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terça-feira, 25 de outubro de 2016
A Web 2.0 na informatização de bibliotecas: um estudo propositivo
PontodeAcesso, Salvador, v.10, n.2, p.17-38, ago. 2016
Fernanda Maciel Rufino, Márcio Bezerra Da Silva
Investigação que estuda a aplicação de recursos da Web 2.0 na informatização de bibliotecas, com enfoque nos sistemas de automação de biblioteca (SAB). Apresenta um referencial teórico formalizado por dois objetos de investigação da tecnologia da informação (TI): Web 2.0 e exemplos de recursos, e SAB e seus paradigmas (livre e proprietário). Objetiva-se, de forma geral, analisar o uso de recursos da Web 2.0 nos SAB. Adota como percurso metodológico as técnicas de pesquisa exploratória e bibliográfica, e como campo de estudo o SAB proprietário Pergamum, utilizado na Biblioteca Central da Universidade de Brasília (BCE/UnB). Apresenta como resultados da pesquisa a flexibilidade e a colaboração social como as caraterísticas da Web 2.0 que mais se deflagraram nas proposições de ferramentas a serem implementadas, sendo estas a nuvem de tags, Youtube, Facebook, Twitter, Skoob, Really Simple Syndication (RSS), além de um espaço específico para avaliação, compartilhamento e recomendação de materiais. Conclui-se que o bibliotecário precisa estar atento ao uso de inovações das TI nos produtos e serviços oferecidos em suas bibliotecas, especialmente no ambiente digital como os e-commerces e na iniciativa da Biblioteca da Universidade de Caxias do Sul (UCS) em disponibilizar o seu catálogo, também da rede Pergamum, no Facebook.
Clique aqui para o texto completo [pdf/22p.]
Imagem: Internet
terça-feira, 21 de maio de 2013
A Web 2.0 no Serviço de Referência: análise do uso nas bibliotecas das universidades federais do Nordeste brasileiro
Informação & Informação v. 17, n. 3 (2012)
Resumo
Introdução: Os recursos que compõem a Web 2.0, em conjunto com suas características como a interatividade e o dinamismo podem ser utilizados no Serviço de Referência das bibliotecas, ampliando as possibilidades de interação e estreitando o relacionamento entre o bibliotecário e o usuário, permitindo o compartilhamento de informações, esclarecimento de dúvidas, a troca de ideias e facilitando o processo de disseminação da informação.
Objetivos: Analisar a aplicabilidade e o impacto da Web 2.0 no Serviço de Referência de bibliotecas das universidades federais do Nordeste do Brasil.
Metodologia: Os procedimentos metodológicos incluem pesquisas bibliográficas pertinentes ao tema e pesquisa de campo. Para a coleta de dados foi aplicado um questionário a bibliotecas de nove universidades federais do Nordeste, obtendo-se retorno de cinco delas. Os dados obtidos foram analisados de forma qualitativa e quantitativa.
Resultados: Os resultados revelam, por um lado, que a maioria das bibliotecas pesquisadas sabe da importância e utiliza recursos da Web 2.0 no Serviço de Referência, especialmente, para atender os usuários. Por outro lado, observa-se que os recursos da Web 2.0 utilizados se limitam a uns poucos tipos, não incluindo recursos que poderiam ter impacto positivo no atendimento e fortalecimento do relacionamento com os usuários.
Conclusões: As bibliotecas pesquisadas se encontram num estágio inicial em relação ao uso dos recursos da Web 2.0 no Serviço de Referência. É importante salientar a necessidade de que haja ações de gestão no uso dos recursos 2.0 e que o bibliotecário faça um plano de gestão definindo quais recursos utilizar, que informação disseminar e que objetivos se pretende atingir.
Texto completo: PDF
sábado, 15 de setembro de 2012
O Uso das ferramentas da Web 2.0 na disseminação da informação: do clipping às redes sociais
Ester Aparecida Lima de Souza, Marcos Antonio Vianna
O presente trabalho descreve a evolução de uma atividade de disseminação da informação - o clipping, desenvolvida pela biblioteca universitária CTC/F da UERJ (Centro de Tecnologia e Ciência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro), desde o seu estágio impresso, até a utilização das ferramentas Blogger e Facebook disponíveis na web. Aborda conceitos de blog e sua utilização em unidades de gestão do conhecimento como uma alternativa de difusão de informação em biblioteca universitárias na promoção de artigos científicos, eventos e produtos. Apresenta definições de Web 2.0, identificando possibilidades de criação de serviços em ambientes virtuais com maior interatividade e compartilhamento de informações, em diferentes suportes, e a qualquer tempo. Relata os procedimentos de implantação do blog, a criação do Facebook da CTC/F, uma estratégia de divulgação da informação, e de outros processos. Apresenta indicadores de acesso e o grau de satisfação da comunidade acadêmica com a evolução dos meios de disseminação da informação disponibilizados pela biblioteca. Espera-se que este artigo possa servir de parâmetro na utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e na possibilidade de aproveitar-se da dinâmica e potencial das redes sociais na geração e fluxos de informação.
Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias - SNBU 2012
Clique aqui para o artigo completo (PDF / 12 p.)
Imagem: Internet
O presente trabalho descreve a evolução de uma atividade de disseminação da informação - o clipping, desenvolvida pela biblioteca universitária CTC/F da UERJ (Centro de Tecnologia e Ciência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro), desde o seu estágio impresso, até a utilização das ferramentas Blogger e Facebook disponíveis na web. Aborda conceitos de blog e sua utilização em unidades de gestão do conhecimento como uma alternativa de difusão de informação em biblioteca universitárias na promoção de artigos científicos, eventos e produtos. Apresenta definições de Web 2.0, identificando possibilidades de criação de serviços em ambientes virtuais com maior interatividade e compartilhamento de informações, em diferentes suportes, e a qualquer tempo. Relata os procedimentos de implantação do blog, a criação do Facebook da CTC/F, uma estratégia de divulgação da informação, e de outros processos. Apresenta indicadores de acesso e o grau de satisfação da comunidade acadêmica com a evolução dos meios de disseminação da informação disponibilizados pela biblioteca. Espera-se que este artigo possa servir de parâmetro na utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e na possibilidade de aproveitar-se da dinâmica e potencial das redes sociais na geração e fluxos de informação.
Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias - SNBU 2012
Clique aqui para o artigo completo (PDF / 12 p.)
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terça-feira, 30 de agosto de 2011
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Tim O'Reilly - 'O sistema é a propria internet'

Marcelo Albagli na Web 2.0 Expo
Afinal aconteceu o keynote mais aguardado aqui no Web 2.0 Expo San Francisco. Tim O'Reilly, organizador do evento, falou sobre o 'Estado da Internet Como Sistema Operacional'. Por causa da confusao sobre o termo, criado por ele em 2004, O'Reilly esclareceu que sua preocupaçao sempre foi a de definir as características de um modelo computacional distribuído. Que sistema estamos usando quando realizamos uma busca no Google ou no Bing? E quando consultamos um mapa pelo celular? Ou, por exemplo, quando postamos um tweet? A resposta é - a própria internet.
Revendo o que postulou anos atrás, O'Reilly admitiu ter se equivocado quando afirmou que 'você é o dono das suas próprias informaçoes'. Com a batalha pelo mercado da cloud computing, ao optar por uma plataforma hoje, você também está optando por uma determinada infra-estrutura. E infra-estrutura tem dono. Por isso precisamos pensar em uma internet aberta ('open web').
O'Reilly destacou alguns players, é claro. O Google, mais do que ninguém, continua criando ferramentas open-source para o futuro, inspirando milhoes de desenvolvedores. Seu problema, no entanto, é que ele é o Google - todos o temem. A Microsoft, que está aberta para novas parcerias, tem o Windows como seu calcanhar de Aquiles. A Apple, que muito tem inovado com seus gadgets maravilhosos, está tentando promover uma nova maneira de se consumir conteúdo. Bacana, mas falha ao tentar emplacar um serviço premium (MobileMe), ao invés de optar pelo caminho da socializaçao. Ainda do ponto de vista da web como sistema operacional, O'Reilly acredita que o Facebook tenha dado um grande passo com o Social Graph. Ao invés de olhar para dentro do seu próprio site, Zuckerberg está oferecendo um serviço que pode beneficiar outras pessoas.
Em todos os casos, obviamente, o benefício criado por essas empresas sempre acaba retornando para elas mesmas. O que as torna mais ou menos 'evils', é o que conseguem oferecer em troca do que almejam conseguir.
Fonte: Blue Bus
Imagem: Internet
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Portal Cidade Democrática utiliza web 2.0 com foco na melhoria das cidades

Com o aumento participativo da sociedade na Internet, o Instituto Seva criou a rede virtual, onde a proposta é oferecer um canal de interação entre as pessoas que poderão utilizar esse espaço à inserção de reclamações, problemas e propostas de melhorias no cotidiano dos municípios brasileiros.
Segundo o diretor do Instituto, Rodrigo Bandeira de Luna, um dos motivos do projeto é que, até hoje, as pessoas ainda utilizam a internet como um meio pessoal, onde investem com exclusividade no privado dentro das redes sociais.
Para Luna, a missão do site é fomentar a participação cidadã, para possibilitar a articulação direta entre os setores privado, público e cidadão. Dessa forma, todos os participantes podem acompanhar, pelo site, o andamento das propostas. “Sentimos que poderíamos usar isso para promover articulação de pessoas e melhorar a condição de vida em uma sociedade e de forma participativa”, diz.
A interface beta do portal está disponível desde outubro e, conforme indica o representante da instituição, já foram cadastradas cerca de 850 pessoas de diversas cidades do Brasil. O lançamento oficial acontecerá em março e, até lá, Luna espera ter no site mais de cinco mil inscritos.
Desde seu pré-lançamento, o site já conta com quase 850 participantes que fizeram, somente em São Paulo, mais de 260 propostas e apontaram 220 problemas relacionados a transportes, meio-ambiente, cultura, saúde, educação, dentre outros temas. A política do Cidade Democrática e torná-lo como uma instrumento para inserir nos atuais contextos de transformação das mídias, webcidadania e democracia digital, apostando em uma política de transparência que propicia resultados efetivos.
Para oferecer o serviços de acesso e hospedagem de imagens, o Cidade Democrática optou pelos serviços de cloud computing da Locaweb e toda a plataforma foi desenvolvida pela NEX.
Luna afirma que o elemento fundamental do projeto é oferecer propostas ou apresentar os problemas que ocorrem nas cidades. “Na rede, é possível escrever, relatar, além de adicionar links e fotos, tudo para fortalecer os assuntos em aberto”, diz. Outra ferramenta criada é a divulgação dos assuntos abordados, por meio dos e-mails. “Você manda a mensagem e as pessoas interagem com a proposta”.
Participação social
No curto tempo de existência, a rede social já deu exemplos de como a web 2.0 é uma ferramenta importante para ações sociais. Segundo relata Luna, em Jundiaí, houve um movimento no site, onde dez instituições sociais criaram uma agenda cidadã e desenvolveram 12 propostas de melhorias. O documento foi entregue na Câmara dos Vereadores da cidade e alguns itens estão sendo encaminhados para se tornarem leis.
A partir de 2010, o Cidade Democrática pretende registrar as administrações municipais, tendo a participação de um representante, o qua já possui cinco vereadores cadastrados. Também foi fechada uma parceria com a Fundação Prefeito Faria Lima - Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (Cepam) para a rede ter acesso a 140 municípios do Estado de São Paulo, tendo foco de informar as propostas e problemas decorrentes nesses locais. 1564 municípios estão cadastrados, sendo que alguns ainda não entraram na lista por serem homônimos.
Outros parceiros do projeto são: o movimento Nossa Campinas; Nossa BH; Nós podemos São Paulo; e o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) unidade que faz parte da ONU e que utiliza a rede para avaliar o processo de desenvolvimento no Brasil.
“Comunicação participativa melhora a vida das cidades, porque as pessoas trocam suas experiências, aperfeiçoam a gestão de conhecimento, sendo tudo em função de temas coletivos. Queremos mudar a forma como as pessoas se percebem na comunidade virtual. Uma é você ter 500 amigos no Orkut e não fazer nada, outra é ser uma pessoa participativa na sociedade que fez algo importante por meio de uma ferramenta Web”, exemplifica Luna.
Para fazer parte da comunidade virtual, acesse: http://cidadedemocratica.org.br/
Fonte: IPNews
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Nova ferramenta de busca é lançada na Web 2.0 Summit

A versão beta da Wowd ( www.wowd.com ), uma nova ferramenta de busca em tempo real, será lançada na Web 2.0 Summit, nesta terça-feira, em São Francisco, nos Estados Unidos. A sexta edição do evento, que se realiza até quinta-feira, tem, entre seus principais objetivos, debater formas de aprimorar o uso de ferramentas e princípios da Web 2.0 para otimizar os negócios.
A Wowd, empresa fundada em 2007, anunciou que a versão pode ser baixada gratuitamente em seu site. A ferramenta propõe um novo conceito de busca focando descobertas, novas tendências, últimas notícias, assuntos de redes sociais e páginas populares da web.
"O volume e a velocidade das novas informações na web são opressores. As pessoas simplesmente não têm tempo de se manter atualizadas na enxurrada de dados em tempo real. A Wowd resolve esse problema oferecendo uma alternativa dento das ferramentas de busca das últimas décadas", disse Mark Drummond, CEO da Wowd Inc.
A Wowd usa como base de suas buscas o histórico de navegação daqueles que usam o browser da empresa. Ou seja, uma simples visita a um site permite o registro do conteúdo acessado em um banco de dados.
Assim, a Wowd acredita que seu buscador consiga um mergulho na inteligência coletiva dos internautas. Conteúdos de páginas de toda a web ficam registrados - como o Twitter, blogs e outras redes sociais - e o resultado das buscas seria sempre um conteúdo popular e atualizado.
Os aplicativos da Wowd, tanto o navegador quanto a ferramenta de busca, estão disponíveis para Mac, PC e Linux, gratuitamente.
Fonte: Terra
domingo, 11 de outubro de 2009
Novas tecnologias da Internet aplicadas a Bibliotecas e Centros de Informação: Web 2.0, Blog, Twitter ...
Palestra
Data: 19/11/09
Horário: 14 às 17 h
Local: Museu Histórico Nacional
Praça Marechal Ancora, s/n Centro Rio de Janeiro
Palestrante: Moreno Barros
Graduado em Biblioteconomia e Documentação pela UFF e mestre em Ciência da Informação pelo IBICT/UFF. Bibliotecário da UFRJ. Um dos responsáveis pela ExtraLibris [http://www.extralibris.org/ ] e pelo blog Bibliotecários Sem Fronteiras [http://www.bsf.org.br/ ].
Informações e Inscrições: redarte@redarte.org.br
No final da palestra será entregue declaração de participação.
Siga a REDARTE: www.twitter.com/redarterj
Realização:
REDARTE e MUSEU HISTÓRICO NACIONAL
Data: 19/11/09
Horário: 14 às 17 h
Local: Museu Histórico Nacional
Praça Marechal Ancora, s/n Centro Rio de Janeiro
Palestrante: Moreno Barros
Graduado em Biblioteconomia e Documentação pela UFF e mestre em Ciência da Informação pelo IBICT/UFF. Bibliotecário da UFRJ. Um dos responsáveis pela ExtraLibris [http://www.extralibris.org/ ] e pelo blog Bibliotecários Sem Fronteiras [http://www.bsf.org.br/ ].
Informações e Inscrições: redarte@redarte.org.br
No final da palestra será entregue declaração de participação.
Siga a REDARTE: www.twitter.com/redarterj
Realização:
REDARTE e MUSEU HISTÓRICO NACIONAL
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Agora só falta organizar o conteúdo relevante
Pela organização do conteúdo relevante do processo colaborativo: já agrupamos por tags, assuntos ou perfil de usuário e o próximo passo é saber entregar isso de forma pertinente.
Por Flavio Vidigal
Que relevância de conteúdo é a bola da vez, disso já se fala há muito tempo, é chover no molhado mesmo. Mas a discussão que quero levantar aqui é: de quem é a responsabilidade de organizar todo conteúdo jogado na web até agora?
O fenômeno web 2.0 já passou e ninguém viu. O que faremos com todo esse conteúdo produzido? Tendo em vista que a busca pelo conteúdo relevante já é uma prática que vem do usuário, em que ele vai atrás de vídeos, posts e fotos que lhe agradam mais, quando a web vai entender seus anseios e apresentar primeiramente resultados referentes a um determinado perfil de navegação?
Enquanto a web semântica não chega, ou seja, uma padronização que ajude tanto humanos quanto computadores a organizar o conteúdo e entregá-lo de forma relevante ao usuário final o que podemos fazer com relação a este assunto?
O Google tem a informação na mão, mas será que é dele a responsabilidade de organizar e difundir isso? Seriam os veículos? Nós criativos? Algum órgão do governo?
Acredito muito em fenômenos emergentes e acho que não estamos à altura de ditar quem vai fazer o quê no meio digital hoje. O que podemos é tomar parte deste fenômeno e fazer alguma coisa de útil. Isso sim pode partir de qualquer um.
Já temos conteúdo suficiente para agruparmos por tags, assuntos ou perfil de usuário, basta ser criativo e saber como entregar isso de forma pertinente. O que fazemos hoje quando queremos ver filmes das copas passadas de futebol? Uma opção é ir até o acervo da Globo ou procurar “copas” no You Tube. Mas se deu vontade de ler sobre esse assunto, lá vou eu no Google atrás de blogs, assim ocorre com fotos no Flickr etc.
O que se pode fazer são agregadores de APIs para que o usuário tenha tudo na mão em tempo real e de forma organizada.
Imagine o exemplo da copa, se tivéssemos um site que reunisse todos os resultados do Twitter pela tag “#Copa”, os vídeos do You Tube, as imagens do Flickr, as notícias relacionadas e mais comentadas etc.
Divulgaríamos esse site por perfil de navegação uma vez que sabemos que na proximidade deste evento a busca pelo assunto aumenta significativamente e então apresentaríamos ele às pessoas que digitassem “copa do mundo” nos buscadores, por exemplo.
Parece óbvio e até já temos alguns sites e aplicativos que fazem isso. Mas poderíamos comprar essa ideia e tentar viabilizar cada vez mais esse fenômeno, sem precisarmos estimular a colaboração ainda mais, pois isso já está implícito na cultura digital de cada um de nós. Acredito na bandeira da organização e entrega de conteúdo relevante de todo processo colaborativo que houve e que ainda está acontecendo.
Fonte: Webinsider
Por Flavio Vidigal
Que relevância de conteúdo é a bola da vez, disso já se fala há muito tempo, é chover no molhado mesmo. Mas a discussão que quero levantar aqui é: de quem é a responsabilidade de organizar todo conteúdo jogado na web até agora?
O fenômeno web 2.0 já passou e ninguém viu. O que faremos com todo esse conteúdo produzido? Tendo em vista que a busca pelo conteúdo relevante já é uma prática que vem do usuário, em que ele vai atrás de vídeos, posts e fotos que lhe agradam mais, quando a web vai entender seus anseios e apresentar primeiramente resultados referentes a um determinado perfil de navegação?
Enquanto a web semântica não chega, ou seja, uma padronização que ajude tanto humanos quanto computadores a organizar o conteúdo e entregá-lo de forma relevante ao usuário final o que podemos fazer com relação a este assunto?
O Google tem a informação na mão, mas será que é dele a responsabilidade de organizar e difundir isso? Seriam os veículos? Nós criativos? Algum órgão do governo?
Acredito muito em fenômenos emergentes e acho que não estamos à altura de ditar quem vai fazer o quê no meio digital hoje. O que podemos é tomar parte deste fenômeno e fazer alguma coisa de útil. Isso sim pode partir de qualquer um.
Já temos conteúdo suficiente para agruparmos por tags, assuntos ou perfil de usuário, basta ser criativo e saber como entregar isso de forma pertinente. O que fazemos hoje quando queremos ver filmes das copas passadas de futebol? Uma opção é ir até o acervo da Globo ou procurar “copas” no You Tube. Mas se deu vontade de ler sobre esse assunto, lá vou eu no Google atrás de blogs, assim ocorre com fotos no Flickr etc.
O que se pode fazer são agregadores de APIs para que o usuário tenha tudo na mão em tempo real e de forma organizada.
Imagine o exemplo da copa, se tivéssemos um site que reunisse todos os resultados do Twitter pela tag “#Copa”, os vídeos do You Tube, as imagens do Flickr, as notícias relacionadas e mais comentadas etc.
Divulgaríamos esse site por perfil de navegação uma vez que sabemos que na proximidade deste evento a busca pelo assunto aumenta significativamente e então apresentaríamos ele às pessoas que digitassem “copa do mundo” nos buscadores, por exemplo.
Parece óbvio e até já temos alguns sites e aplicativos que fazem isso. Mas poderíamos comprar essa ideia e tentar viabilizar cada vez mais esse fenômeno, sem precisarmos estimular a colaboração ainda mais, pois isso já está implícito na cultura digital de cada um de nós. Acredito na bandeira da organização e entrega de conteúdo relevante de todo processo colaborativo que houve e que ainda está acontecendo.
Fonte: Webinsider
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Web 2.0 e a (r)evolução do conteúdo
Eis que repente um site consegue transformar o usuário de internet em estrela. De mero espectador, ele passa a produtor do conteúdo ali veiculado, que passa, por sua vez, a ser divulgado e, melhor: discutido, repercutido, avaliado. Estamos diante, assim, de uma mudança radical nos rumos não só da rede mundial dos computadores como da comunicação tal qual a conhecemos? Sim e não. A parte verdadeira da afirmação é que nunca o internauta teve tanto poder. De receptor, ele passou a ser emissor; de coadjuvante, vira ator principal. A parte do "não" se explica com uma simples visitinha aos primórdios da internet. Na época das BBSs, a primeira forma de comunicação na web (antes ainda da era gráfica), era o internauta o grande detentor do poder da comunicação, através das comunidades de troca de recados. Era dele que partia a produção do que se veiculava na Net.
A Web 2.0 é nada menos que a retomada do início da internet. Temos o poder hoje, assim como tínhamos antes da bolha pontocom e anteriormente à entrada, na rede, dos grandes estúdios e dos conglomerados de comunicação. E essa constatação é fantástica. Nunca tivemos tantas ferramentas de produção e nossa voz nunca esteve tão livre. Não à toa, já incomodamos os veículos tradicionais, que tiveram de reformular seu portifólio para combater o produtor independente de conteúdo.
Recorremos à enciclopédia virtual Wikipedia [1] para tentar entender o fenômeno da Web 2.0: lá, ela é chamada de "internet participativa". A afirmação faz todo o sentido, ainda mais depois da chegada dos gadgets superdesenvolvidos com acesso à internet e funções avançadas de captação de áudio e vídeo. Com o boom das câmeras digitais e dos telefones celulares dotados destas, produzimos não só texto como imagens e reportagens. Assim, passamos a oferecer a nossa visão dos acontecimentos, invadimos a mídia convencional com os flagrantes capturados por nossas lentes.
Há uns seis anos, os blogs apareceram como a alternativa amadora para os grandes portais de notícias. Blogueiros famosos já recebiam mais visitas, em seus diários virtuais, que homepages de nomes badalados na mídia. Com uma linguagem muito mais próxima do dia-a-dia e uma abordagem diferente dos fatos, os blogs passaram a se tornar candidatos naturais à sucessão dos veículos tradicionais. Estes, por sua vez, com medo da concorrência, criaram canais especiais para publicação de textos e de vídeos gerados pelos leitores, assim como incentivaram seus jornalistas a se tornar blogueiros também.
Blogs, fotologs, videologs. O novo mundo multimídia, instigado pelas novas ferramentas tecnológicas, está permitindo a revolução. Ou melhor, a evolução. Já há celulares capazes de capturar vídeos de alta qualidade, comparáveis até mesmo a câmeras profissionais. Só para exemplificar o que vem vindo por aí: os canais Multishow e MTV criaram programas especiais nos quais a captação das imagens é feita por amadores, usando celulares Nokia de última geração, o N-95 e o N-93.
A partir de câmeras especiais acopladas, estes celulares permitem que qualquer um seja cameraman ou videomaker. Para manejar estas câmeras, basta apenas saber ligar o celular e segurá-lo direito. Vamos além: essas produções serão divulgadas em cadeia nacional de TV. Não estamos mais, portanto, falando de produções amadoras de fundo de garagem que geram milhares de visitas no YouTube [2]. A internet deixa de ficar apenas na internet e invade as outras mídias. Não há quem a segure.
Outra mudança que irá impactar a mídia tradicional se chama TV Digital. Ao oferecer mais interatividade - num segundo momento, já que no primeiro a transmissão será apenas unidirecional -, ela aumentará as chances de participação do receptor na forma como se faz e como se veicula TV. O espectador poderá montar sua grade de programação e escolher o que deseja assistir, e a que momento. E vai mais longe ainda: ele poderá influir na programação, se comunicando com a emissora em tempo real. Se o controle-remoto já foi uma incrível revolução, a TV Digital mostrará, à mídia tradicional, que o público não é mais o mesmo.
Um bom exemplo do que pode vir a ser a TV Digital se chama Joost [3]. O programa, que ainda está na fase beta (de testes), proporciona ao internauta uma forma diferente de assistir TV, mesmo que não seja em tempo real. Dentro do software, o usuário escolhe os canais que deseja assistir, monta sua grade de programação e aceita, ou não, assistir a comerciais, clipes de música e programas jornalísticos. É como se estivesse num restaurante self service e fosse escolhendo os pratos que mais lhe apetecessem. E, melhor: patrocinado. No Joost, as emissoras de TV oferecem o conteúdo de graça e rezam para que os internautas honrem este conteúdo com suas visitas, que podem gerar mais receita em publicidade.
Os donos do Joost - os mesmos que lançaram o programa de Voz sobre IP Skype [4] - já fecharam parcerias com canais convencionais de televisão. Estes, por sua vez, já estão estudando novas formas de manter a fidelidade de seu espectador. Porque este terá, cada vez mais, opções variadas para seu entretenimento. Com o cruzamento entre a TV e a internet e, agora, o celular, a mídia convencional vê nascer um público mais exigente e, por que não, mais esperto.
E se a revolução já mexeu com o mundo da televisão, o que dizer da rádio? Em primeiro lugar, este veículo já "sofre" com a concorrência dos poderosos e sedutores MP3 Players que dominaram os bolsos e as bolsas dos consumidores antenados. Com a queda nos preços dos modelos, a tendência é que transportar música passe a ser cada vez mais comum. Assim, em vez de sintonizar numa estação que escolhe o que ele vai ouvir, o ouvinte passa, cada vez mais, a montar o que ele mesmo designa como programação. Todos podem se tornar DJs, bastando para isso algumas músicas trocadas entre o tocador de música digital e o computador.
Por outro lado, a rádio convencional ganhou a internet como concorrente de peso. Já que pode congregar todas as funções de entretenimento num mesmo aparelho - seja ele o computador ou o gadget de estimação - por que o usuário vai preferir um rádio? Já que o computador já lhe oferece som de qualidade, através de sub woofers integrados - cada vez mais comuns - que sentido há em ligar o velho rádio de guerra? Mais ainda: há dezenas de celulares à venda dotados de rádio.
Um terceiro viés é o lançamento de rádios criadas e mantidas exclusivamente na internet. Com menos profissionais contratados, infra-estrutura em geral muito inferior e investimento pequeno, qualquer um pode ter uma rádio. Até mesmo uma particular, com programação distribuída a uma rede selecionada de amigos. Montar uma rádio na internet não custa muito, sendo o maior investimento a banda de transmissão que garanta a veiculação das músicas em tempo real. O melhor exemplo do que pode ser a rádio na internet? O serviço Pandora.com, que permite ao internauta montar até cinco canais de rádio e acompanhar o streaming em tempo real, pela internet. Mas, assim como ele, muitos outros serviços já fazem o maior sucesso na Web.
Outra forma de rádio pessoal muito comum hoje em dia se chama Podcast. Trata-se de um programa "pessoal" montado pelo usuário e baixado por qualquer pessoa. Assim, escuta-se o que quiser (de música a crítica gastronômica) na hora em que se desejar. O negócio tem dado tão certo que a mídia convencional, mais uma vez, correu atrás e já oferece downloads de podcasts para os internautas carregarem em seus MP3 players.
Rádio de bolso, sites de veiculação de vídeo, programas de TV criados a partir de celulares, jornalismo participativo: são muitas as funções do novo internauta. Antenado com o que acontece no mundo, ele não quer mais apenas ser informado. Ele quer informar.
O que você imagina que vai efetivamente mudar com a Web 2.0? Quais os sinais já visíveis da Web 2.0 para você? Dê a sua opinião.
Fonte: Opinião e Notícia
A Web 2.0 é nada menos que a retomada do início da internet. Temos o poder hoje, assim como tínhamos antes da bolha pontocom e anteriormente à entrada, na rede, dos grandes estúdios e dos conglomerados de comunicação. E essa constatação é fantástica. Nunca tivemos tantas ferramentas de produção e nossa voz nunca esteve tão livre. Não à toa, já incomodamos os veículos tradicionais, que tiveram de reformular seu portifólio para combater o produtor independente de conteúdo.
Recorremos à enciclopédia virtual Wikipedia [1] para tentar entender o fenômeno da Web 2.0: lá, ela é chamada de "internet participativa". A afirmação faz todo o sentido, ainda mais depois da chegada dos gadgets superdesenvolvidos com acesso à internet e funções avançadas de captação de áudio e vídeo. Com o boom das câmeras digitais e dos telefones celulares dotados destas, produzimos não só texto como imagens e reportagens. Assim, passamos a oferecer a nossa visão dos acontecimentos, invadimos a mídia convencional com os flagrantes capturados por nossas lentes.
Há uns seis anos, os blogs apareceram como a alternativa amadora para os grandes portais de notícias. Blogueiros famosos já recebiam mais visitas, em seus diários virtuais, que homepages de nomes badalados na mídia. Com uma linguagem muito mais próxima do dia-a-dia e uma abordagem diferente dos fatos, os blogs passaram a se tornar candidatos naturais à sucessão dos veículos tradicionais. Estes, por sua vez, com medo da concorrência, criaram canais especiais para publicação de textos e de vídeos gerados pelos leitores, assim como incentivaram seus jornalistas a se tornar blogueiros também.
Blogs, fotologs, videologs. O novo mundo multimídia, instigado pelas novas ferramentas tecnológicas, está permitindo a revolução. Ou melhor, a evolução. Já há celulares capazes de capturar vídeos de alta qualidade, comparáveis até mesmo a câmeras profissionais. Só para exemplificar o que vem vindo por aí: os canais Multishow e MTV criaram programas especiais nos quais a captação das imagens é feita por amadores, usando celulares Nokia de última geração, o N-95 e o N-93.
A partir de câmeras especiais acopladas, estes celulares permitem que qualquer um seja cameraman ou videomaker. Para manejar estas câmeras, basta apenas saber ligar o celular e segurá-lo direito. Vamos além: essas produções serão divulgadas em cadeia nacional de TV. Não estamos mais, portanto, falando de produções amadoras de fundo de garagem que geram milhares de visitas no YouTube [2]. A internet deixa de ficar apenas na internet e invade as outras mídias. Não há quem a segure.
Outra mudança que irá impactar a mídia tradicional se chama TV Digital. Ao oferecer mais interatividade - num segundo momento, já que no primeiro a transmissão será apenas unidirecional -, ela aumentará as chances de participação do receptor na forma como se faz e como se veicula TV. O espectador poderá montar sua grade de programação e escolher o que deseja assistir, e a que momento. E vai mais longe ainda: ele poderá influir na programação, se comunicando com a emissora em tempo real. Se o controle-remoto já foi uma incrível revolução, a TV Digital mostrará, à mídia tradicional, que o público não é mais o mesmo.
Um bom exemplo do que pode vir a ser a TV Digital se chama Joost [3]. O programa, que ainda está na fase beta (de testes), proporciona ao internauta uma forma diferente de assistir TV, mesmo que não seja em tempo real. Dentro do software, o usuário escolhe os canais que deseja assistir, monta sua grade de programação e aceita, ou não, assistir a comerciais, clipes de música e programas jornalísticos. É como se estivesse num restaurante self service e fosse escolhendo os pratos que mais lhe apetecessem. E, melhor: patrocinado. No Joost, as emissoras de TV oferecem o conteúdo de graça e rezam para que os internautas honrem este conteúdo com suas visitas, que podem gerar mais receita em publicidade.
Os donos do Joost - os mesmos que lançaram o programa de Voz sobre IP Skype [4] - já fecharam parcerias com canais convencionais de televisão. Estes, por sua vez, já estão estudando novas formas de manter a fidelidade de seu espectador. Porque este terá, cada vez mais, opções variadas para seu entretenimento. Com o cruzamento entre a TV e a internet e, agora, o celular, a mídia convencional vê nascer um público mais exigente e, por que não, mais esperto.
E se a revolução já mexeu com o mundo da televisão, o que dizer da rádio? Em primeiro lugar, este veículo já "sofre" com a concorrência dos poderosos e sedutores MP3 Players que dominaram os bolsos e as bolsas dos consumidores antenados. Com a queda nos preços dos modelos, a tendência é que transportar música passe a ser cada vez mais comum. Assim, em vez de sintonizar numa estação que escolhe o que ele vai ouvir, o ouvinte passa, cada vez mais, a montar o que ele mesmo designa como programação. Todos podem se tornar DJs, bastando para isso algumas músicas trocadas entre o tocador de música digital e o computador.
Por outro lado, a rádio convencional ganhou a internet como concorrente de peso. Já que pode congregar todas as funções de entretenimento num mesmo aparelho - seja ele o computador ou o gadget de estimação - por que o usuário vai preferir um rádio? Já que o computador já lhe oferece som de qualidade, através de sub woofers integrados - cada vez mais comuns - que sentido há em ligar o velho rádio de guerra? Mais ainda: há dezenas de celulares à venda dotados de rádio.
Um terceiro viés é o lançamento de rádios criadas e mantidas exclusivamente na internet. Com menos profissionais contratados, infra-estrutura em geral muito inferior e investimento pequeno, qualquer um pode ter uma rádio. Até mesmo uma particular, com programação distribuída a uma rede selecionada de amigos. Montar uma rádio na internet não custa muito, sendo o maior investimento a banda de transmissão que garanta a veiculação das músicas em tempo real. O melhor exemplo do que pode ser a rádio na internet? O serviço Pandora.com, que permite ao internauta montar até cinco canais de rádio e acompanhar o streaming em tempo real, pela internet. Mas, assim como ele, muitos outros serviços já fazem o maior sucesso na Web.
Outra forma de rádio pessoal muito comum hoje em dia se chama Podcast. Trata-se de um programa "pessoal" montado pelo usuário e baixado por qualquer pessoa. Assim, escuta-se o que quiser (de música a crítica gastronômica) na hora em que se desejar. O negócio tem dado tão certo que a mídia convencional, mais uma vez, correu atrás e já oferece downloads de podcasts para os internautas carregarem em seus MP3 players.
Rádio de bolso, sites de veiculação de vídeo, programas de TV criados a partir de celulares, jornalismo participativo: são muitas as funções do novo internauta. Antenado com o que acontece no mundo, ele não quer mais apenas ser informado. Ele quer informar.
O que você imagina que vai efetivamente mudar com a Web 2.0? Quais os sinais já visíveis da Web 2.0 para você? Dê a sua opinião.
Fonte: Opinião e Notícia
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
A busca é o Graal digital?
Os buscadores nos trouxeram a possibilidade de explorar uma nova “inteligência natural”.
As fusões, aquisições e/ou acordos como o recentemente ocorrido entre Microsoft e Yahoo ou ainda o aparecimento de serviços como o Wave, o Bing e o intenso volume de soluções nos sistemas de busca são movimentos interessantes para a gente analisar partindo da lógica do consumidor digital 2.0.
Evidentemente esses fatos têm objetivos de negócios, mas há também, nessa pauta, o comportamento do consumidor que determina esses movimentos. Somos, afinal, sujeitos que desenhamos e redesenhamos como consumimos informação, como desejamos fazer a partilha de nosso dado privado com o espaço público e, enfim, vamos levando empresas com foco digital a buscar maneiras de ganhar nossa atenção e, consequentemente, melhorar seu modelo de negócio de forma mais inovadora.
Nessa linha é muito interessante observar o posicionamento do Facebook há poucos meses analisado em matéria da Wired como o verdadeiro grande modelo de buscador para o futuro. Ou pelo menos é o que eles imaginam ser numa queda de braço que se daria com o Google. Isso sem desprezar o esforço interessante e que ganha fôlego da já chamada “Microhoo” (Microsoft e Yahoo).
No entanto, o que atrai a minha atenção é o conceito de busca que prevalecerá. Estamos acostumados à indexação do Google, seus algoritmos secretos sempre mais e mais potencializados. Mas o fato é que a tendência do consumidor é, evidentemente, buscar pela experiência do outro para corroborar a sua. Tenho chamado isso de “inteligência natural”: uma espécie de potencialização das buscas pelo intenso cruzamento de dados, num gigantesco jogo de perguntas e respostas baseado em depoimentos postados na rede com o simples - e inestimável - desejo de ajudar alguém em sua dúvida. Ainda que nunca se saiba a quem se ajudou. Seria, no final das contas, dividir uma sabedoria que tem sua origem lá nas práticas da Idade da Pedra quando um homem já observava o outro para entender o que fazer por si mesmo.
A gente já ouviu falar muito dessa questão dos testemunhais e de sua importância. Mas a mídia social nos traz uma exacerbação desse contexto. A intensa produção de conteúdo privado nos leva a compartilhar experiências de maneira exponencial. Afinal, o volume de blogs e perfis nas redes sociais cresce diariamente e exige dos conectados uma produção de “pautas” rotineiras e permanentes para seus espaços virtuais.
São os andarilhos digitais com seus temas particulares tornados bens públicos. A necessidade criada para manter os perfis atualizados joga na rede depoimentos sobre produtos, serviços ou simplesmente dicas de como limpar aquela roupa de couro manchada por tinta. Essa exacerbação da partilha da experiência é um Eldorado para os sistemas de buscas e nele, certamente, reside o caminho para os que vão se sobressair (ou manter o seu feudo) nesse excepcional tipo de serviço da web que, junto com o email, efetivamente é uma das grandes invenções dos últimos 200 anos.
Indo um pouco além, fico imaginando que é preciso refletir sobre esse vai e vem de dramas e comédias da vida privada convivendo em uma matriz cruzada com a natural diferença de conhecimento, de teorias próprias e de verdades relativas e absolutas que pautam os conteúdos colaborativos. E nem vou colocar nessa conta os zilhões de temas postados de forma maliciosa para enganar desavisados. E é nesse ponto que o intenso trabalho dos sistemas de buscas pode também fazer a diferença para ajudar nossas pesquisas e nossas vidas. O quanto eles seriam (ou são) capazes de nos trazer preferencialmente as informações mais “verdadeiras”? E, nesse sentido, serão capazes de classificar esse “verdadeiro” por algum sistema mais automatizado do que a própria classificação feita pelo usuário de forma colaborativa (caso do Yahoo Repostas, por exemplo)? Essa é uma responsabilidade e tanto porque a cada dia mais transferimos para eles (os buscadores) essa responsabilidade de filtrar nossa primeira escolha. Até porque o alto volume torna limitada nossa capacidade de análise.
Um exemplo bom eu mesma vivi esta semana. Sou prisioneira de ácaros com 3 cruzes de alergia comprovada. Como sabemos, os ácaros, junto com os computadores, o Paulo Coelho e as baratas, já dominaram o mundo. Logo, o estado alérgico é o meu estado natural dado que, além de oxigênio, respiramos também ácaros em profusão. Ou seja, eu respiro o inimigo. Com isto também sou naturalmente refém de uma sinusite. Tratamentos alérgicos de todos os tipos eu já fiz e outro dia lembrei que já tinha ouvido falar dos efeitos milagrosos de um remédio fitoterápico chamado óleo de cabacinha ou de buxinha do norte. Uma gota em cada narina e - pow - fim da sinusite. Um processo purgativo intenso provocado pelo remédio garante essa cura.
Obviamente fui consultar o doutor Google (perigo, como sabem, pois a automedicação aumentou horrores com a chegada do Google e, certamente, tornou infernal a vida dos médicos). Mas, enfim, eu estava consultando para “colocar contra a parede” a minha otorrino no quesito sinusite x buxinha do norte. Resultado: milhares de depoimentos com relatos de cura total e uma pesquisa em que a autora garante que o tal remédio é na verdade muito agressivo para a estrutura da mucosa e, no final de contas, não aconselhava nada o uso. E agora?
Claro que não usei o remédio ainda, mas vou com estes posicionamentos de contra e a favor impressos para dialogar com o diploma da minha médica. O que tornaria a vida dela e a minha mais fácil seria obviamente a classificação mais qualificada dessas informações, como me referi antes. Bons conteúdos nos ajudam a tomar boas decisões. Mas também não podemos esquecer que a experiência do outro talvez não valha sempre para a gente (especialmente em casos médicos, mas nos casos mais commodities... sim, com certeza valem).
Fica o exemplo para a gente refletir sobre o impacto dessa prática digital de buscar pela partilha da experiência alheia - nessa amplitude que temos hoje - e que tanto mudou nosso patamar de conhecimento. Além, é claro, de ter mudado muito os tons de diálogos com nossos médicos, coitados. O Dr. Google e seus concorrentes como Yahoo e Bing nos trouxeram a possibilidade de explorar a “inteligência natural” (a experiência e relato da vida como ela acontece) e isso é um bem para nossa sabedoria de um lado e, de outro, um patrimônio para determinar fim e sucesso nos negócios. Vamos observar esses movimentos e entender se a qualidade da rede a que se propõe o Facebook,na citada matéria, será mesmo o “graal” dessa história.
Fonte: IDGNow
As fusões, aquisições e/ou acordos como o recentemente ocorrido entre Microsoft e Yahoo ou ainda o aparecimento de serviços como o Wave, o Bing e o intenso volume de soluções nos sistemas de busca são movimentos interessantes para a gente analisar partindo da lógica do consumidor digital 2.0.
Evidentemente esses fatos têm objetivos de negócios, mas há também, nessa pauta, o comportamento do consumidor que determina esses movimentos. Somos, afinal, sujeitos que desenhamos e redesenhamos como consumimos informação, como desejamos fazer a partilha de nosso dado privado com o espaço público e, enfim, vamos levando empresas com foco digital a buscar maneiras de ganhar nossa atenção e, consequentemente, melhorar seu modelo de negócio de forma mais inovadora.
Nessa linha é muito interessante observar o posicionamento do Facebook há poucos meses analisado em matéria da Wired como o verdadeiro grande modelo de buscador para o futuro. Ou pelo menos é o que eles imaginam ser numa queda de braço que se daria com o Google. Isso sem desprezar o esforço interessante e que ganha fôlego da já chamada “Microhoo” (Microsoft e Yahoo).
No entanto, o que atrai a minha atenção é o conceito de busca que prevalecerá. Estamos acostumados à indexação do Google, seus algoritmos secretos sempre mais e mais potencializados. Mas o fato é que a tendência do consumidor é, evidentemente, buscar pela experiência do outro para corroborar a sua. Tenho chamado isso de “inteligência natural”: uma espécie de potencialização das buscas pelo intenso cruzamento de dados, num gigantesco jogo de perguntas e respostas baseado em depoimentos postados na rede com o simples - e inestimável - desejo de ajudar alguém em sua dúvida. Ainda que nunca se saiba a quem se ajudou. Seria, no final das contas, dividir uma sabedoria que tem sua origem lá nas práticas da Idade da Pedra quando um homem já observava o outro para entender o que fazer por si mesmo.
A gente já ouviu falar muito dessa questão dos testemunhais e de sua importância. Mas a mídia social nos traz uma exacerbação desse contexto. A intensa produção de conteúdo privado nos leva a compartilhar experiências de maneira exponencial. Afinal, o volume de blogs e perfis nas redes sociais cresce diariamente e exige dos conectados uma produção de “pautas” rotineiras e permanentes para seus espaços virtuais.
São os andarilhos digitais com seus temas particulares tornados bens públicos. A necessidade criada para manter os perfis atualizados joga na rede depoimentos sobre produtos, serviços ou simplesmente dicas de como limpar aquela roupa de couro manchada por tinta. Essa exacerbação da partilha da experiência é um Eldorado para os sistemas de buscas e nele, certamente, reside o caminho para os que vão se sobressair (ou manter o seu feudo) nesse excepcional tipo de serviço da web que, junto com o email, efetivamente é uma das grandes invenções dos últimos 200 anos.
Indo um pouco além, fico imaginando que é preciso refletir sobre esse vai e vem de dramas e comédias da vida privada convivendo em uma matriz cruzada com a natural diferença de conhecimento, de teorias próprias e de verdades relativas e absolutas que pautam os conteúdos colaborativos. E nem vou colocar nessa conta os zilhões de temas postados de forma maliciosa para enganar desavisados. E é nesse ponto que o intenso trabalho dos sistemas de buscas pode também fazer a diferença para ajudar nossas pesquisas e nossas vidas. O quanto eles seriam (ou são) capazes de nos trazer preferencialmente as informações mais “verdadeiras”? E, nesse sentido, serão capazes de classificar esse “verdadeiro” por algum sistema mais automatizado do que a própria classificação feita pelo usuário de forma colaborativa (caso do Yahoo Repostas, por exemplo)? Essa é uma responsabilidade e tanto porque a cada dia mais transferimos para eles (os buscadores) essa responsabilidade de filtrar nossa primeira escolha. Até porque o alto volume torna limitada nossa capacidade de análise.
Um exemplo bom eu mesma vivi esta semana. Sou prisioneira de ácaros com 3 cruzes de alergia comprovada. Como sabemos, os ácaros, junto com os computadores, o Paulo Coelho e as baratas, já dominaram o mundo. Logo, o estado alérgico é o meu estado natural dado que, além de oxigênio, respiramos também ácaros em profusão. Ou seja, eu respiro o inimigo. Com isto também sou naturalmente refém de uma sinusite. Tratamentos alérgicos de todos os tipos eu já fiz e outro dia lembrei que já tinha ouvido falar dos efeitos milagrosos de um remédio fitoterápico chamado óleo de cabacinha ou de buxinha do norte. Uma gota em cada narina e - pow - fim da sinusite. Um processo purgativo intenso provocado pelo remédio garante essa cura.
Obviamente fui consultar o doutor Google (perigo, como sabem, pois a automedicação aumentou horrores com a chegada do Google e, certamente, tornou infernal a vida dos médicos). Mas, enfim, eu estava consultando para “colocar contra a parede” a minha otorrino no quesito sinusite x buxinha do norte. Resultado: milhares de depoimentos com relatos de cura total e uma pesquisa em que a autora garante que o tal remédio é na verdade muito agressivo para a estrutura da mucosa e, no final de contas, não aconselhava nada o uso. E agora?
Claro que não usei o remédio ainda, mas vou com estes posicionamentos de contra e a favor impressos para dialogar com o diploma da minha médica. O que tornaria a vida dela e a minha mais fácil seria obviamente a classificação mais qualificada dessas informações, como me referi antes. Bons conteúdos nos ajudam a tomar boas decisões. Mas também não podemos esquecer que a experiência do outro talvez não valha sempre para a gente (especialmente em casos médicos, mas nos casos mais commodities... sim, com certeza valem).
Fica o exemplo para a gente refletir sobre o impacto dessa prática digital de buscar pela partilha da experiência alheia - nessa amplitude que temos hoje - e que tanto mudou nosso patamar de conhecimento. Além, é claro, de ter mudado muito os tons de diálogos com nossos médicos, coitados. O Dr. Google e seus concorrentes como Yahoo e Bing nos trouxeram a possibilidade de explorar a “inteligência natural” (a experiência e relato da vida como ela acontece) e isso é um bem para nossa sabedoria de um lado e, de outro, um patrimônio para determinar fim e sucesso nos negócios. Vamos observar esses movimentos e entender se a qualidade da rede a que se propõe o Facebook,na citada matéria, será mesmo o “graal” dessa história.
Fonte: IDGNow
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Pensador francês palestrou na PUCRS
Considerado um dos principais pensadores da cultura digital, o filósofo francês Pierre Lévy palestrou nesta segunda-feira no Fórum de Internet Corporativa, na PUCRS. Lévy, que tornou-se conhecido ao lançar a expressão "inteligência coletiva" nos anos 1990 para projetar a evolução do conhecimento humano conectado por redes, defende que "o mundo das ideias é extremamente rico e complexo, até mais que a biosfera".
O pensador apresentou sua visão das etapas evolutivas da internet. Para ele, estamos em um estágio que alguns chamam de "web 2.0" ou de "mídias sociais", em que importa menos saber usar as ferramentas e mais participar do movimento coletivo de invenção. Diante da ansiedade que a necessidade de se manter atualizado sobre as últimas novidades em mídias sociais, Lévy pondera:
— Não se trata de aprender a última coisa na moda, mas sim de entender que a cada 15 dias teremos uma nova coisa. Não podemos saber tudo, temos que aprender o que é interessante para nós. Estamos nadando na inteligência coletiva.
Para o pensador francês, após uma era de simples "links" entre páginas na rede, começa-se a prestar atenção a questões como a categorização social de conteúdo na rede, a multiplicidade de idiomas dos conteúdos, o uso de tags (etiquetas que definem o tema de um conteúdo). Como máquinas e usuários podem encontrar e organizar tantas informações? A próxima etapa da evolução da internet seria rumo à "web semântica", que atingiria seu ápice em 2015.
— Em geral, as ideias não foram feitas para ser processadas automaticamente por máquinas. Elas existem para ser tratadas social e emocionalmente por cérebros humanos. Minha proposta é codificar ideias e conceitos de modo que os significados possam ser manipulados automaticamente por computadores.
Apesar de defender a internet como promotora de uma revolução cultural, Lévy não deixou de lembrar que aspectos muito importantes da vida seguirão sem participar do mundo digital:
— Nem tudo vai acontecer no ciberespaço. Teremos sempre de ir ao dentista, e não podemos ir ao banheiro virtualmente.
A palestra foi transmitida ao vivo pelo blog Infosfera.
Fonte: Zero Hora
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Palestra: O admirável mundo novo: Web 2.0 em bibliotecas

De mero espectador, o usuário passou a intervir no conteúdo, na forma e na estrutura da informação disponível na internet.
por Teresa Laranjeiro, Bibliotecária do Goethe-Institut de Lisboa
A Web 2.0 tem provocado uma revolução no modo como as pessoas se relacionam com a Internet. De mero espectador, o usuário passa a controlar o conteúdo, a forma de acesso e a estrutura da informação disponível. Num universo em constante mutação, é responsabilidade do bibliotecário adaptar-se à evolução da tecnologia e dela tirar o melhor proveito.
Nesta palestra, a bibliotecária Teresa Laranjeiro, do Goethe-Institut de Lisboa, analisa um vasto leque de serviços, ferramentas e softwares da Web 2.0 na área das bibliotecas e destaca os mais importantes resultados que a sua implantação pode trazer para o serviço e para os usuários. Por meio de exemplos concretos, são identificadas as melhores práticas na área e discutidos os paradigmas reservados para o futuro.
Data e Local:
10 de março de 2009 - 3ª feira - 19h30
Instituto Cervantes de São Paulo
Av. Paulista, 2439 - Térreo
Estação do metrô Consolação
Estacionamento conveniado: Vaz (Av. Paulista, 2.440)
Haverá um Welcome Coffee.
Idioma: Português
Capacidade do auditório - 80 vagas
Entrada franca
Duração: 90 minutos
Informações através do e-mail
biblioteca@saopaulo.goethe.org ou por telefone (11) 3296-7001, com Ana Teresa ou Bethe.
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007
Internet prepara-se para era da Web 3.0
Empresas e pesquisadores procuram sofisticar mais os mecanismos de busca para "adivinharem" desejo do usuário
Leia a matéria completa na Folha de S. Paulo
Leia a matéria completa na Folha de S. Paulo
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