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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

A inteligência artificial chega ao mundo das artes



Quando o assunto é futuro do trabalho, muitos estudos debatem como o desenvolvimento de algoritmos de inteligência artificial mais capazes vai colocar em risco milhões de empregos. Esses mesmos estudos apontam as profissões que têm mais ou menos chances de serem eliminadas, e aquelas cujas atividades envolvem criatividade e imaginação geralmente são citadas como imunes à automação. Porém essa imunidade pode estar com os dias contados.

Em outubro, a Christie’s, uma das mais famosas casas de leilão de artes do mundo, fundada em 1766, vai, pela primeira vez, leiloar um quadro criado inteiramente por inteligência artificial, em sua filial de Nova York. A peça, intitulada “Edmond de Belamy”, é o retrato de uma pessoa (que, aliás, nunca existiu) e foi feita por um algoritmo desenvolvido pela startup francesa Obvious, cujo lema é “Criatividade não é só para humanos”.

Para conseguir gerar as imagens, a Obvious utilizou uma técnica conhecida como GAN (acrônimo para generative adversarial network ou, em português, rede geradora adversária). Para entender melhor como ela funciona, conversei com Saulo Catharino, consultor em aprendizado de máquinas e diretor da empresa Bitrental.

O GAN é formado por duas redes neurais, uma conhecida como geradora e outra como discriminadora. Nesse caso dos quadros, a geradora foi ensinada a fazer desenhos aleatórios, tendo como base algumas especificações (por exemplo, como são retratos, eles precisam ter dois olhos, um nariz...). Já a discriminadora foi alimentada com uma imensa base de dados de 15 mil pinturas de retratos existentes dos séculos 14 a 20. Assim, conforme a geradora ia desenhando, a discriminadora media se esses desenhos se aproximavam daqueles da base de dados ou não. Com esse feedback, a geradora foi melhorando seu desempenho, até que conseguiu criar imagens similares, chegando ao resultado final. O uso dessa técnica faz com que os responsáveis pela Obvious se refiram às suas obras como parte de um novo movimento artístico, o “GAN-ismo”.

A empresa francesa não é a única a apostar em inteligência artificial criativa. Na Universidade de Rutgers, nos EUA, pesquisadores desenvolveram um algoritmo que consegue gerar cerca de mil imagens originais a cada vez que é acionado. E para testar esses trabalhos, colocaram-nos ao lado de outras obras criadas por humanos em um site onde pessoas puderam avaliá-los em termos de complexidade e inspiração. E alguns dos que foram produzidos pelo algoritmo tiveram uma avaliação superior.

Além de imagens, outras formas de expressão artística também estão sendo desenvolvidas por inteligência artificial: alguns algoritmos conseguem criar poemas “inspirados” em fotos (apesar de que o resultado nem sempre é dos melhores) e se aventurar no mundo da música. Ano passado, a cantora americana Taryn Southern lançou um álbum inteiro produzido por IA. E, em 2016, aqui no Brasil, o Spotify, em parceria com a empresa Kunumi, de Belo Horizonte, e o grupo de rap RZO, lançou uma música do rapper Sabotage, morto em 2003. Para isso, alimentou uma rede neural com diversas composições e manuscritos do artista. Com essa base, o algoritmo desenvolveu uma letra inspirada no estilo de Sabotage. A canção, aliás, chama-se “Neural”.

No entanto, essas iniciativas provocaram uma discussão: afinal, quadros, músicas ou outras obras criadas por inteligência artificial podem ser chamados de arte? A resposta é a mais em cima do muro possível: depende. Se avaliados apenas pelo aspecto estético, sim. Porém, se definirmos arte como uma forma de expressão de sentimentos, sensibilidade e personalidade de quem cria, fica complicado classificar inteligência artificial como artista, pois não existem (pelo menos ainda) algoritmos com essa capacidade.

Seja como for, o “Edmond de Belamy” irá a leilão em outubro, com preço estimado na casa dos US$ 10 mil. E você, faria um lance por essa obra?

Jornal do Brasil

sábado, 22 de julho de 2017

Cinco museus do Ibram podem ser visitados pela internet

São mais de 1300 itens e 18 exposições  disponíveis.

Em ambiente virtual, as instituições disponibilizam pinturas, esculturas, vestimentas, gravuras, vídeos e áudios  

Visitar um museu e conhecer obras clássicas contemporâneas agora é uma oportunidade que está à distância de um clique. A história do Brasil pelos olhos de grandes artistas, tanto nacionais quanto internacionais, está disponível virtualmente em cinco museus administrados pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC). 

Além de obras de arte, outros itens históricos podem ser contemplados pelas telas de celulares, tablets ou computadores. 

O Ibram e a empresa Google firmaram a parceria em fevereiro para a realização do passeio virtual. Veja uma amostra do que pode ser conferido nas vitrines do site.


Museu Nacional de Belas Artes 


Conheça a coleção da Missão Artística Francesa, que trouxe ao Brasil artistas como Jean Baptiste Debret e Nicolas Antoine Taunay no início do século XIX, com o objetivo de criar uma escola de arte e ofícios na então capital. A missão instituiu o estilo neoclássico com pinturas como o "Retrato de D. João VI" e o "Estudo para desembarque de Dona Leopoldina no Brasil", ambos de Debret, datados de 1817.

Museu Histórico Nacional


Entre as principais atrações do projeto está conferir os pormenores de algumas obras, que foram capturadas por câmera capaz de digitalizar com super-resolução e revelar detalhes que poderiam passar despercebidos a olho a nu. A pintura "[Ex-Voto] Batalha dos Guararapes", de 1758, é uma das 450 obras disponíveis a partir dessa tecnologia, retratando uma das maiores batalhas ocorridas na época colonial.

Museu Imperial


No projeto “Nós Vestimos Cultura”, o visitante é transportado ao fascínio do traje e insígnias usados por d. Pedro II em sua coroação, em 1841. O traje real, segundo os coordenadores da exposição, mostrava a riqueza das terras governadas pelo imperador-menino. 

Museu Castro Maya


Aqui o visitante se depara com o retrato de Castro Maya feito pelo amigo Candido Portinari, com quem desenvolveu muitos projetos, desde a década de 1940 até a morte do artista. Deste relacionamento de vinte anos resultou a acumulação de 168 originais, entre pinturas, desenhos, gravuras e ilustrações de livros. O museu é um dos maiores acervos públicos do pintor e artista plástico brasileiro.

Museu Lasar Segall


O processo do abrasileiramento do lituano Lasar Segall é apresentado numa temática audiovisual: suas obras mais representativas e áudios explicativos de cada fase de sua produção artística perpassam desde o impressionismo europeu do começo do século XX até a "revelação do milagre da cor e da luz" com o movimento modernista após conhecer o Brasil, na década de 1920.

 Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Cultura

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

"The Met" libera milhares de imagens


A partir de agora todas as imagens de obras de domínio público da coleção do Met (The Metropolitan Museum of Art/New York) estão disponíveis sob licença Creative Commons Zero (CC0), ou seja, se você é artista, designer, educador,  estudante, profissional ou apenas por hobby, agora tem mais de 375 MIL imagens de obras de arte da coleção para usar, compartilhar e remixar - sem restrições. Esta mudança de política de Open Access é um importante marco na evolução digital do Met.

Visite: www.metmuseum.org/art/collection


Pintura: "A Crucificação", Pietro Lorenzetti (1340), Tempera e folhas de ouro em madeira.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

As rotas de Cervantes


A iniciativa reúne 18 exposições virtuais e cinco passeios em 360º por lugares emblemáticos na vida do célebre escritor

Escritor. Soldado. Homem. Mito. O autor de Dom Quixote é uma figura extremamente importante, muitas vezes creditado como o primeiro escritor moderno e um dos escritores mais importantes de todos os tempos. Para comemorar o 400º aniversário da sua morte, o Google Cultural Institute reúne instituições e coleções em todo o mundo em um só lugar, deixando todo mundo redescobrir Cervantes. Explorar "As Rotas de Cervantes" (The Routes of Cervantes) e ver como o homem e suas obras ganham vida.



quinta-feira, 7 de abril de 2016

As cartas de Vincent Van Gogh


As cartas são a janela para o universo de Van Gogh

Todas as cartas escritas e recebidas por Vincent van Gogh são apresentados nesta edição web: 902 cartas e 25 de manuscritos relacionados (tais como folhas soltas e rascunhos não enviados). As cartas também podem ser acessadas ​​por período, correspondente e lugar. O site pode ser pesquisado usando suas funções de pesquisa simples ou avançados .

O site também contém ensaios por parte dos editores sobre Van Gogh e suas cartas, detalhando seu conteúdo e contexto, estilo de escrita do artista e sua relação com seus correspondentes, bem como informações biográficas sobre ele e sua família e a história da publicação das cartas.




quarta-feira, 30 de março de 2016

Casa Guilherme de Almeida já pode ser visitada virtualmente




Visita pode ser feita de qualquer lugar do mundo através do Google

Para quem não mora em São Paulo ou ainda não pôde conhecer a Casa Guilherme de Almeida (Rua Macapá, 187, Pacaembu, São Paulo / SP) agora há a possibilidade de fazer uma visita virtual ao museu por meio da plataforma digital Google Cultural Institute. O internauta poderá percorrer virtualmente todos os ambientes do museu. Também tem a opção de obter informações sobre a vida e obra do poeta modernista, além de ver itens de obras de arte do acervo da Casa em altíssima resolução, por meio da Art Câmera, que faz parte do Google Art Project - sistema que registra imagens de obras de arte em museus do todo o mundo. Para ver o acervo virtual da Casa Guilherme de Almeida no Google Cultural Institute, clique aqui.

via Publishnews

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Google oferece tours virtuais por importantes pontos turísticos do mundo


Já pensou em conhecer a Ópera de Paris, o Museu de Arte Moderna de Nova York e o Teatro Bolshoi, na Rússia, em um único dia e sem sair de casa? Essa é a proposta do Instituto Cultural do Google, criado em 2011 para aproximar as pessoas da arte através da tecnologia.

O recurso conta com 900 parceiros de 60 países e reúne um vasto acervo de obras de arte, documentos históricos, coleções de museus, além dos tours em 3D, que permitem conhecer monumentos e instalações icônicas, nos mínimos detalhes.

Aqui no Brasil, o Google estabeleceu parceria com a Pinacoteca de São Paulo, o Museu do Futebol, o Museu da Imagem e do Som, o Museu Lasar Segall e o Museu da Língua Portuguesa. Nesta terça-feira (1º) foi anunciado o mais novo colaborador da plataforma: o Theatro Municipal de São Paulo.

Grande símbolo cosmopolita do século 20, o Theatro Municipal foi o grande palco da cidade de São Paulo e recebeu os mais nobres figurões da alta sociedade paulistana, que frequentavam a casa para assistir a espetáculos de balé, ópera e orquestras. Inaugurado no ano de 1911, sua arquitetura remete à Ópera de Paris e, atualmente, é um dos principais cartões postais da cidade.

Através do recurso Google Street View, o usuário pode explorar cada canto do teatro, observando a instalação dos mais diferentes ângulos, graças ao zoom e visão em 360º. Em um segundo momento, o acervo do Theatro Municipal também deve ser digitalizado e disponibilizado na plataforma. Além do tour, a ferramenta também oferece três exposições virtuais sobre a história do prédio e um vídeo em 360º da ópera Lohengrin, de Richard Wagner, que, recentemente, estava em cartaz no teatro.

Fonte: Universia Brasil

domingo, 20 de setembro de 2015

Acervo digital Iberê Camargo terá 4 mil obras


Explorar a intimidade e conhecer detalhes da vida e da criação de Iberê Camargo, um dos mais importantes artistas da História da Arte Brasileira, será possível a partir de 26 de setembro, quando ocorre o lançamento do Acervo Digital da Fundação Iberê Camargo (FIC). Na data, serão apresentados o hotsite e o projeto da digitalização, viabilizados por meio de patrocínio da Gerdau e da Petrobras, via Lei de Incentivo à Cultura do Estado do Rio Grande do Sul. O evento será realizado no auditório da FIC, a partir das 15h, e terá entrada gratuita, mediante inscrição no site da Fundação.

O  acervo digital (www.iberecamargo.org.br/acervodigital) disponibilizará mais de 4 mil obras e centenas de documentos, como catálogos, recortes de jornais e revistas, correspondências, cadernos de notas e fotografias, armazenados pela esposa de Iberê, Maria Coussirat Camargo. Das quatro mil obras, três mil estão em alta resolução, acompanhadas de fichas técnicas, históricos e informações relacionadas, revelando um repertório nunca visto antes em exposições. “Estamos acompanhando uma tendência seguida pelos principais museus do mundo”, diz o superintendente da Fundação Iberê Camargo, Fábio Coutinho.

Curiosidades

No hotsite, será possível conferir preciosidades, como um cartão de Natal que Iberê recebeu de Jorge Amado e Zélia Gattai e a troca de correspondência dele com o também artista Alberto da Veiga Guignard. Em uma das cartas, Guignard sugere ao gaúcho que conheça Jurujuba, na cidade de Niterói (RJ). A resposta de Iberê veio na forma de uma gravura da casa da “tia Maria”, que ele fez posteriormente, quando esteve em Jurujuba.

Outras curiosidades do acervo são um abaixo-assinado liderado por Iberê e enviado ao presidente das Organizações Globo na época, Roberto Marinho, criticando o fato de o jornal O Globo dar cotações “bom”, “razoável”, “sofrível”, às exposições de arte.   “Os conceitos estéticos em todos os períodos históricos férteis são, quase sempre, conflitantes. A eleição de um único ponto de vista para a aferição da diversificada produção artística nacional é, por conseguinte, extremamente perigosa como elemento cultural e injusta como prática social ...”, diz o texto assinado por Iberê. Outro documento é um bem-humorado cartão postal com a foto de uma cabrita, enviado da Suíça por Mário Carneiro, fotógrafo do Cinema Novo e amigo de Iberê, em 1953. Na correspondência, Carneiro escreveu: “Meu caro professor, talvez ainda hoje te escreva longamente. O que não impede que te mande este instantâneo da tua cabrita, que veio comigo pastar nestas alturas. Um abraço, Mário.”

Atualização contínua

O projeto Digitalização e Disponibilização dos Acervos da Fundação Iberê Camargo foi criado para oferecer a estudantes, pesquisadores, professores, colecionadores e comunidade em geral um amplo acesso às obras do artista e documentos que fazem referência a ele. “É um projeto vivo e em crescimento constante, um trabalho de pesquisa e disponibilização que seguirá sendo atualizado, sempre apresentando novas relações, complementação de dados e de documentos de forma contínua”, diz o coordenador do projeto, Gustavo Possamái. Segundo ele, mais adiante será possível que sejam realizadas novas pesquisas e aproximações com a obra de Iberê Camargo, tanto a partir de seus escritos e depoimentos, quanto por meio de comentários críticos elaborados por teóricos e historiadores do campo das artes.

O acervo estará organizado em dois núcleos: de obras e documental. No caso dos documentos, serão apresentados aqueles que citam diretamente as obras da coleção, por meio de imagem ou de comentários, criando uma bibliografia de cada obra. Incluem-se nesse escopo todos os eventos documentados dos quais o artista participou, identificados através de pesquisas, já que, como lembra Eduardo Haesbaert, coordenador do acervo da FIC, “o artista e sua esposa, Maria Camargo, tiveram preocupação constante de preservar e documentar os 60 anos de produção artística de Iberê, que hoje servem como registro de sua trajetória”.

A iniciativa, além de permitir um relacionamento de dados entre os dois acervos da Fundação, agilizará o controle, disseminação e democratização das informações, ampliando o desenvolvimento de ações de pesquisa. A próxima etapa da FIC é aprofundar o mapeamento histórico e fortuna crítica das obras, possibilitando o crescimento da visão sobre a produção do artista e sua inserção no campo da arte. No projeto ainda consta a intenção de se produzir áudio-descrição para deficientes visuais. A Fundação Iberê Camargo também pretende aumentar o cadastro e exibição de um número maior de obras de Iberê, incluindo as que integram outras coleções e permitindo apresentar, pela primeira vez, a obra completa do artista.

SERVIÇO
Evento: Lançamento do acervo digital da Fundação Iberê Camargo
Data: 26 de setembro (sábado)
Horário:15h

via Revista Voto

domingo, 26 de julho de 2015

A biblioteca que reúne sketchbooks do mundo todo

Quem já teve ou já viu um, sabe o quanto os sketchbooks são viciantes! Eles basicamente são livros de ideias, de coisas que se gosta e se pensa… Que aí podem virar desenhos, frases, colagens e mais o que der na telha. E com tanta diversidade e personalidade que esses cadernos têm, é realmente difícil pegar um e conseguir parar de folhear e se surpreender.



E foi justamente buscando reunir a diversidade das personalidades pelo mundo, tão talentosamente passadas pro papel, que Steven Peterman e Shane Zucker, em 2006, decidiram criar o The Sketchbook Project, ao ir atrás de juntar esses tesourinhos numa galeria virtual, provando que a arte feita à mão é insubstituível e inesgotável, mas que pode sim usar a tecnologia ao seu favor.


E bota inesgotável nisso, porque o acervo dessa biblioteca virtual de sketchs já chegou à marca de 33.823 projetos doados, vindos de mais de 135 países. E esses números não param de aumentar!

Quem estiver a fim de ver tudo isso mais de perto e também estiver por NY, pode conferir na exposição da Brooklyn Art Library.

Mas e você? Já pensou em transcrever as coisas que passam pela sua cabeça ou suas experiências de vida pro papel? A nossa galera criativa super recomenda! Você se sente mais leve, livre e cheio de lembranças guardadas de um jeito bonito e só seu.

Sketchbook faz bem pra saúde. Vai com tudo. ;)

Fonte: Imaginarium

domingo, 31 de maio de 2015

Iberê Camargo virtual

Projeto inteiramente virtual, "As Bicicletas de Iberê Camargo" reúne 56 obras, entre pinturas, gravuras e rascunhos, e apresenta de maneira didática a fase final da produção do artista gaúcho

Daniel Solyszko | Isto É


Projeto inteiramente virtual, “As Bicicletas de Iberê Camargo” reúne 56 obras, entre pinturas, gravuras e rascunhos, e apresenta de maneira didática a fase final da produção do artista gaúcho. O endereço disponibilizado pelo Itaú Cultural oferece recursos como o zoom, que revela detalhes das obras que muitas vezes passam despercebidos em uma visita presencial. Vídeos de Iberê em atividade e depoimentos de seus ex-alunos esclarecem sobre a personalidade do pintor, morto em 1994. As obras ficarão disponíveis no site sites.itaucultural.org.br/bicicletasdeibere até o ano que vem.  



sexta-feira, 8 de maio de 2015

Plataforma online vai criar mapa da cultura e arte em Blumenau

Imagem da plataforma Mapas Culturais de Blumenau (Reprodução)

ClickRBS

Blumenau será uma das primeiras cidades brasileiras a contar com a plataforma online Mapas Culturais, desenvolvida pelo Instituto TIM com o objetivo de criar uma agenda cultural ampla e reunir agentes de cultura públicos e privados em um mesmo banco de dados.

Na prática, é um site muito bem organizado e desenhado que permite a qualquer cidadão visualizar, através de mapas e tabelas, quais são as atrações, artistas, grupos e espaços de arte e cultura de uma cidade ou região.

Convite
A plataforma pode ser acessada em blumenaumaiscultura.com.br. Agentes de arte e cultura, inclusive, já estão convidados a cadastrar bandas, companhias de teatro, casas de shows, galerias de arte etc. A Fundação Cultural de Blumenau, que fez a ponte com o Instituto TIM, já cadastrou a maioria dos projetos e espaços de sua responsabilidade, e ficou responsável por desenvolver uma versão para celulares do Mapas Culturais.

O plano é que no dia do lançamento, 29 de maio, às 13h30min, no salão nobre da prefeitura, o site já conte com uma boa quantidade de dados para impulsionar seu uso entre os agentes de cultura e a população.

sexta-feira, 27 de março de 2015

The Metropolitan Museum of Art, em Nova York, disponibiliza 422 livros de arte para download

Agora livros incríveis de arte também são free.

Andréa Martinelli | Brasil Post

E se você é fã de artistas como Caravaggio e Van Gogh, essa notícia é para você.

O The Metropolitan Museum of Art, em Nova York, um dos mais famosos museus do mundo, tem um catálogo chamado MetPublications que contém mais de 1.500 obras, entre livros, publicações on-line, boletins e revistas das últimas cinco décadas disponíveis para download. De graça!

Mas a novidade é que de tempos em tempos, este acervo cresce e agora mais 422 livros e catálogos de arte, em inglês estão disponíveis para download gratuito. Livros sobre Pablo Picasso, Salvador Dalí, Van Gogh, Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rembrandt, Claude Monet, Rosa Bonheur, Georgia O’Keeffe, John Singer Sargent e Utagawa Hiroshige podem ser baixados no formato PDF ou lidos on-line.

O museu também disponibiliza para download, gratuitamente, mais de 400 000 imagens de obras de arte de seu acervo. Entre esculturas e peças antigas, estão quadros de artistas como Botticelli, Henri Matisse, Fernand Léger e Vincent van Gogh.

Mas é preciso fôlego. A coleção é gigante e o banco de dados exige transpiração e tempo dos amantes de história da arte. Algumas entre as obras disponíveis estão estudos sobre Da Vinci, Caravaggio, e outros:





Livro é de 1983, assinado por Kenneth D. Keele e Jane Roberts, especialistas no artista italiano. E traz desenhos feitos à mão por Da Vinci, que compuseram parte de sua obra.




Livro combina a história do pintor italiano e críticas através de quatro séculos de arte, com reproduções das grandes obras dele, e exemplos de suas influências no final do século XVI.






Van Gogh criou centenas desenhos entre uma pintura e outra e o livro traz alguns de seus desenhos mais famosos.


quinta-feira, 26 de março de 2015

Museu da Imagem e do Som de SP lança guia e catálogo online de acervo


Público pode consultar gratuitamente materiais do acervo arquivístico da instituição

Comunique-se

O Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, lançou o guia eletrônico de fundos e coleções do acervo arquivístico e o catálogo seletivo eletrônico da série dossiês de eventos culturais. Ambas as publicações, de caráter técnico, podem ser acessadas gratuitamente na página do MIS e são instrumentos de auxílio para o público e para pesquisadores no conhecimento e localização de documentos que compõem o acervo da instituição.

O guia traz informações acerca dos diferentes fundos e coleções que compõem o Centro de Memória e Informação da instituição (Cemis). O catálogo apresenta informações organizadas cronologicamente de documentos de eventos realizados pelo próprio museu, como as recentes exposições sobre o cineasta Stanley Kubrick e a série ‘Castelo Rá-Tim-Bum’.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Revolucionárias de 1932


O museu da Imagem e do Som de São Paulo apresenta sua segunda exposição  no Google Cultural Institut - plataforma na qual o portal Google realiza parceria com centenas de museus, instituições culturais e acervos históricos para hospedar online os patrimônios culturais do mundo. A mulher na Revolução de 32 reúne, entre fotografias e arquivos de áudio, tracas de correspondências (exclusivas do acervo do MIS) relatando o dia a dia de voluntárias da revolução. Os documentos revelam o papel da mulher no momento em que o estado de São Paulo se revelava contra o governo Getúlio Vargas. Essa é a segunda exposição do Mis na plataforma. O público pode conferir também Cinema Paulista nos anos 70, uma mostra com fotos de cenas, bastidores de filmagens, vídeos com entrevistas exclusivas e equipamentos da produção cinematográfica na cidade de São Paulo entre os anos 1968 e 1980.

Exposições Virtuais do MIS-SP. Onde: acesse o link http://bit.ly/cultureinstitutemis. Quando: até o fim de 2016. Quanto: grátis.

via Revista História Viva

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Arquivo de Easter Eggs



The Easter Egg Archive está no ar desde 1995, e foi desenvolvido por um casal apaixonado por engenharia da computação. O site apesar de seu visual simples, nos apresenta uma base de dados recheada de "Ovos de páscoa", os famosos easter eggs, apelido que recebem as surpresas escondidas em filmes, músicas, livros etc






sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Museu Guggenheim disponibiliza mais de 100 livros de arte online (e de graça)


O museu Guggenheim de arte moderna, em Nova York, disponibiliza 109 livros de arte de forma gratuita em seu site. Publicados entre 1937 e 1999, os volumes trazem análises e imagens dos trabalhos de artistas como Edvard Munch, Francis Bacon, Gustav Klimt, Fernand Léger e Kandinsky. 

Se você também está interessado na história do próprio Guggenheim, talvez valha a pena conferir os cinco volumes escritos por Hilla Rebay, primeira diretora e curadora do museu.

Para explorar o catálogo, basta entrar neste link, selecionar um item da coleção e clicar na opção “Read Catalogue Online”. Uma nova janela irá abrir, como um pop-up, e disponibilizará controles em baixo da página.

Se você tiver problemas em navegar por esse sistema, tente as versões alternativas do Archive.org

Fonte: Revista Galileu

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Acervo histórico da primeira gravadora e fábrica de vinis do país será digitalizado

Acervo da Rozenblit, primeira gravadora e fábrica de vinis do país, agora entra na distribuição online, em diversos canais de audição

AD Luna - Diarios Associados

  Imagem do documentário "Memórias de uma fábrica de discos", de Melina Hickson. Foto: Jaqueline Maia/DP/D.A Press

Criada em 1954 por José Rozenblit, a fábrica/gravadora que leva o sobrenome do comerciante de origem judaica chegou a ser uma das mais importantes do país. Em especial durante os anos 1960, quando dominou quase um quarto do mercado fonográfico brasileiro. Adquirido em outubro de 1995 pelo empresário de comunicação João Florentino, o acervo da Rozenblit agora entra na era da distribuição online. Todo o conteúdo está sendo digitalizado e disponibilizado, em diversos canais de audição e venda por streaming.

“Desde fevereiro, estamos trabalhando no envio de discos inteiros de Nelson Ferreira, Capiba, Claudionor Germano, Zé Kéti, Agostinho dos Santos, Coronel Ludugero, entre outros, para plataformas como iTunes, Amazon, Spotify, Deezer, além do YouTube”, explica o técnico de som Hélio Ricardo Rozenblit (um dos filhos de José Rozenblit), que trabalha com João Florentino.

O empresário foi proprietário da antiga rede de lojas Aky Discos, da distribuidora de discos Condil e do selo Polydisc - pelo qual chegou a lançar álbuns da Banda Calypso, Babado Novo (ainda com Claudia Leitte) e a série 20 Super Sucessos. As coletâneas reuniam hits de Adilson Ramos, Vanusa, Noite Ilustrada, Núbia Lafaiete, Reginaldo Rossi, Cauby Peixoto, Dominguinhos, Erasmo Carlos, Jair Rodrigues, entre muitos outros artistas populares, e estão em processo de digitalização.

Bastante tarimbado no mundo da indústria musical, João Florentino não tem expectativas em relação ao lucro por meio de vendas do acervo digital da Rozenblit. “Faço isso porque gosto da música de Pernambuco e para não deixar o acervo morrer, para se perpetuar na história”, defende. 

A distribuição internacional do acervo da Rozenblit, das coletâneas e de outros lançamentos da Polydisc está sendo feita pela Believe Digital. A empresa, sediada na França, mantém escritórios em mais de 20 países da Europa, Ásia e Américas. “Trabalhar com um catálogo como o da Rozenblit é resgatar um pouco da história da música brasileira em sua diversidade e colocá-la em destaque no país e no mundo, com todo respeito necessário”, diz James Lima, gerente da Believe no Brasil.

O acordo para lançar os discos da Polydisc foi feito recentemente e o da Rozenblit há cerca de um ano. “É quase um trabalho de arqueologia. Acredito que mais uns 50 a 100 álbuns estarão disponíveis até o fim do ano”, projeta James.

Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A Press

Digitalização

Processo
Após serem retiradas da sala onde estão acondicionadas, as fitas originais precisam ser higienizadas com bastante cuidado. Depois é preciso reproduzi-las, uma por uma, em gravador de rolo. “Algumas estão tão deterioradas que simplesmente se desmancham”, conta Hélio Rozenblit. A partir daí, o conteúdo é convertido do formato analógico para o digital e, em seguida, enviado para o computador. É preciso analisar e consertar eventuais defeitos contidos em cada uma das faixas.

Documentos
O acervo de cerca de mil títulos se encontra armazenado numa sala do estúdio Somax, localizado na Rua Imperial, bairro de São José. Além das fitas originais de gravações realizadas por artistas pernambucanos, nacionais e internacionais, o local abriga antigos contratos artísticos. É o caso do documento assinado por Reginaldo Rodrigues dos Santos, integrante do The Silver Jets, que depois seguiria carreira solo como Reginaldo Rossi. Também há documentos de liberação de canções que precisavam ser aprovados pela censura instalada pela ditadura militar.

Selo inglês
Há dois anos, o selo inglês Mr. Bongo tem relançado discos da Rozenblit na Europa. As obras saem em LP e CD e incluem títulos raros e cultuados a exemplo do Paêbirú, de Lula Côrtes e Zé Ramalho; Flaviola e o Bando do Sol; Marconi Notaro no Sub Reino dos Metazoários; Grande liquidação, de Tom Zé; o EP Aratanha Azul, da banda pernambucana homônima, do pioneiro da bossa nova Johnny Alf, entre muitos outros. O catálogo pode ser acessado pelo link.

Documentário
A jornalista e produtora cultural Melina Hickson lançou em 1998 o documentário Eco da Rozenblit - Memórias de uma fábrica de discos. Além de fatores econômicos, as constantes enchentes que castigaram o Recife durante as décadas de 1960 e 1970 contribuíram para o fechamento da gravadora, que funcionou na Estrada dos Remédios, em Afogados, até meados dos anos 1980. 

Selos
A Rozenblit lançava seus discos utilizando os selos Mocambo (de música regional), Passarela (coletâneas carnavalescas, sambas, trilhas sonoras), Artistas Unidos (gravações de músicos das regiões Sul e Sudeste do Brasil), Arquivo (coletâneas especiais) e Solar (dedicado a sons mais experimentais).

Redes sociais
Aos poucos, o conteúdo da Rozenblit está sendo publicado na redes sociais. A antiga fábrica e gravadora tem perfis no Facebook e YouTube.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

IMS cria site dedicado à obra de Clarice Lispector


Novo site reúne vida, obra e estudos sobre a escritora

O Instituto Moreira Salles colocou no ar um hotsite dedicado à obra de Clarice Lispector. A plataforma virtual tem seções que abordam a vida e obra da escritora, além de bibliografia, traduções comparadas, e de um blog sobre os livros escritos por ela. Para acessar o site, clique aqui

via Publishnews

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Governo do Rio lança nova fase do portal mapa de Cultura do Rio de Janeiro


Enciclopédia online tem versão em inglês, novos conteúdos, guia impresso e aplicativos para celulares e tablets

Folha Vale do Café

O Governo do Estado lançou, na última segunda—feira (16/6), a segunda fase do portal Mapa da Cultura do Rio de Janeiro, que ganhou versão em inglês, novos conteúdos para divulgar as manifestações culturais fluminenses e aplicativos para tablets e celulares (IOS e Android). A enciclopédia online conta com 120 vídeos documentários, 3.500 verbetes e oito mil fotos, tudo reunido no relançamento do projeto. Outra novidade é a criação do guia impresso bilíngue Cultura.RJ, que será distribuído em bibliotecas e escolas do Estado e também será vendido em livrarias.
  
Além de trazer todo o conteúdo disponível no site sobre os 92 municípios do Estado, os aplicativos possuem interface própria e sessões chamadas Por Perto e Meu Mapa, onde o usuário pode pesquisar pontos como atrações culturais próximas à sua localização ou montar roteiros por região do estado, integrando-os ao Google Maps. Já o guia impresso tem 416 páginas e apresenta um recorte de algumas das principais atrações e roteiros do Mapa de Cultura do Rio de Janeiro. Com tiragem inicial de 5 mil exemplares, a publicação traz 10 mapas, cerca de 250 fotos e informações de serviços, apresentando o estado em todas as suas faces e diversidades culturais, que engloba desde Theatro Municipal do Rio até os cineclubes da Baixada Fluminense, passando pelas folias de reis do Norte e Noroeste do Estado e pelas fazenda e atabaques do Vale do Paraíba.

- Fico muito feliz com esse projeto, que valoriza cada município do estado do Rio. Sem cultura, as coisas não acontecem. Se a gente tem cultura, tem educação forte. E, certamente, teríamos menos problemas na segurança pública e na educação. Temos que olhar a cultura com mais carinho ainda. Precisamos criar novos mecanismos sustentáveis e formas de financiamento para a cultura, porque não podemos deixar o patrimônio histórico do estado se deteriorar. Esse é um belo trabalho para entregar à população do estado e do mundo - disse o governador Luiz Fernando Pezão, durante a solenidade de lançamento dos novos conteúdos, que aconteceu no Salão Nobre do Palácio Guanabara.

O Mapa da Cultura do Rio de Janeiro é uma iniciativa da Secretaria de Cultura com financiamento da Petrobras e conteúdo da Diadorim Ideias. A Faperj aderiu ao projeto em 2014, viabilizando os aplicativos e o guia impresso Cultura.RJ.

Para concretizar a iniciativa, foi necessário o trabalho de equipes de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas que percorreram 15 mil quilômetros do território fluminense entre 2011 e 2013, reunindo materiais de pesquisa e catalogando espaços culturais, patrimônios materiais e imateriais, personagens, agenda cultural fixa e grupos artísticos dos 92 municípios do estado do Rio de Janeiro.

A secretária de Cultura, Adriana Rattes, explica que aproveitou a realização da Copa do Mundo para lançar e divulgar os novos conteúdos e aplicativos do Mapa da Cultura:

- Decidimos lançar os novos conteúdos, o guia e os aplicativos durante a Copa do Mundo para mostrar aos turistas o estado e a cidade do Rio de um ponto de vista cultural, que somos muito ricos. Temos muita coisa para mostrar e dizer, e esse é um momento muito propício. O Rio é um caldeirão cultural, uma espécie de resumo de toda a cultura brasileira, porque durante toda a história do Estado vieram povos, pessoas de todos os lugares do Brasil e isso gerou um caldo de cultura muito rico, diverso e interessante. Através do portal, dos aplicativos e do guia, o usuário vai poder procurar por cidades e por todas as categorias tradicionais que conseguimos mapear. Esse trabalho é contínuo e permanente. Em 2013, as equipes voltaram em 25 municípios para aprofundar o mapeamento, e no ano que vem, faremos mais visitas, permanentemente. Queremos que a população do Rio e os turistas descubram todo o potencial cultural do estado fluminense - afirmou Adriana.

O grupo vocal Negros e Vozes, da comunidade da Grota em Niterói, é um dos conjuntos musicais que integra o Mapa de Cultura do Rio. Os artistas se apresentaram durante a cerimônia de lançamento e destacaram a importância do projeto estadual para divulgar a cultura dos municípios fluminenses:

- Fazer parte do Mapa é importante para divulgar nosso trabalho, que foca na valorização da cultura negra, e também de grupos e artistas de diversos municípios. Essa é uma ferramenta que vai abrir um leque de conhecimentos. Eu mesmo fiquei surpreso com a riqueza cultural do estado, há muitas manifestações que muita gente não conhece, e agora, vai ter acesso - disse Ubiraci Barbosa da Silva, um dos vocalistas do grupo Negros e Vozes.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Projeto permite viagem 3D pelas obras de Aleijadinho

Projeto ganha relevância neste ano do bicentenário da morte de Aleijadinho

Já não é preciso sair de casa para caminhar entre as principais obras do mestre barroco Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

Uma pesquisa realizada no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, possibilitou a criação de um site que permite a visualização 3D das obras do artista.

O projeto do ICMC ganha relevância neste ano em que se completa o bicentenário da morte de Aleijadinho. "Aliamos tecnologia e conectividade em prol da divulgação do patrimônio cultural brasileiro", afirma o coordenador do projeto, José Fernando Rodrigues Jr, professor do ICMC.

A iniciativa é apoiada pela Comissão de Cultura e Extensão do ICMC, pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP e pelo Museu de Ciências da Universidade.

Tudo começou em julho de 2013, quando os professores Rodrigues e Mário Gazziro, consultor do projeto, digitalizaram as obras de Aleijadinho nas cidades de Ouro Preto e Congonhas, ambas em Minas Gerais. As obras escolhidas para digitalização estão ao ar livre, sujeitas, portanto, a sofrerem um processo de deterioração.

O equipamento empregado nesse processo foi um escâner tridimensional de alta precisão, fornecido sem custos por meio de uma parceria com uma empresa suíça, cuja sede, no Brasil, fica em São Carlos. O equipamento possibilitou que as obras fossem digitalizadas a uma distância entre 10 metros (m) e 30 m, sem a necessidade de providenciar qualquer isolamento dos locais. "Embora a digitalização de obras usando tecnologia de escaneamento 3D tenha sido aperfeiçoada e usada com maior frequência na última década, trata-se ainda de algo novo, que demanda especialistas e procedimentos especiais para sua realização", explica Rodrigues.

O professor relata ainda que a digitalização das obras é apenas o primeiro passo de um longo processo. Os dados iniciais fornecidos pelo escâner 3D possuem falhas como buracos, ausência de detalhes, cores incorretas, além de serem extremamente grandes — uma única estátua bruta chega a ter mais de 200 megabytes de dados. Superar esses problemas foi o grande desafio do projeto, especialmente porque o objetivo era ter as obras exibidas via internet (por meio de computadores e dispositivos móveis), onde há limitações relacionadas à taxa de transferência de dados e à usabilidade.

Gazziro (esquerda) e Rodrigues durante processo de escaneamento das obras
Os desafios

Em primeiro lugar, para reproduzir computacionalmente uma obra do mundo real em 3D, é preciso escanear o objeto a partir de diferentes ângulos (frente, lados, costas, por cima e por baixo). Cada tomada gera um arquivo. Esses arquivos precisam ser combinados para que se componha uma única informação tridimensional.

Depois da etapa da combinação, o resultado é um grande emaranhado de pontos, conhecido tecnicamente como nuvem ou malha de pontos, o qual ainda não possibilita a visualização de um objeto tridimensional. Isso só acontece depois que os dados passam pelo processo de triangulação. Como o próprio nome diz, esse processo baseia-se na obtenção de triângulos a partir dos pontos existentes na nuvem de pontos.

A próxima etapa de tratamento dos dados é a coloração, pois as malhas 3D, tal como foram digitalizadas no projeto, não têm cor, gerando objetos com aparência plástica, fiéis à obra original apenas na forma. Nessa fase, uma empresa especializada em coloração de imagens em 3D atuou voluntariamente no projeto. A partir de fotos coloridas de diferentes ângulos de cada uma das obras, os especialistas da empresa inseriram as informações de cor nas formas em 3D.

Mesmo após as obras serem colorizadas, existem outras tarefas a serem efetuadas: "Quanto maior o número de triângulos, melhor é a qualidade do objeto visualizado. No entanto, grandes quantidades de triângulos podem impedir essa visualização, pois demandam computadores muito potentes, com grande quantidade de memória", afirma Gazziro.

À direita, nuvem de pontos de uma das obras após passar pelo processo de triangulação

De fato, uma grande quantidade de triângulos impossibilitaria que a informação pudesse, posteriormente, ser disponibilizada na web. Por isso, os pesquisadores realizaram uma outra etapa de preparação dos dados chamada decimação, utilizando um software livre, o MeshLab. "Fizemos um procedimento análogo ao realizado na música digital, que, para ser transformada no popular formato MP3 de tamanho reduzido, precisa passar por uma fase de descarte de sons, sem que isso cause prejuízo à qualidade da música", compara Rodrigues.

Mas os desafios não terminam por aí. No caso da digitalização de imagens de grandes proporções, como as obras de Aleijadinho, e expostas em ambientes abertos, há regiões que não são alcançadas pelo equipamento de escaneamento, o que gera falta de informação, ou seja, um verdadeiro "buraco" na obra. O coordenador do projeto conta que essa etapa de correção de imperfeições é um processo totalmente manual, realizado por meio da inserção, em um software de modelagem 3D, dos dados que faltam. Para isso, foi empregado um software livre chamado Blender.

Com o tratamento dos dados finalizado, é necessário terminar o trabalho processando-se as obras digitais para que um software especial — um plugin gratuito para navegadores da internet — seja capaz de promover a interação 3D. Isso é o que possibilita ao internauta andar por entre as esculturas e olhar para todas as direções, explorando-as virtualmente. Para isso, foi empregado o software Unity (em sua versão de avaliação), o qual permitiu dispor harmoniosamente, no adro virtual do Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, os 12 profetas de Aleijadinho, tal como podem ser apreciados em Congonhas, MG.

A equipe responsável por trazer a obra de Aleijadinho em formato 3D interativo para a internet é composta também pela historiadora Natália Gonçalves, e por cinco estagiários, alunos de graduação da USP: Yvan Fernandes, que está cursando Física no Instituto de Física de São Carlos, e os estudantes de Ciências de Computação do ICMC Anayã Gimenes, Henrique de Castilho, Igor Baliza e Oscar Neto.

Projeto oferece uma oportunidade de acesso à cultura nacional sem sair de casa

A presidente da Comissão de Cultura e Extensão do ICMC, Solange Rezende, destaca que o projeto trouxe contribuições para a formação desses alunos de graduação envolvidos nas atividades de pesquisa, viabilizando para a sociedade, consequentemente, oportunidade de acesso à cultura nacional sem sair de casa.

"Visualizamos nesse projeto a interface completa entre ciência (pesquisa), arte e divulgação. Hoje, é muito difícil imaginarmos a divulgação do conhecimento sem a utilização de recursos computacionais", ressalta a diretora do Museu de Ciências da USP, Marina Yamamoto. Ela explica que o Museu desenvolverá futuramente uma exposição virtual a partir do material já existente no site http://www.aleijadinho3d.icmc.usp.br, ampliando as informações disponibilizadas ao público sobre a obra e a vida de Aleijadinho, o contexto histórico e a localização geográfica de sua produção. Yamamoto explica que, para isso, está coordenando um projeto curatorial, do qual participará também os professores Guilherme Andrade Marson, do Instituto de Química da USP; Christina Rizzi, da Escola de Comunicação e Artes da USP (ECA); e Percival Tirapeli, do Instituto de Artes da UNESP; além da doutoranda Alena Marmo (ECA).

"Vamos oferecer aos vários segmentos de público, por meio da mostra virtual, novas possibilidades de visualização e de interação com as obras que, embora não substituam o contato com os originais, propiciam formas de estudo e de experiência estética tão importantes quanto o contato com as mesmas na realidade física", ressalta Yamamoto. Segundo ela, tal experiência pode funcionar como um incentivo ao contato com os originais, um complemento à visita ao local onde as obras encontram-se instaladas ou até mesmo como uma forma de acesso para aqueles que encontram impossibilitados de deslocamento.

Denise Casatti | Comunicação do ICMC
Via Farol Comunitário

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