coleção de manuscritos hebraicos da Biblioteca do Vaticano é uma das mais importantes da existência, mesmo não sendo das maiores. Exceto por algumas poucas dezenas de itens, todos os manuscritos foram escritos na Idade Média e na Renascença entre os dias 9 dos séculos 16. Exemplos: um manuscrito que é provavelmente o mais antigo códice hebraico na existência, uma cópia da Sifra escrito no final do século 9 ou na primeira metade do século 10; cópia de toda a Bíblia escrita por volta de 1100 na Itália. Além disso, há um grande número de volumes de textos nas áreas de comentários bíblicos, o Halachá, a Cabala, os comentários talmúdicos, liturgia e comentários litúrgicos, filosofia, medicina, astronomia e outras ciências, bem como textos polêmicos judaicos e cristãos.
Bodleiana
Livros hebraicos e manuscritos têm sido fundamentais para as coleções do Bodleiana desde 1601 - quando Thomas Bodley, fundador da Biblioteca, teve um interesse pessoal neles - e continuam sendo um dos seus pontos fortes.
+ Biblioteca Bodleiana disponibiliza "tesouros"
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Medicina árabe
Para quem gosta da história da ciência, a dica é a biblioteca on-line gratuita dos manuscritos da medicina árabe, entre os séculos 8 e 13. O acervo contém arquivos de Avicena, que escreveu um dos cânones da medicina, com grande parte dos conhecimentos médicos de sua época.
http://wamcp.bibalex.org
Fonte: Revista Planeta - n. 472 (Transcrição)
Imagem: Internet
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Tecnologia espacial permite digitalizar manuscritos do Vaticano
iG São Paulo
Foto: Vatican Library
Manuscrito milenar é digitalizado
Livros da biblioteca do Vaticano estão sendo digitalizados com tecnologia usada em satélites espaciais. O projeto do Vaticano em parceria com a Agência Espacial Europeia (Esa, da sigla em inglês) tem o objetivo de preservar e compactar arquivos . Fundada em 1475, a biblioteca do Vaticano é uma das mais antigas do mundo, com milhares de manuscritos de antes da invenção da imprensa. Alguns deles chegam a ter mais de 1800 anos.
A biblioteca precisava de um método para escanear os antigos e delicados manuscritos e armazenar os arquivos para que pudessem ser lidos daqui a centenas de anos. A solução do problema veio de um formato usado para a maioria de seus satélites científicos. Hoje, o formato desenvolvido para guardar as imagens das estrelas, chamado de FITS’ está sendo adaptado para um propósito bem diferente: preservar uma das maiores coleções do mundo de livros antigos.
"A maioria das missões espaciais, como o Telescópio Espacial Hubble, usaram o FITS para armazenar e estudar os dados científicos", diz Giuseppe Di Persio, do Instituto Nacional de Astrofísica da Itália. Dr. Di Persio agora está trabalhando na Biblioteca do Vaticano em Roma, no projeto piloto de digitalização da coleção do vaticano com o uso do FITS.
Agora o formato também é usado para a digitalização dos antigos tomos da coleção do Vaticano. Pressionado contra uma placa de vidro, as páginas antigas pode ser distorcida, mas o software do scanner desenvolvido para o projeto calcula automaticamente a diferentes ângulos, resultando em uma imagem precisa e plana.
“É muito perigoso que os manuscritos sejam tocados”, disse Luciano Ammenti, diretor do Cnetro de Informação tecnológica do Vaticano. Ele afirma que a escolha do formato FITS foi feita por causa de sua longevidade e também por ser um código aberto, sem relação com qualquer companhia.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Universidade publica manuscritos originais de Isaac Newton
Principia Mathematica, escrito por Isaac Newton, é considerado um dos trabalhos mais importantes da história da ciência. Só foi alterado 300 anos depois de sua publicação, pela lei da relatividade do físico alemão Albert Einstein (Divulgação)
A Universidade de Cambridge (Inglaterra) publicou na internet mais de 4.000 páginas dos trabalhos mais importantes do físico inglês Isaac Newton, considerado o pai da Física Moderna. Os trabalhos disponíveis no site da instituição incluem manuscritos originais das famosas leis da mecânica, como a versão comentada pelo próprio cientista do Philosophiæ Naturalis Principia Mathematica.
Nos próximos meses, a universidade inglesa vai publicar milhares de novas páginas, disponibilizando praticamente toda a coleção de Newton. A instituição começou a digitalizar os artigos do físico em 2010. Até 200 páginas foram capturadas por dia.
O projeto foi possível por causa de uma doação de 1,5 milhões de libras da Fundação Polonsky, situada em Londres, concentrada no apoio à educação. A ideia é que trabalhos de outros cientistas importantes, como Charles Darwin e Ernest Rutherford sejam digitalizados e disponibilizados gratuitamente na internet.
Saiba Mais
ISAAC NEWTON
Isaac Newton foi um físico e matemático inglês que viveu entre os anos de 1643 e 1727. É famoso pelo trabalho na mecânica, ótica, gravidade e pela criação do cálculo integral. O trabalho do físico permaneceu inalterado por 300 anos, até ser modificado pela teoria da relatividade de Albert Einstein.
PRINCIPIA MATHEMATICA
Philosophiæ Naturalis Principia Mathematica foi publicado pela primeira vez em 1687 e contém as leis da Mecânica Clássica e da Gravitação Universal, que descrevem o movimento dos corpos no universo. É considerado um dos trabalhos científicos mais importantes da história da ciência.
Fonte: Veja
+ Isaac Newton e outros gênios ganham espaço em site da Royal Society de Londres
sábado, 8 de outubro de 2011
Herança árabe e judaica na Península Ibérica online
Vários documentos desde o século XIII ao XX de bibliotecas espanholas foram digitalizados
Fonte: Ciência Hoje
dica do André Magister
domingo, 14 de agosto de 2011
Manuscritos Árabes
A parceria entre a Wellcome Library, a Bibliotheca Alexandrina e o King's College de Londres disponibiliza mais de mil manuscritos, como os estudos de medicina de Avicena (980-1037) e de outros autores do século 8º ao 20. A meta é digitalizar 75 mil manuscritos em alta resolução. O serviço permite a busca em árabe ou em inglês.
Grátis | wamcp.bibalex.org
Fonte: Folha de S. Paulo - Ilustríssima
sábado, 2 de julho de 2011
Como ensinar com manuscritos antigos
Página do testamento do paulista João da Costa Lima, de 1806, um dos documentos disponíveis no site
por Pietro Henrique Delallibera / História Viva
Cartas, testamentos, processos penais, atas de reuniões, anotações em agendas e até bilhetes colados em geladeiras. Todos esses documentos têm uma coisa em comum: foram escritos à mão. E o Arquivo Público do Estado de São Paulo decidiu reunir e digitalizar mais de 140 deles para montar uma mostra virtual sobre as mudanças que os registros feitos à pena ou à caneta sofreram ao longo dos últimos séculos de história brasileira.
O resultado foi o site Manuscritos na história, no qual o internauta pode conferir todos esses documentos divididos por tema em dez ambientes diferentes. A mais antiga das relíquias é um testamento escrito em 1707, mas o visitante também pode entrar em contato com o texto original da Constituição Política do Estado de São Paulo de 1891, com o manuscrito do poema Círculo vicioso, de Machado de Assis, ou com uma carta de Júlio Prestes escrita em 1942.
O ponto alto do site é a seção “Atividades pedagógicas”. Nela, o Arquivo do Estado elaborou nove propostas de uso em sala de aula dos materiais disponibilizados pelo site voltadas turmas para o ensino fundamental. As atividades trabalham principalmente questões ligadas às aulas de português e de história.
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Site do Arquivo Público de SP reúne jornais históricos da 'imprensa negra'
Reforma no Arquivo Público irá sanar atraso de cem anos
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Marcelo Balbio fala sobre inovação tecnológica da Biblioteca Britânica
A Biblioteca Britânica pôs na Internet a reprodução de boa parte de sua coleção de manuscritos gregos. Um site especial mostra este tesouro que está sendo digitalizado
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
British Library disponibiliza on-line parte da sua coleção de manuscritos gregos
Apesar de milhões de livros já terem sido disponibilizados na web nos últimos anos, nomeadamente através do programa da Google Books, os textos antigos demoraram muito mais a sair dos arquivos. São documentos que não envolvem questões legais de direitos de autor, ao contrário de obras contemporâneas, mas a fragilidade torna-os difíceis de manusear.
A biblioteca já colocou grande parte da sua colecção online: desde os jornais do séc. XIX até às principais “jóias” - os Evangelhos de Lindisfarne, uma seleção dos desenhos de Leonardo Da Vinci e o "Codex Sinaiticus", a cópia mais antiga da Bíblia cristã.
O projeto de divulgação dos manuscritos gregos da biblioteca foi criado pela Fundação Stavros Niarchos, que financia iniciativas da arte e da cultura relacionadas com a Grécia. Em 2012, serão postos online mais 250 documentos da colecção.
Fonte: Público
British Library Digitised Manuscripts - http://www.bl.uk/manuscripts/
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Raridades na internet
Roberta Pennafort / RIO - O Estado de S.Paulo
Roberta Pennafort / RIO - O Estado de S.Paulo
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Na estreita rua Luís de Camões, fica um prédio histórico que por vezes é confundido com uma igreja. Há quem se benza diante das cruzes que ornamentam sua fachada, sem perceber que a liturgia ali está ligada à literatura, e não a uma religião. Inaugurado pela Princesa Isabel, o prédio de estilo neomanuelino, em pedra lavrada, no centro do Rio, abriga o Real Gabinete Português de Leitura desde 1887, quando português se grafava com "z". Sem dúvida, vale a visita. Mas de longe também se pode conhecer uma parte especial de seu acervo, único no País.
Na página da instituição na internet ( www.realgabinete.com.br ) estão disponíveis obras raríssimas, datadas em sua maioria do século 19, devidamente digitalizadas. Curiosos e amantes de literatura e da língua portuguesa se deliciam com os manuscritos do romancista Camilo Castelo Branco de seu livro mais conhecido, Amor de Perdição (1862) e do Dicionário da Língua Tupy, de Gonçalves Dias (1858). Uma boa amostragem da correspondência pessoal de Castelo Branco também foi para a rede.
Estudiosos de áreas diversas têm acesso fácil a documentos mandados da colônia a dom João VI em 1817, cartas régias assinadas pelo Marquês de Pombal, do século anterior, textos de autoria de Padre Antonio Vieira (não se sabe se grafado por ele ou por copistas), diplomas, ofícios, decretos, aquarelas, desenhos a bico de pena, além de atas de reuniões do Real Gabinete. As homenagens, no Brasil, por ocasião do tricentenário da morte de Camões, em 1880, foram assunto de uma série de cartas,
São mais de 1.500 itens já contemplados. Com um zoom, mais do que observar a grafia e o léxico de tempos idos, é possível chegar aos detalhes de todos esses papéis, ver as ranhuras, as marcas do tempo. Foi para tentar diminuir esse impacto do passar dos anos que o projeto foi criado. "Queremos resguardar obras e manuscritos mais raros. Até meses atrás, se passasse na nossa avaliação, a pessoa poderia pegar com as próprias mãos documentos de 200 anos", conta o presidente do Real Gabinete, o economista português Antonio Gomes Costa, 59 dos 76 anos no Brasil - está na função há 18.
O trabalho ainda está em andamento: falta digitalizar, por exemplo, as Ordenações de D. Manuel, de 1521, e os Capitolos de Cortes e Leys Que Sobre Alguns Delles Fizeram, de 1539. Para tanto, será preciso dinheiro - algo difícil de se ver por lá. "Como nos mantemos? Por milagre. Não temos receita própria nem recebemos recursos de governos. Temos 5.000 associados, sendo 200 só os que pagam, e R$ 30 por mês. Tudo é com patrocínio", conta o presidente, citando associados ilustres: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, alguns membros da Academia Brasileira de Letras, gente que tem o privilégio de poder levar livros para casa. Para conseguir dar conta da digitalização, ele conseguiu 40 mil com a fundação portuguesa Calouste Gulbenkian. Na próxima visita de seu presidente, inclusive, para um lançamento, seu Antonio vai aproveitar para pedir mais verba, para a etapa seguinte do projeto.
Expansão. Presente de Portugal para o Brasil, criado em 1837, num prédio menor, o Real Gabinete não se expande só pela internet, mas também fisicamente. Seus dois prédios vizinhos foram comprados pela instituição. O da direita já está abarrotado de livros; quanto ao destino do outro, ainda há dúvidas. "Estamos estudando, pode virar um novo espaço para o leitor, com computadores para leitura de e-books", diz o antenado seu Antonio, que veio adolescente para a "terra das oportunidades".
A sede, construída de 1880 a 1887, tem 380 mil volumes de várias áreas do conhecimento. Como a nossa Biblioteca Nacional, que recebe tudo que é publicado por aqui, ao Real Gabinete é enviada uma cópia de toda a produção portuguesa. É a única instituição fora de Portugal com a prerrogativa - virou o maior acervo de livros lusitanos fora de lá.
Seu interior é tão belo que atrai diretores de novela, clipes de música, filmes. Muitos querem o Real Gabinete como locação - e são bem-vindos, já que os aluguéis ajudam na manutenção. "Durante 100, 150 anos, vivemos encolhidos aqui, sem divulgação. Acho que os portugueses tinham medo de divulgar, por recato. Agora, não mais", garante seu Antonio.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
África mais acessível

Por Alex Sander Alcântara
Agência FAPESP - O Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da Universidade de São Paulo (USP) começou a disponibilizar na internet livros e documentos raros sobre a África produzidos do século 16 ao 19.
O projeto Brasil África, que tem apoio da FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa - Regular, já construiu a base de dados sobre os documentos para facilitar a pesquisa detalhada das referências e começa a digitalizar imagens.
De acordo com a Márcia Moisés Ribeiro, pesquisadora do IEB e coordenadora do projeto, o objetivo é permitir o acesso a livros e documentos raros sobre o continente africano.
“O IEB possui uma das mais importantes bibliotecas de livros raros de São Paulo. A ideia foi construir um banco de dados para reunir informações sobre esses documentos e obras que, em seguida, serão digitalizados e disponibilizados”, disse à Agência FAPESP.
Márcia atualmente desenvolve o projeto de pesquisa “Medicina e escravidão nas dimensões do universo colonial: a América portuguesa e o Caribe francês no século 18”, que será concluído no fim do ano.
O site já conta com informações detalhadas sobre cada documento selecionado. “Há dados sobre autor, obra, data e local da publicação. A base de dados traz também um breve resumo de cada documento indicado”, explicou.
É possível encontrar documentos que envolvem as mais diversas áreas sobre o continente, como história, geografia, medicina, religião e temas relacionados ao tráfico de escravos.
“São livros raros de viagem, de medicina, sobre a fauna e flora, além da história e das religiões africanas. Sobre a escravidão, há assuntos relacionados ao comércio e tráfico negreiro, como condições da travessia desses escravos, entre outros temas”, disse Márcia.
O processo de digitalização dos documentos da base de dados foi iniciado em maio e a previsão é que até o fim deste ano todas as obras estejam disponíveis no site.
A pesquisadora estima a existência de cerca de 600 documentos e livros raros sobre a África nas
várias coleções do IEB. “Até agora trabalhamos apenas com os documentos da biblioteca do IEB, que tem cerca de 300 documentos que já estão no banco de dados, mas ainda não disponíveis na versão digital, que será disponibilizada em julho. A próxima etapa será a documentação do arquivo, no qual se encontram os manuscritos”, destaca.
Nos manuscritos há diversas correspondências entre governantes da África e governadores das capitanias brasileiras. “É uma documentação rica, sobretudo porque muitos são documentos únicos”, disse Márcia.
Divulgar e preservar
De acordo com a historiadora, a ideia surgiu a partir de sua própria pesquisa. “Trabalho com história da medicina e escravidão no período colonial e, ao ter contato com o material no IEB, percebi que o instituto guardava documentos e livros importantes para historiadores”, contou.
Grande parte dos temas envolvendo o continente africano, segundo ela, era estudada principalmente pela relação com a escravidão. “Mas, nas últimas décadas, outros temas relacionados à África têm despertado interesse de pesquisadores. A história do continente, por exemplo, só passou a ser obrigatória como disciplina há cerca de dez anos, nos programas das universidades. Mas ainda é restrita, quando comparada com a história da América, por exemplo”, destacou.
Márcia salienta que, ao ampliar o acesso a textos e imagens raras - com possibilidades de impressão -, será possível estimular os estudos de forma geral sobre o continente.
“Além de democratizar o acesso pela internet, a digitalização é uma forma de preservar as obras raras, evitando o manuseio excessivo e desgaste”, disse.
Mais informações: www.ieb.usp.br/online/telaSubCateg.asp?id=23
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Biblioteca da Universidade de Cambridge vai disponibilizar na internet livros raros sobre fé e ciência
By Richard Alleyne, Science Correspondent

Cambridge University Library Photo: REX FEATURES
The gift from the former businessman Dr Leonard Polonsky will be used to start the Digital Library for the 21st Century create an infrastructure capable of digitising the vast collection housed at the 600-year-old institution.
Digitisation will be completed in stages, with the first collections to be called "The Foundations of Faith" and "The Foundations of Science".
Among the Library's religious collections are some of the world's most ancient Qur'ans and an eighth century copy of the Surat al-Anfal, the Qur'an's eighth chapter.
Judaism is represented by the Taylor-Schechter Genizah Collection containing 193,000 fragments of manuscripts as significant as the Dead Sea Scrolls.
Christian documents include a Greek New Testament manuscript, the Codex Bezae Cantabrigiensis, and a 1455 copy of the Gutenberg Bible, the earliest European book produced using movable type.
There will also be the Anglo-Saxon texts the Book of Cerne and the Book of Deer
The development of modern science is captured in Newton's annotated Principia Mathematica, copies of his lectures as Lucasian Professor and proofs of Opticks.
It is hope that further funding could lead to the digitisation of manuscripts from Darwin and Stephen Hawking, continuing the story of science into the modern age.
Anne Jarvis, the university Librarian, said that the exciting new plans would open up priceless collections to students worldwide.
She said: "Our library contains evidence of some of the greatest ideas and discoveries over two millennia.
"We want to make it accessible to anyone, anywhere in the world with an internet connection and a thirst for knowledge.
"This will not only make our collections available to the world; it will also initiate a global conversation about them.
"At the click of a mouse, students or scholars of divinity or politics, history, physics, medieval languages or the history of medicine, will be able to plunge into the worlds of Mediterranean Jewish, Muslim and Christian communities of the 11th Century, or into the minds of Isaac Newton and his contemporaries.
"Faith and science will be the two cornerstones of the project, both of fundamental importance in our quest to understand the world and our place in it.
"Thanks to Dr Polonsky, we are at the start of what we believe will be an incredible journey into the digital future.
"Hopefully his generosity will encourage others to follow his lead so we can make one of the world's great libraries available, literally, to anyone around the world."
Dr Polonsky, founder of the Polonsky-Coexist Lectureship in Jewish Studies at the University, hoped the project would open a dialogue between libraries worldwide.
He said: "As reading and research become increasingly electronic, my hope is that this grant will serve as a catalyst for the digitisation and linking of the great libraries of the world so that their riches can be enjoyed by a global public."
Cambridge University Library has been a legal deposit library since 1710 and is entitled to acquire a copy of each book and journal published in the UK and Ireland.
The library currently houses eight million books and periodicals, one million maps and thousands of manuscripts over 100 miles of shelving, expanding at the rate of two miles per year.
Fonte: Telegraph
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New chapter as library opens digital service
Cambridge University 'digital library for world' plansábado, 15 de maio de 2010
Manuscritos britânicos na web

Por Paul Casciato, Terra / Reuters
Un importante archivo de manuscritos antiguos que abre una ventana a las experiencias, esperanzas, temores e intereses de la gente que vivió entre los siglos XV y XVIII fue publicado en internet.
El Proyecto Scriptorium de la Universidad de Cambridge puede encontrarse en http://scriptorium.english.cam.ac.uk/ y muestra miles de páginas extraídas de 20 "misceláneas" distintas escritas a mano, algunas de las cuales datan de las Guerras de las Rosas.
El líder del proyecto, Richard Beadle, dijo que las misceláneas de este tipo no siempre han recibido el tratamiento ni la atención que se merecen.
"Pero como muestra el Scriptorium, de hecho nos dan un punto de vista fascinante de la primera vida moderna y expone una nueva cara de la literatura y la cultura y la literatura del periodo para que la gente lo explore", explicó en un comunicado.
Los libros, que han sido comparados con organizadores personales, se usaban para almacenar extractos de información que la gente había leído, le habían contado o había escuchado sin querer, en momentos en los que el papel era un artículo escaso y caro.
La colección incluye un cuaderno en el cual Eduardo VI escribió varios pasajes de la Biblia y una miscelánea conservada por William Rawley, capellán de Francis Bacon, en el cual guardó varias frases de Bacon y algunos de sus chistes (sobre todo malos).
Quizás más significativas, sin embargo, son las copias del material que muestra la vida diaria de otras personas. Recibos, cuentas, sonetos, citas, oraciones, sermones, consejos legales e indicaciones médicas fueron todas añadidas al compendio y pasaron de generación en generación.
Durante varias décadas, sus propietarios almacenaron desde poemas de Shakespeare y Milton hasta remedios contra las plagas, listas de lavandería y en un caso, el contenido de su estanque de peces.
En muchos casos, los originales, que procedían de bibliotecas, universidades y casas de campo de diferentes partes de Inglaterra, son demasiado frágiles para leerlos a mano. La digitalización pondrá sus contenidos disponibles a la gente de todo el mundo, mientras se preserva para las futuras generaciones.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Mosteiro São Bento restaura obras raras e disponibiliza acesso digital

Recentemente ocorreu o lançamento do site “Livros Raros” (www.saobento.org/livrosraros ) contendo 20 obras que fazem parte do precioso acervo da Biblioteca do Centro de Documentação e Pesquisa do Livro Raro do Mosteiro. Datadas dos séculos 16 a 19, todas foram restauradas, digitalizadas e disponibilizadas na íntegra e de forma gratuita na internet, numa iniciativa inédita no estado.
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A construção do site foi o desdobramento de um projeto elaborado pelo Mosteiro de São Bento da Bahia que englobou não só o restauro de obras, como a melhoria das condições de conservação dos 300 mil volumes da biblioteca e do Centro de Documentação e Pesquisa do Livro Raro do Mosteiro, agora corretamente acondicionados em 172 novas estantes.
A iniciativa foi uma das 120 aprovadas dentre 420 apresentadas ao Fundo de Cultura do estado da Bahia, em 2007. Os recursos, no total de R$294.984,00, viabilizaram a restauração completa e também a digitalização e implementação de programas de acesso às obras do acervo. Agora, com o novo site, todos terão acesso a um conteúdo especial e de interesse mundial.
RARIDADES
Entre as 20 raridades que foram restauradas e agora disponibilizadas para leitores de todo o mundo estão seis volumes dos “Sermões” do Padre Antônio Vieira publicados no final do século 17 e início do século 18. São edições princeps, ou seja, primeiras edições revisadas pelo próprio autor, neste caso a principal referência na língua portuguesa no Brasil.
Outras obras únicas são “Seleção de Questões Disputadas sobre a Metafísica e os Ensinamentos de Aristóteles” (1685) e “Theatro Crítico de Freijó” (1876), dedicado ao “sereníssimo señor Infante de España Dom Carlos de Bourbon e Farnefio”, e a “Colleção dos Breves Pontifícios”, e Leys Regias, expedidos e publicados desde 1714.
Para o Secretário de Cultura do Estado da Bahia, Márcio Meirelles, “toda a preservação de acervo é válida, mas ela ganha mais importância na medida em que tem uma utilidade pública.
Quando o Mosteiro se propôs a disponibilizar este acervo raro, de uma forma tão ampla, temos que apoiar. Só o restauro de obras como “Os Sermões”, de Padre Vieira, já é uma grande iniciativa”. O Secretário reforçou ainda a importância do apoio do Governo do Estado ao projeto. “O mosteiro de São Bento é um exemplo de Patrimônio Histórico pela maneira com a qual conserva seu acervo. A visão de sustentabilidade, a dinâmica interna da instituição e a percepção da abrangência de propostas como esta que agora se concretiza são a segurança da total validade de parceria por parte do Governo do Estado”.
Segundo a filóloga e professora Alicia Duhá Lose, coordenadora geral do projeto a principal meta do projeto era a restauração de um acervo de valor ímpar, mas que esta ação gerou outros bons resultados. “Além de termos em mãos preciosidades da literatura mundial de todos os tempos, e de podermos colocar, neste primeiro momento, 20 obras raras a disposição de interessados, em qualquer parte do mundo, via internet, conseguimos capacitar uma competente equipe de restauração composta por profissionais baianos”, comemorou.
O trabalho envolveu cerca de 20 pessoas, entre técnicos do laboratório do Mosteiro de São Bento, implantado há 12 anos, pesquisadores do Mosteiro, da Faculdade São Bento e da Universidade Federal da Bahia. Como não haviam profissionais especializados em restauração de livros raros no Estado foi preciso tornar o grupo apto com um treinamento de três meses, monitorado por professores da Fundação Casa de Rui Barbosa, do Rio de Janeiro.
Além de dificuldades iniciais com a mão de obra, os responsáveis pelo restauro tiveram que contornar outras limitações, como a escassez e os preços altos de parte do material necessário para a tarefa. O papel japonês utilizado para preencher os espaços danificados, por exemplo, teve que ser adquirido em São Paulo e com um orçamento alto (apenas uma folha chega a custar R$23). Para Alicia, todo o processo foi muito trabalhoso e exigiu total atenção dos envolvidos, mas o nível de importância dos livros era tão alto quanto os riscos de perdê-los com o passar do tempo. “As obras estavam em péssimas condições. Felizmente, o resultado foi o melhor possível. Hoje, temos a certeza de estar colaborando para a existência de um rico acervo de pesquisa que conta com publicações como a “Coleção de Breves Pontifícios”, uma compilação de textos sobre os jesuítas”, relatou a filóloga.
A beleza dos materiais também pode ser apreciada na íntegra através do processo de digitalização.
Ninguém, certamente, ficará impassível diante de um manuscrito ornado, repleto de iluminuras (tipo de pintura decorativa, frequentemente aplicado às letras capitulares no início dos capítulos de pergaminho medievais. O termo se aplica também ao conjunto de elementos decorativos e representações imagéticas executadas nos manuscritos, produzidos principalmente nos conventos e abadias da Idade Média) e filigranas (trabalho ornamental feito de fios muito finos e pequeninas bolas de metal, soldadas de forma a compor um desenho.
ACERVO
“Como fruto desse passado, a nossa Biblioteca de Livros Raros hoje possui cerca de 30 mil volumes, sendo o segundo maior acervo do país (o primeiro é o da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro) e os 20 livros que estão apresentados neste site fazem parte desse contexto. Um contexto histórico representado por momentos marcantes tanto para o Mosteiro como para história luso-brasileira; e de uma preocupação em preservar nosso patrimônio e compartilhar com a sociedade esse conhecimento”, comentou Dom Gregório Paixão.
A opinião daqueles que convivem diretamente com o acervo entrou nos critérios dos documentos pesquisados inicialmente - “O Dietário”, os livros “Velho”, I e II da Coleção dos Livros do Tombo e a “Regra das Monjas” - foram sugeridos pelos próprios monges, devido ao seu interesse para a história geral da Bahia e do Brasil e a relevância para a manutenção da história deste Mosteiro e da própria Ordem. Somaram - se a estes, as edições princeps dos “Sermões” de Antônio Vieira, a “História Geral da Capitania da Bahia”, de José Natônio Caldas, 1759, e a “Collecção de Breves Pontifícios”, de 1756.
A preocupação em aumentar e, principalmente, preservar o acervo bibliográfico da Arquiabadia sempre foi algo de grande importância para os monges. Prova disto é a declaração de Dom Abade Majolo de Caigny, em meados de 1913: “aumentei nossa biblioteca, depois de tê-la melhorado, comprado todos os anos bom número de livros modernos; limpei e conservei os vetustos e quase carcomidos”.
Mais de 90 anos depois, ainda com o empenho de salvaguardar esse precioso patrimônio bibliográfico, já com a presença de Dom Arquiabade Emanuel D”Able do Amaral, foi inaugurada uma nova área para guarda dos livros e um moderno Laboratório de Conservação e Restauração de Papel, iniciativa que contribui para ampliar o valor para a sociedade da Biblioteca do Mosteiro de São Bento, espaço de pesquisa e leitura tombado pelo Iphan, criada em 1582, quando os beneditinos chegaram a Salvador e fundaram o primeiro mosteiro da ordem no Novo Mundo.
Obras disponibilizadas na Internet através do link www.saobento.org/livrosraros
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Fonte: Ministério da Cultura