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terça-feira, 28 de junho de 2016

IBGE lança atlas digital com 780 mapas disponíveis na internet


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou nesta segunda-feira, 27, em seu site na internet o Atlas Nacional Digital do Brasil 2016. O lançamento marca a inauguração da política do IBGE de divulgação anual do Atlas Nacional Digital do Brasil. A base de dados é o Atlas Nacional do Brasil Milton Santos, publicado em 2010, que inclui 780 mapas.

O Atlas Nacional Digital do Brasil 2016 é estruturado em torno de quatro grandes questões: "O Brasil no mundo"; "Território e meio ambiente"; "Sociedade e economia"; e "Redes geográficas". Além do recurso ao texto escrito, o atlas utiliza mapas, tabelas e gráficos, "o que permite um amplo cruzamento de dados estatísticos e feições geográficas que tornam flexível e abrangente a seleção de informações", diz a nota divulgada pelo IBGE.

O usuário pode ter acesso a todas as páginas da publicação, podendo fazer download e consultar os seus dados geográficos, estatísticos e seus metadados (informações básicas sobre o dado).

O atlas digital possibilita analisar os 780 mapas em um ambiente interativo, com navegação pelo mapa, incluindo a possibilidade de "alterar a escala de visualização, ver e exportar tabelas e arquivos gráficos, personalizar o mapa superpondo temas de várias fontes, gerar imagens, salvar o ambiente de estudo para posterior análise e abrir um ambiente personalizado de estudo".

Além da base do Atlas Nacional do Brasil Milton Santos, a edição 2016 traz ainda 170 mapas com informações demográficas, econômicas e sociais atualizadas e um caderno temático sobre a população indígena no Brasil.

Segundo o IBGE, o atlas digital "faz um mapeamento inédito sobre a localização dessa população dentro e fora das Terras Indígenas, segundo dados do Censo Demográfico 2010".

Conforme o Censo 2010, 517,4 mil indígenas (57,7% do total desta população) viviam nas terras indígenas oficialmente reconhecidas na época da realização da pesquisa. O censo identificou 274 línguas indígenas. Em todo o País, 37,4% dos indígenas de 5 anos ou mais de idade falavam uma língua indígena.

Fonte: UOL

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Ferramenta detalha luta de PT e PMDB por hegemonia

Gráfico que integra o 'Atlas Político Estadão Dados' mostra disputa constante entre as duas legendas por liderança no número de eleitos 

 José Roberto de Toledo e Rodrigo Burgarelli - O Estado de S.Paulo 

O confronto entre PT e PMDB pela presidência da Câmara dos Deputados é a história de uma batalha anunciada há mais de uma década. Desde 2002, os petistas vêm crescendo em quase todas as esferas eletivas às custas, em muitos casos, dos peemedebistas. Apesar de aliados no plano federal, os dois partidos protagonizaram o embate mais frequente nas eleições de 2012. E, tudo indica, voltarão a se enfrentar nas eleições municipais de 2016.

Essa história está documentada em uma nova ferramenta interativa lançada ontem pelo Estadão Dados, que permite ao usuário ver a evolução do poder de todos os partidos políticos brasileiros a cada eleição, desde 2002. Ela faz parte do Atlas Político Estadão Dados, que reúne mais de uma dezena de ferramentas de jornalismo de dados que ajudam o cidadão a saber mais sobre política e eleição e que também entrou no ar no mesmo dia.
O atlas agrega em um único endereço mapas, infográficos interativos e textos que mostram, por exemplo, quais empresas financiaram as campanhas eleitorais de quais candidatos, como os parlamentares votam no Congresso, e as tendências da opinião pública. Ele pode ser acessado pelo endereço atlas.estadaodados.com.

Há mais material inédito além da página sobre a evolução do poder dos partidos. O Siga o Dinheiro, gráfico que mostra quem foi financiado pelos maiores doadores na campanha de 2014, foi atualizado com os dados finais dos R$ 4,3 bilhões arrecadados pelos candidatos na eleição passada. Além disso, o Basômetro, ferramenta que mede o governismo de deputados e senadores desde 2003, foi atualizado com as últimas votações do primeiro governo Dilma Rousseff.

Disputa. O novo gráfico sobre o tamanho dos partidos, intitulado Espiral Partidária, revela uma luta constante entre PT e PMDB ao longo das últimas décadas. Os dois partidos são donos das duas maiores bancadas na Câmara dos Deputados e lideram também no número de eleitos em quase todos os outros cargos eletivos. Com exceção dos governadores e deputados federais, o PMDB lidera sobre o PT com uma ligeira vantagem nos outros cargos.
A vantagem peemedebista, porém, era muito maior em 2002, primeiro ano da série histórica da ferramenta - principalmente em nível municipal. O PMDB tinha quase 10 mil vereadores e 1,3 mil prefeitos naquele ano, quatro e seis vezes mais que o PT, respectivamente. A cada eleição municipal, porém, essa diferença vem diminuindo.

A primeira queda foi justamente em 2004, dois anos após a primeira eleição de Lula à Presidência. No último pleito municipal, em 2012, o PT só fez menos prefeitos que PMDB e PSDB. Mas a competição entre os dois aliados federais é ainda maior do que com os tucanos. Outra ferramenta listada no Atlas, chamada O Jogo das Coligações, revela que nenhum outro partido enfrentou um mesmo concorrente mais vezes em 2012 do que PT e PMDB.


Crescimento. O Atlas Político continuará a crescer e a ganhar novas ferramentas. Estão programados dois infográficos novos sobre financiamento eleitoral que serão lançados na próxima semana, em tempo de mostrar as relações entre financiadores e os deputados federais que tomam posse no dia 1º de fevereiro.

O Atlas e suas ferramentas terão atualização permanente de conteúdo e pretendem ser uma referência para acadêmicos, políticos e cidadãos que queiram entender a política brasileira por meio dos números e estatísticas.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

‘Atlas Político’ é uma arma para a população brasileira, diz fundador do projeto


Mapa que apresenta o posicionamento dos deputados. (Foto: Reprodução/Atlas Político)

Por Brunna Castro | Yahoo Notícias

O Brasil ganhou, no mês de setembro, um novo projeto que busca oferecer informações sobre os políticos do país e ajudar os cidadãos a fazerem escolhas mais conscientes em anos eleitorais. Nomeado de Atlas Político, o site apresenta um ranking com todo os deputados e outro com os senadores, nos quais o desempenho de cada político é analisado com base em 5 critérios: representatividade, campanha responsável, ativismo legislativo, fidelidade partidária e debate parlamentar. É possível entender como foram feitos todos os cálculos que levaram à pontuação de cada político no próprio site, de forma bastante didática.

O projeto também disponibiliza um mapa do Congresso, no qual é possível ver onde se encontra cada deputado ou senador de acordo com os posicionamentos políticos de direita e esquerda e também favoráveis ou em oposição ao governo. Idealizado por Andrei Roman, PhD em Ciência Política pela Universidade de Harvard, Thiago Costa, PhD em Matemática Aplicada também por Harvard, e pela empresa Nervera, o projeto foi iniciado em junho de 2014, mas a primeira versão foi lançada somente no mês de setembro. 

A princípio, o Atlas Político recebeu um financiamento da Fundação Lemann, mas agora conta com doações para seguir adiante. No site, é possível encontrar uma seção que permite que as pessoas enviem dinheiro para o projeto. “Queremos transformar o Atlas em uma coisa cada vez maior. Vamos captar mais recursos e esperamos que as pessoas que apreciem a necessidade do site e a utilidade que ele traz para a política brasileira contribuam com uma quantia que acharem adequada”, conclui.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Atlas Brasil 2013 ganha dois novos idiomas: inglês e espanhol


O site  do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 avança em uma etapa importante da promoção do livre acesso à informação. Inteiramente traduzido para o inglês e o espanhol, a ferramenta - que ficou conhecida por trazer o novo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) - poderá agora também ser utilizada por usuários não lusófonos.

O site Atlas Brasil 2013 é uma plataforma online gratuita de acesso a indicadores sobre o desenvolvimento humano em 5.565 municípios. Desde seu lançamento, em julho de 2013, o site tem se mostrado instrumento indispensável para gestores públicos, pesquisadores e a sociedade em geral.

“Esta é uma ferramenta verdadeiramente democrática. Já temos algumas evidências de que gestores públicos, formuladores de políticas e cidadãos estão usando a plataforma e seus dados para discutir as prioridades do desenvolvimento local”, disse o representante residente do PNUD no Brasil e coordenador do Sistema ONU no país, Jorge Chediek.

“Além de uma cobertura extensiva da mídia sobre o IDHM e demais indicadores presentes na plataforma, só nos cinco primeiros meses depois do lançamento do site, já tínhamos registrado mais de 5 milhões de acessos”, completou.

Um dos objetivos do site multilíngue é estimular outros países a adotarem iniciativas semelhantes, capazes de oferecer dados robustos sobre os países e, ao mesmo tempo, de proporcionar a todos o acesso a informações relevantes, claras e em linguagem amigável.

IDHM de regiões metropolitanas

O IDHM do Brasil cresceu 47,5% de 1991 a 2010 e hoje 74% dos municípios brasileiros têm médio e alto desenvolvimento humano. No entanto, esses números escondem desigualdades dentro de um mesmo município, entre seus bairros.

Com o intuito de conhecer melhor a realidade e as desigualdades das regiões metropolitanas brasileiras, está previsto para o final deste semestre o lançamento do IDHM de bairros de 16 regiões metropolitanas, dentre elas: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Recife, Belém, Manaus, Goiânia, Vitória, Cuiabá, São Luís e Natal.

Sobre o Atlas Brasil 2013

Desde que foi lançado, em julho do ano passado, o Atlas Brasil 2013 tornou-se uma das principais referências nacionais de acesso a dados socioeconômicos do Brasil, com grande destaque para o IDHM e suas dimensões: IDHM Longevidade, IDHM Educação, IDHM Renda.

O principal objetivo do Atlas Brasil 2013 é o de democratizar o acesso a informações sobre o desenvolvimento humano para todos os cidadãos.

Outra grande contribuição da plataforma é na ajuda aos governos federal, estaduais e municipais para a criação e adaptação de políticas públicas focadas nos principais desafios de cada município.

O Atlas Brasil 2013 foi elaborado por meio de oficinas e processos de consulta com mais de 40 especialistas de diferentes correntes do pensamento político e acadêmico.

Com o site Atlas Brasil 2013, é possível traduzir uma vasta gama de dados em números que mostram a realidade do desenvolvimento humano no Brasil, desde suas grandes metrópoles, até as menores unidades da federação.

Apesar de ter sua metodologia baseada no cálculo do IDH Global - publicado anualmente pela sede do PNUD em Nova York -, a comparação entre IDH e IDHM não é possível, já que IDHM é uma adaptação metodológica do IDH para o âmbito municipal, utilizando outra base de dados: no caso do Brasil, os Censos do IBGE.

Ambos agregam as dimensões longevidade, educação e renda, mas com diferentes indicadores e base de dados para o tratamento destas dimensões.

Fruto de uma parceria entre PNUD, Ipea e Fundação João Pinheiro, o Atlas teve seu processo de construção iniciado em junho de 2012.

Seu lançamento marcou a ampla disseminação dos retratos municipais por meio da plataforma online.

Fonte: ONU 
via A Crítica

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Brasil ganha Atlas de Acesso à Justiça



Facilitar, no dia-a-dia, o acesso ao Sistema de Justiça. Esse é o grande objetivo deste serviço público criado pelo Governo Federal.

O Atlas de Acesso à Justiça reúne informações em vídeos e textos que ajudam a conhecer mais e melhor a Justiça. É possível consultar o endereço dos órgãos de Justiça mais próximos e saber o que fazer quando temos um problema e precisamos acessá-la.

O Atlas traz também indicadores inéditos que mostram o grau de acesso à Justiça em cada Estado, um importante instrumento para melhorar o funcionamento da Justiça.



quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal para ‘bairros’ será lançado em 2014 no Brasil



Vista aérea de Manaus, que será uma das sedes da Copa do Mundo 2014. Foto: Chico Batata/Agecom


Os 200 indicadores socioeconômicos do Atlas Brasil 2013, incluindo o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), serão calculados para o nível intramunicipal de 16 regiões metropolitanas brasileiras. São elas: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Recife, Belém, Manaus, Goiânia, Vitória, Cuiabá, São Luís e Natal.

Os novos dados seguiram o modelo da plataforma do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, lançada em julho deste ano.

“O trabalho é pioneiro no Brasil e vai permitir fazer análises das desigualdades dentro das regiões metropolitanas”, conta Daniela Gomes Pinto, coordenadora do Atlas Brasil 2013 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

“Essa análise é fundamental para municípios metropolitanos. Nas grandes cidades, por exemplo, é possível encontrar os maiores e menores IDHMs do país, o que ajuda na formulação de políticas públicas mais focadas ou ainda a identificar bolsões de carências dentro de áreas supostamente ricas”, explica.

Mais de 300 pessoas estão envolvidas neste trabalho, que será resultado de parcerias com 16 instituições estaduais de pesquisa e estatística, apoiando na construção das divisões intrametropolitanas para que sejam validadas como “unidades de desenvolvimento humano” - o que se aproxima do conceito de bairros.

A expectativa é de que os dados intramunicipais do IDHM e de outros indicadores para as 16 regiões metropolitanas do país sejam lançados no primeiro semestre de 2014.

O IDHM e o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013

O IDHM é uma adaptação metodológica do IDH Global para o nível municipal, utilizando outra base de dados — neste caso, os Censos do IBGE — e outra metodologia de coleta de dados, o que torna impossível a comparação entre os dois. Ambos agregam as dimensões longevidade, educação e renda, mas com diferentes indicadores e base de dados para retratar estas dimensões.

A equipe técnica e os parceiros envolvidos neste projeto organizaram a revisão metodológica e conceitual do IDHM - por meio de oficinas com mais de 40 especialistas brasileiros -, compatibilizaram as áreas municipais que sofreram transformações de 1991 até 2010 e analisaram os dados extraídos dos Censos Demográficos do IBGE de 2010, 2000 e 1991.
O Atlas Brasil 2013 — www.atlasbrasil.org.br - é um site de consulta ao IDHM e a mais de 200 indicadores de desenvolvimento humano dos municípios e estados brasileiros. O trabalho é resultado de uma parceria entre PNUD, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Fundação João Pinheiro (FJP).

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Atlas Água Brasil: Sistema de avaliação da qualidade da água, saúde e saneamento




O Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT) da Fiocruz, em parceria com a Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental (CGVAM) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde (MS), desenvolveu a aplicação do Atlas Água Brasil, um sistema digital de visualização e análise de indicadores sobre a qualidade da água, saneamento e saúde. Esse Atlas colabora no entendimento da situação da água usada para consumo humano no país, estimulando o debate sobre a qualidade e cobertura dos serviços de saneamento básico e saúde.

Os resultados desse estudo estão acessíveis para a sociedade civil, técnicos de vigilância em saúde e gestores interessados no tema. A integração desses dados é inédita no Brasil.



Atlas Ambiental do Município de São Paulo

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Pesquisadores mapeiam escravidão no país



Atlas do Trabalho Escravo no Brasil, produzido por geógrafos da Unesp e USP, descreve distribuição e fluxos de escravos brasileiros e apresenta ferramentas que permitem localizar setores mais suscetíveis e populações mais vulneráveis ao aliciamento



Por Fábio de Castro
 
Agência FAPESP - Depois de mais de dez anos engavetada, a Proposta de Emenda Constitucional 438 - conhecida como PEC do Trabalho Escravo - foi aprovada em segunda instância no dia 22 de maio, na Câmara dos Deputados.
 
Além desse importante passo para viabilizar a nova legislação - que prevê o confisco de propriedades onde houver trabalho compulsório -, o combate à escravidão no século 21 acaba de ganhar mais um aliado: o Atlas do Trabalho Escravo no Brasil.
 
A publicação, produzida com base em uma extensa pesquisa realizada por geógrafos da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade de São Paulo (USP), caracteriza pela primeira vez a distribuição, os fluxos e as modalidades do trabalho escravo no país.
 
Além do diagnóstico, o Atlas apresenta duas novas ferramentas - o Índice de Probabilidade de Trabalho Escravo e o Índice de Vulnerabilidade ao Aliciamento - que poderão auxiliar na implementação da legislação e orientar as políticas públicas de combate à escravidão.
 
De acordo com os autores, a publicação permitirá que o poder público avalie a probabilidade de ocorrência de trabalho escravo em regiões e setores da economia específicos, facilitando o trabalho de prevenção e as ações de combate ao problema. Desde 1995, mais de 42 mil pessoas foram libertadas das condições de escravidão pelo Estado brasileiro, de acordo com dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
 
Produzido por Eduardo Paulon Girardi, da Unesp, Hervé Théry, Neli Aparecida de Mello e Julio Hato, da USP, o Atlas foi idealizado e lançado pela organização Amigos da Terra - Amazônia Brasileira e publicado exclusivamente na internet.O documento incorpora os dados do Atlas da Questão Agrária Brasileira, produzido por Girardi a partir de sua tese de doutorado, realizada com Bolsa da FAPESP e defendida em 2008 na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp.
 
Segundo Girardi, o Atlas permite traçar o perfil típico do escravo brasileiro do século 21: um migrante do Maranhão, do norte do Tocantins ou do oeste do Piauí, do sexo masculino e analfabeto funcional. O destino mais comum desses trabalhadores são as fronteiras agropecuárias da Amazônia, em municípios de criação recente, onde são utilizados principalmente em atividades vinculadas ao desmatamento.
 
“O Atlas demonstra que há uma profunda ligação entre escravidão e pobreza extrema. Não por acaso muitos trabalhadores escravizados são provenientes do Maranhão e do Piauí, que são as unidades mais pobres da Federação. O trabalho escravo ocorre principalmente nas propriedades cuja localização é muito remota”, disse Girardi à Agência FAPESP.
 
Esse isolamento geográfico dificulta os trabalhos de verificação de denúncias e é uma das principais características da escravidão contemporânea, segundo Girardi. As grandes distâncias dos centros urbanos funcionam como um recurso para impedir as fugas.
 
“Os outros recursos são a coerção pela violência dos jagunços, diversos tipos de humilhação impingida a quem tenta fugir e, principalmente, o endividamento”, disse Girardi.
 
“Ao ser aliciado em uma região pobre, com promessas de um salário que nunca conseguiria ali, o trabalhador contrai a dívida relativa ao transporte ao local de trabalho - geralmente exorbitante. Chegando ao local, é obrigado a comprar todos seus instrumentos de trabalho, comida e moradia. A dívida se torna impagável e a condição de escravidão se pereniza”, explicou.
 
O Atlas, segundo Girardi, utiliza fontes oficiais e consolidadas do Ministério do Trabalho e da Comissão Pastoral da Terra. O detalhamento das ocorrências é dividido por setores da economia e em todo o território nacional.
 
Atividades relacionadas com pecuária ou carvão vegetal, em certas regiões da Amazônia, estão entre os exemplos de risco muito alto de existência de trabalho escravo.
 
“Obtivemos os dados do Ministério do Trabalho sobre origem dos trabalhadores escravizados e seu destino após a libertação. Mapeamos esses dados e depois fizemos as análises usando outras informações do setor produtivo, aliadas a dados sobre desenvolvimento humano, condições econômicas e renda. Com isso, conseguimos mapear os fluxos e as características sociais e geográficas dessa população”, disse Girardi.


Miséria gera escravidão

A partir desse diagnóstico, os pesquisadores produziram duas ferramentas inovadoras: o Índice de Probabilidade de Trabalho Escravo e o Índice de Vulnerabilidade ao Aliciamento - sendo que o primeiro é apropriado para orientar a prática do combate à escravidão e o segundo foi planejado para auxiliar as ações de prevenção.


Segundo Girardi, os índices serão fundamentais para que os gestores de políticas públicas possam traçar o planejamento para o combate à escravidão. A expectativa é que as ferramentas também auxiliem financiadores e empresas a evitar associações com empresários criminosos ligados ao trabalho escravo.

“Para produzir o índice de probabilidade, analisamos as principais atividades nas quais há trabalho escravo - a pecuária e a abertura de novas áreas de pastagens, em especial - e mapeamos as características econômicas das regiões onde ele ocorre. Esse índice indica os municípios que têm características semelhantes àqueles onde há trabalho escravo. Com isso, os gestores têm um instrumento para a prática de combate à escravidão”, disse.

nquanto isso, o índice de vulnerabilidade conjuga elementos que apontam a fragilidade econômica e social dos trabalhadores que correm risco de aliciamento.


Segundo Girardi, as regiões que têm características de desenvolvimento humano precário e baixa renda semelhantes às dos focos de escravização são classificadas como áreas com alto índice de possibilidade de aliciamento.



“Os dados mostram que o trabalho escravo no Brasil contemporâneo é essencialmente um problema de pobreza. A miséria dessa população é explorada por grupos de proprietários de terras criminosos, desprovidos de escrúpulos, que não enxergam o trabalhador como um ser humano”, disse Girardi.



“Por isso, não adianta apenas aumentar a fiscalização e as ações de libertação de escravos: para prevenção, é preciso combater a pobreza extrema. Muitas vezes, os trabalhadores que são libertados da escravidão voltam para sua região de origem e, sem encontrar condições para prover seu sustento, acabam sendo escravizados novamente”, disse.

 
Atlas do Trabalho Escravo no Brasil: http://amazonia.org.br/wp-content/uploads/2012/04/Atlas-do-Trabalho-Escravo.pdf

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Mapas da colônia em versão digital

Projeto coordenado pela Universidade de Brasília cria uma espécie de “Google Earth” de nosso país entre os séculos XVI e XIX


Divulgação


Vista de salvador em 1605


Com os atuais recursos de localização e captação de imagens aéreas por satélite, a cartografia foi alçada a outro patamar. Agora, essas tecnologias estão sendo aplicadas a mapas históricos do Brasil colonial. Esse é o objetivo do projeto Atlas Histórico Digital da América Lusa, coordenado pelo Laboratório de Experimentação em História Social da Universidade de Brasília. Uma espécie de Google Earth do século XVI a XIX em que é possível medir distâncias, comparar dados geográficos ou visualizar informações como a ocupação econômica e social das cidades.


O atlas digital está sendo produzido por meio do cruzamento de imagens de satélite com milhares de mapas e informações sobre as unidades urbanas e populacionais do Brasil entre 1500 e 1800. Assim, será possível visualizar, por exemplo, o crescimento de uma região, a transformação de uma vila em cidade ou a evolução dos eixos e centros econômicos do país.


O projeto já conta com um site, que está no ar desde julho em versão de testes, e a partir de outubro terá atualizações regulares.


Fonte: História Viva

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Atlas Histórico Mundial Interativo desde 3000 a.C.


Você já tentou identificar por um tempo específico, o contexto histórico que estava ocorrendo em diferentes partes do mundo? Se você tentou, você terá visto a enorme dificuldade envolvido.

Para responder a esta questão e facilitar o estudo da história, começou anos atrás, a criar um sistema que em tempo representam fatos históricos e mapas geopolíticos de qualquer região ou país do mundo.

Para desenvolver nossa aplicação, gerar temporária mapas políticos e conteúdo histórico para eles, tivemos uma equipe multidisciplinar de licenciados em Geografia e História, assim como matemáticos, engenheiros e especialistas em GIS e sistemas de informação. Nosso compromisso é continuar a melhorar o conteúdo deste sistema.

Esta primeira versão do GeaCron contém uma seqüência de mapas que cobrem a história política de 3000 aC Permite posição em qualquer área geográfica, ambos com um mapa de fundo ou elevou o nível, zoom, navegue em busca do tempo, e gerar links contendo a situação geográfica e histórica, que é desejado. Também inclui a capacidade de incorporar em sites de mídia digital ou temáticas, áreas geográficas e sua evolução ao longo do tempo.

GeaCron é uma ferramenta complementar para o estudo da história e as informações contidas nas fontes documentais, a historiografia, ou enciclopédias. História está sujeita a múltiplas interpretações e, portanto, estamos abertos à colaboração de todos aqueles lustres da história que querem proporcionar o conhecimento universal, sugerindo qualquer modificação ou qualquer outro tipo de contribuição.

No "Notícias e Notas" em nosso site serão publicados, entre outras inovações, melhorias e novos recursos que estiverem disponíveis.

Acesse aqui

Fonte: Informação, Educação, Ciência e Atualidades

terça-feira, 21 de junho de 2011

Atlas virtual de uso gratuito mapeia regiões paulistas


Uma das propostas é orientar investidores e gestores, a partir de indicadores das 645 cidades do Estado

Com o apoio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) criou o Atlas da Competitividade da Indústria Paulista. Trata-se de um site com acesso gratuito, concebido para identificar potencialidades regionais do estado a partir do cruzamento de indicadores dos municípios.

A proposta da ferramenta é contribuir com o planejamento e orientar investidores privados e gestores públicos a tomar decisões. Também pretende aprofundar o conhecimento sobre as regiões do ponto de vista da competitividade setorial e regional, assim como atrair empresas para estimular a economia e o desenvolvimento dos 645 municípios paulistas.

Os dados obtidos nas pesquisas no Atlas são exibidos em gráficos coloridos e podem ser exportados como arquivo de imagem ou planilha. Eventuais dúvidas sobre como fazer a consulta podem ser esclarecidas em um manual disponibilizado pelo site no formato PDF.

As possibilidades de consulta são infinitas. O site permite cruzar diversos indicadores dos municípios e regiões. A lista de filtros nas pesquisas inclui porcentuais de abastecimento de água, coleta de lixo, escolaridade da população e da mão de obra, poder aquisitivo, massa salarial, base industrial instalada, fornecedores, concorrentes, demografia, transportes, logística, território, arranjos produtivos locais, escolas, universidades e centros de formação tecnológica, unidades do Sesi, entre outras opções.

Uma das justificativas para a elaboração do Atlas da Competitividade da Indústria Paulista foi o fato de nenhum projeto ter usado os R$ 2,6 milhões destinados em 2010 pelo governo estadual para o Programa de Fomento ao Desenvolvimento Regional. A meta é que o site ajude a encaminhar essa questão.

Segundo Renato Fernandes, gerente da Fiesp, a ferramenta tem quatro partes principais: funcionalidades; visão panorâmica do Estado para fins de análise de políticas públicas; distribuição dos diversos setores e suas dimensões; dados específicos dos municípios - emprego, renda; e geração de novas vagas, entre outros temas.

Outra possibilidade do Atlas é acompanhar a evolução dos indicadores. Exemplos possíveis incluem emprego; arrecadação; número de estabelecimentos instalados; salários médios mensais; massa salarial anual, infraestrutura e logística; capital humano; tecnologia e investimentos.

Serviço
Consulte o Atlas da Competitividade da Indústria Paulista no site www.fiesp.com.br/atlas

Da Agência Imprensa Oficial e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Atlas Ambiental do Município de São Paulo


O "Atlas Ambiental do Município de São Paulo" é um projeto conjunto da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente - SVMA - e da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano - SEMPLA.

Trata-se de um projeto interdisciplinar, que tem como objetivos a criação e a manutenção de um Sistema Municipal de Informações Ambientais, item previsto na própria Lei Orgânica do Município de São Paulo (L.O.M.).


Nesta fase, os trabalhos tiveram como principal meta as áreas verdes, constituindo-se no que foi chamado de "Diagnóstico e Bases para a Definição de Políticas para as Áreas Verdes no Município de São Paulo".


Iniciado em 1999, a partir de discussões ocorridas no âmbito da SVMA, o projeto contou com o apoio da FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo -, ressaltando-se ser a primeira vez que essa conceituada instituição financia diretamente um projeto da Prefeitura do Município de São Paulo. Ao mesmo tempo, o "Atlas Ambiental do Município de São Paulo" alimenta, com suas informações, o Projeto Biota da FAPESP, que está levantando e estudando a biodiversidade do Estado de São Paulo.


Do trabalho dos técnicos da SVMA e da SEMPLA e da colaboração de professores ligados à Universidade de São Paulo, foram obtidos como produtos, durante a evolução do projeto, um CD-ROM e respectivo site em Dezembro de 2000 (ora atualizado), os relatórios parcial e final apresentados à FAPESP respectivamente em Agosto de 2001 e Agosto de 2002, tendo recebido a aprovação final dessa instituição em Setembro de 2002.


O "Atlas Ambiental do Município de São Paulo" tem os seus resultados publicados na Internet, como forma de tornar suas informações disponíveis aos técnicos da administração municipal e ao cidadão, utilizando-se do potencial oferecido pela rede mundial de computadores para a democratização do conhecimento, ferramenta fundamental no apoio ao processo de tomada de decisões estratégicas para uma adequada gestão da cidade de São Paulo



sexta-feira, 10 de junho de 2011

Atlas Mundial das estruturas da língua


O The World Atlas of Language Structures ( WALS ) / "Atlas Mundial de Idiomas Estruturas" é um grande banco de dados de medidas estruturais (fonológicos, gramaticais, lexicais) propriedades das línguas recolhidas a partir de materiais descritivos (como gramáticas de referência) por uma equipe de 55 autores (muitos deles as principais autoridades sobre o assunto).

A primeira versão do Wals foi publicado como um livro com CD-ROM em 2005 pela Oxford University Press . A primeira versão on-line foi publicado em Abril de 2008. Ambos foram substituidas pela versão online atual, publicado em abril de 2011.

Wals Online é um esforço conjunto do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva e da Biblioteca Digital Max Planck.

O conteúdo deste site é publicado sob uma Licença Creative Commons .

Confira: http://wals.info/

quarta-feira, 4 de maio de 2011

urbArAmA


urbArAmA é um atlas mundial colaborativo de arquitetura e infra-estrutura contruído pela humanidade




É o lugar para os amantes da arquitetura compartilharem sua paixão sobre arquitetura e todas as infra-estruturas humanas construídas (obras civis, parques, design de interiores, etc)

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Instituto dos EUA cria “atlas” online do cérebro humano

Agora é possível navegar pelo cérebro humano.


Postado por Daniel Pavani- Geek

O Instituto Allen de Ciência do Cérebro, dos Estados Unidos, criou um banco de dados online de imagens de cérebros humanos, em uma espécie de atlas para que as pessoas saibam mais sobre o cérebro e cientistas possuam uma boa fonte de pesquisa.

O projeto é uma criação do co-fundador da Microsoft, Paul Allen e custou cerca de U$ 55 milhões (cerca de R$ 87 milhões), conta o site Fareastgizmos. Nele, foram identificados mais de mil localizações anatômicas do cérebro humano, em mais de 100 milhões de dados, que ligam os pontos a expressões genéticas específicas e características bioquímicas.

Os dados foram coletados de dois cérebros de pessoas adultas, doados para pesquisa. Os pesquisadores encontraram uma similaridade de 94% entre os órgãos e descobriram que pelo menos 82% dos genes humanos estão expressados no cérebro.



Há quem diga que esse site é, na verdade, um cardápio online para zumbis. Crédito: Fareastgizmos.

Para quem tem curiosidade de verificar como funciona o atlas online do cérebro, a página é human.brain-map.org. Até o final de 2012, as informações de pelo menos mais 8 cérebros devem ser adicionadas ao atlas.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sites úteis - atlas e países



American FactFinder
Reúne informações sobre o censo norteamericano.

Banco Central do Brasil
Apresenta indicadores econômicos brasileiros, atuais e do passado.

CIA - The World Factbook
Almanaque sobre os países elaborado pela inteligência americana.

City Brazil
Este site apresenta cidades brasileiras e seus dados principais.

Countries of the World
Contém o perfil dos países. Possui mapas.

Expedia Maps
Reúne mapas e rotas da América do Norte e da Europa.

ePodunk
Reúne dados sobre as cidades estadunidenses.

Getty Thesaurus of Geographic Names
Coordenadas geográficas de lugares de todo o mundo.

IBGE
Contém dados demográficos e geográficos do Brasil.

International Monetary Fund
Reúne relatórios e estatísticas sobre a economia internacional.

National Geographic Map Machine
Possui um mapa-múndi interativo.

Perry-Castañeda Library Map Collection
Reúne mapas atuais e históricos.

World Mountain Encyclopedia
Enumera as principais montanhas do planeta.


Fonte: FGV

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Inpe lança Atlas Interativo do Nordeste

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) acaba de lançar o Atlas Interativo do Nordeste, uma ferramenta que permite o acesso gratuito a informações socioeconômicas e ambientais da região.

O objetivo é oferecer maior interatividade dos usuários a um banco de dados georreferenciado disponível na internet, o Atlas Socioeconômico-Ambiental do Nordeste, serviço que reúne imagens de satélites, mapas temáticos e dados censitários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de todos os estados da região (leia reportagem na Agência FAPESP).
Pelo novo serviço, o usuário tem a liberdade de combinar planos de informações e cruzar dados para construir mapas de acordo com seus interesses de pesquisa. A base de dados da plataforma tem mais de 500 planos de informações para download.

A iniciativa deverá atender a comunidade de pesquisadores, gestores públicos, representantes de organizações não-governamentais e professores e estudantes universitários de todo o país, em especial da região Nordeste.

O aplicativo utilizado para a análise das informações no Atlas Interativo do Nordeste é o TerraView, software que possibilita a utilização dos dados espaciais para diversos setores, como segurança pública, gestão urbana, indicadores sociais, saúde pública, geografia e problemas ambientais. O programa manipula dados vetoriais (pontos, linhas e polígonos) e matriciais (grades e imagens), que são armazenados em um sistema de gerenciamento de dados.
O Atlas Interativo do Nordeste foi desenvolvido pelo Grupo de Geoprocessamento do Centro Regional do Nordeste do Inpe, em Natal (RN), em parceria com a Coordenação Geral de Observação da Terra.

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte (Fapern) apóiam o projeto.

Mais informações: www.nctn.crn2.inpe.br/terraviewweb

Fonte: Agência Fapesp

quarta-feira, 10 de maio de 2006

Atlas de Oftalmologia

O Atlas of Ophthalmology é uma base de dados online, pública, gratuita e editada por especialistas da área, que contém milhares de imagens* com legendas e diagnósticos.

O Atlas foi desenvolvido pelo ONJOPH - Online Journals of Ophthalmology e é recomendado pelo International Council of Ophhalmology

* Para visualizar imagens de alta resolução é solicitado Senha, porém o cadastro é simples e gratuito. 

Em inglês, alemão, japonês, arábe, chinês, russo, espanhol e português